Associação de Programadores Elabora

23-06-2002
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Associação de Programadores Elabora Documento para Ministro da Cultura

Por JOANA GORJÃO HENRIQUES

Domingo, 21 de Abril de 2002

Do 5º Encontro Nacional de Programadores, que decorreu ontem e anteontem, em Palmela , deverá sair um documento com uma posição sobre a Rede de Cine-Teatros ou os subsídios às artes do espectáculo

A Associação Portuguesa de Programadores Culturais (APPC) quer enviar um documento ao novo ministro da Cultura, Pedro Roseta, onde apelará à elaboração de um dossier que regulamente o funcionamento da Rede Nacional de Cine-Teatros e onde manifestará a sua posição quanto a outras questões relativamente à política cultural, como a Lei do Mecenato ou o financiamento às artes do espectáculo. Estes foram pontos debatidos ontem e na sexta-feira no 5º Encontro Nacional de Programadores, que decorreu em Palmela, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos e em Vale de Barris, no espaço do Bando, a quem coube a organização.

Apesar de a aprovação do documento em assembleia geral só estar prevista para o princípio da noite de ontem - o fim dos trabalhos estava marcado para depois das 20h, altura em que os diversos grupos de trabalho apresentariam as propostas para reunir em documento único - Miguel Honrado, vogal da direcção da APPC e coordenador do departamento de dança do Instituto Português das Artes do Espectáculo (IPAE), adiantou que a APPC considera necessário a criação de um dossier programa. Um dossier que sirva de instrumento normativo das redes, respeitando a variedade de estruturas de programação, que não anule as características específicas de cada espaço porque, segundo a APPC, o Ministério da Cultura (MC) não teve capacidade de intervenção na Rede Nacional de Cine-Teatros, lançada em 1998/99. "Os espaços foram construídos sem reflexão e este documento vai possibilitar o funcionamento em rede para a qual tem que existir uma uniformidade de critérios, tanto de programação como a nível técnico e humano. Devem ser espaços perfeitamente enquadrados na comunidade em que estão inseridos, e em termos de oferta cultural devem ser diversificados mas devem corresponder também às expectativas das comunidades. É necessário que exista uma identificação das comunidades com esses espaços, o que em muitos casos não acontece", analisa.

O dossier enquadraria assim o projecto de execução de cada cine-teatro, tendo em conta o programa artístico, os modelos arquitectónicos e técnicos específicos, os recursos humanos e formação e o enquadramento jurídico e de gestão.

No encontro, a APPC reflectiu também sobre a possibilidade de pedir ao ministro continuidade em relação ao anterior executivo quanto ao regulamento dos subsídios às artes do espectáculo, mas estava agendada uma análise ao ante-projecto elaborado durante o governo PS, pela ex-directora do IPAE, Ana Marín - a pedido do ministro Augusto Santos Silva (disponível em www.min-cultura.pt/Noticias/Apoios.html). "Há quem ache que esse documento é válido, que é preciso fazer apenas pequenas alterações", afirmou Natércia Campos, do Bando.

De manhã, sob o tema "Responsabilidade, prioridades de intervenção e forma de financiamento" e "Relação da autarquia com o movimento associativo e agentes culturais", representantes autárquicos falaram das suas especificidades - Manuela Melo (ex-vereadora da Cultura da Câmara Municipal do Porto) Luís Guerreiro (Palmela), Correia Marques (Beja) e Macário Correia (Tavira) - e manifestaram a sua posição sobre três pontos lançados por João Aidos, o moderador: um projecto cultural de cidade, a criação de uma carta cultural e a existência de um conselho consultivo.

Associação de Programadores Elabora Documento para Ministro da Cultura

Por JOANA GORJÃO HENRIQUES

Domingo, 21 de Abril de 2002

Do 5º Encontro Nacional de Programadores, que decorreu ontem e anteontem, em Palmela , deverá sair um documento com uma posição sobre a Rede de Cine-Teatros ou os subsídios às artes do espectáculo

A Associação Portuguesa de Programadores Culturais (APPC) quer enviar um documento ao novo ministro da Cultura, Pedro Roseta, onde apelará à elaboração de um dossier que regulamente o funcionamento da Rede Nacional de Cine-Teatros e onde manifestará a sua posição quanto a outras questões relativamente à política cultural, como a Lei do Mecenato ou o financiamento às artes do espectáculo. Estes foram pontos debatidos ontem e na sexta-feira no 5º Encontro Nacional de Programadores, que decorreu em Palmela, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos e em Vale de Barris, no espaço do Bando, a quem coube a organização.

Apesar de a aprovação do documento em assembleia geral só estar prevista para o princípio da noite de ontem - o fim dos trabalhos estava marcado para depois das 20h, altura em que os diversos grupos de trabalho apresentariam as propostas para reunir em documento único - Miguel Honrado, vogal da direcção da APPC e coordenador do departamento de dança do Instituto Português das Artes do Espectáculo (IPAE), adiantou que a APPC considera necessário a criação de um dossier programa. Um dossier que sirva de instrumento normativo das redes, respeitando a variedade de estruturas de programação, que não anule as características específicas de cada espaço porque, segundo a APPC, o Ministério da Cultura (MC) não teve capacidade de intervenção na Rede Nacional de Cine-Teatros, lançada em 1998/99. "Os espaços foram construídos sem reflexão e este documento vai possibilitar o funcionamento em rede para a qual tem que existir uma uniformidade de critérios, tanto de programação como a nível técnico e humano. Devem ser espaços perfeitamente enquadrados na comunidade em que estão inseridos, e em termos de oferta cultural devem ser diversificados mas devem corresponder também às expectativas das comunidades. É necessário que exista uma identificação das comunidades com esses espaços, o que em muitos casos não acontece", analisa.

O dossier enquadraria assim o projecto de execução de cada cine-teatro, tendo em conta o programa artístico, os modelos arquitectónicos e técnicos específicos, os recursos humanos e formação e o enquadramento jurídico e de gestão.

No encontro, a APPC reflectiu também sobre a possibilidade de pedir ao ministro continuidade em relação ao anterior executivo quanto ao regulamento dos subsídios às artes do espectáculo, mas estava agendada uma análise ao ante-projecto elaborado durante o governo PS, pela ex-directora do IPAE, Ana Marín - a pedido do ministro Augusto Santos Silva (disponível em www.min-cultura.pt/Noticias/Apoios.html). "Há quem ache que esse documento é válido, que é preciso fazer apenas pequenas alterações", afirmou Natércia Campos, do Bando.

De manhã, sob o tema "Responsabilidade, prioridades de intervenção e forma de financiamento" e "Relação da autarquia com o movimento associativo e agentes culturais", representantes autárquicos falaram das suas especificidades - Manuela Melo (ex-vereadora da Cultura da Câmara Municipal do Porto) Luís Guerreiro (Palmela), Correia Marques (Beja) e Macário Correia (Tavira) - e manifestaram a sua posição sobre três pontos lançados por João Aidos, o moderador: um projecto cultural de cidade, a criação de uma carta cultural e a existência de um conselho consultivo.

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