Parlamento Entre o "Regozijo" e a Desilusão
Por N.S.L.
Quarta-feira, 07 de Janeiro de 2004 Os números apresentados ontem pelo Banco de Portugal provocaram ontem duas leituras diferentes na Assembleia da República. A maioria governamental acolheu com "regozijo" o relatório por Vítor Constâncio defender a política de contenção da ministra das Finanças. A oposição foi buscar as revisões em baixa do desemprego e do Produto Interno Bruto (PIB) para criticar o Governo. O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Jorge Neto, destacou no relatório a convergência entre os pontos de vista governamentais e a interpretação de Vítor Constâncio. O deputado social-democrata deu como exemplo as considerações de Constâncio sobre o "acerto da política governamental " e ainda a legitima <o do recurso a receitas extraordinárias em situação recessiva. Diogo Feio, do CDS, fez uma interpretação semelhante para chegar a uma conclusão que Jorge Neto também tinha expressado: "Vamos passar à fase de crescimento, estamos a assistir à inversão de um ciclo económico." Joel Hasse Ferreira, no entanto, foi buscar os números relativos à inflação e ao Produto Interno Bruto para concluir que o Portugal "está a divergir" em relação aos outros países da União Europeia. Destacou os três por cento admitidos para a inflação, em vez dois pontos percentuais avançados pelo Governo e assinalou em relação ao PIB a "baixa das previsões" para 2004. Lino de Carvalho, do PCP, juntou a estes valores a previsão do aumento do desemprego para concluir que o Banco de Portugal "desmentiu" a mensagem de Natal de Durão Barroso. "O que vamos ter em 2004 é o aprofundamento das condições sociais da crise". Também Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, classificou a mensagem de Natal de Durão como um "conto de reis", tendo destacado o facto destas previsões representarem para Portugal um afastamento ainda maior da União Europeia: "Um crescimento de 0,75 por cento é menos do que em 2002 se previa para 2003". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE $Retoma, mas lenta
Parlamento entre o "regozijo" e a desilusão
$ Mercados antecipam 2004 positivo e sem os excessos do passado
Devagar, mas bem
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Parlamento Entre o "Regozijo" e a Desilusão
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Quarta-feira, 07 de Janeiro de 2004 Os números apresentados ontem pelo Banco de Portugal provocaram ontem duas leituras diferentes na Assembleia da República. A maioria governamental acolheu com "regozijo" o relatório por Vítor Constâncio defender a política de contenção da ministra das Finanças. A oposição foi buscar as revisões em baixa do desemprego e do Produto Interno Bruto (PIB) para criticar o Governo. O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Jorge Neto, destacou no relatório a convergência entre os pontos de vista governamentais e a interpretação de Vítor Constâncio. O deputado social-democrata deu como exemplo as considerações de Constâncio sobre o "acerto da política governamental " e ainda a legitima <o do recurso a receitas extraordinárias em situação recessiva. Diogo Feio, do CDS, fez uma interpretação semelhante para chegar a uma conclusão que Jorge Neto também tinha expressado: "Vamos passar à fase de crescimento, estamos a assistir à inversão de um ciclo económico." Joel Hasse Ferreira, no entanto, foi buscar os números relativos à inflação e ao Produto Interno Bruto para concluir que o Portugal "está a divergir" em relação aos outros países da União Europeia. Destacou os três por cento admitidos para a inflação, em vez dois pontos percentuais avançados pelo Governo e assinalou em relação ao PIB a "baixa das previsões" para 2004. Lino de Carvalho, do PCP, juntou a estes valores a previsão do aumento do desemprego para concluir que o Banco de Portugal "desmentiu" a mensagem de Natal de Durão Barroso. "O que vamos ter em 2004 é o aprofundamento das condições sociais da crise". Também Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, classificou a mensagem de Natal de Durão como um "conto de reis", tendo destacado o facto destas previsões representarem para Portugal um afastamento ainda maior da União Europeia: "Um crescimento de 0,75 por cento é menos do que em 2002 se previa para 2003". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE $Retoma, mas lenta
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