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09-05-2003
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Oposição alarmista

Confrontados com as previsões de Primavera da União Europeia sobre o défice português Eduardo Cabrita, Lino de Carvalho concordam em afirmar que, se se confirmarem, são um cartão vermelho á política orçamental portuguesa. O deputado socialista Eduardo Cabrita considera que as previsões da Comissão Europeia para Portugal de menor crescimento e maior défice orçamental este ano comprovam que o Governo conduziu o país a «situação de gravíssima crise económica». O deputado socialista Eduardo Cabrita considera que as previsões da Comissão Europeia para Portugal de menor crescimento e maior défice orçamental este ano comprovam que o Governo conduziu o país a «situação de gravíssima crise económica». O deputado salientou que Portugal está a crescer abaixo da média da União Europeia (UE) e que as medidas do Governo determinaram uma redução da receita dos impostos, apesar do aumento das taxas. O deputado salientou que Portugal está a crescer abaixo da média da União Europeia (UE) e que as medidas do Governo determinaram uma redução da receita dos impostos, apesar do aumento das taxas. Cabrita sublinhou que o défice de 2002 foi conseguido com um conjunto de receitas extraordinárias que «em nada alteraram a situação estrutural das finanças públicas portuguesas». Quer a política fiscal, quer a política económica, «agravam esta situação e conduzem a um aprofundar da crise», observou o parlamentar socialista. Cabrita sublinhou que o défice de 2002 foi conseguido com um conjunto de receitas extraordinárias que «em nada alteraram a situação estrutural das finanças públicas portuguesas». Quer a política fiscal, quer a política económica, «agravam esta situação e conduzem a um aprofundar da crise», observou o parlamentar socialista. Para o deputado comunista Lino de Carvalho, as previsões de Primavera da Comissão Europeia, a confirmarem-se, comprovam a estagnação da economia portuguesa e o carácter irrealista das previsões do Orçamento de Estado (OE) para 2003. Para o deputado comunista Lino de Carvalho, as previsões de Primavera da Comissão Europeia, a confirmarem-se, comprovam a estagnação da economia portuguesa e o carácter irrealista das previsões do Orçamento de Estado (OE) para 2003. Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Assembleia da República, afirmou que quando foi discutido o OE já havia dados para se saber que 1,75 por cento não Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Assembleia da República, afirmou que quando foi discutido o OE já havia dados para se saber que 1,75 por cento não correspondia a uma previsão sustentável de crescimento económico. correspondia a uma previsão sustentável de crescimento económico. Segundo o economista, vamos ainda ver se o crescimento económico em 2003 não será pior do que o previsto pela Comissão, porque houve recessão técnica no segundo semestre do ano passado, com descida de 0,7 por cento do produto, com um acentuar da quebra no último trimestre, devido à redução da procura interna. Segundo o economista, vamos ainda ver se o crescimento económico em 2003 não será pior do que o previsto pela Comissão, porque houve recessão técnica no segundo semestre do ano passado, com descida de 0,7 por cento do produto, com um acentuar da quebra no último trimestre, devido à redução da procura interna. Se a tendência dos dois últimos trimestres de 2002 se mantiver este ano os resultados de 2003 podem ser piores do que a previsão da Comissão Europeia, afirmou Lino de Carvalho. Se a tendência dos dois últimos trimestres de 2002 se mantiver este ano os resultados de 2003 podem ser piores do que a previsão da Comissão Europeia, afirmou Lino de Carvalho. O economista salientou que a crise económica em Portugal não resulta apenas da desaceleração internacional, porque a economia portuguesa é a que pior se está a comportar, tanto na União Europeia como no conjunto da Europa Ocidental. O economista salientou que a crise económica em Portugal não resulta apenas da desaceleração internacional, porque a economia portuguesa é a que pior se está a comportar, tanto na União Europeia como no conjunto da Europa Ocidental. O governo, sabendo que a economia internacional estava a caminhar para a estagnação ou recessão, não interveio através do aumento de investimento público, como preconiza o próprio Miguel Cadilhe, considerou Lino de Carvalho, observando: «O governo, com a política orçamental que seguiu, juntou mais crise à crise». O governo, sabendo que a economia internacional estava a caminhar para a estagnação ou recessão, não interveio através do aumento de investimento público, como preconiza o próprio Miguel Cadilhe, considerou Lino de Carvalho, observando: «O governo, com a política orçamental que seguiu, juntou mais crise à crise». O deputado comunista disse temer que, face à «dependência «fetichista» e fundamentalista do governo face ao défice», o executivo tome medidas de ainda maior contenção da despesa. Se o governo for por essa via, a situação económica do país O deputado comunista disse temer que, face à «dependência «fetichista» e fundamentalista do governo face ao défice», o executivo tome medidas de ainda maior contenção da despesa. Se o governo for por essa via, a situação económica do país pode vir a agravar-se, acentuando as consequências que já está a ter no plano do aumento do desemprego, que já deverá estar efectivamente acima dos 8 por cento da população activa. pode vir a agravar-se, acentuando as consequências que já está a ter no plano do aumento do desemprego, que já deverá estar efectivamente acima dos 8 por cento da população activa. Para o líder do BE, Francisco Louçã, as previsões da Comissão Europeia, a confirmarem-se, são uma moção de censura à política económica e orçamental do governo. Para o líder do BE, Francisco Louçã, as previsões da Comissão Europeia, a confirmarem-se, são uma moção de censura à política económica e orçamental do governo. Em declarações à agência Lusa, Louçã salientou que as previsões demonstram que a política orçamental de 2002 foi gerida através de expedientes, como a amnistia fiscal, vendas de património e o negócio com a Brisa, e que a redução do défice não foi conseguida através de uma política que permitisse uma recuperação económica e evitasse a perda de receitas. Em declarações à agência Lusa, Louçã salientou que as previsões demonstram que a política orçamental de 2002 foi gerida através de expedientes, como a amnistia fiscal, vendas de património e o negócio com a Brisa, e que a redução do défice não foi conseguida através de uma política que permitisse uma recuperação económica e evitasse a perda de receitas. Louçã defendeu uma política económica que aumente as receitas fiscais, com uma reforma fiscal e uma política económica que combata a recessão. Louçã defendeu uma política económica que aumente as receitas fiscais, com uma reforma fiscal e uma política económica que combata a recessão. «Confrontamo-nos com a necessidade de uma reforma fiscal», afirmou o deputado bloquista, sublinhando que os cálculos de que se dispõe indicam que, com a fraude e a evasão fiscais, a fuga aos impostos se situa entre mil milhões e 1.500 milhões de contos, mais do que todo o défice orçamental. «Confrontamo-nos com a necessidade de uma reforma fiscal», afirmou o deputado bloquista, sublinhando que os cálculos de que se dispõe indicam que, com a fraude e a evasão fiscais, a fuga aos impostos se situa entre mil milhões e 1.500 milhões de contos, mais do que todo o défice orçamental. Previu que a recessão da economia tenderá a agravar-se, tanto a nível interno, como internacional. Previu que a recessão da economia tenderá a agravar-se, tanto a nível interno, como internacional. O porta-voz do PS, Paulo Pedroso, afirmou hoje que a extensão da remodelação do Governo aos secretários de Estado comprovou que o primeiro-ministro, Durão Barroso, recorreu a soluções de «emergência» por «problemas internos» no executivo. O porta-voz do PS, Paulo Pedroso, afirmou hoje que a extensão da remodelação do Governo aos secretários de Estado comprovou que o primeiro-ministro, Durão Barroso, recorreu a soluções de «emergência» por «problemas internos» no executivo. Em declarações à agência Lusa, Paulo Pedroso disse que «esta não é a remodelação necessária para o País arrepiar caminho em áreas com impacto significativo na vida dos portugueses». Em declarações à agência Lusa, Paulo Pedroso disse que «esta não é a remodelação necessária para o País arrepiar caminho em áreas com impacto significativo na vida dos portugueses». De acordo com o porta-voz dos socialistas, os portugueses estão perante «uma remodelação a conta-gotas e feita por pressão dos acontecimentos, o que revelou um mal-estar em áreas fundamentais do executivo». De acordo com o porta-voz dos socialistas, os portugueses estão perante «uma remodelação a conta-gotas e feita por pressão dos acontecimentos, o que revelou um mal-estar em áreas fundamentais do executivo». «A remodelação acentua a ideia de que a crise na sociedade portuguesa se estendeu ao próprio Governo. É com preocupação que vemos que, somente um ano após a posse do Governo,(a remodelação) se tornou indispensável em áreas tão importantes como os fundos estruturais e a política económica», apontou o socialista. «A remodelação acentua a ideia de que a crise na sociedade portuguesa se estendeu ao próprio Governo. É com preocupação que vemos que, somente um ano após a posse do Governo,(a remodelação) se tornou indispensável em áreas tão importantes como os fundos estruturais e a política económica», apontou o socialista. Paulo Pedroso referiu ainda que, «um dos principais autores da promessa não cumprida de promover um choque fiscal, o secretário de Estado Miguel Frasquilho, abandonou o Governo». Paulo Pedroso referiu ainda que, «um dos principais autores da promessa não cumprida de promover um choque fiscal, o secretário de Estado Miguel Frasquilho, abandonou o Governo». 17:38 8 Abril 2003

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Oposição alarmista

Confrontados com as previsões de Primavera da União Europeia sobre o défice português Eduardo Cabrita, Lino de Carvalho concordam em afirmar que, se se confirmarem, são um cartão vermelho á política orçamental portuguesa. O deputado socialista Eduardo Cabrita considera que as previsões da Comissão Europeia para Portugal de menor crescimento e maior défice orçamental este ano comprovam que o Governo conduziu o país a «situação de gravíssima crise económica». O deputado socialista Eduardo Cabrita considera que as previsões da Comissão Europeia para Portugal de menor crescimento e maior défice orçamental este ano comprovam que o Governo conduziu o país a «situação de gravíssima crise económica». O deputado salientou que Portugal está a crescer abaixo da média da União Europeia (UE) e que as medidas do Governo determinaram uma redução da receita dos impostos, apesar do aumento das taxas. O deputado salientou que Portugal está a crescer abaixo da média da União Europeia (UE) e que as medidas do Governo determinaram uma redução da receita dos impostos, apesar do aumento das taxas. Cabrita sublinhou que o défice de 2002 foi conseguido com um conjunto de receitas extraordinárias que «em nada alteraram a situação estrutural das finanças públicas portuguesas». Quer a política fiscal, quer a política económica, «agravam esta situação e conduzem a um aprofundar da crise», observou o parlamentar socialista. Cabrita sublinhou que o défice de 2002 foi conseguido com um conjunto de receitas extraordinárias que «em nada alteraram a situação estrutural das finanças públicas portuguesas». Quer a política fiscal, quer a política económica, «agravam esta situação e conduzem a um aprofundar da crise», observou o parlamentar socialista. Para o deputado comunista Lino de Carvalho, as previsões de Primavera da Comissão Europeia, a confirmarem-se, comprovam a estagnação da economia portuguesa e o carácter irrealista das previsões do Orçamento de Estado (OE) para 2003. Para o deputado comunista Lino de Carvalho, as previsões de Primavera da Comissão Europeia, a confirmarem-se, comprovam a estagnação da economia portuguesa e o carácter irrealista das previsões do Orçamento de Estado (OE) para 2003. Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Assembleia da República, afirmou que quando foi discutido o OE já havia dados para se saber que 1,75 por cento não Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Assembleia da República, afirmou que quando foi discutido o OE já havia dados para se saber que 1,75 por cento não correspondia a uma previsão sustentável de crescimento económico. correspondia a uma previsão sustentável de crescimento económico. Segundo o economista, vamos ainda ver se o crescimento económico em 2003 não será pior do que o previsto pela Comissão, porque houve recessão técnica no segundo semestre do ano passado, com descida de 0,7 por cento do produto, com um acentuar da quebra no último trimestre, devido à redução da procura interna. Segundo o economista, vamos ainda ver se o crescimento económico em 2003 não será pior do que o previsto pela Comissão, porque houve recessão técnica no segundo semestre do ano passado, com descida de 0,7 por cento do produto, com um acentuar da quebra no último trimestre, devido à redução da procura interna. Se a tendência dos dois últimos trimestres de 2002 se mantiver este ano os resultados de 2003 podem ser piores do que a previsão da Comissão Europeia, afirmou Lino de Carvalho. Se a tendência dos dois últimos trimestres de 2002 se mantiver este ano os resultados de 2003 podem ser piores do que a previsão da Comissão Europeia, afirmou Lino de Carvalho. O economista salientou que a crise económica em Portugal não resulta apenas da desaceleração internacional, porque a economia portuguesa é a que pior se está a comportar, tanto na União Europeia como no conjunto da Europa Ocidental. O economista salientou que a crise económica em Portugal não resulta apenas da desaceleração internacional, porque a economia portuguesa é a que pior se está a comportar, tanto na União Europeia como no conjunto da Europa Ocidental. O governo, sabendo que a economia internacional estava a caminhar para a estagnação ou recessão, não interveio através do aumento de investimento público, como preconiza o próprio Miguel Cadilhe, considerou Lino de Carvalho, observando: «O governo, com a política orçamental que seguiu, juntou mais crise à crise». O governo, sabendo que a economia internacional estava a caminhar para a estagnação ou recessão, não interveio através do aumento de investimento público, como preconiza o próprio Miguel Cadilhe, considerou Lino de Carvalho, observando: «O governo, com a política orçamental que seguiu, juntou mais crise à crise». O deputado comunista disse temer que, face à «dependência «fetichista» e fundamentalista do governo face ao défice», o executivo tome medidas de ainda maior contenção da despesa. Se o governo for por essa via, a situação económica do país O deputado comunista disse temer que, face à «dependência «fetichista» e fundamentalista do governo face ao défice», o executivo tome medidas de ainda maior contenção da despesa. Se o governo for por essa via, a situação económica do país pode vir a agravar-se, acentuando as consequências que já está a ter no plano do aumento do desemprego, que já deverá estar efectivamente acima dos 8 por cento da população activa. pode vir a agravar-se, acentuando as consequências que já está a ter no plano do aumento do desemprego, que já deverá estar efectivamente acima dos 8 por cento da população activa. Para o líder do BE, Francisco Louçã, as previsões da Comissão Europeia, a confirmarem-se, são uma moção de censura à política económica e orçamental do governo. Para o líder do BE, Francisco Louçã, as previsões da Comissão Europeia, a confirmarem-se, são uma moção de censura à política económica e orçamental do governo. Em declarações à agência Lusa, Louçã salientou que as previsões demonstram que a política orçamental de 2002 foi gerida através de expedientes, como a amnistia fiscal, vendas de património e o negócio com a Brisa, e que a redução do défice não foi conseguida através de uma política que permitisse uma recuperação económica e evitasse a perda de receitas. Em declarações à agência Lusa, Louçã salientou que as previsões demonstram que a política orçamental de 2002 foi gerida através de expedientes, como a amnistia fiscal, vendas de património e o negócio com a Brisa, e que a redução do défice não foi conseguida através de uma política que permitisse uma recuperação económica e evitasse a perda de receitas. Louçã defendeu uma política económica que aumente as receitas fiscais, com uma reforma fiscal e uma política económica que combata a recessão. Louçã defendeu uma política económica que aumente as receitas fiscais, com uma reforma fiscal e uma política económica que combata a recessão. «Confrontamo-nos com a necessidade de uma reforma fiscal», afirmou o deputado bloquista, sublinhando que os cálculos de que se dispõe indicam que, com a fraude e a evasão fiscais, a fuga aos impostos se situa entre mil milhões e 1.500 milhões de contos, mais do que todo o défice orçamental. «Confrontamo-nos com a necessidade de uma reforma fiscal», afirmou o deputado bloquista, sublinhando que os cálculos de que se dispõe indicam que, com a fraude e a evasão fiscais, a fuga aos impostos se situa entre mil milhões e 1.500 milhões de contos, mais do que todo o défice orçamental. Previu que a recessão da economia tenderá a agravar-se, tanto a nível interno, como internacional. Previu que a recessão da economia tenderá a agravar-se, tanto a nível interno, como internacional. O porta-voz do PS, Paulo Pedroso, afirmou hoje que a extensão da remodelação do Governo aos secretários de Estado comprovou que o primeiro-ministro, Durão Barroso, recorreu a soluções de «emergência» por «problemas internos» no executivo. O porta-voz do PS, Paulo Pedroso, afirmou hoje que a extensão da remodelação do Governo aos secretários de Estado comprovou que o primeiro-ministro, Durão Barroso, recorreu a soluções de «emergência» por «problemas internos» no executivo. Em declarações à agência Lusa, Paulo Pedroso disse que «esta não é a remodelação necessária para o País arrepiar caminho em áreas com impacto significativo na vida dos portugueses». Em declarações à agência Lusa, Paulo Pedroso disse que «esta não é a remodelação necessária para o País arrepiar caminho em áreas com impacto significativo na vida dos portugueses». De acordo com o porta-voz dos socialistas, os portugueses estão perante «uma remodelação a conta-gotas e feita por pressão dos acontecimentos, o que revelou um mal-estar em áreas fundamentais do executivo». De acordo com o porta-voz dos socialistas, os portugueses estão perante «uma remodelação a conta-gotas e feita por pressão dos acontecimentos, o que revelou um mal-estar em áreas fundamentais do executivo». «A remodelação acentua a ideia de que a crise na sociedade portuguesa se estendeu ao próprio Governo. É com preocupação que vemos que, somente um ano após a posse do Governo,(a remodelação) se tornou indispensável em áreas tão importantes como os fundos estruturais e a política económica», apontou o socialista. «A remodelação acentua a ideia de que a crise na sociedade portuguesa se estendeu ao próprio Governo. É com preocupação que vemos que, somente um ano após a posse do Governo,(a remodelação) se tornou indispensável em áreas tão importantes como os fundos estruturais e a política económica», apontou o socialista. Paulo Pedroso referiu ainda que, «um dos principais autores da promessa não cumprida de promover um choque fiscal, o secretário de Estado Miguel Frasquilho, abandonou o Governo». Paulo Pedroso referiu ainda que, «um dos principais autores da promessa não cumprida de promover um choque fiscal, o secretário de Estado Miguel Frasquilho, abandonou o Governo». 17:38 8 Abril 2003

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