Ascenções, confirmações, beatificações

23-06-2004
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Ascenções, Confirmações, Beatificações

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Segunda-feira, 24 de Maio de 2004 Manuela Ferreira Leite O PSD gosta de beatificações. Em cada congresso há uma. Em Oliveira de Azeméis foi a vez de Manuela Ferreira Leite, a senhora do milagre do défice, ser elevada a figura santa. Recebida com a maior ovação dos trabalhos, mesmo antes de começar a discursar, a ministra das Finanças tratou de cumprir a sua parte, ou seja, de mostrar abnegação. Apresentou a sua acção governativa como se fosse apenas obra do "projecto" de Durão. Helena Lopes da Costa Da Câmara de Lisboa para o país. Helena Lopes da Costa é uma das ascensões deste congresso. Durante os trabalhos não falou. Apenas esteve na mesa da direcção atenta e batendo palmas, entusiasmada quando falou Pedro Santana Lopes, de quem é indefectível apoiante. A sua ascensão de vogal da comissão política a vice-presidente é feita, aliás, por força do aumento do peso negocial de Santana Lopes. Miguel Relvas É a estrela do congresso. A partir de ontem é secretário-geral do PSD, um dos cargos de maior poder no universo político português. Homem de confiança pessoal de Durão Barroso, vai, em seu nome, tomar conta do partido. E terá como missão preparar a campanha eleitoral autárquica para que o PSD consiga ganhar esse momento, o qual é, na estratégia de Durão, vital para a conquista da maioria absoluta nas legislativas e realizar, depois, o "sonho de Sá Carneiro": "Uma maioria, um Governo, um Presidente." José Luís Arnaut Há cinco anos, em Coimbra, foi o nome mais assobiado quando subiu ao palco do Congresso como secretário-geral, recebendo uma vaia histórica. Este fim de semana foi um dos dirigentes mais venerados e elogiados. Isto pelo seu trabalho à frente da secretaria-geral do partido e a capacidade de organização que revelou. Agora ascende a vice-presidente e tem entre mãos no Governo o Euro 2004. Um palco onde terá de demontrar qualidades políticas. João de Deus Pinheiro É o candidato. A partir de agora vai para a estrada à frente da coligação "Força Portugal" com a tarefa de tentar que a maioria não saia derrotada das eleições europeias. Em Oliveira de Azeméis foi, por isso, ungido com aplausos, depois de um discurso em que tentou abordar as questões europeias, mas sem grande conteúdo real e recheado de tiradas populistas contra o PS. Arlindo Cunha Foi "o ministro" do Congresso. Nomeado e empossado na véspera, fruto de uma pseudo-remodelação, que o congresso, aliás, quase ignorou, o novo responsável pelo Ambiente regressou ao activo partidário, renascendo da reserva cavaquista. Pronto para o combate, garantiu do palco do pavilhão que o seu único "lobby" é o PSD. Arménio Santos Ser líder de uma central sindical do PSD, quando este é Governo e aprova medidas como o Código Laboral ou de correcção do défice, não é fácil. Arménio Santos que o diga. Mas cumpriu o seu papel e, com contenção, não deixou de fazer ouvir as suas críticas sobre os aspectos da governação que, na sua opinião, correram mal e defender o que acha serem os interesses dos trabalhadores. Fernando Seara Se há assunto que puxe pelos brios protugueses chama-se Euro 2004. Fernando Seara, o presidente da câmara comentador de futebol, sabe-o bem. Vai daí tratou de levantar as hostes em palmas, num dos momentos mais ruidosos do congresso, na tarde de sábado, precisamente referindo a realização do Campeonato Europeu de Futebol e pedindo apoio para a selecção. No mesmo discurso tratou de expressar críticas ao Governo e defender os interesses do poder local de que faz parte. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Durão vai ter de continuar atento ao PSD

Durão responsabiliza PCP por problemas de segurança durante o Euro-2004

"Paulo, espera aí que o Zé quer dar-te um abraço"

Balsemão e os "exames de frequência"

A "grande escola" que não quer ouvir falar de carreiras

Marcelo e Pacheco criticam remodelação

Ascenções, confirmações, beatificações

Órgãos eleitos

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Segunda-feira, 24 de Maio de 2004 Manuela Ferreira Leite O PSD gosta de beatificações. Em cada congresso há uma. Em Oliveira de Azeméis foi a vez de Manuela Ferreira Leite, a senhora do milagre do défice, ser elevada a figura santa. Recebida com a maior ovação dos trabalhos, mesmo antes de começar a discursar, a ministra das Finanças tratou de cumprir a sua parte, ou seja, de mostrar abnegação. Apresentou a sua acção governativa como se fosse apenas obra do "projecto" de Durão. Helena Lopes da Costa Da Câmara de Lisboa para o país. Helena Lopes da Costa é uma das ascensões deste congresso. Durante os trabalhos não falou. Apenas esteve na mesa da direcção atenta e batendo palmas, entusiasmada quando falou Pedro Santana Lopes, de quem é indefectível apoiante. A sua ascensão de vogal da comissão política a vice-presidente é feita, aliás, por força do aumento do peso negocial de Santana Lopes. Miguel Relvas É a estrela do congresso. A partir de ontem é secretário-geral do PSD, um dos cargos de maior poder no universo político português. Homem de confiança pessoal de Durão Barroso, vai, em seu nome, tomar conta do partido. E terá como missão preparar a campanha eleitoral autárquica para que o PSD consiga ganhar esse momento, o qual é, na estratégia de Durão, vital para a conquista da maioria absoluta nas legislativas e realizar, depois, o "sonho de Sá Carneiro": "Uma maioria, um Governo, um Presidente." José Luís Arnaut Há cinco anos, em Coimbra, foi o nome mais assobiado quando subiu ao palco do Congresso como secretário-geral, recebendo uma vaia histórica. Este fim de semana foi um dos dirigentes mais venerados e elogiados. Isto pelo seu trabalho à frente da secretaria-geral do partido e a capacidade de organização que revelou. Agora ascende a vice-presidente e tem entre mãos no Governo o Euro 2004. Um palco onde terá de demontrar qualidades políticas. João de Deus Pinheiro É o candidato. A partir de agora vai para a estrada à frente da coligação "Força Portugal" com a tarefa de tentar que a maioria não saia derrotada das eleições europeias. Em Oliveira de Azeméis foi, por isso, ungido com aplausos, depois de um discurso em que tentou abordar as questões europeias, mas sem grande conteúdo real e recheado de tiradas populistas contra o PS. Arlindo Cunha Foi "o ministro" do Congresso. Nomeado e empossado na véspera, fruto de uma pseudo-remodelação, que o congresso, aliás, quase ignorou, o novo responsável pelo Ambiente regressou ao activo partidário, renascendo da reserva cavaquista. Pronto para o combate, garantiu do palco do pavilhão que o seu único "lobby" é o PSD. Arménio Santos Ser líder de uma central sindical do PSD, quando este é Governo e aprova medidas como o Código Laboral ou de correcção do défice, não é fácil. Arménio Santos que o diga. Mas cumpriu o seu papel e, com contenção, não deixou de fazer ouvir as suas críticas sobre os aspectos da governação que, na sua opinião, correram mal e defender o que acha serem os interesses dos trabalhadores. Fernando Seara Se há assunto que puxe pelos brios protugueses chama-se Euro 2004. Fernando Seara, o presidente da câmara comentador de futebol, sabe-o bem. Vai daí tratou de levantar as hostes em palmas, num dos momentos mais ruidosos do congresso, na tarde de sábado, precisamente referindo a realização do Campeonato Europeu de Futebol e pedindo apoio para a selecção. No mesmo discurso tratou de expressar críticas ao Governo e defender os interesses do poder local de que faz parte. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Durão vai ter de continuar atento ao PSD

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