Uma história longa e complicada

08-09-2004
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Uma História Longa e Complicada

Segunda-feira, 06 de Setembro de 2004

%P.C./CdB

O Terràvista foi, de início, um projecto estatal, que, depois de alguma polémica respeitante ao tipo de conteúdos disponibilizados pelas páginas alojadas, acabou por ser vendido à operadora de telecomunicações Jazztel - para vir a ser mais tarde adquirido pela Ya.com, empresa que é a sua actual detentora.

O projecto foi idealizado no seio da iniciativa Mosaico - A Cultura Portuguesa na Sociedade da Informação, do Ministério da Cultura, e lançado a 23 de Março de 1997, visando facultar a milhares de cidadãos o alojamento gratuito de conteúdos e a criação de uma vasta comunidade virtual de língua portuguesa, fomentando a produção de conteúdos nacionais para a rede das redes.

Ao longo desse mesmo ano de lançamento e do ano seguinte, foi sendo revelada a existência de páginas pornográficas, sucessivamente eliminadas do portal. Em Julho de 1998, na sequência de uma notícia que denunciava a existência de mais páginas do género, o ministro da Cultura então em exercício, Manuel Maria Carrilho, decidiu encerrar o portal.

Passada uma semana da suspensão do Terràvista, foi constituída uma associação com o mesmo nome, para a qual foram transferidos os activos e a marca Terràvista - uma solução arranjada para afastar o Ministério da Cultura da responsabilidade dos conteúdos alojados no projecto Terràvista. O percurso do serviço continuou em expansão, ganhando bastante popularidade entre os utilizadores da Internet nacionais e brasileiros.

Em Fevereiro de 2000, a Associação Terràvista acabaria por vender o portal devido às dificuldades financeiras com os custos de manutenção da sua infra-estrutura, que impediram continuar a manter os seus serviços de alojamento sem carácter comercial. A Jazztel Internet Factory, do grupo de telecomunicações Jazztel, acabaria por adquirir o projecto Terràvista, integrando-o na Ya.com, a sua divisão para a Internet - e iniciou uma mudança de identidade do projecto, transformando-o num portal com conteúdos próprios mas mantendo as comunidades de cibernautas e o serviço de alojamento gratuito.

Ainda em Setembro de 2000, as dezenas de milhares de lusófonos que possuíam "sites" no Terràvista passaram a ter "banners" publicitários nas suas páginas. Esta alteração não foi pacífica, pois a Terràvista S.A. informou os clientes do serviço de alojamento com apenas dois dias de antecedência da alteração da sua política, tendo levantado muitos protestos entre os utilizadores e originando acesa polémica entre a respectiva comunidade virtual.

A 4 de Setembro de 2002, o Portal Terràvista mudou novamente de mãos, quando a Jazztel anunciou a venda da Ya.com Internet Factory - que integrava os portais português Terràvista e o espanhol Ya.com - por 414,3 milhões de euros à T-online, uma empresa fornecedora de acesso à Internet subsidiária da operadora alemã Deutsche Telekom. Foi nessa altura que o projecto e o "site" passaram a denominar-se Terravista, perdendo o acento grave no primeiro "a"...

Uma História Longa e Complicada

Segunda-feira, 06 de Setembro de 2004

%P.C./CdB

O Terràvista foi, de início, um projecto estatal, que, depois de alguma polémica respeitante ao tipo de conteúdos disponibilizados pelas páginas alojadas, acabou por ser vendido à operadora de telecomunicações Jazztel - para vir a ser mais tarde adquirido pela Ya.com, empresa que é a sua actual detentora.

O projecto foi idealizado no seio da iniciativa Mosaico - A Cultura Portuguesa na Sociedade da Informação, do Ministério da Cultura, e lançado a 23 de Março de 1997, visando facultar a milhares de cidadãos o alojamento gratuito de conteúdos e a criação de uma vasta comunidade virtual de língua portuguesa, fomentando a produção de conteúdos nacionais para a rede das redes.

Ao longo desse mesmo ano de lançamento e do ano seguinte, foi sendo revelada a existência de páginas pornográficas, sucessivamente eliminadas do portal. Em Julho de 1998, na sequência de uma notícia que denunciava a existência de mais páginas do género, o ministro da Cultura então em exercício, Manuel Maria Carrilho, decidiu encerrar o portal.

Passada uma semana da suspensão do Terràvista, foi constituída uma associação com o mesmo nome, para a qual foram transferidos os activos e a marca Terràvista - uma solução arranjada para afastar o Ministério da Cultura da responsabilidade dos conteúdos alojados no projecto Terràvista. O percurso do serviço continuou em expansão, ganhando bastante popularidade entre os utilizadores da Internet nacionais e brasileiros.

Em Fevereiro de 2000, a Associação Terràvista acabaria por vender o portal devido às dificuldades financeiras com os custos de manutenção da sua infra-estrutura, que impediram continuar a manter os seus serviços de alojamento sem carácter comercial. A Jazztel Internet Factory, do grupo de telecomunicações Jazztel, acabaria por adquirir o projecto Terràvista, integrando-o na Ya.com, a sua divisão para a Internet - e iniciou uma mudança de identidade do projecto, transformando-o num portal com conteúdos próprios mas mantendo as comunidades de cibernautas e o serviço de alojamento gratuito.

Ainda em Setembro de 2000, as dezenas de milhares de lusófonos que possuíam "sites" no Terràvista passaram a ter "banners" publicitários nas suas páginas. Esta alteração não foi pacífica, pois a Terràvista S.A. informou os clientes do serviço de alojamento com apenas dois dias de antecedência da alteração da sua política, tendo levantado muitos protestos entre os utilizadores e originando acesa polémica entre a respectiva comunidade virtual.

A 4 de Setembro de 2002, o Portal Terràvista mudou novamente de mãos, quando a Jazztel anunciou a venda da Ya.com Internet Factory - que integrava os portais português Terràvista e o espanhol Ya.com - por 414,3 milhões de euros à T-online, uma empresa fornecedora de acesso à Internet subsidiária da operadora alemã Deutsche Telekom. Foi nessa altura que o projecto e o "site" passaram a denominar-se Terravista, perdendo o acento grave no primeiro "a"...

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