"Fiquei decepcionado com o Governo"

27-02-2003
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Adiamento do "choque fiscal"

"Fiquei Decepcionado com o Governo"

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2003

A não aplicação do "choque fiscal" prometido por Durão Barroso durante a campanha eleitoral decepcionou Ludgero Marques, que só não se sente enganado, porque admite que o Governo precisava de receitas. O presidente da AEP avalia positivamente a actuação de Manuela Ferreira Leite, critica Valente de Oliveira e considera injustos os reparos de Jorge Sampaio aos empresários, a propósito do desemprego.

R.- Este Governo concretizou muitas medidas que tínhamos no documento "Uma nova ambição para Portugal". Que as medidas - a nível de fisco, economia, justiça e ensino - estão lá, estão... agora que as ponham correctamente na prática.

R.- Quer queiramos quer não a situação da economia nos últimos tempos é o resultado da falta de políticas económicas e fiscais no devido momento. Este Governo poderá, eventualmente, ter demorado algum tempo a ajustar estas medidas.

R.- Eu sempre fiquei decepcionado com o Governo, que disse que não tinha condições para aplicar o choque fiscal. Estou à espera.

R.- Só não me sinto enganado, porque admito que o Governo teve necessidade de recorrer a receitas extraordinárias. O choque fiscal criaria na mentalidade de cada um a ideia de uma perda de receitas, daí que admita que o Governo tivesse bloqueado e protelado o choque fiscal.

R.- Em geral, os portugueses apreciaram a determinação da ministra das Finanças em tentar pôr rigor nas contas públicas, o que terá resultado no cumprimento do défice. Daí que faça uma apreciação positiva até porque a ministra tem uma outra vantagem que é o facto da forma de expressar-se transmitir confiança.

R.- Tem que ser. Sou um optimista.

R.- Estou muito preocupado com a forma como estão a ser desenvolvidas essas áreas todas. Não sei como é que se continua a demorar anos e anos para se fazer um quilómetro de IC1 e para alargar a A1. É um escândalo e nunca vi o senhor Presidente da República a tomar posições sobre isso.

R.- É desagradável ter-se gasto tanto dinheiro até esta fase... Se o Governo anterior foi mau, que eu não duvido, no que diz respeito a infra-estruturas... É que os ministros anteriores fizeram um péssimo serviço a Portugal. Nós não podemos estar parados. Assim não.

R.- É um crime nacional e não entendo por que é que o senhor ministro das Obras Públicas reabriu o projecto de construção.

R.- Não entendo. Acho que foi um mau passo, uma incongruência, o que registo com muito desagrado.

R.- Considero falta de política nacional e falta de conhecimento estratégico, porque não há razão absolutamente nenhuma para se estar a falar em TGV quando eu não conheço a situação da rede ferroviária nacional. Também não consigo entender a subserviência de Portugal a Espanha. Os espanhóis estão a atrasar-nos e a avançar eles.

R.- Foi uma crítica injusta porque afectou os empresários portugueses quando os casos de que fala o senhor PR não são exemplificativos de um todo. Foi injusto, porque se há empresários maus nós somos os primeiros a defender que os ponham na cadeia.

Adiamento do "choque fiscal"

"Fiquei Decepcionado com o Governo"

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2003

A não aplicação do "choque fiscal" prometido por Durão Barroso durante a campanha eleitoral decepcionou Ludgero Marques, que só não se sente enganado, porque admite que o Governo precisava de receitas. O presidente da AEP avalia positivamente a actuação de Manuela Ferreira Leite, critica Valente de Oliveira e considera injustos os reparos de Jorge Sampaio aos empresários, a propósito do desemprego.

R.- Este Governo concretizou muitas medidas que tínhamos no documento "Uma nova ambição para Portugal". Que as medidas - a nível de fisco, economia, justiça e ensino - estão lá, estão... agora que as ponham correctamente na prática.

R.- Quer queiramos quer não a situação da economia nos últimos tempos é o resultado da falta de políticas económicas e fiscais no devido momento. Este Governo poderá, eventualmente, ter demorado algum tempo a ajustar estas medidas.

R.- Eu sempre fiquei decepcionado com o Governo, que disse que não tinha condições para aplicar o choque fiscal. Estou à espera.

R.- Só não me sinto enganado, porque admito que o Governo teve necessidade de recorrer a receitas extraordinárias. O choque fiscal criaria na mentalidade de cada um a ideia de uma perda de receitas, daí que admita que o Governo tivesse bloqueado e protelado o choque fiscal.

R.- Em geral, os portugueses apreciaram a determinação da ministra das Finanças em tentar pôr rigor nas contas públicas, o que terá resultado no cumprimento do défice. Daí que faça uma apreciação positiva até porque a ministra tem uma outra vantagem que é o facto da forma de expressar-se transmitir confiança.

R.- Tem que ser. Sou um optimista.

R.- Estou muito preocupado com a forma como estão a ser desenvolvidas essas áreas todas. Não sei como é que se continua a demorar anos e anos para se fazer um quilómetro de IC1 e para alargar a A1. É um escândalo e nunca vi o senhor Presidente da República a tomar posições sobre isso.

R.- É desagradável ter-se gasto tanto dinheiro até esta fase... Se o Governo anterior foi mau, que eu não duvido, no que diz respeito a infra-estruturas... É que os ministros anteriores fizeram um péssimo serviço a Portugal. Nós não podemos estar parados. Assim não.

R.- É um crime nacional e não entendo por que é que o senhor ministro das Obras Públicas reabriu o projecto de construção.

R.- Não entendo. Acho que foi um mau passo, uma incongruência, o que registo com muito desagrado.

R.- Considero falta de política nacional e falta de conhecimento estratégico, porque não há razão absolutamente nenhuma para se estar a falar em TGV quando eu não conheço a situação da rede ferroviária nacional. Também não consigo entender a subserviência de Portugal a Espanha. Os espanhóis estão a atrasar-nos e a avançar eles.

R.- Foi uma crítica injusta porque afectou os empresários portugueses quando os casos de que fala o senhor PR não são exemplificativos de um todo. Foi injusto, porque se há empresários maus nós somos os primeiros a defender que os ponham na cadeia.

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