Diário Económico

30-03-2003
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Telecomunicações PT corta para metade tarifas do fixo-móvel

Por Ilda Matos

A Portugal Telecom reduziu o preço das chamadas fixo-móvel para metade, no âmbito da estratégia de rebalanceamento das tarifas.

A empresa pretende ainda passar a ideia de que, em termos de preços, a rede fixa é uma alternativa à rede móvel.

Dos 0,28 euros pelo primeiro minuto cobrado até Janeiro, a operadora de rede fixa do grupo PT decidiu passar para 0,1395 euros, uma redução de 50% no preço das chamadas originadas na rede fixa e destinadas a telefones móveis, que eram das mais caras. O actual preço já se situa muito perto do nível dos preços cobrados pelas operadoras móveis pelas chamadas dentro das respectivas redes, as mais baratas de todas. Considerando que existem quase nove milhões de telefones móveis em Portugal e que o preço elevado das chamadas fixo-móvel era uma barreira à realização deste tipo de chamadas – as pessoas usam em regra os telemóveis para chamarem outros terminais móveis - esta medida pode alavancar o consumo de comunicações na rede fixa.

O novo preço reflecte a diferenciação introduzida pelos operadores móveis no valor da terminação da chamada no primeiro minuto, tendo um preço diferente nos restantes minutos. Desta forma a PT passou para o consumidor final o benefício que os operadores móveis dão no primeiro minuto. Nos restantes minutos, o valor é superior o que, em termos financeiros, assegura o rebalanceamento da tarifa e faz com que esta descida de 50% não se traduza numa quebra de receitas para a PT. Segundo José Pereira da Costa, administrador da PT, esta medida beneficia sobretudo os consumidores particulares que façam chamadas de curta duração. O responsável diz que não se espera um aumento significativo das receitas do fixo-móvel na sequência desta medida.

Os últimos dados, relativos a 2001, apontam para uma quebra do tráfego doméstico de voz da PT de 16,8%, o que traduz fundamentalmente o efeito de substituição pelo serviço móvel. Em 2001, a PT Comunicações facturava 418 milhões de euros no fixo-móvel. Segundo a PT, esta descida de preços pretende ainda estabelecer uma maior adequação do tarifário, passando para os clientes finais parte da receita que cobram aos operadores móveis pela interligação. Esta medida está ainda enquadrada na estratégia da empresa de fazer passar a ideia de que a rede fixa é mais barata do que as redes móveis, tornando-a numa alavanca para estimular o consumo.

imatos@economica.iol.pt

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Telecomunicações PT corta para metade tarifas do fixo-móvel

Por Ilda Matos

A Portugal Telecom reduziu o preço das chamadas fixo-móvel para metade, no âmbito da estratégia de rebalanceamento das tarifas.

A empresa pretende ainda passar a ideia de que, em termos de preços, a rede fixa é uma alternativa à rede móvel.

Dos 0,28 euros pelo primeiro minuto cobrado até Janeiro, a operadora de rede fixa do grupo PT decidiu passar para 0,1395 euros, uma redução de 50% no preço das chamadas originadas na rede fixa e destinadas a telefones móveis, que eram das mais caras. O actual preço já se situa muito perto do nível dos preços cobrados pelas operadoras móveis pelas chamadas dentro das respectivas redes, as mais baratas de todas. Considerando que existem quase nove milhões de telefones móveis em Portugal e que o preço elevado das chamadas fixo-móvel era uma barreira à realização deste tipo de chamadas – as pessoas usam em regra os telemóveis para chamarem outros terminais móveis - esta medida pode alavancar o consumo de comunicações na rede fixa.

O novo preço reflecte a diferenciação introduzida pelos operadores móveis no valor da terminação da chamada no primeiro minuto, tendo um preço diferente nos restantes minutos. Desta forma a PT passou para o consumidor final o benefício que os operadores móveis dão no primeiro minuto. Nos restantes minutos, o valor é superior o que, em termos financeiros, assegura o rebalanceamento da tarifa e faz com que esta descida de 50% não se traduza numa quebra de receitas para a PT. Segundo José Pereira da Costa, administrador da PT, esta medida beneficia sobretudo os consumidores particulares que façam chamadas de curta duração. O responsável diz que não se espera um aumento significativo das receitas do fixo-móvel na sequência desta medida.

Os últimos dados, relativos a 2001, apontam para uma quebra do tráfego doméstico de voz da PT de 16,8%, o que traduz fundamentalmente o efeito de substituição pelo serviço móvel. Em 2001, a PT Comunicações facturava 418 milhões de euros no fixo-móvel. Segundo a PT, esta descida de preços pretende ainda estabelecer uma maior adequação do tarifário, passando para os clientes finais parte da receita que cobram aos operadores móveis pela interligação. Esta medida está ainda enquadrada na estratégia da empresa de fazer passar a ideia de que a rede fixa é mais barata do que as redes móveis, tornando-a numa alavanca para estimular o consumo.

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