Rádio Comercial

20-11-2003
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Carlos do Carmo Data de Nascimento: 21-12-1939 País de Origem: Portugal Local de Nascimento: Portugal Artista : Carlos do Carmo Disco : Um Homem na Cidade (Música: Joaquim Luís Gomes)

(Letra: Ary dos Santos)

Vou pelas ruas da noite

com basalto de tristeza,

sem passeio que me acoite.

Rosa negra à portuguesa.

É por dentro do meu peito, triste,

que o silêncio se insinua, agreste.

Noite, noite que despiste

na ternura que me deste.

Um cão abandonado,

uma mulher sozinha.

Num caixote entornado

a mágoa que é só minha.

Levo aos ombros as esquinas,

trago varandas no peito,

e as pedras pequeninas

são a cama onde me deito.

És azul claro de dia,

e azul escuro de noite,

Lisboa sem alegria,

cada estrela é um açoite.

A queixa duma gata,

o grito duma porta.

No Tejo uma fragata

que me parece morta.

Morro aos bocados por ti,

cidade do meu tormento.

Nasci e cresci aqui,

sou amigo do teu vento.

Por isso digo: Lisboa, amiga,

cada rua é uma veia tensa,

por onde corre a cantiga

da minha voz que é imensa.

Carlos do Carmo Data de Nascimento: 21-12-1939 País de Origem: Portugal Local de Nascimento: Portugal Artista : Carlos do Carmo Disco : Um Homem na Cidade (Música: Joaquim Luís Gomes)

(Letra: Ary dos Santos)

Vou pelas ruas da noite

com basalto de tristeza,

sem passeio que me acoite.

Rosa negra à portuguesa.

É por dentro do meu peito, triste,

que o silêncio se insinua, agreste.

Noite, noite que despiste

na ternura que me deste.

Um cão abandonado,

uma mulher sozinha.

Num caixote entornado

a mágoa que é só minha.

Levo aos ombros as esquinas,

trago varandas no peito,

e as pedras pequeninas

são a cama onde me deito.

És azul claro de dia,

e azul escuro de noite,

Lisboa sem alegria,

cada estrela é um açoite.

A queixa duma gata,

o grito duma porta.

No Tejo uma fragata

que me parece morta.

Morro aos bocados por ti,

cidade do meu tormento.

Nasci e cresci aqui,

sou amigo do teu vento.

Por isso digo: Lisboa, amiga,

cada rua é uma veia tensa,

por onde corre a cantiga

da minha voz que é imensa.

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