Mais votos na CDU para mudar a sério!

11-02-2005
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Prenda atrasada

artigo de Vitor Dias - «Avante!» - 30.12.2005

Para além de caracterizações insultuosas «ad hominem» que se registam (e que representam tudo aquilo que o PCP não fez sobre o novo Secretário-geral do PS), o agora importante dirigente do PS Luís Capoulas Santos afirmou, em entrevista n’ A Capital, que «o PCP tem sido um aliado objectivo do PSD e da direita».

Embora o Natal já tenha passado, só por esta afirmação Capoulas Santos bem merece uma prenda e aqui lha damos com todo o gosto.

A prenda consiste em, surpresa das surpresas, afirmarmos que ele tem toda a razão deste mundo e do outro e que algum dia se acabaria por descobrir a verdade.

Com efeito, a mais pura das verdades é que foi o PCP, e não o PS, que juntou os seus trapinhos no governo primeiro com os trapinhos do CDS e depois com os trapinhos do PSD.

A mais cristalina das verdades é que foi o PCP, e não o PS, que se aliou com o PSD em cinco magníficas revisões constitucionais.

A mais forte das verdades é que foi o PCP, e não o PS contra a CDU, que em 1985, já com Cavaco Silva como Primeiro-Ministro, realizou no sul do país quarenta-coligações-quarenta com o PSD no plano autárquico.

A mais irremovível das verdades é que foi o PCP, e não o PS, que sempre se aliou ao PSD e com ele convergiu em cada novo passo na escalada federalista do processo de integração europeia.

A mais indiscutível das verdades é que foi o PCP, e não o PS dirigido por António Guterres que, estando no Governo entre 1995 e Março de 2002, realizou uma sucessão de acordos e combinações em matérias fulcrais quer com o PSD quer com o CDS-PP (em versão Manuel Monteiro ou em versão Paulo Portas).

E, por fim, abreviando para facilitar a digestão ao eng. Capoulas Santos, é a mais imperecível das verdades que foi o PCP, e não o PS, que repetida e prolongadamente - no governo ou na oposição - sempre se aliou ao PSD e ao CDS para levar por diante os processos de privatizações, não havendo agora espaço para apurar a quem mais se fica a dever esse deslumbrante instrumento de ressurgimento nacional.

Dirão alguns incrédulos que não pode ser pois bem se lembram dos factos, das caras dos protagonistas e das notícias e fotos na comunicação social.

Puro engano de espíritos manipulados pela repetição da mentira até que pareça verdade. Pura e simplesmente, não sabem que, em todas essas épocas, os dirigentes e deputados do PCP praticavam a suprema perfídia de usarem máscaras com as inocentes efígies de dirigentes do PS e que, mais uma vez em santa aliança com a direita, exerciam uma tenebrosa coaçção sobre os jornalistas, obrigando-os a dizer e a escrever que quem fazia tais escandalosas alianças com a direita era o PS.

Prenda atrasada

artigo de Vitor Dias - «Avante!» - 30.12.2005

Para além de caracterizações insultuosas «ad hominem» que se registam (e que representam tudo aquilo que o PCP não fez sobre o novo Secretário-geral do PS), o agora importante dirigente do PS Luís Capoulas Santos afirmou, em entrevista n’ A Capital, que «o PCP tem sido um aliado objectivo do PSD e da direita».

Embora o Natal já tenha passado, só por esta afirmação Capoulas Santos bem merece uma prenda e aqui lha damos com todo o gosto.

A prenda consiste em, surpresa das surpresas, afirmarmos que ele tem toda a razão deste mundo e do outro e que algum dia se acabaria por descobrir a verdade.

Com efeito, a mais pura das verdades é que foi o PCP, e não o PS, que juntou os seus trapinhos no governo primeiro com os trapinhos do CDS e depois com os trapinhos do PSD.

A mais cristalina das verdades é que foi o PCP, e não o PS, que se aliou com o PSD em cinco magníficas revisões constitucionais.

A mais forte das verdades é que foi o PCP, e não o PS contra a CDU, que em 1985, já com Cavaco Silva como Primeiro-Ministro, realizou no sul do país quarenta-coligações-quarenta com o PSD no plano autárquico.

A mais irremovível das verdades é que foi o PCP, e não o PS, que sempre se aliou ao PSD e com ele convergiu em cada novo passo na escalada federalista do processo de integração europeia.

A mais indiscutível das verdades é que foi o PCP, e não o PS dirigido por António Guterres que, estando no Governo entre 1995 e Março de 2002, realizou uma sucessão de acordos e combinações em matérias fulcrais quer com o PSD quer com o CDS-PP (em versão Manuel Monteiro ou em versão Paulo Portas).

E, por fim, abreviando para facilitar a digestão ao eng. Capoulas Santos, é a mais imperecível das verdades que foi o PCP, e não o PS, que repetida e prolongadamente - no governo ou na oposição - sempre se aliou ao PSD e ao CDS para levar por diante os processos de privatizações, não havendo agora espaço para apurar a quem mais se fica a dever esse deslumbrante instrumento de ressurgimento nacional.

Dirão alguns incrédulos que não pode ser pois bem se lembram dos factos, das caras dos protagonistas e das notícias e fotos na comunicação social.

Puro engano de espíritos manipulados pela repetição da mentira até que pareça verdade. Pura e simplesmente, não sabem que, em todas essas épocas, os dirigentes e deputados do PCP praticavam a suprema perfídia de usarem máscaras com as inocentes efígies de dirigentes do PS e que, mais uma vez em santa aliança com a direita, exerciam uma tenebrosa coaçção sobre os jornalistas, obrigando-os a dizer e a escrever que quem fazia tais escandalosas alianças com a direita era o PS.

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