Rivoli Renovado Faz Hoje Cinco Anos
Quarta-feira, 16 de Outubro de 2002
Média de espectadores superior a 2001
Teatro municipal portuense inaugura livraria, lança Cadernos e exibe "Sentinelas da Dança"
António Moura
O Rivoli Teatro Municipal "renovado" faz hoje cinco anos e tem algumas prendas para oferecer. A mais espectacular talvez seja uma performance denominada "Sentinelas da Dança", que terá como pano de fundo a própria fachada deste edifício. Isabel Alves Costa, directora artística desta sala portuense, garante que "ninguém lhe ficará indiferente". O ponto alto será à noite, antes e depois do espectáculo que a Companhia Nacional de Bailado irá dar e que foi concebido "expressamente" para este aniversário.
Outra prenda é uma livraria, que será inaugurada hoje em colaboração com a IN-Úteis Design. Segundo os seus promotores, será "um espaço de informação para fruir sem pressa", saboreando "uma luz fantástica", uma cortina muito especial "em organza" e um "bom livro". É esta a sugestão feita ontem por Isabel Alves Costa, na sequência da apresentação da livraria. Podia ter acrescentado "um café", pois num dos lados haverá um pequeno bar, o único espaço do género que a partir de hoje estará disponível ali visto que o café-concerto irá fechar (ver texto à parte).
O dia de hoje será também assinalado com o lançamento do número zero dos Cadernos do Rivoli. "Era preciso qualquer coisa que mostrasse o que se faz aqui", explicou ontem o vereador da Cultura da Câmara do Porto, Marcelo Pinto, durante uma breve apresentação das comemorações dos quinto aniversário do Rivoli "renovado". Acompanhado por Isabel Alves Costa, o autarca aproveitou para desmentir que tenha uma recessão pós-Porto 2001 e avançou números relativos a este teatro municipal.
No ano passado, disse, houve ali "108 espectáculos", com "uma média de 173 espectadores" por cada um; até 30 de Setembro deste ano, realizaram-se "94 espectáculos" e estão previstos "mais 19", sendo que aquela média até à data subiu para 245. "Há uma melhoria", concluiu Marcelo Mendes Pinto, referindo que só em 1997, quando o Rivoli reabriu a suas portas, após três anos de obras, se registou uma assistência média por espectáculo superior à deste ano.
Quiosque à porta
O Rivoli vai ter a companhia de um quiosque. Será "um espaço sobre o rectangular, penso que muito engraçado", como não há no Porto. E mais não diz o vereador da Cultura e presidente da Culturporto, Marcelo Mendes Pinto, que espera ter o novo espaço a funcionar "até ao fim do ano" e acredita que será "uma boa surpresa". O equipamento será montado em pleno passeio, quase às portas do teatro.
O projecto foi lançado pela Porto 2001 e cobiçado pela Culturporto, que manifestou interesse em que ele fosse concretizado e conseguiu-o. Mas "não havia conteúdo para ele", afirma Mendes Pinto. A ideia do quiosque surgiu depois, sendo intenção deste vereador utilizá-lo, nomeadamente, como balcão de venda de bilhetes dos espectáculos não apenas do Rivoli, mas também de outros que tenham lugar na cidade.
Outra ideia de Mendes Pinto é "fazer da Praça D. João I um pólo de animação, com uma esplanada", que em seu entender poderia ser também explorada pelo concessionário do café-concerto do teatro. Mais ainda: o concessionário poderia igualmente responsabilizar-se pela animação deste espaço público, que sofreu uma intervenção profunda (ainda não concluída) - além do aparcamento subterrâneo, desapareceu o arruamento que havia em frente ao Rivoli.
P/Caixa
Café-concerto e restaurante fecha hoje
O Rivoli fica hoje sem o café-concerto e restaurante que, nos últimos cinco anos, funcionou no quinto piso. Isto porque termina a concessão deste espaço a Miguel Castro Silva, o "chef" que fez do "Bull and Bear", junto à Bolsa do Porto, um restaurante de referência. Já foram estabelecidos contactos tendo em vista encontrar um novo concessionário - Miguel Castro Silva terá recusado repetir a experiência. Marcelo Mendes Pinto disse ao PÚBLICO ter recebido já "uma meia dúzia" de propostas, mas ainda não as analisou com atenção.
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Rivoli Renovado Faz Hoje Cinco Anos
Quarta-feira, 16 de Outubro de 2002
Média de espectadores superior a 2001
Teatro municipal portuense inaugura livraria, lança Cadernos e exibe "Sentinelas da Dança"
António Moura
O Rivoli Teatro Municipal "renovado" faz hoje cinco anos e tem algumas prendas para oferecer. A mais espectacular talvez seja uma performance denominada "Sentinelas da Dança", que terá como pano de fundo a própria fachada deste edifício. Isabel Alves Costa, directora artística desta sala portuense, garante que "ninguém lhe ficará indiferente". O ponto alto será à noite, antes e depois do espectáculo que a Companhia Nacional de Bailado irá dar e que foi concebido "expressamente" para este aniversário.
Outra prenda é uma livraria, que será inaugurada hoje em colaboração com a IN-Úteis Design. Segundo os seus promotores, será "um espaço de informação para fruir sem pressa", saboreando "uma luz fantástica", uma cortina muito especial "em organza" e um "bom livro". É esta a sugestão feita ontem por Isabel Alves Costa, na sequência da apresentação da livraria. Podia ter acrescentado "um café", pois num dos lados haverá um pequeno bar, o único espaço do género que a partir de hoje estará disponível ali visto que o café-concerto irá fechar (ver texto à parte).
O dia de hoje será também assinalado com o lançamento do número zero dos Cadernos do Rivoli. "Era preciso qualquer coisa que mostrasse o que se faz aqui", explicou ontem o vereador da Cultura da Câmara do Porto, Marcelo Pinto, durante uma breve apresentação das comemorações dos quinto aniversário do Rivoli "renovado". Acompanhado por Isabel Alves Costa, o autarca aproveitou para desmentir que tenha uma recessão pós-Porto 2001 e avançou números relativos a este teatro municipal.
No ano passado, disse, houve ali "108 espectáculos", com "uma média de 173 espectadores" por cada um; até 30 de Setembro deste ano, realizaram-se "94 espectáculos" e estão previstos "mais 19", sendo que aquela média até à data subiu para 245. "Há uma melhoria", concluiu Marcelo Mendes Pinto, referindo que só em 1997, quando o Rivoli reabriu a suas portas, após três anos de obras, se registou uma assistência média por espectáculo superior à deste ano.
Quiosque à porta
O Rivoli vai ter a companhia de um quiosque. Será "um espaço sobre o rectangular, penso que muito engraçado", como não há no Porto. E mais não diz o vereador da Cultura e presidente da Culturporto, Marcelo Mendes Pinto, que espera ter o novo espaço a funcionar "até ao fim do ano" e acredita que será "uma boa surpresa". O equipamento será montado em pleno passeio, quase às portas do teatro.
O projecto foi lançado pela Porto 2001 e cobiçado pela Culturporto, que manifestou interesse em que ele fosse concretizado e conseguiu-o. Mas "não havia conteúdo para ele", afirma Mendes Pinto. A ideia do quiosque surgiu depois, sendo intenção deste vereador utilizá-lo, nomeadamente, como balcão de venda de bilhetes dos espectáculos não apenas do Rivoli, mas também de outros que tenham lugar na cidade.
Outra ideia de Mendes Pinto é "fazer da Praça D. João I um pólo de animação, com uma esplanada", que em seu entender poderia ser também explorada pelo concessionário do café-concerto do teatro. Mais ainda: o concessionário poderia igualmente responsabilizar-se pela animação deste espaço público, que sofreu uma intervenção profunda (ainda não concluída) - além do aparcamento subterrâneo, desapareceu o arruamento que havia em frente ao Rivoli.
P/Caixa
Café-concerto e restaurante fecha hoje
O Rivoli fica hoje sem o café-concerto e restaurante que, nos últimos cinco anos, funcionou no quinto piso. Isto porque termina a concessão deste espaço a Miguel Castro Silva, o "chef" que fez do "Bull and Bear", junto à Bolsa do Porto, um restaurante de referência. Já foram estabelecidos contactos tendo em vista encontrar um novo concessionário - Miguel Castro Silva terá recusado repetir a experiência. Marcelo Mendes Pinto disse ao PÚBLICO ter recebido já "uma meia dúzia" de propostas, mas ainda não as analisou com atenção.