Câmara do Porto quer reanimar Praça D. João I

17-12-2002
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Câmara do Porto Quer Reanimar Praça D. João I

Por NUNO CORVACHO

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2002

Um "Rivoli ao ar livre" na forja

Vereador da Cultura está interessado em explorar as potencialidades da nova "bancada natural"

A Câmara do Porto quer fazer da Praça D. João I uma espécie de "extensão ao ar livre" do Teatro Rivoli. A expressão é do próprio vereador da Cultura, Marcelo Mendes Pinto, que está interessado em explorar as novas potencialidades de um terreiro cujas obras de requalificação, geridas pela Casa da Música/Porto 2001, estão prestes a chegar ao fim. A ideia é aproveitar a espécie de "bancada natural" que ali será criada (com plataformas a diferentes níveis) para a realização regular de espectáculos no ãmbito das artes performativas. Como exemplificou Marcelo Mendes Pinto ao PÚBLICO, o espaço poderá ficar vocacionado para acolher concertos, pequenas peças de teatro e exibições do chamado "novo circo". No fundo, trata-se de extravasar para o miolo da urbe a dinâmica gerada no interior do Rivoli, que é, como se sabe, um dos edifícios mais significativos da Praça D. João I.

E nem precisará a animação de se confinar aos meses mais soalheiros, confia Marcelo. Na sua opinião, o tantas vezes alegado problema do Inverno "é um mito", já que nos países do Norte da Europa, lembra, há todo o ano eventos fora das salas habituais, graças aos sistemas de aquecimento instalados para o efeito. Por que não ensaiar entre nós uma rotina semelhante? "Também as esplanadas da Foz estão abertas todo o ano", aponta o vereador. Tudo dependerá das contratualizações que puderem ser estabelecidas, mas Marcelo espera que no próximo ano seja possível animar a Praça D. João I, tornando-a parte integrante do cartaz cultural da cidade.

Além desta vocação, o terreiro ficará equipado com um pequeno quiosque gerido pela câmara, onde será feita a divulgação e venda de bilhetes para os espectáculos que estiverem em cena no Rivoli e também, assim espera Marcelo, para todos os outros eventos culturais em cada momento disponíveis no Porto. O quiosque será provavelmente a última estrutura da praça a ficar pronta, talvez só para o ano, prevendo-se em contrapartida que o novo perfil urbanístico do lugar, concebido pelo arquitecto Alexandre Alves Costa, venha a ser estreado ainda este mês. Até porque os dois únicos eventos com alguma dimensão que preenchem o escasso programa de animação natalícia gizado este ano pela câmara foram já planeados para a Praça D. João I; trata-se dos dois concertos, de Natal e Ano Novo, a realizar pela Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música. "Eles funcionarão para nós como teste e aprendizagem da futura utilidade que queremos dar à praça", comentou o vereador da Cultura.

Já em Outubro, mais precisamente no dia do aniversário do teatro renovado, o próprio edifício do Rivoli foi protagonista de um espectáculo. Como recorda Mendes Pinto, houve nessa noite "sentinelas" penduradas na fachada, as quais, a certa altura, começaram a executar uma "performance" em que se aliavam as técnicas do "rappel" a uma série de requisitos coreográficos. Foi uma ocasião em que intervieram artistas franceses e nacionais, aos quais se juntaram até, refere o vereador, alguns funcionários do Rivoli adeptos de desportos radicais. Para o futuro, vaticina Mendes Pinto que a Praça D. João I, devido à sua posição estratégica, possa constituir-se no "centro da reanimação da Baixa".

O dado

O terreiro ficará equipado com um pequeno quiosque gerido pela câmara, onde será feita a divulgação e venda de bilhetes para os espectáculos que estiverem em cena no Rivoli e para todos os outros eventos culturais em cada momento disponíveis no Porto.

Câmara do Porto Quer Reanimar Praça D. João I

Por NUNO CORVACHO

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2002

Um "Rivoli ao ar livre" na forja

Vereador da Cultura está interessado em explorar as potencialidades da nova "bancada natural"

A Câmara do Porto quer fazer da Praça D. João I uma espécie de "extensão ao ar livre" do Teatro Rivoli. A expressão é do próprio vereador da Cultura, Marcelo Mendes Pinto, que está interessado em explorar as novas potencialidades de um terreiro cujas obras de requalificação, geridas pela Casa da Música/Porto 2001, estão prestes a chegar ao fim. A ideia é aproveitar a espécie de "bancada natural" que ali será criada (com plataformas a diferentes níveis) para a realização regular de espectáculos no ãmbito das artes performativas. Como exemplificou Marcelo Mendes Pinto ao PÚBLICO, o espaço poderá ficar vocacionado para acolher concertos, pequenas peças de teatro e exibições do chamado "novo circo". No fundo, trata-se de extravasar para o miolo da urbe a dinâmica gerada no interior do Rivoli, que é, como se sabe, um dos edifícios mais significativos da Praça D. João I.

E nem precisará a animação de se confinar aos meses mais soalheiros, confia Marcelo. Na sua opinião, o tantas vezes alegado problema do Inverno "é um mito", já que nos países do Norte da Europa, lembra, há todo o ano eventos fora das salas habituais, graças aos sistemas de aquecimento instalados para o efeito. Por que não ensaiar entre nós uma rotina semelhante? "Também as esplanadas da Foz estão abertas todo o ano", aponta o vereador. Tudo dependerá das contratualizações que puderem ser estabelecidas, mas Marcelo espera que no próximo ano seja possível animar a Praça D. João I, tornando-a parte integrante do cartaz cultural da cidade.

Além desta vocação, o terreiro ficará equipado com um pequeno quiosque gerido pela câmara, onde será feita a divulgação e venda de bilhetes para os espectáculos que estiverem em cena no Rivoli e também, assim espera Marcelo, para todos os outros eventos culturais em cada momento disponíveis no Porto. O quiosque será provavelmente a última estrutura da praça a ficar pronta, talvez só para o ano, prevendo-se em contrapartida que o novo perfil urbanístico do lugar, concebido pelo arquitecto Alexandre Alves Costa, venha a ser estreado ainda este mês. Até porque os dois únicos eventos com alguma dimensão que preenchem o escasso programa de animação natalícia gizado este ano pela câmara foram já planeados para a Praça D. João I; trata-se dos dois concertos, de Natal e Ano Novo, a realizar pela Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música. "Eles funcionarão para nós como teste e aprendizagem da futura utilidade que queremos dar à praça", comentou o vereador da Cultura.

Já em Outubro, mais precisamente no dia do aniversário do teatro renovado, o próprio edifício do Rivoli foi protagonista de um espectáculo. Como recorda Mendes Pinto, houve nessa noite "sentinelas" penduradas na fachada, as quais, a certa altura, começaram a executar uma "performance" em que se aliavam as técnicas do "rappel" a uma série de requisitos coreográficos. Foi uma ocasião em que intervieram artistas franceses e nacionais, aos quais se juntaram até, refere o vereador, alguns funcionários do Rivoli adeptos de desportos radicais. Para o futuro, vaticina Mendes Pinto que a Praça D. João I, devido à sua posição estratégica, possa constituir-se no "centro da reanimação da Baixa".

O dado

O terreiro ficará equipado com um pequeno quiosque gerido pela câmara, onde será feita a divulgação e venda de bilhetes para os espectáculos que estiverem em cena no Rivoli e para todos os outros eventos culturais em cada momento disponíveis no Porto.

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