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02-06-2003
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Maio 2003 – Mês do Coração

Apesar dos grandes progressos da cardiologia, ocorridos nos últimos anos, verifica-se hoje em Portugal e no mundo, uma verdadeira epidemia de doenças cardiovasculares.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares mataram 17 milhões em 1999. Nesse ano, só na Europa Ocidental morreram 6 milhões de pessoas.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todas as regiões do mundo, excepto na África Subsahariana. Prevê-se que nesta região, dentro de poucos anos, eclipsou a presente líder, as doenças infecciosas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 1 bilião de pessoas tem excesso de peso ou são obesas, e estima-se que 60% da população mundial seja fisicamente pouco activa ou inactiva. Cerca de 700 milhões são hipertensos, a maior parte dos quais, não estão diagnosticados, tratados ou controlados. Presentemente, 150 milhões de indivíduos são diabéticos e este número irá duplicar até 2025. O número de fumadores é superior aos 500 milhões e estima-se que de 2000 a 2025, morrerão cerca de 150 milhões de indivíduos devido às doenças causadas pelo tabagismo.

Este ano a Fundação Portuguesa de Cardiologia vai dedicar o mês de Maio à Alimentação e Actividade Física “Não morra pela boca, faça uma alimentação saudável”.

A Fundação, no seu compromisso com a promoção da saúde e a prevenção das doenças cardiovasculares, aconselha um regime alimentar variado, mas rico em legumes, fruta, cereais, pão, leite e lacticínio magros, peixe, carne de aves e carne magra. Aconselha ainda que se reduza o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, como a carne vermelha, leite completo e os lacticínios gordos, bem como os óleos vegetais tropicais (palma e côco).

Uma palavra especial para a chamada Dieta Mediterranica que numerosos estudos confirmaram ter efeitos benéficos para a saúde e que ainda se pratica em Portugal, embora esteja em rápida adulteração.

Por outro lado, esta dieta caracterizada por um padrão alimentar único, rico em legumes, fruta, pão e cereais, peixe, carne de aves, azeite e vinho às refeições, deve ser revitalizada para se adaptar aos tempos modernos.

Prioridade deve ser dada às crianças, nomeadamente com o estabelecimento de programas de educação alimentar e de um serviço de refeições saudáveis nas cantinas escolares.

De modo algum quer a Fundação impor aos cidadãos um regime alimentar determinado, mas apenas tornar as pessoas mais informadas de modo a possibilitar-lhes uma escolha alimentar mais esclarecida e, de preferência, mais saudável.

A prática de um exercício dinâmico, como marcha, a natação, a dança, o ciclismo, etc, tem um benefício marcado para a saúde, nomeadamente prevenindo a obesidade. É aconselhável que cada sessão de actividade física tenha uma duração de pelo menos meia hora realizada, se possível, todos os dias.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a forma mais eficaz de evitar as doenças cardiovasculares é através da adopção de um estilo de vida saudável, que compreenda uma alimentação saudável, actividade física diária e não fumar. Ao mesmo tempo deverão ser desenvolvidos programas de detecção e tratamento da hipertensão, do colesterol elevado e da diabetes.

Face à actual situação, a Fundação Portuguesa de Cardiologia apela para que todos os portugueses coloquem a promoção da saúde e a prevenção das doenças cardiovasculares nas prioridades da sua vida pessoal. Só deste modo será possível alcançar o importante objectivo de melhorar a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos.

Prof. Doutor Manuel Oliveira Carrageta

Presidente Conselho Administração

Lisboa, 6 de Maio de 2003

A responsabilidade editorial e científica desta informação é da

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Apesar dos grandes progressos da cardiologia, ocorridos nos últimos anos, verifica-se hoje em Portugal e no mundo, uma verdadeira epidemia de doenças cardiovasculares.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares mataram 17 milhões em 1999. Nesse ano, só na Europa Ocidental morreram 6 milhões de pessoas.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todas as regiões do mundo, excepto na África Subsahariana. Prevê-se que nesta região, dentro de poucos anos, eclipsou a presente líder, as doenças infecciosas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 1 bilião de pessoas tem excesso de peso ou são obesas, e estima-se que 60% da população mundial seja fisicamente pouco activa ou inactiva. Cerca de 700 milhões são hipertensos, a maior parte dos quais, não estão diagnosticados, tratados ou controlados. Presentemente, 150 milhões de indivíduos são diabéticos e este número irá duplicar até 2025. O número de fumadores é superior aos 500 milhões e estima-se que de 2000 a 2025, morrerão cerca de 150 milhões de indivíduos devido às doenças causadas pelo tabagismo.

Este ano a Fundação Portuguesa de Cardiologia vai dedicar o mês de Maio à Alimentação e Actividade Física “Não morra pela boca, faça uma alimentação saudável”.

A Fundação, no seu compromisso com a promoção da saúde e a prevenção das doenças cardiovasculares, aconselha um regime alimentar variado, mas rico em legumes, fruta, cereais, pão, leite e lacticínio magros, peixe, carne de aves e carne magra. Aconselha ainda que se reduza o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, como a carne vermelha, leite completo e os lacticínios gordos, bem como os óleos vegetais tropicais (palma e côco).

Uma palavra especial para a chamada Dieta Mediterranica que numerosos estudos confirmaram ter efeitos benéficos para a saúde e que ainda se pratica em Portugal, embora esteja em rápida adulteração.

Por outro lado, esta dieta caracterizada por um padrão alimentar único, rico em legumes, fruta, pão e cereais, peixe, carne de aves, azeite e vinho às refeições, deve ser revitalizada para se adaptar aos tempos modernos.

Prioridade deve ser dada às crianças, nomeadamente com o estabelecimento de programas de educação alimentar e de um serviço de refeições saudáveis nas cantinas escolares.

De modo algum quer a Fundação impor aos cidadãos um regime alimentar determinado, mas apenas tornar as pessoas mais informadas de modo a possibilitar-lhes uma escolha alimentar mais esclarecida e, de preferência, mais saudável.

A prática de um exercício dinâmico, como marcha, a natação, a dança, o ciclismo, etc, tem um benefício marcado para a saúde, nomeadamente prevenindo a obesidade. É aconselhável que cada sessão de actividade física tenha uma duração de pelo menos meia hora realizada, se possível, todos os dias.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a forma mais eficaz de evitar as doenças cardiovasculares é através da adopção de um estilo de vida saudável, que compreenda uma alimentação saudável, actividade física diária e não fumar. Ao mesmo tempo deverão ser desenvolvidos programas de detecção e tratamento da hipertensão, do colesterol elevado e da diabetes.

Face à actual situação, a Fundação Portuguesa de Cardiologia apela para que todos os portugueses coloquem a promoção da saúde e a prevenção das doenças cardiovasculares nas prioridades da sua vida pessoal. Só deste modo será possível alcançar o importante objectivo de melhorar a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos.

Prof. Doutor Manuel Oliveira Carrageta

Presidente Conselho Administração

Lisboa, 6 de Maio de 2003

A responsabilidade editorial e científica desta informação é da

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