Semanário Económico

08-05-2004
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A escolha do CEO recairá sobre Pedro Soares dos Santos e Luís Palha

Liderança da JM disputada por dois candidatos

20-04-2004, Lígia Simões e Dírcia Lopes

A escolha do futuro presidente executivo da Jerónimo Martins deverá recair no homem chave da viragem da empresa. Ao administrador financeiro, Luís Palha da Silva, é atribuído o mérito da recuperação da JM, com o regresso aos lucros a ocorrer pela primeira vez em quatro anos. A favor da eleição de Pedro Soares dos Santos está, porém, o peso accionista e familiar.

O sucessor de Alexandre Soares dos Santos na liderança da Jerónimo Martins (JM) deverá ser conhecido na primeira reunião do novo conselho de administração, ontem eleito, a realizar até ao final de Abril. A escolha recairá entre um dois novos administradores executivos: Luís Palha da Silva e Pedro Soares dos Santos, avançou ao ¿Semanário Económico¿ fonte próxima do processo. ¿Estes são os dois nomes mais fortes para possível CEO. Será uma escolha entre o homem chave da viragem da JM e a continuidade do peso da família Soares dos Santos na condução da gestão da empresa¿, avança a mesma fonte. Considera, no entanto que ¿existem fortes probabilidades¿ do futuro CEO vir a ser Luís Palha da Silva, na sequência da passagem de Alexandre Soares dos Santos a chairman do grupo. Uma passagem de testemunho que ocorre 36 anos depois da sua ininterrupta liderança na empresa de retalho, cash & carry e indústria.

Pedro Soares dos Santos tem sido dado como o natural sucessor a ocupar o cargo máximo da Jerónimo Martins. Não só transita da anterior comissão executiva como é também o gestor operacional do sector da distribuição, que detém maior peso no grupo. É ainda o responsável que tem acompanhado mais de perto a operação da Jerónimo Martins na Polónia, a Biedronka. A família Soares dos Santos detém a maioria do capital, através da sociedade Francisco Manuel dos Santos, com 57,9%, passando Alexandre Soares dos Santos, com 70 anos, a chairman da empresa. caso se opte pela formação de uma comissão executiva, esta deverá ser preenchida por Pedro Soares dos Santos, ex-Chief Operacional Officer e por José Soares dos Santos, ligado à vertente industrial, ambos filhos de Alexandre Soares dos Santos. O segundo maior accionista de referência é o Banco Privado de João Rendeiro, com 15,3% do capital. Este responsável já defendeu que o grupo tem um cariz familiar excessivo.

Os membros do novo conselho de administração

A Assembleia Geral realizada ontem, além de ter aprovado por unanimidade o aumento de capital do grupo de 479.293.220 euros para 629.293.220, aceitou a proposta conjunta dos accionistas Sociedade Francisco Manuel dos Santos e da Strand Ventures com os nomes que compõem o conselho de administração da Jerónimo Martins. Assim, Alexandre Soares dos Santos mantém-se como presidente do conselho de administração da empresa que conta ainda com António Borges, Hans Eggerstedt, Luís Palha da Silva, Pedro Soares dos Santos, Rui Patrício, Artur Santos Silva, José Soares dos Santos e Alves Monteiro. Para presidente da Assembleia geral foi nomeado Manuel Dias Loureiro.

2003: ano de regresso

aos lucros

O ano passado ficará marcado na história da Jerónimo Martins como o exercício em que o grupo voltou a ter lucros. Depois de ter avançado com a reestruturação da companhia em 2001, Alexandre Soares dos Santos admitiu, recentemente, que ¿em 2003 a empresa regressou ao lucro sustentável e à criação de valor, melhorou todos os rácios financeiros e teve uma performance positiva apesar do contexto macroeconómico desfavorável e de um aumento da concorrência¿. A provar esta melhoria, a JManunciou que em 2003 obteve um resultado líquido de 58,2 milhões de euros, depois de ter registado prejuízos de cerca de 200 milhões de euros mo exercício de 2002. Os resultados operacionais registaram uma evolução de 114,6 milhões de euros para 165,2 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 44,2%.

Mais Liderança da JM disputada por dois candidatos Liderança da JM disputada por dois candidatos (cont.) Os desafios do futuro CEO O candidato com cariz familiar O homem da mudança Alguns Notáveis do CA

A escolha do CEO recairá sobre Pedro Soares dos Santos e Luís Palha

Liderança da JM disputada por dois candidatos

20-04-2004, Lígia Simões e Dírcia Lopes

A escolha do futuro presidente executivo da Jerónimo Martins deverá recair no homem chave da viragem da empresa. Ao administrador financeiro, Luís Palha da Silva, é atribuído o mérito da recuperação da JM, com o regresso aos lucros a ocorrer pela primeira vez em quatro anos. A favor da eleição de Pedro Soares dos Santos está, porém, o peso accionista e familiar.

O sucessor de Alexandre Soares dos Santos na liderança da Jerónimo Martins (JM) deverá ser conhecido na primeira reunião do novo conselho de administração, ontem eleito, a realizar até ao final de Abril. A escolha recairá entre um dois novos administradores executivos: Luís Palha da Silva e Pedro Soares dos Santos, avançou ao ¿Semanário Económico¿ fonte próxima do processo. ¿Estes são os dois nomes mais fortes para possível CEO. Será uma escolha entre o homem chave da viragem da JM e a continuidade do peso da família Soares dos Santos na condução da gestão da empresa¿, avança a mesma fonte. Considera, no entanto que ¿existem fortes probabilidades¿ do futuro CEO vir a ser Luís Palha da Silva, na sequência da passagem de Alexandre Soares dos Santos a chairman do grupo. Uma passagem de testemunho que ocorre 36 anos depois da sua ininterrupta liderança na empresa de retalho, cash & carry e indústria.

Pedro Soares dos Santos tem sido dado como o natural sucessor a ocupar o cargo máximo da Jerónimo Martins. Não só transita da anterior comissão executiva como é também o gestor operacional do sector da distribuição, que detém maior peso no grupo. É ainda o responsável que tem acompanhado mais de perto a operação da Jerónimo Martins na Polónia, a Biedronka. A família Soares dos Santos detém a maioria do capital, através da sociedade Francisco Manuel dos Santos, com 57,9%, passando Alexandre Soares dos Santos, com 70 anos, a chairman da empresa. caso se opte pela formação de uma comissão executiva, esta deverá ser preenchida por Pedro Soares dos Santos, ex-Chief Operacional Officer e por José Soares dos Santos, ligado à vertente industrial, ambos filhos de Alexandre Soares dos Santos. O segundo maior accionista de referência é o Banco Privado de João Rendeiro, com 15,3% do capital. Este responsável já defendeu que o grupo tem um cariz familiar excessivo.

Os membros do novo conselho de administração

A Assembleia Geral realizada ontem, além de ter aprovado por unanimidade o aumento de capital do grupo de 479.293.220 euros para 629.293.220, aceitou a proposta conjunta dos accionistas Sociedade Francisco Manuel dos Santos e da Strand Ventures com os nomes que compõem o conselho de administração da Jerónimo Martins. Assim, Alexandre Soares dos Santos mantém-se como presidente do conselho de administração da empresa que conta ainda com António Borges, Hans Eggerstedt, Luís Palha da Silva, Pedro Soares dos Santos, Rui Patrício, Artur Santos Silva, José Soares dos Santos e Alves Monteiro. Para presidente da Assembleia geral foi nomeado Manuel Dias Loureiro.

2003: ano de regresso

aos lucros

O ano passado ficará marcado na história da Jerónimo Martins como o exercício em que o grupo voltou a ter lucros. Depois de ter avançado com a reestruturação da companhia em 2001, Alexandre Soares dos Santos admitiu, recentemente, que ¿em 2003 a empresa regressou ao lucro sustentável e à criação de valor, melhorou todos os rácios financeiros e teve uma performance positiva apesar do contexto macroeconómico desfavorável e de um aumento da concorrência¿. A provar esta melhoria, a JManunciou que em 2003 obteve um resultado líquido de 58,2 milhões de euros, depois de ter registado prejuízos de cerca de 200 milhões de euros mo exercício de 2002. Os resultados operacionais registaram uma evolução de 114,6 milhões de euros para 165,2 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 44,2%.

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