EXPRESSO Online

08-03-2004
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Debate televisivo «à velha maneira»

Paulo Portas desafia Mário Soares «à velha maneira», para «discutir o atlantismo, Iraque, globalização, défice, direitos sociais, Constituição, competitividade, tudo». Paulo Portas desafiou domingo, no Porto, Mário Soares para um debate televisivo, para «Tenhamos um debate de ideias sereno. É assim que em democracia as coisas se resolvem. Venha daí, doutor Mário Soares», desafiou Portas, que falava no arranque das comemorações do 30.º aniversário do CDS/PP. , desafiou Portas, que falava no arranque das comemorações do 30.º aniversário do CDS/PP. O desafio surgiu na sequência das últimas declarações do ex-Presidente da República, que, segundo Portas, «afirmou que o CDS queria pôr em causa a II República porque votou contra a Constituição». O desafio surgiu na sequência das últimas declarações do ex-Presidente da República, que, segundo Portas, «Lá veio o nosso doutor Soares injuriar-nos outra vez. Mas que eu saiba foi o mesmo doutor Soares que, dois anos depois da votação da Constituição, formou Governo com o CDS», disse o líder do PP. , disse o líder do PP. «Já parece mal esta troca de galhardetes sistemática de Mário Soares em relação ao CDS/PP. Tenhamos então um debate», acrescentou. , acrescentou. E justificou o voto do CDS contra a primeira Constituição pós-25 de Abril com o facto de, como considerou, mais parecer «um verdadeiro programa socialista». E justificou o voto do CDS contra a primeira Constituição pós-25 de Abril com o facto de, como considerou, mais parecer «Cada vez mais pessoas dão hoje em dia razão àquele punhado de pessoas que votou contra aquela Constituição ultrapassada, cheia de bloqueios, um factor que ainda hoje prejudica», afirmou. , afirmou. Referindo-se ao recente debate parlamentar sobre o aborto, em que a maioria governamental chumbou as propostas de alteração à actual lei, Portas defendeu que «a esquerda não queria discutir o assunto, queria dividir o Governo». Referindo-se ao recente debate parlamentar sobre o aborto, em que a maioria governamental chumbou as propostas de alteração à actual lei, Portas defendeu que «O CDS/PP portou-se de acordo com os seus valores. E o debate permitiu mostrar quem são os moderados, que aceitam a actual lei e tratam com humanidade as situações específicas nela previstas, e os extremistas radicais, que querem o aborto livre e à medida», disse. , disse. Numa alusão à nota episcopal de sábado, em que os bispos reafirmam as posições da Igreja relativas à questão do aborto, Portas considerou que o documento «merece uma reflexão e meditação». Numa alusão à nota episcopal de sábado, em que os bispos reafirmam as posições da Igreja relativas à questão do aborto, Portas considerou que o documento «Vamos lê-la com atenção e reflectir sobre as suas orientações», acrescentou. , acrescentou. Na sua intervenção, o líder do CDS/PP abordou alguns dos momentos que considerou mais importantes dos 30 anos de vida do partido, desde a sua fundação, em 19 de Julho de 1974, até ao regresso ao Governo em 2002, passando pelas primeiras eleições, em 25 de Abril de 1975, em que o os então «centristas» conseguiram sete por cento dos votos, e pela Aliança Democrática de 1979/80. Na sua intervenção, o líder do CDS/PP abordou alguns dos momentos que considerou mais importantes dos 30 anos de vida do partido, desde a sua fundação, em 19 de Julho de 1974, até ao regresso ao Governo em 2002, passando pelas primeiras eleições, em 25 de Abril de 1975, em que o os então «centristas» conseguiram sete por cento dos votos, e pela Aliança Democrática de 1979/80. Transversal a todo o discurso, assim como ao de Lobo Xavier, que falara antes, esteve a preocupação de desdramatizar a lógica de «resistência contra a extrema-esquerda» que em outros momentos da liderança de Portas, nomeadamente no congresso do Porto em 2003, marcou as intervenções oficiais. Transversal a todo o discurso, assim como ao de Lobo Xavier, que falara antes, esteve a preocupação de desdramatizar a lógica deque em outros momentos da liderança de Portas, nomeadamente no congresso do Porto em 2003, marcou as intervenções oficiais. «Há certos antifascistas que por o terem sido querem um estatuto especial. Nós não: cumprimos apenas o nosso dever», referiu. , referiu. As comemorações dos 30 anos do partido vão complementar-se com as que o CDS/PP pretende realizar sobre igual idade do 25 de Abril, data que para Portas «não tem dono». As comemorações dos 30 anos do partido vão complementar-se com as que o CDS/PP pretende realizar sobre igual idade do 25 de Abril, data que para Portas «O 26 de Abril talvez tenha, porque foi uma derrapagem e só pôde corrigir-se graças a muitos democratas, incluindo do CDS», acentuou. , acentuou. Para as comemorações dos 30 anos, o CDS/PP não só criou um logótipo, que será usado em todas as acções previstas neste âmbito até ao final do ano, como também reimprimirá a famosa bandeira a preto e branco que durante anos marcou a imagem do partido, antes de adoptar o azul e amarelo. Para as comemorações dos 30 anos, o CDS/PP não só criou um logótipo, que será usado em todas as acções previstas neste âmbito até ao final do ano, como também reimprimirá a famosa bandeira a preto e branco que durante anos marcou a imagem do partido, antes de adoptar o azul e amarelo. A história do cerco ao Palácio de Cristal em 25 de Janeiro de 1975 foi recordada na cerimónia de hoje por um dos «históricos» do partido que a viveu mais de perto, até porque era responsável pela sua organização - João Porto. A história do cerco ao Palácio de Cristal em 25 de Janeiro de 1975 foi recordada na cerimónia de hoje por um dos «históricos» do partido que a viveu mais de perto, até porque era responsável pela sua organização - João Porto. A sessão decorreu no Palácio dos Pestanas, a primeira sede do partido no Porto e local onde, depois do cerco, o Congresso do CDS foi concluído, de forma discreta, em 21 de Fevereiro de 1975. A sessão decorreu no Palácio dos Pestanas, a primeira sede do partido no Porto e local onde, depois do cerco, o Congresso do CDS foi concluído, de forma discreta, em 21 de Fevereiro de 1975. Por coincidência, o palácio acolhe actualmente o Governo Civil do Porto, tendo o governador civil Manuel Moreira assistido, em jeito de anfitrião, a toda a cerimónia. Por coincidência, o palácio acolhe actualmente o Governo Civil do Porto, tendo o governador civil Manuel Moreira assistido, em jeito de anfitrião, a toda a cerimónia. 09:28 8 Março 2004

Debate televisivo «à velha maneira»

Paulo Portas desafia Mário Soares «à velha maneira», para «discutir o atlantismo, Iraque, globalização, défice, direitos sociais, Constituição, competitividade, tudo». Paulo Portas desafiou domingo, no Porto, Mário Soares para um debate televisivo, para «Tenhamos um debate de ideias sereno. É assim que em democracia as coisas se resolvem. Venha daí, doutor Mário Soares», desafiou Portas, que falava no arranque das comemorações do 30.º aniversário do CDS/PP. , desafiou Portas, que falava no arranque das comemorações do 30.º aniversário do CDS/PP. O desafio surgiu na sequência das últimas declarações do ex-Presidente da República, que, segundo Portas, «afirmou que o CDS queria pôr em causa a II República porque votou contra a Constituição». O desafio surgiu na sequência das últimas declarações do ex-Presidente da República, que, segundo Portas, «Lá veio o nosso doutor Soares injuriar-nos outra vez. Mas que eu saiba foi o mesmo doutor Soares que, dois anos depois da votação da Constituição, formou Governo com o CDS», disse o líder do PP. , disse o líder do PP. «Já parece mal esta troca de galhardetes sistemática de Mário Soares em relação ao CDS/PP. Tenhamos então um debate», acrescentou. , acrescentou. E justificou o voto do CDS contra a primeira Constituição pós-25 de Abril com o facto de, como considerou, mais parecer «um verdadeiro programa socialista». E justificou o voto do CDS contra a primeira Constituição pós-25 de Abril com o facto de, como considerou, mais parecer «Cada vez mais pessoas dão hoje em dia razão àquele punhado de pessoas que votou contra aquela Constituição ultrapassada, cheia de bloqueios, um factor que ainda hoje prejudica», afirmou. , afirmou. Referindo-se ao recente debate parlamentar sobre o aborto, em que a maioria governamental chumbou as propostas de alteração à actual lei, Portas defendeu que «a esquerda não queria discutir o assunto, queria dividir o Governo». Referindo-se ao recente debate parlamentar sobre o aborto, em que a maioria governamental chumbou as propostas de alteração à actual lei, Portas defendeu que «O CDS/PP portou-se de acordo com os seus valores. E o debate permitiu mostrar quem são os moderados, que aceitam a actual lei e tratam com humanidade as situações específicas nela previstas, e os extremistas radicais, que querem o aborto livre e à medida», disse. , disse. Numa alusão à nota episcopal de sábado, em que os bispos reafirmam as posições da Igreja relativas à questão do aborto, Portas considerou que o documento «merece uma reflexão e meditação». Numa alusão à nota episcopal de sábado, em que os bispos reafirmam as posições da Igreja relativas à questão do aborto, Portas considerou que o documento «Vamos lê-la com atenção e reflectir sobre as suas orientações», acrescentou. , acrescentou. Na sua intervenção, o líder do CDS/PP abordou alguns dos momentos que considerou mais importantes dos 30 anos de vida do partido, desde a sua fundação, em 19 de Julho de 1974, até ao regresso ao Governo em 2002, passando pelas primeiras eleições, em 25 de Abril de 1975, em que o os então «centristas» conseguiram sete por cento dos votos, e pela Aliança Democrática de 1979/80. Na sua intervenção, o líder do CDS/PP abordou alguns dos momentos que considerou mais importantes dos 30 anos de vida do partido, desde a sua fundação, em 19 de Julho de 1974, até ao regresso ao Governo em 2002, passando pelas primeiras eleições, em 25 de Abril de 1975, em que o os então «centristas» conseguiram sete por cento dos votos, e pela Aliança Democrática de 1979/80. Transversal a todo o discurso, assim como ao de Lobo Xavier, que falara antes, esteve a preocupação de desdramatizar a lógica de «resistência contra a extrema-esquerda» que em outros momentos da liderança de Portas, nomeadamente no congresso do Porto em 2003, marcou as intervenções oficiais. Transversal a todo o discurso, assim como ao de Lobo Xavier, que falara antes, esteve a preocupação de desdramatizar a lógica deque em outros momentos da liderança de Portas, nomeadamente no congresso do Porto em 2003, marcou as intervenções oficiais. «Há certos antifascistas que por o terem sido querem um estatuto especial. Nós não: cumprimos apenas o nosso dever», referiu. , referiu. As comemorações dos 30 anos do partido vão complementar-se com as que o CDS/PP pretende realizar sobre igual idade do 25 de Abril, data que para Portas «não tem dono». As comemorações dos 30 anos do partido vão complementar-se com as que o CDS/PP pretende realizar sobre igual idade do 25 de Abril, data que para Portas «O 26 de Abril talvez tenha, porque foi uma derrapagem e só pôde corrigir-se graças a muitos democratas, incluindo do CDS», acentuou. , acentuou. Para as comemorações dos 30 anos, o CDS/PP não só criou um logótipo, que será usado em todas as acções previstas neste âmbito até ao final do ano, como também reimprimirá a famosa bandeira a preto e branco que durante anos marcou a imagem do partido, antes de adoptar o azul e amarelo. Para as comemorações dos 30 anos, o CDS/PP não só criou um logótipo, que será usado em todas as acções previstas neste âmbito até ao final do ano, como também reimprimirá a famosa bandeira a preto e branco que durante anos marcou a imagem do partido, antes de adoptar o azul e amarelo. A história do cerco ao Palácio de Cristal em 25 de Janeiro de 1975 foi recordada na cerimónia de hoje por um dos «históricos» do partido que a viveu mais de perto, até porque era responsável pela sua organização - João Porto. A história do cerco ao Palácio de Cristal em 25 de Janeiro de 1975 foi recordada na cerimónia de hoje por um dos «históricos» do partido que a viveu mais de perto, até porque era responsável pela sua organização - João Porto. A sessão decorreu no Palácio dos Pestanas, a primeira sede do partido no Porto e local onde, depois do cerco, o Congresso do CDS foi concluído, de forma discreta, em 21 de Fevereiro de 1975. A sessão decorreu no Palácio dos Pestanas, a primeira sede do partido no Porto e local onde, depois do cerco, o Congresso do CDS foi concluído, de forma discreta, em 21 de Fevereiro de 1975. Por coincidência, o palácio acolhe actualmente o Governo Civil do Porto, tendo o governador civil Manuel Moreira assistido, em jeito de anfitrião, a toda a cerimónia. Por coincidência, o palácio acolhe actualmente o Governo Civil do Porto, tendo o governador civil Manuel Moreira assistido, em jeito de anfitrião, a toda a cerimónia. 09:28 8 Março 2004

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