Escolaridade obrigatória de 12 anos e menos exames

18-10-2002
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Escolaridade Obrigatória de 12 Anos e Menos Exames

Sexta-feira, 11 de Outubro de 2002 Escolaridade obrigatória de 12 anos, menos exames e professores com formação em administração educativa a dirigir as escolas. Estas são algumas das novidades que o primeiro-ministro Durão Barroso anunciou ontem, no discurso que levou ao debate mensal na Assembleia da República. Sem especificar em pormenor como cada medida vai ser implementada, revelou que será apresentada em breve uma nova lei de bases da educação e da formação vocacional, centrada em cinco pontos e que tem como meta o ano de 2010. Um dos objectivos é, pois, o aumento progressivo da escolaridade obrigatória até aos 12 anos. Esta ideia fazia parte do programa eleitoral do PSD nas eleições legislativas de 1999 e, por sinal, foi deixada cair no programa apresentado nas últimas eleições. Por causa desta alteração, o sistema educativo será também reorganizado em três grandes ciclos: ensino infantil (até aos seis anos), ensino básico (dos seis aos 12) e ensino secundário (dos 12 aos 18 anos). O Executivo de coligação quer também profissionalizar a gestão dos estabelecimentos de ensino, ou seja, serão privilegiadas as pessoas com formação em administração educativa e será incentivada a formação de professores nesta área. No entanto, isto não significa que as escolas fiquem à margem da escolha das respectivas direcções, que actualmente são eleitas entre o corpo docente. Em terceiro lugar, Durão anunciou que será dada mais atenção à formação vocacional, o que passa por reforçar o ensino tecnológico a partir do actual 3º ciclo do ensino básico e autonomizar o ensino artístico, incentivando a criação de escolas de excelência. Outra vertente é a aposta na formação contínua, nomeadamente, no campo da evolução científica e tecnológica. Numa altura de contenção orçamental, Durão anunciou uma série de medidas, mas estas não se traduzem em mais despesa. "Este Governo investe a sério na educação. Trata-se do melhor e maior investimento que um país pode fazer no seu futuro - o investimento na qualificação das novas gerações. Mas o sentido do nosso investimento é profundamente diferente do que foi feito no passado. Mais dinheiro não significa melhor serviço. Pelo contrário. Hoje, o problema central é outro - é um problema de qualidade, de avaliação e de exigência, de organização, de gestão e de modernização do sector", disse. Segundo o primeiro-ministro, o Governo quer formar melhor os jovens para o mercado de trabalho, combater o insucesso e o abandono escolares, apostar na complementariedade entre ensino público e privado (numa primeira fase, isto resume-se a harmonizar o estatuto jurídico das universidades). Durante o período de perguntas e respostas, Durão revelou que a reforma curricular que o Executivo prepara prevê a valorização da formação de base em vez da especialização precoce, a obrigatoriedade de uma disciplina de ciências e tecnologias de informação e a diminuição do números de exames. Actualmente, os exames estão concentrados no fim do 12º ano. Durão pretende que seja reduzido o número de testes feitos e que estes sejam distribuídos ao longo dos últimos anos de escolaridade. O objectivo é que os alunos sejam avaliados sobre determinadas disciplinas no final do ano lectivo em que as frequentam e não tenham que esperar um ou dois anos pelo exame. O tema que o primeiro-ministro levou ao debate motivou pouco interesse por parte dos partidos da oposição. O líder do PS, Ferro Rodrigues, questionou Durão sobre a forma de implementar o ensino obrigatório de 12 anos, mas ficou sem resposta. Tal como ficou Isabel Castro, de "Os Verdes", que perguntou como vai ser feito o redimensionamento da rede escolar. A deputada do PS, Elisa Ferreira, criticou o Governo pelo facto de ser a primeira vez em sete anos que cai o investimento na educação. A comunista Luísa Mesquita criticou a falta de verbas para as ciências e a investigação e alertou para o facto de os cortes orçamentais poderem impedir pagamentos de pessoal no ensino superior. Durão aproveitou para dizer que já garantiu ao Conselho Nacional de Reitores que não haverá problemas de ruptura orçamental e lembrou que quando tomou posse o défice do ministério da Educação era de 56 milhões de contos. Governo quer gestão profissional das escolas e revelou como será feita a revisão curricular %E.L./H.P. , nomeadamente, no campo da evolução científica e tecnológica. Numa altura de contenção orçamental, Durão anunciou uma série de medidas, mas estas não se traduzem em mais despesa. "Este Governo investe a sério na educação. Trata-se do melhor e maior investimento que um país pode fazer no seu futuro - o investimento na qualificação das novas gerações. Mas o sentido do nosso investimento é profundamente diferente do que foi feito no passado. Mais dinheiro não significa melhor serviço. Pelo contrário. Hoje, o problema central é outro - é um problema de qualidade, de avaliação e de exigência, de organização, de gestão e de modernização do sector", disse. Segundo o primeiro-ministro, o Governo quer formar melhor os jovens para o mercado de trabalho, combater o insucesso e o abandono escolares, apostar na complementariedade entre ensino público e privado (numa primeira fase, isto resume-se a harmonizar o estatuto jurídico das universidades). Durante o período de perguntas e respostas, Durão revelou que a reforma curricular que o Executivo prepara prevê a valorização da formação de base em vez da especialização precoce, a obrigatoriedade de uma disciplina de ciências e tecnologias de informação e a diminuição do números de exames. Actualmente, os exames estão concentrados no fim do 12º ano. Durão pretende que seja reduzido o número de testes feitos e que estes sejam distribuídos ao longo dos últimos anos de escolaridade. O objectivo é que os alunos sejam avaliados sobre determinadas disciplinas no final do ano lectivo em que as frequentam e não tenham que esperar um ou dois anos pelo exame. O tema que o primeiro-ministro levou ao debate motivou pouco interesse por parte dos partidos da oposição. O líder do PS, Ferro Rodrigues, questionou Durão sobre a forma de implementar o ensino obrigatório de 12 anos, mas ficou sem resposta. Tal como ficou Isabel Castro, de "Os Verdes", que perguntou como vai ser feito o redimensionamento da rede escolar. A deputada do PS, Elisa Ferreira, criticou o Governo pelo facto de ser a primeira vez em sete anos que cai o investimento na educação. A comunista Luísa Mesquita criticou a falta de verbas para as ciências e a investigação e alertou para o facto de os cortes orçamentais poderem impedir pagamentos de pessoal no ensino superior. Durão aproveitou para dizer que já garantiu ao Conselho Nacional de Reitores que não haverá problemas de ruptura orçamental e lembrou que quando tomou posse o défice do ministério da Educação era de 56 milhões de contos. %E.L./H.P. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Esquerda abranda pressão sobre o ministro da Defesa

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Sexta-feira, 11 de Outubro de 2002 Escolaridade obrigatória de 12 anos, menos exames e professores com formação em administração educativa a dirigir as escolas. Estas são algumas das novidades que o primeiro-ministro Durão Barroso anunciou ontem, no discurso que levou ao debate mensal na Assembleia da República. Sem especificar em pormenor como cada medida vai ser implementada, revelou que será apresentada em breve uma nova lei de bases da educação e da formação vocacional, centrada em cinco pontos e que tem como meta o ano de 2010. Um dos objectivos é, pois, o aumento progressivo da escolaridade obrigatória até aos 12 anos. Esta ideia fazia parte do programa eleitoral do PSD nas eleições legislativas de 1999 e, por sinal, foi deixada cair no programa apresentado nas últimas eleições. Por causa desta alteração, o sistema educativo será também reorganizado em três grandes ciclos: ensino infantil (até aos seis anos), ensino básico (dos seis aos 12) e ensino secundário (dos 12 aos 18 anos). O Executivo de coligação quer também profissionalizar a gestão dos estabelecimentos de ensino, ou seja, serão privilegiadas as pessoas com formação em administração educativa e será incentivada a formação de professores nesta área. No entanto, isto não significa que as escolas fiquem à margem da escolha das respectivas direcções, que actualmente são eleitas entre o corpo docente. Em terceiro lugar, Durão anunciou que será dada mais atenção à formação vocacional, o que passa por reforçar o ensino tecnológico a partir do actual 3º ciclo do ensino básico e autonomizar o ensino artístico, incentivando a criação de escolas de excelência. Outra vertente é a aposta na formação contínua, nomeadamente, no campo da evolução científica e tecnológica. Numa altura de contenção orçamental, Durão anunciou uma série de medidas, mas estas não se traduzem em mais despesa. "Este Governo investe a sério na educação. Trata-se do melhor e maior investimento que um país pode fazer no seu futuro - o investimento na qualificação das novas gerações. Mas o sentido do nosso investimento é profundamente diferente do que foi feito no passado. Mais dinheiro não significa melhor serviço. Pelo contrário. Hoje, o problema central é outro - é um problema de qualidade, de avaliação e de exigência, de organização, de gestão e de modernização do sector", disse. Segundo o primeiro-ministro, o Governo quer formar melhor os jovens para o mercado de trabalho, combater o insucesso e o abandono escolares, apostar na complementariedade entre ensino público e privado (numa primeira fase, isto resume-se a harmonizar o estatuto jurídico das universidades). Durante o período de perguntas e respostas, Durão revelou que a reforma curricular que o Executivo prepara prevê a valorização da formação de base em vez da especialização precoce, a obrigatoriedade de uma disciplina de ciências e tecnologias de informação e a diminuição do números de exames. Actualmente, os exames estão concentrados no fim do 12º ano. Durão pretende que seja reduzido o número de testes feitos e que estes sejam distribuídos ao longo dos últimos anos de escolaridade. O objectivo é que os alunos sejam avaliados sobre determinadas disciplinas no final do ano lectivo em que as frequentam e não tenham que esperar um ou dois anos pelo exame. O tema que o primeiro-ministro levou ao debate motivou pouco interesse por parte dos partidos da oposição. O líder do PS, Ferro Rodrigues, questionou Durão sobre a forma de implementar o ensino obrigatório de 12 anos, mas ficou sem resposta. Tal como ficou Isabel Castro, de "Os Verdes", que perguntou como vai ser feito o redimensionamento da rede escolar. A deputada do PS, Elisa Ferreira, criticou o Governo pelo facto de ser a primeira vez em sete anos que cai o investimento na educação. A comunista Luísa Mesquita criticou a falta de verbas para as ciências e a investigação e alertou para o facto de os cortes orçamentais poderem impedir pagamentos de pessoal no ensino superior. Durão aproveitou para dizer que já garantiu ao Conselho Nacional de Reitores que não haverá problemas de ruptura orçamental e lembrou que quando tomou posse o défice do ministério da Educação era de 56 milhões de contos. Governo quer gestão profissional das escolas e revelou como será feita a revisão curricular %E.L./H.P. , nomeadamente, no campo da evolução científica e tecnológica. Numa altura de contenção orçamental, Durão anunciou uma série de medidas, mas estas não se traduzem em mais despesa. "Este Governo investe a sério na educação. Trata-se do melhor e maior investimento que um país pode fazer no seu futuro - o investimento na qualificação das novas gerações. Mas o sentido do nosso investimento é profundamente diferente do que foi feito no passado. Mais dinheiro não significa melhor serviço. Pelo contrário. Hoje, o problema central é outro - é um problema de qualidade, de avaliação e de exigência, de organização, de gestão e de modernização do sector", disse. Segundo o primeiro-ministro, o Governo quer formar melhor os jovens para o mercado de trabalho, combater o insucesso e o abandono escolares, apostar na complementariedade entre ensino público e privado (numa primeira fase, isto resume-se a harmonizar o estatuto jurídico das universidades). Durante o período de perguntas e respostas, Durão revelou que a reforma curricular que o Executivo prepara prevê a valorização da formação de base em vez da especialização precoce, a obrigatoriedade de uma disciplina de ciências e tecnologias de informação e a diminuição do números de exames. Actualmente, os exames estão concentrados no fim do 12º ano. Durão pretende que seja reduzido o número de testes feitos e que estes sejam distribuídos ao longo dos últimos anos de escolaridade. O objectivo é que os alunos sejam avaliados sobre determinadas disciplinas no final do ano lectivo em que as frequentam e não tenham que esperar um ou dois anos pelo exame. O tema que o primeiro-ministro levou ao debate motivou pouco interesse por parte dos partidos da oposição. O líder do PS, Ferro Rodrigues, questionou Durão sobre a forma de implementar o ensino obrigatório de 12 anos, mas ficou sem resposta. Tal como ficou Isabel Castro, de "Os Verdes", que perguntou como vai ser feito o redimensionamento da rede escolar. A deputada do PS, Elisa Ferreira, criticou o Governo pelo facto de ser a primeira vez em sete anos que cai o investimento na educação. A comunista Luísa Mesquita criticou a falta de verbas para as ciências e a investigação e alertou para o facto de os cortes orçamentais poderem impedir pagamentos de pessoal no ensino superior. Durão aproveitou para dizer que já garantiu ao Conselho Nacional de Reitores que não haverá problemas de ruptura orçamental e lembrou que quando tomou posse o défice do ministério da Educação era de 56 milhões de contos. %E.L./H.P. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Esquerda abranda pressão sobre o ministro da Defesa

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