Vinda do navio "foi um sucesso imenso"

05-09-2004
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Vinda do Navio "Foi Um Sucesso Imenso"

Quinta-feira, 02 de Setembro de 2004

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), uma das organizações portuguesas envolvidas na acção do "barco do aborto" com a Women on Waves, faz um balanço positivo da iniciativa, apesar da proibição da entrada do "Borndiep" em águas territoriais portuguesas.

"O principal objectivo deste projecto era o debate, cruzando várias áreas da sociedade - juristas, profissionais de saúde e outros. Isso foi conseguido, foi um sucesso imenso", afirmou ontem a dirigente Maria José Magalhães, visivelmente satisfeita, durante a manifestação em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Maria José Magalhães reconheceu que o impedimento à entrada do barco acabou por frustrar as pessoas que estão a bordo e as que estão a receber os telefonemas das portuguesas. "Elas são médicas e gostavam de falar com as mulheres e de ouvir os seus problemas. Por isso, sentem-se um bocadinho inúteis".

A dirigente da UMAR expressou também a sua indignação face às declarações de Santana Lopes, feitas ontem, sobre a proibição ao barco. "Já viram os verbos que ele utilizou: eu posso/não quero/não deixo? E disse que [a vinda do barco] era contra a natureza do país. Ele tem uma ideia deste país bastante antiga".

As afirmações do ministro da Defesa, Paulo Portas, também causaram perplexidade. "Teve o atrevimento de ofender as mulheres portuguesas, ao confundir o sofrimento delas e dos companheiros, quando passam por esta situação, com outras coisas mirabolantes como o tráfico de droga".

Vinda do Navio "Foi Um Sucesso Imenso"

Quinta-feira, 02 de Setembro de 2004

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), uma das organizações portuguesas envolvidas na acção do "barco do aborto" com a Women on Waves, faz um balanço positivo da iniciativa, apesar da proibição da entrada do "Borndiep" em águas territoriais portuguesas.

"O principal objectivo deste projecto era o debate, cruzando várias áreas da sociedade - juristas, profissionais de saúde e outros. Isso foi conseguido, foi um sucesso imenso", afirmou ontem a dirigente Maria José Magalhães, visivelmente satisfeita, durante a manifestação em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Maria José Magalhães reconheceu que o impedimento à entrada do barco acabou por frustrar as pessoas que estão a bordo e as que estão a receber os telefonemas das portuguesas. "Elas são médicas e gostavam de falar com as mulheres e de ouvir os seus problemas. Por isso, sentem-se um bocadinho inúteis".

A dirigente da UMAR expressou também a sua indignação face às declarações de Santana Lopes, feitas ontem, sobre a proibição ao barco. "Já viram os verbos que ele utilizou: eu posso/não quero/não deixo? E disse que [a vinda do barco] era contra a natureza do país. Ele tem uma ideia deste país bastante antiga".

As afirmações do ministro da Defesa, Paulo Portas, também causaram perplexidade. "Teve o atrevimento de ofender as mulheres portuguesas, ao confundir o sofrimento delas e dos companheiros, quando passam por esta situação, com outras coisas mirabolantes como o tráfico de droga".

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