Paulo Portas, Defesa

02-05-2003
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Paulo Portas, Defesa

Por H.P.

Sábado, 05 de Abril de 2003

Positivo

Dinheiro. Basicamente este é o trunfo deste ministro da Defesa. Consegue uma Lei de Programação Militar unanimemente aceite pelas chefias militares ao aumentar o número de aquisições (reduzindo as compras a prestações), fez a equiparação há muito esperada (assim estava na lei) dos militares contratados e voluntários aos do quadro permanente, acabaram os problemas de atrasos nos pagamentos, está em curso a regularização da contagem de serviço dos ex-combatentes para efeitos de reforma (a despesa vai sair do Ministério da Segurança Social e do Trabalho). Durante os anos do Governo PS, passaram por aquele ministério cinco titulares e os problemas financeiros mantiveram-se sempre. Agora que esses estão a ser ultrapassados, os militares andam mais calmos.

Negativo

O problema de Paulo Portas foi, desde o início, o da credibilidade. Primeiro, porque não se conheciam ao líder do CDS especial apetência para as questões de Defesa. Depois, o caso Moderna. Nos meios militares, não foi compreendida a maneira como Portas lidou com o assunto e ficou célebre uma conferência de imprensa no Forte de São Julião da Barra, residência oficial do ministro da Defesa, em que Portas se irritou ao responder às questões dos jornalistas sobre o caso Moderna, foi considerado uma mistura de responsabilidades inadmissível. Daí, as críticas que se seguiram, ferozes por parte do ex-Chefe do Estado-Maior da Defesa, general Loureiro dos Santos, indirectas por parte do então Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Alvarenga, que acabou por ser demitido pelo Governo. Para Portas, esta exoneração terá sido o momento mais difícil e foi também o sinal que precisou de fazer para controlar com mão de ferro os militares.

Paulo Portas, Defesa

Por H.P.

Sábado, 05 de Abril de 2003

Positivo

Dinheiro. Basicamente este é o trunfo deste ministro da Defesa. Consegue uma Lei de Programação Militar unanimemente aceite pelas chefias militares ao aumentar o número de aquisições (reduzindo as compras a prestações), fez a equiparação há muito esperada (assim estava na lei) dos militares contratados e voluntários aos do quadro permanente, acabaram os problemas de atrasos nos pagamentos, está em curso a regularização da contagem de serviço dos ex-combatentes para efeitos de reforma (a despesa vai sair do Ministério da Segurança Social e do Trabalho). Durante os anos do Governo PS, passaram por aquele ministério cinco titulares e os problemas financeiros mantiveram-se sempre. Agora que esses estão a ser ultrapassados, os militares andam mais calmos.

Negativo

O problema de Paulo Portas foi, desde o início, o da credibilidade. Primeiro, porque não se conheciam ao líder do CDS especial apetência para as questões de Defesa. Depois, o caso Moderna. Nos meios militares, não foi compreendida a maneira como Portas lidou com o assunto e ficou célebre uma conferência de imprensa no Forte de São Julião da Barra, residência oficial do ministro da Defesa, em que Portas se irritou ao responder às questões dos jornalistas sobre o caso Moderna, foi considerado uma mistura de responsabilidades inadmissível. Daí, as críticas que se seguiram, ferozes por parte do ex-Chefe do Estado-Maior da Defesa, general Loureiro dos Santos, indirectas por parte do então Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Alvarenga, que acabou por ser demitido pelo Governo. Para Portas, esta exoneração terá sido o momento mais difícil e foi também o sinal que precisou de fazer para controlar com mão de ferro os militares.

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