O Comércio do Porto

29-08-2004
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Cinema Júlio Dinis - O fim

Antigo cinema Júlio Dinis fecha portas e pode transformar-se em supermercado SERVIÇOS Imprimir esta página Contactar Anterior Voltar Seguinte

As matinés dançantes da velhinha sala portuense têm os dias contados. A proprietária do imóvel já o pôs à venda

Área permite a construção de habitação, mas há um pedido de informação prévia aprovado pela Câmara para supermercado

ARMINDA ROSA PEREIRA

Já foi um dos mais conceituados espaços culturais na cidade e, ultimamente, dedicava-se aos "bailaricos". Agora, o antigo cinema Júlio Dinis "está à venda", disse ao COMÉRCIO a proprietá-ria, Clara Madalena Moron Dithnm. Encerrará quando aparecer um comprador. Entretanto, os actuais inquilinos acordaram em abandonar o edifício apenas na altura da conclusão do negócio, prazo que não deverá estender-se para além dos 12 meses.

Este mês, os inquilinos que exploravam o edifício do antigo cinema Júlio Dinis desde 1978 chegaram a um acordo com a proprietária do imóvel, pois esta pretende "desocupá-lo para venda", como a própria explicou. Vão ser indeminizados pelas obras feitas ao longo dos tempos, valor a ser amortizado nas rendas a pagar até

ao abandono do local. Poderão ficar no espaço pelo menos até ao final do ano, altura em que a agência contratada para mediar a transacção já deverá ter tudo acertado com o novo dono.

Interessados em supermercado...

Os interessados no espaço têm aparecido e houve mesmo um potencial comprador que chegou a pensar em abrir ali um supermercado. Por isso, o imóvel "tem, neste momento, um pedido de in-formação prévia" - aprovado pela Câmara Municipal do Porto - "que lhe abre a possibilidade de instalar este tipo negócio", disse ao COMÉRCIO Clara Madalena Moron Dithnm.

... e com interesse municipal

O antigo cinema tem 990,80 metros quadrados de área bruta de construção, terreno suficiente para erguer, em alternativa, um empreendimento habitacional.

Isto porque "o facto de haver uma aprovação para supermercado não é impeditivo de nascer ali outro tipo de empreendimento, desde de que a fachada e os restantes elementos considerados de interesse municipal sejam preservados", explicou ainda a proprietária que herdou o edifício pertença da sua família "há vários anos", recordou a mesma.

Sobre as futuras obras

no "Júlio Dinis" Clara Madalena Moron Dithnm sublinha ainda que "tudo está previsto no PDM" (Plano Director

Municipal). Defende que o próximo proprietário "recu-pere o edifício de alguma importância para a cidade pela sua história". Até porque - re-fere - "a fachada está protegida, pois é património considerado de interesse municipal".

Câmara do Porto guardará os elementos decorativos

Marcelo Mendes Pinto, vereador do pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP) recorda uma visita "feita em tempos - talvez há um ano - pelos serviços municipais ao espaço, com o objectivo de anotar quais são os elementos de interesse, como estuques, por exemplo".

Assim que a empreitada arranque naquele local, a autarquia irá "recolher esses elementos e guardá-los num banco próprio da Câmara", tal como acontece a outros espaços da cidade, garantiu o vereador ao COMÉRCIO.

Início

O Comércio do Porto é um produto da Editorial Prensa Ibérica.

Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos oferecidos através deste meio, salvo autorização expressa de O Comércio do Porto

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Área permite a construção de habitação, mas há um pedido de informação prévia aprovado pela Câmara para supermercado

ARMINDA ROSA PEREIRA

Já foi um dos mais conceituados espaços culturais na cidade e, ultimamente, dedicava-se aos "bailaricos". Agora, o antigo cinema Júlio Dinis "está à venda", disse ao COMÉRCIO a proprietá-ria, Clara Madalena Moron Dithnm. Encerrará quando aparecer um comprador. Entretanto, os actuais inquilinos acordaram em abandonar o edifício apenas na altura da conclusão do negócio, prazo que não deverá estender-se para além dos 12 meses.

Este mês, os inquilinos que exploravam o edifício do antigo cinema Júlio Dinis desde 1978 chegaram a um acordo com a proprietária do imóvel, pois esta pretende "desocupá-lo para venda", como a própria explicou. Vão ser indeminizados pelas obras feitas ao longo dos tempos, valor a ser amortizado nas rendas a pagar até

ao abandono do local. Poderão ficar no espaço pelo menos até ao final do ano, altura em que a agência contratada para mediar a transacção já deverá ter tudo acertado com o novo dono.

Interessados em supermercado...

Os interessados no espaço têm aparecido e houve mesmo um potencial comprador que chegou a pensar em abrir ali um supermercado. Por isso, o imóvel "tem, neste momento, um pedido de in-formação prévia" - aprovado pela Câmara Municipal do Porto - "que lhe abre a possibilidade de instalar este tipo negócio", disse ao COMÉRCIO Clara Madalena Moron Dithnm.

... e com interesse municipal

O antigo cinema tem 990,80 metros quadrados de área bruta de construção, terreno suficiente para erguer, em alternativa, um empreendimento habitacional.

Isto porque "o facto de haver uma aprovação para supermercado não é impeditivo de nascer ali outro tipo de empreendimento, desde de que a fachada e os restantes elementos considerados de interesse municipal sejam preservados", explicou ainda a proprietária que herdou o edifício pertença da sua família "há vários anos", recordou a mesma.

Sobre as futuras obras

no "Júlio Dinis" Clara Madalena Moron Dithnm sublinha ainda que "tudo está previsto no PDM" (Plano Director

Municipal). Defende que o próximo proprietário "recu-pere o edifício de alguma importância para a cidade pela sua história". Até porque - re-fere - "a fachada está protegida, pois é património considerado de interesse municipal".

Câmara do Porto guardará os elementos decorativos

Marcelo Mendes Pinto, vereador do pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP) recorda uma visita "feita em tempos - talvez há um ano - pelos serviços municipais ao espaço, com o objectivo de anotar quais são os elementos de interesse, como estuques, por exemplo".

Assim que a empreitada arranque naquele local, a autarquia irá "recolher esses elementos e guardá-los num banco próprio da Câmara", tal como acontece a outros espaços da cidade, garantiu o vereador ao COMÉRCIO.

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