EXPRESSO: Cartaz

25-08-2002
marcar artigo

ACTUAL

Primavera em festa

O CCB dedica um domingo às artes: dança, música e teatro preenchem todos os recantos

Luciana Leiderfarb

Este ano, como nos anteriores, não há forma de a Primavera passar despercebida. Porque por esta altura o Centro Cultural de Belém tem por hábito transformar os seus recantos em recipientes para a arte acontecer. Da manhã à noite, música, dança e teatro preenchem o domingo e assinalam o 9º aniversário do CCB, numa festa em que o público participa nos espectáculos e decide onde quer ir e o que quer ver no meio da volumosa quantidade de propostas que se apresentam em simultâneo.

Este ano, como nos anteriores, não há forma de a Primavera passar despercebida. Porque por esta altura o Centro Cultural de Belém tem por hábito transformar os seus recantos em recipientes para a arte acontecer. Da manhã à noite, música, dança e teatro preenchem o domingo e assinalam o 9º aniversário do CCB, numa festa em que o público participa nos espectáculos e decide onde quer ir e o que quer ver no meio da volumosa quantidade de propostas que se apresentam em simultâneo.

Os novos rostos da cultura

Teatro S. Luiz, Casa Fernando Pessoa e Direcção Municipal da CML têm novos responsáveis

L.L.

Finalmente o Teatro Municipal de S. Luiz tem director. Jorge Salavisa assumirá o cargo em vista da abertura de portas do teatro, agendada para Julho deste ano. A actividade regular irá começar em Setembro e promete não parar, com uma programação centrada em especial na música e no teatro, e pontualmente na dança. Salavisa, cujo percurso teve sempre uma estreita ligação com as artes do palco e foi director do Ballet Gulbenkian e da Companhia Nacional de Bailado, prefere desta feita dedicar-se «em cheio» à tarefa de programador, «um papel que há muito tempo queria desempenhar», como referiu em conversa com o Expresso.

Finalmente o Teatro Municipal de S. Luiz tem director. Jorge Salavisa assumirá o cargo em vista da abertura de portas do teatro, agendada para Julho deste ano. A actividade regular irá começar em Setembro e promete não parar, com uma programação centrada em especial na música e no teatro, e pontualmente na dança. Salavisa, cujo percurso teve sempre uma estreita ligação com as artes do palco e foi director do Ballet Gulbenkian e da Companhia Nacional de Bailado, prefere desta feita dedicar-se «em cheio» à tarefa de programador, «um papel que há muito tempo queria desempenhar», como referiu em conversa com o Expresso.

«Pixel» galardoado

O Prémio Acarte 2001 distinguiu Rui Horta

Nair Alexandra

Com o seu trabalho multimédia intitulado Pixel, Rui Horta recebeu o Prémio Acarte/Maria Madalena Azeredo Perdigão 2001. A distinção, no valor de 10 mil euros (cerca de 2 mil contos), foi entregue no último dia 21. Trata-se de uma co-produção do Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo e da Experimentadesign, tendo estreado no âmbito dos Encontros Acarte 2001, decorridos em Setembro. O júri, constituído nessa temporada por Mário Carneiro, Maria José Fazenda, Luís Madureira e Luísa Ramos, decidiu apostar num trabalho em que o corpo é associado às novas tecnologias, consagrando assim as tendências em ligar o mundo digital às «artes performativas».

Com o seu trabalho multimédia intitulado, Rui Horta recebeu o Prémio Acarte/Maria Madalena Azeredo Perdigão 2001. A distinção, no valor de 10 mil euros (cerca de 2 mil contos), foi entregue no último dia 21. Trata-se de uma co-produção do Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo e da Experimentadesign, tendo estreado no âmbito dos Encontros Acarte 2001, decorridos em Setembro. O júri, constituído nessa temporada por Mário Carneiro, Maria José Fazenda, Luís Madureira e Luísa Ramos, decidiu apostar num trabalho em que o corpo é associado às novas tecnologias, consagrando assim as tendências em ligar o mundo digital às «artes performativas».

Um dia para o teatro

Comemorações assinaladas com estreias em todo o país

C.P.

Como é habitual, 27 de Março, o Dia Mundial do Teatro (DMT), é comemorado um pouco por todo o país, sendo normal que algumas companhias escolham esta data para estrear os seus espectáculos. É o caso da companhia A Escola da Noite, de Coimbra, que associou ao DMT a comemoração dos dez anos sobre a sua fundação com Amor de Don Perlimplín con Belisa en su Jardín, de Lorca (às 21h45, no Teatro Académico Gil Vicente), numa encenação de António Augusto Barros. É o caso também do Teatro dos Aloés que elegeu O Fantástico Francis Hardy, Curandeiro, de Brian Friel, numa encenação de José Peixoto (Recreios da Amadora).

Como é habitual, 27 de Março, o Dia Mundial do Teatro (DMT), é comemorado um pouco por todo o país, sendo normal que algumas companhias escolham esta data para estrear os seus espectáculos. É o caso da companhia A Escola da Noite, de Coimbra, que associou ao DMT a comemoração dos dez anos sobre a sua fundação com, de Lorca (às 21h45, no Teatro Académico Gil Vicente), numa encenação de António Augusto Barros. É o caso também do Teatro dos Aloés que elegeu, de Brian Friel, numa encenação de José Peixoto (Recreios da Amadora).

BBC: mais cultura

Criado um novo canal na televisão digital britânica

L.M. Faria

Prrancar com um canal de televisão numa conjuntura recessiva é sempre difícil. E, quando o tema do canal - genericamente - é a cultura, mais difícil ainda. Mas foi o que fez a BBC (por coincidência, na mesma altura em que uma das suas maiores estrelas, Martin Bell, a acusa de estupidificação). Desde o princípio do mês, está em funcionamento o BBC4, um canal dedicado à cultura, à reportagem e às ideias. Parece bastante, mas a publicidade diz que o BBC4 aparece «porque toda a gente precisa de um lugar para pensar».

Prrancar com um canal de televisão numa conjuntura recessiva é sempre difícil. E, quando o tema do canal - genericamente - é a cultura, mais difícil ainda. Mas foi o que fez a BBC (por coincidência, na mesma altura em que uma das suas maiores estrelas, Martin Bell, a acusa de estupidificação). Desde o princípio do mês, está em funcionamento o BBC4, um canal dedicado à cultura, à reportagem e às ideias. Parece bastante, mas a publicidade diz que o BBC4 aparece «porque toda a gente precisa de um lugar para pensar».

TEMA DA SEMANA

Emblemas da Invicta

A Câmara Municipal do Porto concentra as energias no Museu da Cidade, ainda sem orçamento

Cabe a Marcelo Mendes Pinto, actual vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP), antever e programar o futuro dos equipamentos culturais dependentes da autarquia. Tarefa não muito fácil, considerando que a tomada de posse se deu há apenas dois meses. «Ainda não domino completamente todos os departamentos», reconhece o vereador, cuja área de decisões abrange o Rivoli Teatro Municipal, a Casa-Museu Guerra Junqueiro, o Museu Romântico, a Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, a Alfândega do Porto, o Arqueosítio da Rua D. Hugo (onde tem sede a Ordem dos Arquitectos), a Biblioteca Municipal do Porto e a Biblioteca Almeida Garrett.

Cabe a Marcelo Mendes Pinto, actual vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP), antever e programar o futuro dos equipamentos culturais dependentes da autarquia. Tarefa não muito fácil, considerando que a tomada de posse se deu há apenas dois meses. «Ainda não domino completamente todos os departamentos», reconhece o vereador, cuja área de decisões abrange o Rivoli Teatro Municipal, a Casa-Museu Guerra Junqueiro, o Museu Romântico, a Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, a Alfândega do Porto, o Arqueosítio da Rua D. Hugo (onde tem sede a Ordem dos Arquitectos), a Biblioteca Municipal do Porto e a Biblioteca Almeida Garrett.

O último mestre da Europa

Hans-Georg Gadamer (1900-2002)

António Guerreiro

Com 102 anos, Hans-Georg Gadamer era o último sobrevivente de uma geração de grandes professores que marcaram a universidade alemã (e europeia, em geral) com a sua presença tutelar. Morreu no passado dia 14, em Heidelberg, em cuja universidade tinha ocupado, em 1949, a cátedra de Karl Jaspers. Quando, há dois anos, a pretexto de um século de vida, a comunidade filosófica o festejou, a figura de Gadamer foi evocada como «o último mestre da Europa». O epíteto não era meramente honorífico: que outro filósofo vivo podia representar a Europa como «continente espiritual» senão aquele que tinha ligado indissoluvelmente o seu nome à hermenêutica contemporânea, concebida como um diálogo com a tradição?

Com 102 anos, Hans-Georg Gadamer era o último sobrevivente de uma geração de grandes professores que marcaram a universidade alemã (e europeia, em geral) com a sua presença tutelar. Morreu no passado dia 14, em Heidelberg, em cuja universidade tinha ocupado, em 1949, a cátedra de Karl Jaspers. Quando, há dois anos, a pretexto de um século de vida, a comunidade filosófica o festejou, a figura de Gadamer foi evocada como «o último mestre da Europa». O epíteto não era meramente honorífico: que outro filósofo vivo podia representar a Europa como «continente espiritual» senão aquele que tinha ligado indissoluvelmente o seu nome à hermenêutica contemporânea, concebida como um diálogo com a tradição?

Galiza perde escritor

Carlos Casares (1941-2002) um intelectual que desaparece

L.L.

Faleceu há duas semanas o intelectual galego Carlos Casares, mesmo alguns dias antes de ser lançado o seu último romance, intitulado O Sol do Verán. Aos 60 anos de idade, partilhava a sua actividade de escritor com a de professor catedrático de Literatura, de presidente do Pen Club da Galiza, de director da editora Galaxia (fundada como instrumento de oposição na época da ditadura) e presidente do Consello da Cultura Galega. Nascido em Xinzo de Limia em 1941, o seu percurso esteve desde sempre ligado à palavra. Foi jornalista desportivo e deputado, tendo publicado o seu primeiro livro, Vento Ferido, em finais dos anos 60.

Faleceu há duas semanas o intelectual galego Carlos Casares, mesmo alguns dias antes de ser lançado o seu último romance, intitulado. Aos 60 anos de idade, partilhava a sua actividade de escritor com a de professor catedrático de Literatura, de presidente do Pen Club da Galiza, de director da editora Galaxia (fundada como instrumento de oposição na época da ditadura) e presidente do Consello da Cultura Galega. Nascido em Xinzo de Limia em 1941, o seu percurso esteve desde sempre ligado à palavra. Foi jornalista desportivo e deputado, tendo publicado o seu primeiro livro,, em finais dos anos 60.

DIA-A-DIA

«Em nome do património do futuro, se é isto, realmente, o que a direita tem em mente para o seu Programa de Cultura, acho que não vamos longe. Nem com a timidez socialista nem com as venerandas barbas do D. Francisco Manuel de Melo.»

João Mário Grilo, Visão, 14/3/02

ACTUAL

Primavera em festa

O CCB dedica um domingo às artes: dança, música e teatro preenchem todos os recantos

Luciana Leiderfarb

Este ano, como nos anteriores, não há forma de a Primavera passar despercebida. Porque por esta altura o Centro Cultural de Belém tem por hábito transformar os seus recantos em recipientes para a arte acontecer. Da manhã à noite, música, dança e teatro preenchem o domingo e assinalam o 9º aniversário do CCB, numa festa em que o público participa nos espectáculos e decide onde quer ir e o que quer ver no meio da volumosa quantidade de propostas que se apresentam em simultâneo.

Este ano, como nos anteriores, não há forma de a Primavera passar despercebida. Porque por esta altura o Centro Cultural de Belém tem por hábito transformar os seus recantos em recipientes para a arte acontecer. Da manhã à noite, música, dança e teatro preenchem o domingo e assinalam o 9º aniversário do CCB, numa festa em que o público participa nos espectáculos e decide onde quer ir e o que quer ver no meio da volumosa quantidade de propostas que se apresentam em simultâneo.

Os novos rostos da cultura

Teatro S. Luiz, Casa Fernando Pessoa e Direcção Municipal da CML têm novos responsáveis

L.L.

Finalmente o Teatro Municipal de S. Luiz tem director. Jorge Salavisa assumirá o cargo em vista da abertura de portas do teatro, agendada para Julho deste ano. A actividade regular irá começar em Setembro e promete não parar, com uma programação centrada em especial na música e no teatro, e pontualmente na dança. Salavisa, cujo percurso teve sempre uma estreita ligação com as artes do palco e foi director do Ballet Gulbenkian e da Companhia Nacional de Bailado, prefere desta feita dedicar-se «em cheio» à tarefa de programador, «um papel que há muito tempo queria desempenhar», como referiu em conversa com o Expresso.

Finalmente o Teatro Municipal de S. Luiz tem director. Jorge Salavisa assumirá o cargo em vista da abertura de portas do teatro, agendada para Julho deste ano. A actividade regular irá começar em Setembro e promete não parar, com uma programação centrada em especial na música e no teatro, e pontualmente na dança. Salavisa, cujo percurso teve sempre uma estreita ligação com as artes do palco e foi director do Ballet Gulbenkian e da Companhia Nacional de Bailado, prefere desta feita dedicar-se «em cheio» à tarefa de programador, «um papel que há muito tempo queria desempenhar», como referiu em conversa com o Expresso.

«Pixel» galardoado

O Prémio Acarte 2001 distinguiu Rui Horta

Nair Alexandra

Com o seu trabalho multimédia intitulado Pixel, Rui Horta recebeu o Prémio Acarte/Maria Madalena Azeredo Perdigão 2001. A distinção, no valor de 10 mil euros (cerca de 2 mil contos), foi entregue no último dia 21. Trata-se de uma co-produção do Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo e da Experimentadesign, tendo estreado no âmbito dos Encontros Acarte 2001, decorridos em Setembro. O júri, constituído nessa temporada por Mário Carneiro, Maria José Fazenda, Luís Madureira e Luísa Ramos, decidiu apostar num trabalho em que o corpo é associado às novas tecnologias, consagrando assim as tendências em ligar o mundo digital às «artes performativas».

Com o seu trabalho multimédia intitulado, Rui Horta recebeu o Prémio Acarte/Maria Madalena Azeredo Perdigão 2001. A distinção, no valor de 10 mil euros (cerca de 2 mil contos), foi entregue no último dia 21. Trata-se de uma co-produção do Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo e da Experimentadesign, tendo estreado no âmbito dos Encontros Acarte 2001, decorridos em Setembro. O júri, constituído nessa temporada por Mário Carneiro, Maria José Fazenda, Luís Madureira e Luísa Ramos, decidiu apostar num trabalho em que o corpo é associado às novas tecnologias, consagrando assim as tendências em ligar o mundo digital às «artes performativas».

Um dia para o teatro

Comemorações assinaladas com estreias em todo o país

C.P.

Como é habitual, 27 de Março, o Dia Mundial do Teatro (DMT), é comemorado um pouco por todo o país, sendo normal que algumas companhias escolham esta data para estrear os seus espectáculos. É o caso da companhia A Escola da Noite, de Coimbra, que associou ao DMT a comemoração dos dez anos sobre a sua fundação com Amor de Don Perlimplín con Belisa en su Jardín, de Lorca (às 21h45, no Teatro Académico Gil Vicente), numa encenação de António Augusto Barros. É o caso também do Teatro dos Aloés que elegeu O Fantástico Francis Hardy, Curandeiro, de Brian Friel, numa encenação de José Peixoto (Recreios da Amadora).

Como é habitual, 27 de Março, o Dia Mundial do Teatro (DMT), é comemorado um pouco por todo o país, sendo normal que algumas companhias escolham esta data para estrear os seus espectáculos. É o caso da companhia A Escola da Noite, de Coimbra, que associou ao DMT a comemoração dos dez anos sobre a sua fundação com, de Lorca (às 21h45, no Teatro Académico Gil Vicente), numa encenação de António Augusto Barros. É o caso também do Teatro dos Aloés que elegeu, de Brian Friel, numa encenação de José Peixoto (Recreios da Amadora).

BBC: mais cultura

Criado um novo canal na televisão digital britânica

L.M. Faria

Prrancar com um canal de televisão numa conjuntura recessiva é sempre difícil. E, quando o tema do canal - genericamente - é a cultura, mais difícil ainda. Mas foi o que fez a BBC (por coincidência, na mesma altura em que uma das suas maiores estrelas, Martin Bell, a acusa de estupidificação). Desde o princípio do mês, está em funcionamento o BBC4, um canal dedicado à cultura, à reportagem e às ideias. Parece bastante, mas a publicidade diz que o BBC4 aparece «porque toda a gente precisa de um lugar para pensar».

Prrancar com um canal de televisão numa conjuntura recessiva é sempre difícil. E, quando o tema do canal - genericamente - é a cultura, mais difícil ainda. Mas foi o que fez a BBC (por coincidência, na mesma altura em que uma das suas maiores estrelas, Martin Bell, a acusa de estupidificação). Desde o princípio do mês, está em funcionamento o BBC4, um canal dedicado à cultura, à reportagem e às ideias. Parece bastante, mas a publicidade diz que o BBC4 aparece «porque toda a gente precisa de um lugar para pensar».

TEMA DA SEMANA

Emblemas da Invicta

A Câmara Municipal do Porto concentra as energias no Museu da Cidade, ainda sem orçamento

Cabe a Marcelo Mendes Pinto, actual vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP), antever e programar o futuro dos equipamentos culturais dependentes da autarquia. Tarefa não muito fácil, considerando que a tomada de posse se deu há apenas dois meses. «Ainda não domino completamente todos os departamentos», reconhece o vereador, cuja área de decisões abrange o Rivoli Teatro Municipal, a Casa-Museu Guerra Junqueiro, o Museu Romântico, a Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, a Alfândega do Porto, o Arqueosítio da Rua D. Hugo (onde tem sede a Ordem dos Arquitectos), a Biblioteca Municipal do Porto e a Biblioteca Almeida Garrett.

Cabe a Marcelo Mendes Pinto, actual vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP), antever e programar o futuro dos equipamentos culturais dependentes da autarquia. Tarefa não muito fácil, considerando que a tomada de posse se deu há apenas dois meses. «Ainda não domino completamente todos os departamentos», reconhece o vereador, cuja área de decisões abrange o Rivoli Teatro Municipal, a Casa-Museu Guerra Junqueiro, o Museu Romântico, a Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, a Alfândega do Porto, o Arqueosítio da Rua D. Hugo (onde tem sede a Ordem dos Arquitectos), a Biblioteca Municipal do Porto e a Biblioteca Almeida Garrett.

O último mestre da Europa

Hans-Georg Gadamer (1900-2002)

António Guerreiro

Com 102 anos, Hans-Georg Gadamer era o último sobrevivente de uma geração de grandes professores que marcaram a universidade alemã (e europeia, em geral) com a sua presença tutelar. Morreu no passado dia 14, em Heidelberg, em cuja universidade tinha ocupado, em 1949, a cátedra de Karl Jaspers. Quando, há dois anos, a pretexto de um século de vida, a comunidade filosófica o festejou, a figura de Gadamer foi evocada como «o último mestre da Europa». O epíteto não era meramente honorífico: que outro filósofo vivo podia representar a Europa como «continente espiritual» senão aquele que tinha ligado indissoluvelmente o seu nome à hermenêutica contemporânea, concebida como um diálogo com a tradição?

Com 102 anos, Hans-Georg Gadamer era o último sobrevivente de uma geração de grandes professores que marcaram a universidade alemã (e europeia, em geral) com a sua presença tutelar. Morreu no passado dia 14, em Heidelberg, em cuja universidade tinha ocupado, em 1949, a cátedra de Karl Jaspers. Quando, há dois anos, a pretexto de um século de vida, a comunidade filosófica o festejou, a figura de Gadamer foi evocada como «o último mestre da Europa». O epíteto não era meramente honorífico: que outro filósofo vivo podia representar a Europa como «continente espiritual» senão aquele que tinha ligado indissoluvelmente o seu nome à hermenêutica contemporânea, concebida como um diálogo com a tradição?

Galiza perde escritor

Carlos Casares (1941-2002) um intelectual que desaparece

L.L.

Faleceu há duas semanas o intelectual galego Carlos Casares, mesmo alguns dias antes de ser lançado o seu último romance, intitulado O Sol do Verán. Aos 60 anos de idade, partilhava a sua actividade de escritor com a de professor catedrático de Literatura, de presidente do Pen Club da Galiza, de director da editora Galaxia (fundada como instrumento de oposição na época da ditadura) e presidente do Consello da Cultura Galega. Nascido em Xinzo de Limia em 1941, o seu percurso esteve desde sempre ligado à palavra. Foi jornalista desportivo e deputado, tendo publicado o seu primeiro livro, Vento Ferido, em finais dos anos 60.

Faleceu há duas semanas o intelectual galego Carlos Casares, mesmo alguns dias antes de ser lançado o seu último romance, intitulado. Aos 60 anos de idade, partilhava a sua actividade de escritor com a de professor catedrático de Literatura, de presidente do Pen Club da Galiza, de director da editora Galaxia (fundada como instrumento de oposição na época da ditadura) e presidente do Consello da Cultura Galega. Nascido em Xinzo de Limia em 1941, o seu percurso esteve desde sempre ligado à palavra. Foi jornalista desportivo e deputado, tendo publicado o seu primeiro livro,, em finais dos anos 60.

DIA-A-DIA

«Em nome do património do futuro, se é isto, realmente, o que a direita tem em mente para o seu Programa de Cultura, acho que não vamos longe. Nem com a timidez socialista nem com as venerandas barbas do D. Francisco Manuel de Melo.»

João Mário Grilo, Visão, 14/3/02

marcar artigo