"Euro vai cumprir-se sem as loucas derrapagens"

14-06-2003
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"Euro Vai Cumprir-se Sem as Loucas Derrapagens"

Por FILIPE ESCOBAR DE LIMA

Quinta-feira, 12 de Junho de 2003 O Euro 2004 vai cumprir-se sem grandes sobressaltos. E sem as "famosas" e "loucas" derrapagens. A aposta em grande escala nos novos dez estádios e respectivas infra-estruturas vai trazer, a médio e longo prazo, benefícios para o país. "Vai ser um êxito em matéria de organização e cumprimento de responsabilidade" . Estas certezas e ambição são de Laurentino Dias, presidente da comissão parlamentar de acompanhamento do Euro 2004. "A maior satisfação é que nós vamos poder apresentar ao mundo dez novos estádios de futebol do mais moderno que pode haver. E fazem falta ao país, porque não havia nenhum estádio em Portugal que cumprisse as normas nacionais e internacionais exigidas", disse ao PÚBLICO Laurentino Dias. O deputado socialista lembra que a um ano do seu início começa a haver um apoio generalizado de todo o país ao europeu: "A primeira grande verdade é que o Euro 2004 começa a ter, ou está a ter, a um ano de distância, o apoio generalizado dos portugueses. Restam apenas algumas vozes dissonantes quanto à importância para o país deste evento e acho isso muito positivo." Sobre a contestação acerca do despesismo da obra para um país em crise, Laurentino Dias recorda que apenas foi possível a Portugal vencer a candidatura à organização da prova porque apresentou uma "proposta forte na base de dez estádios e mais outras infra-estruturas indispensáveis para a sua realização". "Sem uma candidatura apresentada nesses termos não haveria 'Euro' em Portugal". "Começa a provar-se que Portugal vai cumprir com as obrigações que assumiu para com a UEFA, sem as famosas e loucas derrapagens que tanto se anunciavam. Haverá numa ou outra obra, mas sem expressão que ponha em causa a globalidade", refere Laurentino Dias. "Finalmente começa a perceber-se que um evento deste tipo pode proporcionar a Portugal, em alguns anos, o retorno para o país", conclui. Mas existem preocupações nesta recta final. "Um ou dois dos estádios, dada a complexidade das obras em causa, vão terminar as suas obras depois de 30 de Setembro - são Braga e FC Porto. Isto não quer dizer que fiquem de fora do Euro 2004, nem perto nem de longe", sublinha o deputado. As acessibilidades das Antas, Bessa e Luz também preocupam o presidente da comissão parlamentar, mas as maiores reticências vão para a falta de promoção da competição e dos ensaios de segurança. "Os testes e ensaios em matéria de segurança estão a ser dificultados por algum atraso nas acessibilidades directas aos estádios, mas tenho também muitas reticências relativamente àquilo que as instâncias públicas deveriam já ter feito e ainda não fizeram quanto à promoção de Portugal a propósito do Euro 2004": "É um ponto que está a ser descurado e faço votos para que o novo secretário de Estado do Turismo tenha capacidade para fazer aquilo que não foi feito e fazer aquilo que deve fazer". Auditoria com reservas Existem reservas em relação aos atrasos nos estádios de Braga, Aveiro e Leiria. Na última auditoria realizada pela "Price WaterHouse Coopers", a pedido da Sociedade Portugal 2004, SA, terminada no passado 30 de Abril e tornada pública no início deste mês, o acompanhamento da gestão e dos recursos financeiros afectos à construção dos recintos e dos respectivos acessos mostra que estes três empreendimentos não vão ter as suas obras concluídas no prazo final concordado com a UEFA. Sem determinar os efeitos que estes atrasos possam provocar, o estudo mostra ainda que o estádio do Bessa também denota algum atraso, apesar de esta terminar antes do prazo esitpulado. Sobre a utlização dos recursos financeiros por parte do Estado, a auditoria não encontrou quaisquer irregularidades. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Organização do Europeu entra na recta final

As datas

Os custos

Os recursos

Promoção a conta-gotas

"Euro vai cumprir-se sem as loucas derrapagens"

Estádios e acessibilidades

Estádios terão salas de detenção

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Quinta-feira, 12 de Junho de 2003 O Euro 2004 vai cumprir-se sem grandes sobressaltos. E sem as "famosas" e "loucas" derrapagens. A aposta em grande escala nos novos dez estádios e respectivas infra-estruturas vai trazer, a médio e longo prazo, benefícios para o país. "Vai ser um êxito em matéria de organização e cumprimento de responsabilidade" . Estas certezas e ambição são de Laurentino Dias, presidente da comissão parlamentar de acompanhamento do Euro 2004. "A maior satisfação é que nós vamos poder apresentar ao mundo dez novos estádios de futebol do mais moderno que pode haver. E fazem falta ao país, porque não havia nenhum estádio em Portugal que cumprisse as normas nacionais e internacionais exigidas", disse ao PÚBLICO Laurentino Dias. O deputado socialista lembra que a um ano do seu início começa a haver um apoio generalizado de todo o país ao europeu: "A primeira grande verdade é que o Euro 2004 começa a ter, ou está a ter, a um ano de distância, o apoio generalizado dos portugueses. Restam apenas algumas vozes dissonantes quanto à importância para o país deste evento e acho isso muito positivo." Sobre a contestação acerca do despesismo da obra para um país em crise, Laurentino Dias recorda que apenas foi possível a Portugal vencer a candidatura à organização da prova porque apresentou uma "proposta forte na base de dez estádios e mais outras infra-estruturas indispensáveis para a sua realização". "Sem uma candidatura apresentada nesses termos não haveria 'Euro' em Portugal". "Começa a provar-se que Portugal vai cumprir com as obrigações que assumiu para com a UEFA, sem as famosas e loucas derrapagens que tanto se anunciavam. Haverá numa ou outra obra, mas sem expressão que ponha em causa a globalidade", refere Laurentino Dias. "Finalmente começa a perceber-se que um evento deste tipo pode proporcionar a Portugal, em alguns anos, o retorno para o país", conclui. Mas existem preocupações nesta recta final. "Um ou dois dos estádios, dada a complexidade das obras em causa, vão terminar as suas obras depois de 30 de Setembro - são Braga e FC Porto. Isto não quer dizer que fiquem de fora do Euro 2004, nem perto nem de longe", sublinha o deputado. As acessibilidades das Antas, Bessa e Luz também preocupam o presidente da comissão parlamentar, mas as maiores reticências vão para a falta de promoção da competição e dos ensaios de segurança. "Os testes e ensaios em matéria de segurança estão a ser dificultados por algum atraso nas acessibilidades directas aos estádios, mas tenho também muitas reticências relativamente àquilo que as instâncias públicas deveriam já ter feito e ainda não fizeram quanto à promoção de Portugal a propósito do Euro 2004": "É um ponto que está a ser descurado e faço votos para que o novo secretário de Estado do Turismo tenha capacidade para fazer aquilo que não foi feito e fazer aquilo que deve fazer". Auditoria com reservas Existem reservas em relação aos atrasos nos estádios de Braga, Aveiro e Leiria. Na última auditoria realizada pela "Price WaterHouse Coopers", a pedido da Sociedade Portugal 2004, SA, terminada no passado 30 de Abril e tornada pública no início deste mês, o acompanhamento da gestão e dos recursos financeiros afectos à construção dos recintos e dos respectivos acessos mostra que estes três empreendimentos não vão ter as suas obras concluídas no prazo final concordado com a UEFA. Sem determinar os efeitos que estes atrasos possam provocar, o estudo mostra ainda que o estádio do Bessa também denota algum atraso, apesar de esta terminar antes do prazo esitpulado. Sobre a utlização dos recursos financeiros por parte do Estado, a auditoria não encontrou quaisquer irregularidades. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Organização do Europeu entra na recta final

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