O ministro do Ambiente, José Sócrates, criticou hoje a posição que a Câmara Municipal de Setúbal (CMS) adoptou relativamente à co-incineração no Outão, alegando que a autarquia "quer só fazer parte do problema" e não da solução, avança a Lusa. O autarca setubalense, Carlos Sousa (CDU), é frontalmente contra a co-incineração e associou-se ontem a uma manifestação de protesto que juntou populares e ambientalistas junto à cimenteira da Arrábida. Mas, para Sócrates, que falava em Lisboa à margem de um seminário sobre políticas de ordenamento do território, um dos âmbitos em que a CMS poderia colaborar seria criando uma comissão de acompanhamento de todo o processo. "Não podemos criá-la institucionalmente", sublinhou o titular da pasta, referindo-se ao facto de a criação das comissões de acompanhamento ser da competência das autarquias locais e não do Governo. Relativamente aos testes que hoje começaram a ser feitos na cimenteira do Outão, Sócrates reafirmou que não têm qualquer impacte na saúde pública. "São testes realizados com pequenas quantidades de resíduos (lamas) que estão depositados em Sines há muito tempo", explicou o ministro. Ainda de acordo com José Sócrates "as emissões serão sempre abaixo dos níveis que uma cimenteira produz quando está a funcionar em regime normal". "É o método mais económico, flexível e com menos impactes ambientais", sustentou. Quanto aos protestos da associação ambientalista Quercus, o ministro disse não compreender os seus motivos, deixando no ar uma dúvida: "Por que é que a Quercus em 1994, quando se falava na incineração dedicada, veio dizer que o melhor método era a co-incineração em fornos cimenteiros?".
. .
Categorias
Entidades
O ministro do Ambiente, José Sócrates, criticou hoje a posição que a Câmara Municipal de Setúbal (CMS) adoptou relativamente à co-incineração no Outão, alegando que a autarquia "quer só fazer parte do problema" e não da solução, avança a Lusa. O autarca setubalense, Carlos Sousa (CDU), é frontalmente contra a co-incineração e associou-se ontem a uma manifestação de protesto que juntou populares e ambientalistas junto à cimenteira da Arrábida. Mas, para Sócrates, que falava em Lisboa à margem de um seminário sobre políticas de ordenamento do território, um dos âmbitos em que a CMS poderia colaborar seria criando uma comissão de acompanhamento de todo o processo. "Não podemos criá-la institucionalmente", sublinhou o titular da pasta, referindo-se ao facto de a criação das comissões de acompanhamento ser da competência das autarquias locais e não do Governo. Relativamente aos testes que hoje começaram a ser feitos na cimenteira do Outão, Sócrates reafirmou que não têm qualquer impacte na saúde pública. "São testes realizados com pequenas quantidades de resíduos (lamas) que estão depositados em Sines há muito tempo", explicou o ministro. Ainda de acordo com José Sócrates "as emissões serão sempre abaixo dos níveis que uma cimenteira produz quando está a funcionar em regime normal". "É o método mais económico, flexível e com menos impactes ambientais", sustentou. Quanto aos protestos da associação ambientalista Quercus, o ministro disse não compreender os seus motivos, deixando no ar uma dúvida: "Por que é que a Quercus em 1994, quando se falava na incineração dedicada, veio dizer que o melhor método era a co-incineração em fornos cimenteiros?".
. .