Testes

30-04-2003
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Nesta página os estudantes encontrarão testes de anos anteriores. Chama-se, no entanto, à atenção, como nos panfletos dos produtos financeiros, que testes passados não garantem testes futuros. Quer isto dizer que a estrutura e os temas das questões mudam sem aviso prévio. No entanto, estes testes podem servir para os estudantes treinarem o raciocínio e, sobretudo, a realziação de um teste com consulta. I O mundo é um reservatório de conhecimento e a palavra-chave é descobrir competências de outras empresas que se possam "misturar" com as da sua firma, e inovar a partir daí. Em suma, já não bastam as suas competências nucleares - é preciso desenvolver uma "arte" de inovar "recombinando" saberes díspares.., Gary Hamel in www.janelanaweb.com , retirado em 2003.01.13 A afirmação de Gary Hamel lança dois desafios fundamentais às empresas que competem ou querem competir nos mercados internacionais. Pretende-se que identifique esses dois desafios e que discuta os impactos que eles provocam nas estratégias das empresas e nas competências exigidas para lidar com eles. (7 valores) II A corrida à "estrela" do Sul A corrida espanhola teve um quinquénio de ouro. Só entre 1994 e 2000, a Espanha investiu directamente em termos líquidos na Argentina mais de 20 mil milhões de euros, segundo o Ministério de Economia do nosso país vizinho. Para os argentinos, o "stock" de capital espanhol terá alcançado em 2001 mais de 21 mil milhões de dólares, representando mais de 50% do "stock" de capital europeu investido na Argentina e 28,5% do "stock" total de investimento directo estrangeiro (IDE) neste país sul-americano. Esta corrida deu-se num período em que a Argentina se revelou um dos países em desenvolvimento que atraiu mais fluxos de IDE de todo o mundo. Entre 1994 e 1999, a "estrela" do Sul ocupou o 4º lugar do "ranking" de maiores receptores de IDE no mundo em desenvolvimento, depois da China, Brasil e México. «Excluindo o México, a norte, que está de facto na esfera de investimento norte-americana, a Argentina era na América Latina e Caraíbas, o país mais interessante para Espanha», diz-nos Andrés López, 40 anos, doutorado pela Faculdade de Ciências Económicas da Universidade de Buenos Aires e investigador do Centro de Investigações para a Transformação (CENIT). Trata-se de um mercado de mais de 37 milhões de habitantes (número próximo da população espanhola que é superior a 39 milhões), fortemente urbanizado (90%) e alfabetizado (96%) e com uma tradição histórica de classe média. Para este professor de desenvolvimento económico e autor de vários trabalhos científicos sobre a recente vaga de IDE , a década de 90 foi, também, «um período único na Argentina, excepcionalmente favorável ao IDE, em virtude do movimento de privatizações e da desregulamentação do sistema financeiro». O pontapé de saída De facto, o movimento estratégico dos grupos espanhóis tornou-se visível no princípio dos anos 90 do século passado. A privatização da ENTEL (a empresa estatal argentina de telefones), que foi ganha em 1990 pela Telefónica de Espanha, foi o pontapé de saída. A estratégia, então lançada pelo seu presidente, Luis Solana, foi, depois, "imitada" por outros grupos espanhóis. O ano mágico viria a ser 1998, por coincidência um século depois do fim do ciclo da presença colonial da Coroa espanhola na América Hispânica saindo de Cuba. A viragem estratégica mediática da Telefónica de Espanha anunciando a sua "globalização" associando-se à hoje mal afamada WorldCom e à MCI, viria a marcar a aceleração de aquisições nos vários países latino-americanos durante o consulado de Juan Villalonga. Foi em 1999 que se constatou nas estatísticas de IDE espanholas a grande viragem. A Espanha investiu na Argentina mais do que em toda a União Europeia naquele ano. Tornou-se no destino principal mobilizando então 36% do IDE espanhol, tendo atingido o valor anual máximo de 15,5 mil milhões de euros em termos líquidos. Este ano foi marcado pela aquisição de Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF, petrolífera estatal argentina) pela Repsol espanhola. Com o valor da compra estimado em 15,2 mil milhões de euros, não se sabe qual foi a parte em investimento directo. Em quatro anos, entre 1998 e 2001, a Espanha passou de 10% do "stock" de IDE na Argentina para 28,5%, colocando-se mais próxima dos Estados Unidos, que detém a liderança (30,5%), e à frente do IDE que vem pela via dos paraísos fiscais (estimado em 13%). Acrescente-se que a Espanha ocupou durante dois anos consecutivos (1999 e 2000) o sexto lugar entre os principais investidores no mundo. Os bancos espanhóis como o então BBV (hoje BBVA) e o BSCH foram instrumentais nesta estratégia. O fim da euforia A euforia abrandou, depois, no ano 2000 e em 2001 verificou-se inclusive um desinvestimento fortíssimo na Argentina, próximo dos mil milhões de dólares em termos líquidos. A "estrela" do Sul tornou-se, naquele ano, no principal país de desinvestimento espanhol. No ano anterior, havia sido Portugal. Sintomaticamente, os grupos espanhóis abandonavam o esforço financeiro nas duas "jóias" da sua globalização - o vizinho ibérico e a pátria do tango. Mais prosaicamente, em 2001, redireccionaram os capitais em 60% para o Luxemburgo e a Holanda, locais ideais para "holdings". Nesse movimento foram 20 mil milhões de euros. Os jornais espanhóis chamaram-lhe a "pausa" do guerreiro na internacionalização. Mas a economia tem horror às cadeiras deixadas vagas. Correm rumores de que a Telmex mexicana (ligada ao grupo argentino Techint) estará interessada nas operações da Telefónica na Argentina. Por seu lado, o Brasil que não tem sido um investidor de peso no vizinho, realizou uma operação de vulto com a compra da Pecom (do grupo argentino Pérez Companc) pela Petrobras. E a cervejeira brasileira Brahma comprou Quilmes (do grupo argentino Bemberg). Por outro lado, a Autoridade de Promoção Comercial dos EUA - a famosa TPA, mais conhecida pela alcunha de "fast track" - está à espreita do momento certo para atacar a Sul com a implementação da ALCA, a Área de Comércio Livre das Américas, colocando um ponto final nas veleidades "autonomistas" do Mercosul. RADIOGRAFIA ESTATÍSTICA

INVESTIMENTO DIRECTO ESPANHOL NA AMÉRICA LATINA

(Investimento líquido em milhões de euros) Países de Destino 1998 1999 2000 2001 Argentina 370 15522 2966 - 923,6 Brasil 4048,7 5109,9 10873,3 1406,3 Chile 407 4427,3 875,2 709,2 México 380,8 1253,2 3955,2 1453,4 REPARTIÇÃO NO TOTAL DO INVESTIMENTO DIRECTO ESPANHOL ANUAL NO ESTRANGEIRO

(%) Países de destino 1998 1999 2000 2001 Argentina 3 36 6 - Brasil 32 12 22 4 Fonte: Ministerio de Economía de España in www.janelanaweb.com , retirado em 2003.01.13 Face à informação contida no caso anterior pretende-se que: a) discuta as razões que levaram multinacionais espanholas a “rumarem” à Argentina (2.5 valores); b) identifique os principais erros cometidos pelas empresas multinacionais espanholas. (2 valores) c) avalie, criticamente, a “debandada” das multinacionais espanholas da Argentina. (2.5 valores) III Marinha faz 'Boeing' A Boeing está interessada na participação das indústrias portuguesas de moldes e plásticos em vários dos seus projectos, principalmente no de um avião de longo curso que vai substituir o Sonic Cruiser. Os responsáveis do gigante da aeronáutica renderam-se à qualidade nacional, assim como à capacidade da engenharia e investigação instalada em Portugal nestes sectores. Por essa razão, convidaram os seus representantes a fazer uma apresentação das potencialidades desta indústria em Seattle, no inicio deste mês. No final, dois dos directores de departamento, Barry Albin e Leonard Bodziony, desafiaram a delegação a apresentar propostas de produtos inovadores para o avião que a empresa está a desenvolver. Declararam-se ambos satisfeitos com «prática de cooperação activa entre as empresas dos referidos sectores e as instituições ligadas à Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Nacionais» que foi evidenciada em Seattle. Aí, esteve em destaque o trabalho de parceria que decorre há anos com o Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho, disse Joaquim Menezes, presidente do conselho de administração do Centro Tecnológico de Ferramentas Especiais, que participou no encontro. Ficou decidido «criar um grupo de trabalho que, de imediato, avaliará e identificará casos concretos de relacionamento entre a Boeing e os principais fornecedores com parceiros portugueses». Na primeira quinzena de Março, está prevista a visita de uma equipa de técnicos nacionais às oficinas da Boeing em Everett, Seattle. «Pretendem identificar, objectivamente, oportunidades que permitam vir a interagir com as equipas de engenharia da Boeing», esclarece Joaquim Menezes. Adianta que, já na visita feita às oficinas no início do mês, «foram analisados, em detalhe, vários tipos de moldes, ferramentas, componentes e peças» nas quais é possível a nossa participação. Em Maio, os técnicos da Boeing vêm a Portugal. Nessa altura, «estaremos em condições de lhes mostrar quem pode fazer o quê e em que condições», explica. Concluída esta fase, haverá, em Junho, uma apresentação que inclui a presença de todos os consórcios fornecedores da Boeing. Depois, é só dar largas ao ditado: «Quem tem unhas é que toca viola!», refere este engenheiro, perito em aeronáutica, para quem estes sectores da indústria já deram provas de que estão entre os melhores do mundo. Prova do reconhecimento internacional foi a resposta dos concorrentes australianos aos moldes portugueses. Consultados pela Boeing, disseram: «Se querem um parceiro nos moldes, vão a Portugal», cita Joaquim Menezes. Por seu lado, o secretário-geral da Cefamol _ Associação do sector dos moldes _ Manuel Oliveira admite que «há condições para podermos integrar a lista de fornecedores da Boeing». «De manhã, foi uma espécie de exame oral. De tarde visitámos as linhas de montagem do 777 e do 747. Tivemos a oportunidade de ver peça a peça e estudar as oportunidades possíveis, na identificação de nichos de negócio para a indústria portuguesa», relata o responsável do Centro Tecnológico da Marinha. in, de 2002.01.15 O caso anterior descreve um potencial negócio entre a Boeing e a indústria de moldes em Portugal. Pretende-se que analise os factores que podem induzir a Boieng a concretizar o negócio e que antecipe potenciais impactos que este negócio pode provocar na internacionalização da economia portuguesa. (6 valores)

Nesta página os estudantes encontrarão testes de anos anteriores. Chama-se, no entanto, à atenção, como nos panfletos dos produtos financeiros, que testes passados não garantem testes futuros. Quer isto dizer que a estrutura e os temas das questões mudam sem aviso prévio. No entanto, estes testes podem servir para os estudantes treinarem o raciocínio e, sobretudo, a realziação de um teste com consulta. I O mundo é um reservatório de conhecimento e a palavra-chave é descobrir competências de outras empresas que se possam "misturar" com as da sua firma, e inovar a partir daí. Em suma, já não bastam as suas competências nucleares - é preciso desenvolver uma "arte" de inovar "recombinando" saberes díspares.., Gary Hamel in www.janelanaweb.com , retirado em 2003.01.13 A afirmação de Gary Hamel lança dois desafios fundamentais às empresas que competem ou querem competir nos mercados internacionais. Pretende-se que identifique esses dois desafios e que discuta os impactos que eles provocam nas estratégias das empresas e nas competências exigidas para lidar com eles. (7 valores) II A corrida à "estrela" do Sul A corrida espanhola teve um quinquénio de ouro. Só entre 1994 e 2000, a Espanha investiu directamente em termos líquidos na Argentina mais de 20 mil milhões de euros, segundo o Ministério de Economia do nosso país vizinho. Para os argentinos, o "stock" de capital espanhol terá alcançado em 2001 mais de 21 mil milhões de dólares, representando mais de 50% do "stock" de capital europeu investido na Argentina e 28,5% do "stock" total de investimento directo estrangeiro (IDE) neste país sul-americano. Esta corrida deu-se num período em que a Argentina se revelou um dos países em desenvolvimento que atraiu mais fluxos de IDE de todo o mundo. Entre 1994 e 1999, a "estrela" do Sul ocupou o 4º lugar do "ranking" de maiores receptores de IDE no mundo em desenvolvimento, depois da China, Brasil e México. «Excluindo o México, a norte, que está de facto na esfera de investimento norte-americana, a Argentina era na América Latina e Caraíbas, o país mais interessante para Espanha», diz-nos Andrés López, 40 anos, doutorado pela Faculdade de Ciências Económicas da Universidade de Buenos Aires e investigador do Centro de Investigações para a Transformação (CENIT). Trata-se de um mercado de mais de 37 milhões de habitantes (número próximo da população espanhola que é superior a 39 milhões), fortemente urbanizado (90%) e alfabetizado (96%) e com uma tradição histórica de classe média. Para este professor de desenvolvimento económico e autor de vários trabalhos científicos sobre a recente vaga de IDE , a década de 90 foi, também, «um período único na Argentina, excepcionalmente favorável ao IDE, em virtude do movimento de privatizações e da desregulamentação do sistema financeiro». O pontapé de saída De facto, o movimento estratégico dos grupos espanhóis tornou-se visível no princípio dos anos 90 do século passado. A privatização da ENTEL (a empresa estatal argentina de telefones), que foi ganha em 1990 pela Telefónica de Espanha, foi o pontapé de saída. A estratégia, então lançada pelo seu presidente, Luis Solana, foi, depois, "imitada" por outros grupos espanhóis. O ano mágico viria a ser 1998, por coincidência um século depois do fim do ciclo da presença colonial da Coroa espanhola na América Hispânica saindo de Cuba. A viragem estratégica mediática da Telefónica de Espanha anunciando a sua "globalização" associando-se à hoje mal afamada WorldCom e à MCI, viria a marcar a aceleração de aquisições nos vários países latino-americanos durante o consulado de Juan Villalonga. Foi em 1999 que se constatou nas estatísticas de IDE espanholas a grande viragem. A Espanha investiu na Argentina mais do que em toda a União Europeia naquele ano. Tornou-se no destino principal mobilizando então 36% do IDE espanhol, tendo atingido o valor anual máximo de 15,5 mil milhões de euros em termos líquidos. Este ano foi marcado pela aquisição de Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF, petrolífera estatal argentina) pela Repsol espanhola. Com o valor da compra estimado em 15,2 mil milhões de euros, não se sabe qual foi a parte em investimento directo. Em quatro anos, entre 1998 e 2001, a Espanha passou de 10% do "stock" de IDE na Argentina para 28,5%, colocando-se mais próxima dos Estados Unidos, que detém a liderança (30,5%), e à frente do IDE que vem pela via dos paraísos fiscais (estimado em 13%). Acrescente-se que a Espanha ocupou durante dois anos consecutivos (1999 e 2000) o sexto lugar entre os principais investidores no mundo. Os bancos espanhóis como o então BBV (hoje BBVA) e o BSCH foram instrumentais nesta estratégia. O fim da euforia A euforia abrandou, depois, no ano 2000 e em 2001 verificou-se inclusive um desinvestimento fortíssimo na Argentina, próximo dos mil milhões de dólares em termos líquidos. A "estrela" do Sul tornou-se, naquele ano, no principal país de desinvestimento espanhol. No ano anterior, havia sido Portugal. Sintomaticamente, os grupos espanhóis abandonavam o esforço financeiro nas duas "jóias" da sua globalização - o vizinho ibérico e a pátria do tango. Mais prosaicamente, em 2001, redireccionaram os capitais em 60% para o Luxemburgo e a Holanda, locais ideais para "holdings". Nesse movimento foram 20 mil milhões de euros. Os jornais espanhóis chamaram-lhe a "pausa" do guerreiro na internacionalização. Mas a economia tem horror às cadeiras deixadas vagas. Correm rumores de que a Telmex mexicana (ligada ao grupo argentino Techint) estará interessada nas operações da Telefónica na Argentina. Por seu lado, o Brasil que não tem sido um investidor de peso no vizinho, realizou uma operação de vulto com a compra da Pecom (do grupo argentino Pérez Companc) pela Petrobras. E a cervejeira brasileira Brahma comprou Quilmes (do grupo argentino Bemberg). Por outro lado, a Autoridade de Promoção Comercial dos EUA - a famosa TPA, mais conhecida pela alcunha de "fast track" - está à espreita do momento certo para atacar a Sul com a implementação da ALCA, a Área de Comércio Livre das Américas, colocando um ponto final nas veleidades "autonomistas" do Mercosul. RADIOGRAFIA ESTATÍSTICA

INVESTIMENTO DIRECTO ESPANHOL NA AMÉRICA LATINA

(Investimento líquido em milhões de euros) Países de Destino 1998 1999 2000 2001 Argentina 370 15522 2966 - 923,6 Brasil 4048,7 5109,9 10873,3 1406,3 Chile 407 4427,3 875,2 709,2 México 380,8 1253,2 3955,2 1453,4 REPARTIÇÃO NO TOTAL DO INVESTIMENTO DIRECTO ESPANHOL ANUAL NO ESTRANGEIRO

(%) Países de destino 1998 1999 2000 2001 Argentina 3 36 6 - Brasil 32 12 22 4 Fonte: Ministerio de Economía de España in www.janelanaweb.com , retirado em 2003.01.13 Face à informação contida no caso anterior pretende-se que: a) discuta as razões que levaram multinacionais espanholas a “rumarem” à Argentina (2.5 valores); b) identifique os principais erros cometidos pelas empresas multinacionais espanholas. (2 valores) c) avalie, criticamente, a “debandada” das multinacionais espanholas da Argentina. (2.5 valores) III Marinha faz 'Boeing' A Boeing está interessada na participação das indústrias portuguesas de moldes e plásticos em vários dos seus projectos, principalmente no de um avião de longo curso que vai substituir o Sonic Cruiser. Os responsáveis do gigante da aeronáutica renderam-se à qualidade nacional, assim como à capacidade da engenharia e investigação instalada em Portugal nestes sectores. Por essa razão, convidaram os seus representantes a fazer uma apresentação das potencialidades desta indústria em Seattle, no inicio deste mês. No final, dois dos directores de departamento, Barry Albin e Leonard Bodziony, desafiaram a delegação a apresentar propostas de produtos inovadores para o avião que a empresa está a desenvolver. Declararam-se ambos satisfeitos com «prática de cooperação activa entre as empresas dos referidos sectores e as instituições ligadas à Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Nacionais» que foi evidenciada em Seattle. Aí, esteve em destaque o trabalho de parceria que decorre há anos com o Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho, disse Joaquim Menezes, presidente do conselho de administração do Centro Tecnológico de Ferramentas Especiais, que participou no encontro. Ficou decidido «criar um grupo de trabalho que, de imediato, avaliará e identificará casos concretos de relacionamento entre a Boeing e os principais fornecedores com parceiros portugueses». Na primeira quinzena de Março, está prevista a visita de uma equipa de técnicos nacionais às oficinas da Boeing em Everett, Seattle. «Pretendem identificar, objectivamente, oportunidades que permitam vir a interagir com as equipas de engenharia da Boeing», esclarece Joaquim Menezes. Adianta que, já na visita feita às oficinas no início do mês, «foram analisados, em detalhe, vários tipos de moldes, ferramentas, componentes e peças» nas quais é possível a nossa participação. Em Maio, os técnicos da Boeing vêm a Portugal. Nessa altura, «estaremos em condições de lhes mostrar quem pode fazer o quê e em que condições», explica. Concluída esta fase, haverá, em Junho, uma apresentação que inclui a presença de todos os consórcios fornecedores da Boeing. Depois, é só dar largas ao ditado: «Quem tem unhas é que toca viola!», refere este engenheiro, perito em aeronáutica, para quem estes sectores da indústria já deram provas de que estão entre os melhores do mundo. Prova do reconhecimento internacional foi a resposta dos concorrentes australianos aos moldes portugueses. Consultados pela Boeing, disseram: «Se querem um parceiro nos moldes, vão a Portugal», cita Joaquim Menezes. Por seu lado, o secretário-geral da Cefamol _ Associação do sector dos moldes _ Manuel Oliveira admite que «há condições para podermos integrar a lista de fornecedores da Boeing». «De manhã, foi uma espécie de exame oral. De tarde visitámos as linhas de montagem do 777 e do 747. Tivemos a oportunidade de ver peça a peça e estudar as oportunidades possíveis, na identificação de nichos de negócio para a indústria portuguesa», relata o responsável do Centro Tecnológico da Marinha. in, de 2002.01.15 O caso anterior descreve um potencial negócio entre a Boeing e a indústria de moldes em Portugal. Pretende-se que analise os factores que podem induzir a Boieng a concretizar o negócio e que antecipe potenciais impactos que este negócio pode provocar na internacionalização da economia portuguesa. (6 valores)

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