EXPRESSO online

18-11-2002
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A ideia fixa Manuela Ferreira Leite tem a vantagem de falar claro e, por isso, compreende-se muito bem o que diz: a desgraça das contas públicas é de tal ordem que o orçamento não pode ser senão de aperto, mesmo com a folga de dois anos dada por Bruxelas para o défice zero. E a primeira condição para a economia portuguesa poder acompanhar a retoma europeia, quando ela ocorrer, é ter «a casa arrumada». Tudo isto se compreende e faz sentido. Mas é impossível não anotar uma vez mais que entre o discurso tremendista das Finanças e o discurso de campanha do PSD vai uma enorme distância, estando este primeiro orçamento a desmentir linha por linha cada uma das promessas de Durão Barroso há oito meses. Tal como a opção de avançar com as grandes obras públicas anunciadas pelos Governos de Guterres - do aeroporto da Ota ao TGV - já tinha posto em causa o famoso discurso do líder do PSD que recusava levá-las por diante enquanto houvesse uma criança em listas de espera e os idosos não tivessem pensões dignas. Tudo isto se compreende e faz sentido. Mas é impossível não anotar uma vez mais que entre o discurso tremendista das Finanças e o discurso de campanha do PSD vai uma enorme distância, estando este primeiro orçamento a desmentir linha por linha cada uma das promessas de Durão Barroso há oito meses. Tal como a opção de avançar com as grandes obras públicas anunciadas pelos Governos de Guterres - do aeroporto da Ota ao TGV - já tinha posto em causa o famoso discurso do líder do PSD que recusava levá-las por diante enquanto houvesse uma criança em listas de espera e os idosos não tivessem pensões dignas. A incoerência entre os dois discursos é fatal para o Governo e para a credibilidade do seus rostos de campanha- Durão e Portas. E, no entanto, é o discurso do Governo que tem sentido - não os dos líderes partidários com promessas impossíveis e opções demagógicas. As obras públicas são necessárias e não podem ser colocadas em alternativa com as políticas sociais; o país é pobre e anda há muito desgovernado, pelo que o rigor das contas públicas é um imperativo inadiável por razões externas e internas. Ninguém duvida. Mas assim como os discursos de optimismo imoderado nas campanhas põem os políticos a ridículo quando se vai confrontar o seu desempenho no poder, a ideia fixa do défice também pode pôr o Governo a ridículo. Basta que os «grandes» da Europa também não cumpram nos próximos dois anos e decidam, por sua conveniência, mudar outra vez à última hora o prazo para chegar ao zero. A incoerência entre os dois discursos é fatal para o Governo e para a credibilidade do seus rostos de campanha- Durão e Portas. E, no entanto, é o discurso do Governo que tem sentido - não os dos líderes partidários com promessas impossíveis e opções demagógicas. As obras públicas são necessárias e não podem ser colocadas em alternativa com as políticas sociais; o país é pobre e anda há muito desgovernado, pelo que o rigor das contas públicas é um imperativo inadiável por razões externas e internas. Ninguém duvida. Mas assim como os discursos de optimismo imoderado nas campanhas põem os políticos a ridículo quando se vai confrontar o seu desempenho no poder, a ideia fixa do défice também pode pôr o Governo a ridículo. Basta que os «grandes» da Europa também não cumpram nos próximos dois anos e decidam, por sua conveniência, mudar outra vez à última hora o prazo para chegar ao zero. Com o precedente agora aberto, tudo é possível. E na hora de pagar os custos políticos da sua obsessão pelo défice, talvez o Governo ainda venha a arrepender-se. Mas terá prestado ao país um serviço inestimável, melhorando a sua auto-disciplina e reforçando a sua credibilidade externa. Com o precedente agora aberto, tudo é possível. E na hora de pagar os custos políticos da sua obsessão pelo défice, talvez o Governo ainda venha a arrepender-se. Mas terá prestado ao país um serviço inestimável, melhorando a sua auto-disciplina e reforçando a sua credibilidade externa. 2 Outubro 2002

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Comentários

1 a 20 de 34 Tokarev 00:37 13 Outubro 2002 A substituição atempada de Jorge Sampaio

Jorge Sampaio não cumpre. É consensual, embora os motivos variem consoante cada qual.

Para o seu lugar deve o PS prever a figura mais apropriada para a suprema magistratura. Destaca-se no elenco dos prováveis, por mérito próprio, o Senhor Narciso Miranda, presidente do PS Norte, autarca emérito, antigo governante, homem de um carisma à prova de bala. Impõe-se a sua apresentação e reconhecimento público, até para não deixar avançar o delírio do progenitor do Casino Parque Mayer, do elevador do Castelo, da limpeza incompleta dos bairros de lata. Candidatura essa que, a ser apoiada por seu Ex.mo Pai, traria sem dúvida muitos problemas ao país e ao partido. CMSilva 10:03 3 Outubro 2002 Manuela Ferreira Leite poderia começar por doutrinar os seus colegas de Governo, em particular o nosso MNE ( não me lembro do nome dele, mas como também não ficará para a História, não faz mal), para comportamentos mais de acordo com a situação financeira do país.

Por exemplo, da próxima vez que o MNE tiver uma deslocação ao estrangeiro em acompanhamento do PR, tal como recentemente aconteceu com a viagem à Bulgária, que faça o possível por sair a horas das reuniões do Conselho de Ministros, para que não seja necessário uma viagem de avião só para ele.

É que, caso ninguém tenha reparado, o nosso MNE ia custar aos cofres do Estado uma boa maquia num vôo especial do Falcon do Governo, ou de um C130 da FA, só porque não aproveitou o vôo da comitiva. Felizmente, a "birra" quanto ao C130 acabou por resultar em não haver deslocação e assim se pouparam uns bons trocos ao "nosso" cofre.

Mas diz bem da sua mentalidade o facto de nem sequer o "kit" de luxo da FA lhe servir na deslocação. Para o homem, ou é Falcon ou não vai. E os custos para o Estado que se lixem. A Ferreira Leite que aumente mais uns impostos e a coisa fica paga.

Muito bem. O sr. MNE não vai em "kits", mas é de "tiques". Ulisses 01:03 3 Outubro 2002 Ideia fixa

A dúvida está em saber-se se a obsessão foi realmente pelo défice ou, antes, pela conquista do Poder a todo o custo.

Cordiais cumprimentos ora-ai-vai 00:33 3 Outubro 2002 Vitor Mango 21:57 2 Outubro 2002

Olhe que é uma anedota já batida. J.B.DLEGS 23:43 2 Outubro 2002 O IDEAFIX, O ASTERIX E O OBELIX

Bela meia pirueta.

Ao jornalista da dimensão intelectual do FM parece ter ficado agora atribuída a missão infeliz de, após a tentativa politicamente estupida de linchamento político de um ex-jornalista com 5 meses de governo a que todo o País assistiu, tentar separar de todos os directamente atingidos (para além do governo, todos os portugueses afinal, mais os dois partidos do governo, de que fazem parte, até ver, os vingadores ocultos e explícitos) tentar separar, dizia, a figura da Ministra das Finanças é de uma menoridade intelectual rara em quem se tem como genial.

Se o Ideafix escreve isto agora, do Asterix é fácil perceber a ideia.

Será assim tão difícil assim saber quem é o vai12 Obelix deste tristíssimo episódio político?

Que saudades do Prof. Alfredo de Sousa!

O Druida, definitivamente, não está naquela aldeia.

Nunca esteve !

PORTUGAL NÃO É ISTO. Vitor Mango 21:57 2 Outubro 2002 Caro SuperAlhoPorro 13:46

Li de novo e desta vez mais pausadamente a sua ironica prosa .

Tem muito nivel .

Confesso ironicamente como Português . jrrbc 21:14 2 Outubro 2002 LULA

http://www.lula.org.br/ ora-ai-vai 20:25 2 Outubro 2002 Pois e se calhar todo o restante e impressionante elenco apresentado para area economica na campanha eleitoral pelo PSD, leu atempadamente e deu de frosques! ora-ai-vai 20:19 2 Outubro 2002 cont.

Perdão, se calhar é uma indirecta para o governo!

ora-ai-vai 20:16 2 Outubro 2002 ObserComentando 19:54 2 Outubro 2002

Já agora, Que comissão? e que livros? ObserComentando 19:54 2 Outubro 2002 À Direita

Exm(os). Sr.(es)

O conhecimento de V(as). Ex(as)., sobre propaganda e informação descartável transparece a todo o instante, (conhecimento esse ao qual eu “tiro o chapéu”), mas....

O desconhecimento transparece a cada frase proferida por V(as). Ex(as)., qual desconhecimento??????, perguntam.

Bom o desconhecimento da real situação do País deixada pelo Eng. Guterres em 2001, para ultrapassar tal, aconselho a leitura do relatório da comissão encarregue para analisar as contas do País no referido ano. Eu disse a leitura do relatório, não das “bocas” sobre o relatório.

O desconhecimento transparece a cada frase proferida por V(as). Ex(as)., qual desconhecimento??????, perguntam.

Bom o desconhecimento do tecido social e empresarial do País, para ultrapassar tal aconselho a leitura de alguns bons livros existentes no mercado e/ou a leitura e subsequente interpretação das estatísticas do INE. Eu disse a leitura dos “ditos”, não das “conversas de café” sobre....

O desconhecimento transparece a cada frase proferida por V(as). Ex(as)., qual desconhecimento??????, perguntam.

Bom o desconhecimento das teorias económicas e consequentes estratégias, para diferentes realidades económicas e sociais, também, neste caso, aconselho a leitura de alguns livros existentes no mercado e/ou a leitura e subsequente interpretação de algumas teses. Eu disse a leitura dos “ditos(as)”, não dos “bitaites” sobre.

Se alguém de entre V(as). Ex(as)., já tenha feito tal leitura ou se dignar a efectua-la e realizar um comentário crítico e/ou corroborante sobre o passado e o presente, terei todo o gosto em manter um dialogo. Caso contrário, eu e de certo, mais alguns, limitar-nos-emos a ler, (quer artigos, como este, quer comentários, como estes), e a rir a “bandeiras despregadas” pela ignorância e o sectarismo neles expresso.

Disse rir a “bandeiras despregadas”, muito embora o mais apropriado fosse a expressão “ficar entristecido”, dado que teoricamente este forúm é “frequentado”, por gente com alguma formação e preocupação pelo que a rodeia, o que se torna preocupante, dado que espelha a “leveza” com que muitos de nós encaramos a formação da nossa própria opinião.

PPCG

porquespinho 19:50 2 Outubro 2002 merces

É de esquerda. Parabéns.

Existe uma definição de direita que diz que é direita quem pergunta: QUEM PAGA?

Quem é de esquerda não perdia nada se de vez em quando parasse para fazer esta pergunta. Foi assim que o governo anterior pôs o país de tanga.

A pergunta é quem paga o défice do OGE e o défice externo?

Se continuasse o anterior governo pagá-lo-iamos mais tarde ou mais cedo com inflação, desemprego e altas taxas de juros.

Estes são números que condicionam a vida das pessoas. E são inflexiveis!

paulao 19:47 2 Outubro 2002 O 'cherne', o 'miss fardas' e a 'horrorosa das finanças' bem podem juntar os trapinhos, atarem uma mó de moinho aos pescocinhos e atirarem-se ao mar. Era um alivio para o povo trabalhador portugues. ora-ai-vai 19:35 2 Outubro 2002 conclusão

Pagou em cash. ora-ai-vai 19:31 2 Outubro 2002 Exemplo

O dao Sr foi comprar um chiante ao estranjeiro.

Por sinal era frança.

Na hora de pagar, apresentou o cheque com todas as garantias bancárias e o velhote que estava a vender fez-lhe o mangito?

Indignado perguntou - Então o Sr não confia?

Confiar confio, mas tudo o que vem para ao banco o estado não perdou-a e os impostos AQUI PAGAM-SE doa a quem doer! ora-ai-vai 19:23 2 Outubro 2002 O que esta em causa aqui não é o lastimavel governo anterior é infelismente a sua continuação!!

A despesa publica aumenta e para diminuir o defice, aumentam-se os impostos e diminui-se o investimento!

Onde está a contenção?

Onde está a reforma da administração publica?

Vale de Soure 17:36 2 Outubro 2002 SuperAlhoPorro

Gostei do seu comentário, quer na vertente humorística (bem apanhada), quer na parte "séria".

Compreendo que é preciso rigor. Compreendo menos - ou não compreendo de todo - que o rigor recaia sobre os do costume: na prática, a um agravamento do IRS, corresponde um desagravamento do IRC (pelo menos cumpre-se uma promessa eleitoral). Equidade fiscal é uma miragem.

Gostaria de ler aqui as opiniões dos economistas que são comentadores deste espaço, relativamente a este Orçamento.

Para mim, que tal como FOLIVEIRA, nada percebo de Economia ou de Finanças, parece-me que estamos a levar com "mais do mesmo".

Assim, se é certo que os Orçamentos guterristas eram despesistas, como não se cansam de apregoar os "novos" governantes, o que me leva a pensar que havia um inútil esbanjar de dinheiro, como se justifica que a despesa prevista no Orçamento (de contenção) de 2003 aumente relativamente aos sibaríticos Orçamentos socialistas?

Se, no passado recente, havia gastos supérfluos, não seria mais lógico cortá-los, ao invés de continuar a aumentar a despesa pública e, mais uma vez, atirar para cima do povo (sobretudo da classe média) com o fardo dos custos da recuperação económica?

Aliás, com a irrealista previsão do aumento das exportações, temo que o nosso cinto venha a ser ainda mais apertado do que o que foi, agora, divulgado.

Há muitos anos já que tenho a ideia de que não são precisas qualificações especiais para ocupar o lugar de ministro das Finanças. Com excepção de alguns, poucos, os que ocuparam a cadeira nos últimos 15 anos são disso exemplo. É preciso mais dinheiro? Aumentam-se os impostos, os combustíveis, os transportes, etc. Fácil como se vê.

JusticeXXI 16:17 2 Outubro 2002 Questões de justiça

http://www.diariodigital.pt/news.asp?id_news=45947 Comba 16:00 2 Outubro 2002 Incoerências e pragmatismo

Espanta-me que o F.Madrinha insista na incoerência entre o discurso do Durão na campanha e as medidas que são necessárias, face aos 4,1% de défice em 2001!...

Tenhamos esperança que a ministra das Finanças consiga que Portugal se afaste do pântano em que o PS e o A.Guterres deixaram o país.

Vitor Mango 15:32 2 Outubro 2002 Ironicamente SuperAlhoPorro 13:46- 20 copos

Gostei da ironia !

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A ideia fixa Manuela Ferreira Leite tem a vantagem de falar claro e, por isso, compreende-se muito bem o que diz: a desgraça das contas públicas é de tal ordem que o orçamento não pode ser senão de aperto, mesmo com a folga de dois anos dada por Bruxelas para o défice zero. E a primeira condição para a economia portuguesa poder acompanhar a retoma europeia, quando ela ocorrer, é ter «a casa arrumada». Tudo isto se compreende e faz sentido. Mas é impossível não anotar uma vez mais que entre o discurso tremendista das Finanças e o discurso de campanha do PSD vai uma enorme distância, estando este primeiro orçamento a desmentir linha por linha cada uma das promessas de Durão Barroso há oito meses. Tal como a opção de avançar com as grandes obras públicas anunciadas pelos Governos de Guterres - do aeroporto da Ota ao TGV - já tinha posto em causa o famoso discurso do líder do PSD que recusava levá-las por diante enquanto houvesse uma criança em listas de espera e os idosos não tivessem pensões dignas. Tudo isto se compreende e faz sentido. Mas é impossível não anotar uma vez mais que entre o discurso tremendista das Finanças e o discurso de campanha do PSD vai uma enorme distância, estando este primeiro orçamento a desmentir linha por linha cada uma das promessas de Durão Barroso há oito meses. Tal como a opção de avançar com as grandes obras públicas anunciadas pelos Governos de Guterres - do aeroporto da Ota ao TGV - já tinha posto em causa o famoso discurso do líder do PSD que recusava levá-las por diante enquanto houvesse uma criança em listas de espera e os idosos não tivessem pensões dignas. A incoerência entre os dois discursos é fatal para o Governo e para a credibilidade do seus rostos de campanha- Durão e Portas. E, no entanto, é o discurso do Governo que tem sentido - não os dos líderes partidários com promessas impossíveis e opções demagógicas. As obras públicas são necessárias e não podem ser colocadas em alternativa com as políticas sociais; o país é pobre e anda há muito desgovernado, pelo que o rigor das contas públicas é um imperativo inadiável por razões externas e internas. Ninguém duvida. Mas assim como os discursos de optimismo imoderado nas campanhas põem os políticos a ridículo quando se vai confrontar o seu desempenho no poder, a ideia fixa do défice também pode pôr o Governo a ridículo. Basta que os «grandes» da Europa também não cumpram nos próximos dois anos e decidam, por sua conveniência, mudar outra vez à última hora o prazo para chegar ao zero. A incoerência entre os dois discursos é fatal para o Governo e para a credibilidade do seus rostos de campanha- Durão e Portas. E, no entanto, é o discurso do Governo que tem sentido - não os dos líderes partidários com promessas impossíveis e opções demagógicas. As obras públicas são necessárias e não podem ser colocadas em alternativa com as políticas sociais; o país é pobre e anda há muito desgovernado, pelo que o rigor das contas públicas é um imperativo inadiável por razões externas e internas. Ninguém duvida. Mas assim como os discursos de optimismo imoderado nas campanhas põem os políticos a ridículo quando se vai confrontar o seu desempenho no poder, a ideia fixa do défice também pode pôr o Governo a ridículo. Basta que os «grandes» da Europa também não cumpram nos próximos dois anos e decidam, por sua conveniência, mudar outra vez à última hora o prazo para chegar ao zero. Com o precedente agora aberto, tudo é possível. E na hora de pagar os custos políticos da sua obsessão pelo défice, talvez o Governo ainda venha a arrepender-se. Mas terá prestado ao país um serviço inestimável, melhorando a sua auto-disciplina e reforçando a sua credibilidade externa. Com o precedente agora aberto, tudo é possível. E na hora de pagar os custos políticos da sua obsessão pelo défice, talvez o Governo ainda venha a arrepender-se. Mas terá prestado ao país um serviço inestimável, melhorando a sua auto-disciplina e reforçando a sua credibilidade externa. 2 Outubro 2002

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1 a 20 de 34 Tokarev 00:37 13 Outubro 2002 A substituição atempada de Jorge Sampaio

Jorge Sampaio não cumpre. É consensual, embora os motivos variem consoante cada qual.

Para o seu lugar deve o PS prever a figura mais apropriada para a suprema magistratura. Destaca-se no elenco dos prováveis, por mérito próprio, o Senhor Narciso Miranda, presidente do PS Norte, autarca emérito, antigo governante, homem de um carisma à prova de bala. Impõe-se a sua apresentação e reconhecimento público, até para não deixar avançar o delírio do progenitor do Casino Parque Mayer, do elevador do Castelo, da limpeza incompleta dos bairros de lata. Candidatura essa que, a ser apoiada por seu Ex.mo Pai, traria sem dúvida muitos problemas ao país e ao partido. CMSilva 10:03 3 Outubro 2002 Manuela Ferreira Leite poderia começar por doutrinar os seus colegas de Governo, em particular o nosso MNE ( não me lembro do nome dele, mas como também não ficará para a História, não faz mal), para comportamentos mais de acordo com a situação financeira do país.

Por exemplo, da próxima vez que o MNE tiver uma deslocação ao estrangeiro em acompanhamento do PR, tal como recentemente aconteceu com a viagem à Bulgária, que faça o possível por sair a horas das reuniões do Conselho de Ministros, para que não seja necessário uma viagem de avião só para ele.

É que, caso ninguém tenha reparado, o nosso MNE ia custar aos cofres do Estado uma boa maquia num vôo especial do Falcon do Governo, ou de um C130 da FA, só porque não aproveitou o vôo da comitiva. Felizmente, a "birra" quanto ao C130 acabou por resultar em não haver deslocação e assim se pouparam uns bons trocos ao "nosso" cofre.

Mas diz bem da sua mentalidade o facto de nem sequer o "kit" de luxo da FA lhe servir na deslocação. Para o homem, ou é Falcon ou não vai. E os custos para o Estado que se lixem. A Ferreira Leite que aumente mais uns impostos e a coisa fica paga.

Muito bem. O sr. MNE não vai em "kits", mas é de "tiques". Ulisses 01:03 3 Outubro 2002 Ideia fixa

A dúvida está em saber-se se a obsessão foi realmente pelo défice ou, antes, pela conquista do Poder a todo o custo.

Cordiais cumprimentos ora-ai-vai 00:33 3 Outubro 2002 Vitor Mango 21:57 2 Outubro 2002

Olhe que é uma anedota já batida. J.B.DLEGS 23:43 2 Outubro 2002 O IDEAFIX, O ASTERIX E O OBELIX

Bela meia pirueta.

Ao jornalista da dimensão intelectual do FM parece ter ficado agora atribuída a missão infeliz de, após a tentativa politicamente estupida de linchamento político de um ex-jornalista com 5 meses de governo a que todo o País assistiu, tentar separar de todos os directamente atingidos (para além do governo, todos os portugueses afinal, mais os dois partidos do governo, de que fazem parte, até ver, os vingadores ocultos e explícitos) tentar separar, dizia, a figura da Ministra das Finanças é de uma menoridade intelectual rara em quem se tem como genial.

Se o Ideafix escreve isto agora, do Asterix é fácil perceber a ideia.

Será assim tão difícil assim saber quem é o vai12 Obelix deste tristíssimo episódio político?

Que saudades do Prof. Alfredo de Sousa!

O Druida, definitivamente, não está naquela aldeia.

Nunca esteve !

PORTUGAL NÃO É ISTO. Vitor Mango 21:57 2 Outubro 2002 Caro SuperAlhoPorro 13:46

Li de novo e desta vez mais pausadamente a sua ironica prosa .

Tem muito nivel .

Confesso ironicamente como Português . jrrbc 21:14 2 Outubro 2002 LULA

http://www.lula.org.br/ ora-ai-vai 20:25 2 Outubro 2002 Pois e se calhar todo o restante e impressionante elenco apresentado para area economica na campanha eleitoral pelo PSD, leu atempadamente e deu de frosques! ora-ai-vai 20:19 2 Outubro 2002 cont.

Perdão, se calhar é uma indirecta para o governo!

ora-ai-vai 20:16 2 Outubro 2002 ObserComentando 19:54 2 Outubro 2002

Já agora, Que comissão? e que livros? ObserComentando 19:54 2 Outubro 2002 À Direita

Exm(os). Sr.(es)

O conhecimento de V(as). Ex(as)., sobre propaganda e informação descartável transparece a todo o instante, (conhecimento esse ao qual eu “tiro o chapéu”), mas....

O desconhecimento transparece a cada frase proferida por V(as). Ex(as)., qual desconhecimento??????, perguntam.

Bom o desconhecimento da real situação do País deixada pelo Eng. Guterres em 2001, para ultrapassar tal, aconselho a leitura do relatório da comissão encarregue para analisar as contas do País no referido ano. Eu disse a leitura do relatório, não das “bocas” sobre o relatório.

O desconhecimento transparece a cada frase proferida por V(as). Ex(as)., qual desconhecimento??????, perguntam.

Bom o desconhecimento do tecido social e empresarial do País, para ultrapassar tal aconselho a leitura de alguns bons livros existentes no mercado e/ou a leitura e subsequente interpretação das estatísticas do INE. Eu disse a leitura dos “ditos”, não das “conversas de café” sobre....

O desconhecimento transparece a cada frase proferida por V(as). Ex(as)., qual desconhecimento??????, perguntam.

Bom o desconhecimento das teorias económicas e consequentes estratégias, para diferentes realidades económicas e sociais, também, neste caso, aconselho a leitura de alguns livros existentes no mercado e/ou a leitura e subsequente interpretação de algumas teses. Eu disse a leitura dos “ditos(as)”, não dos “bitaites” sobre.

Se alguém de entre V(as). Ex(as)., já tenha feito tal leitura ou se dignar a efectua-la e realizar um comentário crítico e/ou corroborante sobre o passado e o presente, terei todo o gosto em manter um dialogo. Caso contrário, eu e de certo, mais alguns, limitar-nos-emos a ler, (quer artigos, como este, quer comentários, como estes), e a rir a “bandeiras despregadas” pela ignorância e o sectarismo neles expresso.

Disse rir a “bandeiras despregadas”, muito embora o mais apropriado fosse a expressão “ficar entristecido”, dado que teoricamente este forúm é “frequentado”, por gente com alguma formação e preocupação pelo que a rodeia, o que se torna preocupante, dado que espelha a “leveza” com que muitos de nós encaramos a formação da nossa própria opinião.

PPCG

porquespinho 19:50 2 Outubro 2002 merces

É de esquerda. Parabéns.

Existe uma definição de direita que diz que é direita quem pergunta: QUEM PAGA?

Quem é de esquerda não perdia nada se de vez em quando parasse para fazer esta pergunta. Foi assim que o governo anterior pôs o país de tanga.

A pergunta é quem paga o défice do OGE e o défice externo?

Se continuasse o anterior governo pagá-lo-iamos mais tarde ou mais cedo com inflação, desemprego e altas taxas de juros.

Estes são números que condicionam a vida das pessoas. E são inflexiveis!

paulao 19:47 2 Outubro 2002 O 'cherne', o 'miss fardas' e a 'horrorosa das finanças' bem podem juntar os trapinhos, atarem uma mó de moinho aos pescocinhos e atirarem-se ao mar. Era um alivio para o povo trabalhador portugues. ora-ai-vai 19:35 2 Outubro 2002 conclusão

Pagou em cash. ora-ai-vai 19:31 2 Outubro 2002 Exemplo

O dao Sr foi comprar um chiante ao estranjeiro.

Por sinal era frança.

Na hora de pagar, apresentou o cheque com todas as garantias bancárias e o velhote que estava a vender fez-lhe o mangito?

Indignado perguntou - Então o Sr não confia?

Confiar confio, mas tudo o que vem para ao banco o estado não perdou-a e os impostos AQUI PAGAM-SE doa a quem doer! ora-ai-vai 19:23 2 Outubro 2002 O que esta em causa aqui não é o lastimavel governo anterior é infelismente a sua continuação!!

A despesa publica aumenta e para diminuir o defice, aumentam-se os impostos e diminui-se o investimento!

Onde está a contenção?

Onde está a reforma da administração publica?

Vale de Soure 17:36 2 Outubro 2002 SuperAlhoPorro

Gostei do seu comentário, quer na vertente humorística (bem apanhada), quer na parte "séria".

Compreendo que é preciso rigor. Compreendo menos - ou não compreendo de todo - que o rigor recaia sobre os do costume: na prática, a um agravamento do IRS, corresponde um desagravamento do IRC (pelo menos cumpre-se uma promessa eleitoral). Equidade fiscal é uma miragem.

Gostaria de ler aqui as opiniões dos economistas que são comentadores deste espaço, relativamente a este Orçamento.

Para mim, que tal como FOLIVEIRA, nada percebo de Economia ou de Finanças, parece-me que estamos a levar com "mais do mesmo".

Assim, se é certo que os Orçamentos guterristas eram despesistas, como não se cansam de apregoar os "novos" governantes, o que me leva a pensar que havia um inútil esbanjar de dinheiro, como se justifica que a despesa prevista no Orçamento (de contenção) de 2003 aumente relativamente aos sibaríticos Orçamentos socialistas?

Se, no passado recente, havia gastos supérfluos, não seria mais lógico cortá-los, ao invés de continuar a aumentar a despesa pública e, mais uma vez, atirar para cima do povo (sobretudo da classe média) com o fardo dos custos da recuperação económica?

Aliás, com a irrealista previsão do aumento das exportações, temo que o nosso cinto venha a ser ainda mais apertado do que o que foi, agora, divulgado.

Há muitos anos já que tenho a ideia de que não são precisas qualificações especiais para ocupar o lugar de ministro das Finanças. Com excepção de alguns, poucos, os que ocuparam a cadeira nos últimos 15 anos são disso exemplo. É preciso mais dinheiro? Aumentam-se os impostos, os combustíveis, os transportes, etc. Fácil como se vê.

JusticeXXI 16:17 2 Outubro 2002 Questões de justiça

http://www.diariodigital.pt/news.asp?id_news=45947 Comba 16:00 2 Outubro 2002 Incoerências e pragmatismo

Espanta-me que o F.Madrinha insista na incoerência entre o discurso do Durão na campanha e as medidas que são necessárias, face aos 4,1% de défice em 2001!...

Tenhamos esperança que a ministra das Finanças consiga que Portugal se afaste do pântano em que o PS e o A.Guterres deixaram o país.

Vitor Mango 15:32 2 Outubro 2002 Ironicamente SuperAlhoPorro 13:46- 20 copos

Gostei da ironia !

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