Luís Cirilo defende que Guimarães deve congelar adesão à AMM

16-12-2003
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Luís Cirilo Defende Que Guimarães Deve Congelar Adesão à AMM

Por ALEXANDRE PRAÇA

Sábado, 13 de Dezembro de 2003

O ex-governador civil de Braga, Luís Cirilo, defende que a Câmara de Guimarães - o concelho de onde é oriundo - deve congelar a sua adesão à Área Metropolitana do Minho (AMM), por causa da polémica em torno da localização da capital deste novo organismo - que as distritais do PSD e do PS acordaram que fosse em Braga, o que é contestado por este deputado social-democrata. Além disso, Cirilo - que é, também, o presidente da mesa da assembleia distrital "laranja", uma espécie de Parlamento do partido - critica fortemente a comissão política do "seu" PSD, liderada por José Manuel Fernandes, devido à forma como tem gerido este processo.

"Ao contrário do que aconteceu na concelhia de Guimarães, tem havido uma clara insuficiência de debate interno no interior da distrital, relativamente à criação da AMM", censurou Luís Cirilo, em declarações ao PÚBLICO, acrescentando que esta matéria - nomeadamente no que respeita à escolha da sede da AMM - "nem sequer foi discutida" na assembleia distrital do PSD. Daí que o líder deste órgão partidário considere que a comissão política distrital decidiu fazer o acordo com a sua congénere socialista "à revelia das concelhias e sem ter competência para isso", pois cabe às autarquias e não aos directórios partidários tomar essa decisão. "A sede até pode ser em Braga, mas isso terá de ser decidido entre todos os municípios aderentes", sublinha Cirilo.

É neste contexto que o dirigente do PSD defende que a Câmara de Guimarães, de maioria PS - que foi a primeira a omitir a localização da capital da AMM na proposta aprovada no executivo municipal, no que foi seguida, igualmente, pelas de Famalicão e de Terras de Bouro, ambas do PSD - deve "suspender" a sua adesão à AMM, optando por fazer um "compasso de espera". O ex-governador mostra-se revoltado com as recentes afirmações do presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado (PS), nas quais o autarca dizia que era "indiscutível" que a capital seria no seu concelho e, se assim não fosse, nem equacionaria a hipótese de aderir à AMM. "É duvidoso que a sede do principal órgão da área metropolitana fique num município que não está suficientemente empenhado nesta reforma", alvitra Cirilo, numa alusão às fortes reservas com que Mesquita encara este processo.

Independentemente da questão da capital, este dirigente "laranja" é muito crítico em relação à forma "precipitada" como o processo de formação da AMM tem sido conduzido pelas distritais do PS e do PSD, porque se trata de uma reforma "complexa e a pressa é má conselheira". E, embora reconheça que a comissão política "laranja" teve o "mérito de despoletar" este processo, Cirilo lamenta que o PS tenha "tomado conta dele e esteja a comandar a estratégia" a seguir, mesmo "dando-se ao luxo de estar com um pé dentro e outro fora", numa referência às reticências e desconfianças com que os principais autarcas socialistas encaram o "pacote" descentralizador do Governo.

Luís Cirilo Defende Que Guimarães Deve Congelar Adesão à AMM

Por ALEXANDRE PRAÇA

Sábado, 13 de Dezembro de 2003

O ex-governador civil de Braga, Luís Cirilo, defende que a Câmara de Guimarães - o concelho de onde é oriundo - deve congelar a sua adesão à Área Metropolitana do Minho (AMM), por causa da polémica em torno da localização da capital deste novo organismo - que as distritais do PSD e do PS acordaram que fosse em Braga, o que é contestado por este deputado social-democrata. Além disso, Cirilo - que é, também, o presidente da mesa da assembleia distrital "laranja", uma espécie de Parlamento do partido - critica fortemente a comissão política do "seu" PSD, liderada por José Manuel Fernandes, devido à forma como tem gerido este processo.

"Ao contrário do que aconteceu na concelhia de Guimarães, tem havido uma clara insuficiência de debate interno no interior da distrital, relativamente à criação da AMM", censurou Luís Cirilo, em declarações ao PÚBLICO, acrescentando que esta matéria - nomeadamente no que respeita à escolha da sede da AMM - "nem sequer foi discutida" na assembleia distrital do PSD. Daí que o líder deste órgão partidário considere que a comissão política distrital decidiu fazer o acordo com a sua congénere socialista "à revelia das concelhias e sem ter competência para isso", pois cabe às autarquias e não aos directórios partidários tomar essa decisão. "A sede até pode ser em Braga, mas isso terá de ser decidido entre todos os municípios aderentes", sublinha Cirilo.

É neste contexto que o dirigente do PSD defende que a Câmara de Guimarães, de maioria PS - que foi a primeira a omitir a localização da capital da AMM na proposta aprovada no executivo municipal, no que foi seguida, igualmente, pelas de Famalicão e de Terras de Bouro, ambas do PSD - deve "suspender" a sua adesão à AMM, optando por fazer um "compasso de espera". O ex-governador mostra-se revoltado com as recentes afirmações do presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado (PS), nas quais o autarca dizia que era "indiscutível" que a capital seria no seu concelho e, se assim não fosse, nem equacionaria a hipótese de aderir à AMM. "É duvidoso que a sede do principal órgão da área metropolitana fique num município que não está suficientemente empenhado nesta reforma", alvitra Cirilo, numa alusão às fortes reservas com que Mesquita encara este processo.

Independentemente da questão da capital, este dirigente "laranja" é muito crítico em relação à forma "precipitada" como o processo de formação da AMM tem sido conduzido pelas distritais do PS e do PSD, porque se trata de uma reforma "complexa e a pressa é má conselheira". E, embora reconheça que a comissão política "laranja" teve o "mérito de despoletar" este processo, Cirilo lamenta que o PS tenha "tomado conta dele e esteja a comandar a estratégia" a seguir, mesmo "dando-se ao luxo de estar com um pé dentro e outro fora", numa referência às reticências e desconfianças com que os principais autarcas socialistas encaram o "pacote" descentralizador do Governo.

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