RTP tem que pagar 18 milhões de euros até ao fim do mês

04-06-2002
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RTP Tem Que Pagar 18 Milhões de Euros Até ao Fim do Mês

Terça-feira, 4 de Junho de 2002 Comissão nomeada para definir serviço público toma posse amanhã à tarde A RTP tem que pagar até ao final deste mês uma prestação de 18 milhões de euros (3,6 milhões de contos) de um empréstimo de 90 milhões (18 milhões de contos) que contraiu junto do banco Crédit Suisse. O empréstimo vencia em 2011, mas foi renegociado no final do ano passado, tendo o plano de pagamentos passado a obedecer a um regime de prestações semestrais a liquidar até 2003. Em Dezembro de 2001 foi paga uma primeira "tranche" de 18 milhões de euros estando o vencimento da segunda previsto para o final deste mês. O eventual não pagamento da prestação de final de Junho levaria a empresa a entrar numa situação de incumprimento. Fonte da administração cessante da televisão pública confirmou ao PÚBLICO o vencimento da prestação de 18 milhões de euros, disse que ela "está devidamente prevista nos planos de tesouraria" e garantiu que "será paga dentro do prazo". Até ao final do ano, a RTP tem que pagar "várias outras prestações", deste e de outros empréstimos que contraiu nos últimos anos - acrescentou. As dívidas de longo prazo da empresa ultrapassariam os 600 milhões de euros, a que acresceriam outros 120 milhões de compromissos a satisfazer no curto prazo. O risco de asfixia financeira tem sido uma constante no discurso do ministro da tutela. Há quase três semanas, quando foi ouvido na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Morais Sarmento afirmou que a RTP não tinha dinheiro para fazer face aos seus compromissos financeiros a partir de Julho. E que "o Governo não se poderia responsabilizar por uma empresa sobre a qual não tem controlo". Realçou ainda a necessidade de a nova administração "entrar rapidamente em diálogo com os trabalhadores, credores e bancos envolvidos na situação". A administração só poderá ser nomeada após promulgada a alteração à Lei da Televisão que o Presidente da República enviou, na sexta-feira passada, para apreciação do Tribunal Constitucional. Comissão nomeada amanhã A comissão nomeada pelo Governo para propor um novo modelo de serviço público de televisão toma, entretanto, posse amanhã à tarde na Presidência do Conselho de Ministros. O grupo de 12 - o abandono do cineasta José Fonseca e Costa, anunciado pelo PÚBLICO na sexta-feira passada, está confirmado - poderá ainda ser reforçado por outros elementos até um total de quatro, mediante proposta da presidente da comissão, Helena Vaz da Silva, a aprovar pelo conjunto dos elementos já designados. A comissão deverá, segundo o despacho conjunto que a cria - assinado pela ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, e pelo ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento - apresentar uma "proposta de definição do conteúdo e objectivos do serviço público de televisão". O despacho determina ainda que as conclusões sejam apresentadas ao Governo no prazo máximo de dois meses após a entrada em funções da administração designada para a televisão pública. João Manuel Rocha e Maria Lopes OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Tribunal suspende publicidade por uso de vozes de jornalistas

RTP tem que pagar 18 milhões de euros até ao fim do mês

Plataforma acusa Governo de "desorientação"

Observatório do Audiovisual corrige dados sobre a RTP

O serviço e o público (II)

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DVD E VÍDEO

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Terça-feira, 4 de Junho de 2002 Comissão nomeada para definir serviço público toma posse amanhã à tarde A RTP tem que pagar até ao final deste mês uma prestação de 18 milhões de euros (3,6 milhões de contos) de um empréstimo de 90 milhões (18 milhões de contos) que contraiu junto do banco Crédit Suisse. O empréstimo vencia em 2011, mas foi renegociado no final do ano passado, tendo o plano de pagamentos passado a obedecer a um regime de prestações semestrais a liquidar até 2003. Em Dezembro de 2001 foi paga uma primeira "tranche" de 18 milhões de euros estando o vencimento da segunda previsto para o final deste mês. O eventual não pagamento da prestação de final de Junho levaria a empresa a entrar numa situação de incumprimento. Fonte da administração cessante da televisão pública confirmou ao PÚBLICO o vencimento da prestação de 18 milhões de euros, disse que ela "está devidamente prevista nos planos de tesouraria" e garantiu que "será paga dentro do prazo". Até ao final do ano, a RTP tem que pagar "várias outras prestações", deste e de outros empréstimos que contraiu nos últimos anos - acrescentou. As dívidas de longo prazo da empresa ultrapassariam os 600 milhões de euros, a que acresceriam outros 120 milhões de compromissos a satisfazer no curto prazo. O risco de asfixia financeira tem sido uma constante no discurso do ministro da tutela. Há quase três semanas, quando foi ouvido na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Morais Sarmento afirmou que a RTP não tinha dinheiro para fazer face aos seus compromissos financeiros a partir de Julho. E que "o Governo não se poderia responsabilizar por uma empresa sobre a qual não tem controlo". Realçou ainda a necessidade de a nova administração "entrar rapidamente em diálogo com os trabalhadores, credores e bancos envolvidos na situação". A administração só poderá ser nomeada após promulgada a alteração à Lei da Televisão que o Presidente da República enviou, na sexta-feira passada, para apreciação do Tribunal Constitucional. Comissão nomeada amanhã A comissão nomeada pelo Governo para propor um novo modelo de serviço público de televisão toma, entretanto, posse amanhã à tarde na Presidência do Conselho de Ministros. O grupo de 12 - o abandono do cineasta José Fonseca e Costa, anunciado pelo PÚBLICO na sexta-feira passada, está confirmado - poderá ainda ser reforçado por outros elementos até um total de quatro, mediante proposta da presidente da comissão, Helena Vaz da Silva, a aprovar pelo conjunto dos elementos já designados. A comissão deverá, segundo o despacho conjunto que a cria - assinado pela ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, e pelo ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento - apresentar uma "proposta de definição do conteúdo e objectivos do serviço público de televisão". O despacho determina ainda que as conclusões sejam apresentadas ao Governo no prazo máximo de dois meses após a entrada em funções da administração designada para a televisão pública. João Manuel Rocha e Maria Lopes OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Tribunal suspende publicidade por uso de vozes de jornalistas

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