Portugal Diário

21-06-2002
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Porto: Casa da Animação não tem luz

06-06-2002 15:22 Casa da Animação pronta, mas não pode abrir porque «não tem luz» A Porto 2001, SA entregou terça-feira as chaves da Casa da Animação, mas este novo equipamento de divulgação do cinema de animação não pode abrir porque «não tem luz», disse hoje à Agência Lusa o realizador Abi Feijó. O director da Casa da Animação - Associação Cultural e da produtora Filmógrafo lamentou que, depois de tantos atrasos na execução das obras, ainda não seja possível usufruir do espaço, «devido a um problema por resolver entre a Câmara do Porto e a administração do condomínio». A administração do condomínio do Complexo Les Palaces opôs-se desde o início à cedência por parte da Câmara do Porto do espaço onde foi instalada a Casa da Animação, persistindo ainda, segundo Abi Feijó, negociações entre as duas partes. Enquanto essas negociações não estiverem concluídas, não é permitido à Casa da Animação fazer ligações às redes de electricidade, telefone e prevenção e combate a incêndios. Contactado pela Lusa, o vereador da Cultura na Câmara do Porto, Marcelo Mendes Pinto, explicou que «a administração do condomínio não aceita que as saídas de emergência sejam para um espaço comum, mas sim para o exterior», tendo já sido reformulado o projecto nesse sentido. «O problema estará em vias de ser desbloqueado. Há que ter alguma paciência», afirmou. A Lusa contactou igualmente o administrador do condomínio, Ivo Brandão, da empresa Arco do Triunfo, que remeteu para mais tarde explicações sobre o assunto. Abi Feijó referiu que persiste um outro problema, que é a falta de apoio financeiro contratualizado para o funcionamento da Casa da Animação, apesar do interesse pelo projecto manifestado pela Câmara do Porto e pelo Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM). «As receitas próprias serão pequenas, até porque o auditório só tem 46 lugares», afirmou o realizador, salientando que «grande parte do projecto é de serviço público», nomeadamente através de acções de formação e da abertura de uma biblioteca/videoteca e de um arquivo. A «construção» da Casa da Animação foi um projecto acolhido pela Câmara do Porto, com a cedência de um espaço de 1.500 metros quadrados, e pela Porto 2001, que suportou os 320 mil contos (1,6 milhões de euros) da obra e parte do equipamento. Este equipamento acabou por ser «encurtado» ao auditório e a algum mobiliário, devido a uma «derrapagem» do custo da obra na ordem dos «cinco a 10 por cento». A Casa da Animação esteve para abrir ainda em 2001, no encerramento da Capital Europeia da Cultura (em 22 de Dezembro), mas a débil situação financeira do empreiteiro (Ecop) provocou sucessivos atrasos. Questionado sobre se a Câmara do Porto pretende ou não subsidiar o funcionamento da Casa da Animação, o vereador Marcelo Mendes Pinto disse que a autarquia está a estudar a questão, mas não pode esquecer o «período de contenção orçamental muito rigorosa» que está a atravessar. «Entendo, pessoalmente, que o apoio à criação artística é uma função da Administração Central. Acho que a Câmara do Porto já deu um contributo muito grande à Casa da Animação», frisou o autarca, referindo-se ao valor comercial do espaço, «para cima dos 800 contos (quatro mil euros) mês».

Porto: Casa da Animação não tem luz

06-06-2002 15:22 Casa da Animação pronta, mas não pode abrir porque «não tem luz» A Porto 2001, SA entregou terça-feira as chaves da Casa da Animação, mas este novo equipamento de divulgação do cinema de animação não pode abrir porque «não tem luz», disse hoje à Agência Lusa o realizador Abi Feijó. O director da Casa da Animação - Associação Cultural e da produtora Filmógrafo lamentou que, depois de tantos atrasos na execução das obras, ainda não seja possível usufruir do espaço, «devido a um problema por resolver entre a Câmara do Porto e a administração do condomínio». A administração do condomínio do Complexo Les Palaces opôs-se desde o início à cedência por parte da Câmara do Porto do espaço onde foi instalada a Casa da Animação, persistindo ainda, segundo Abi Feijó, negociações entre as duas partes. Enquanto essas negociações não estiverem concluídas, não é permitido à Casa da Animação fazer ligações às redes de electricidade, telefone e prevenção e combate a incêndios. Contactado pela Lusa, o vereador da Cultura na Câmara do Porto, Marcelo Mendes Pinto, explicou que «a administração do condomínio não aceita que as saídas de emergência sejam para um espaço comum, mas sim para o exterior», tendo já sido reformulado o projecto nesse sentido. «O problema estará em vias de ser desbloqueado. Há que ter alguma paciência», afirmou. A Lusa contactou igualmente o administrador do condomínio, Ivo Brandão, da empresa Arco do Triunfo, que remeteu para mais tarde explicações sobre o assunto. Abi Feijó referiu que persiste um outro problema, que é a falta de apoio financeiro contratualizado para o funcionamento da Casa da Animação, apesar do interesse pelo projecto manifestado pela Câmara do Porto e pelo Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM). «As receitas próprias serão pequenas, até porque o auditório só tem 46 lugares», afirmou o realizador, salientando que «grande parte do projecto é de serviço público», nomeadamente através de acções de formação e da abertura de uma biblioteca/videoteca e de um arquivo. A «construção» da Casa da Animação foi um projecto acolhido pela Câmara do Porto, com a cedência de um espaço de 1.500 metros quadrados, e pela Porto 2001, que suportou os 320 mil contos (1,6 milhões de euros) da obra e parte do equipamento. Este equipamento acabou por ser «encurtado» ao auditório e a algum mobiliário, devido a uma «derrapagem» do custo da obra na ordem dos «cinco a 10 por cento». A Casa da Animação esteve para abrir ainda em 2001, no encerramento da Capital Europeia da Cultura (em 22 de Dezembro), mas a débil situação financeira do empreiteiro (Ecop) provocou sucessivos atrasos. Questionado sobre se a Câmara do Porto pretende ou não subsidiar o funcionamento da Casa da Animação, o vereador Marcelo Mendes Pinto disse que a autarquia está a estudar a questão, mas não pode esquecer o «período de contenção orçamental muito rigorosa» que está a atravessar. «Entendo, pessoalmente, que o apoio à criação artística é uma função da Administração Central. Acho que a Câmara do Porto já deu um contributo muito grande à Casa da Animação», frisou o autarca, referindo-se ao valor comercial do espaço, «para cima dos 800 contos (quatro mil euros) mês».

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