CGTP anuncia tempos de combate

07-10-2002
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CGTP Anuncia Tempos de Combate

Quarta-feira, 2 de Outubro de 2002 No 32º aniversário da central sindical Carvalho da Silva não tem dúvidas: "Os próximos tempos serão tempos de combate" O 32º aniversário da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) não foi ontem comemorado em ambiente de alegria e festa. Ao invés de cantar os parabéns, a CGTP preferiu comemorar o seu aniversário apelando à mobilização de todos os portugueses contra o Governo. Em frente à Assembleia da República, momentos antes de se iniciar o cordão humano que uniu mais de mil activistas sindicais da central sindical pela solidariedade e trabalho com direitos, o secretário-geral da intersindical, Manuel Carvalho da Silva, advertiu que "podemos ter de enfrentar um ciclo político de que resultem perdas irreparáveis" e que "os próximos tempos serão tempos de combate". Carvalho da Silva pediu, aos sindicalistas presentes, "um grande esforço de leitura e reflexão sobre o anteprojecto do Código do Trabalho e [para] transmitir toda a informação nos locais de trabalho e à população em geral". "A luta tem que ser de massas, à altura da ofensiva", defendeu o secretário-geral, que adiantou que no próximo plenário nacional de dirigentes sindicais - a realizar no próximo dia 10, em Lisboa - "serão assumidas as formas de luta para os próximos tempos e que devem mobilizar o sector público, o sector privado e toda a população". Para Carvalho da Silva, a melhor forma de comemorar os 32 anos de existência da CGTP é "assumir estes compromissos de luta e mobilização". O pacote laboral não foi o único objecto de repúdio no discurso de Carvalho da Silva. As medidas a adoptar pelo Governo nas áreas da segurança social, saúde, educação e o próprio Orçamento do Estado também foram alvo das críticas do sindicalista. Diana Ralha CAIXA: Cordões humanos em protesto contra a lei laboral De Norte a Sul do país, sem esquecer os Açores e a Madeira, 22 cidades participaram nos cordões humanos que a CGTP organizou em protesto contra o projecto do novo Código do Trabalho. Maria da Cruz foi uma das duas mil pessoas que estiveram presentes na marcha portuense. "Vim lutar contra as novas leis de trabalho, porque retiram forças aos trabalhadores e dão mais poder aos patrões", explicou a auxiliar da Santa Casa da Misericórdia de Gaia. O fim do limite temporal dos contratos a prazo e a mudança do horário nocturno são, para a trabalhadora Carla Ribeiro, as alterações mais preocupantes da nova lei laboral. Já Aires Alberto, trabalhador da Petrogal, realça as mudanças negativas na Segurança Social. Apesar das diferenças, todos os manifestantes concordam num ponto: o novo código fragiliza os direitos dos trabalhadores. Os 62 anos de Maria Pereira não esmoreceram a sua capacidade de luta: "Vou até ao fim para defender os meus direitos", garantiu a cozinheira que ocupava o primeiro lugar de um dos cordões. M.O. OUTROS TÍTULOS EM ECONOMIA A nomeação

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