EXPRESSO online

21-11-2002
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Preço, prazo e qualidade definem fornecedor

Portas opta por empresas norte-americanas

O ministro da Defesa, Paulo Portas, admitiu quinta-feira preterir empresas europeias no fornecimento de equipamentos para as Forças Armadas, caso não apresentem melhores propostas em «preço, prazo de entrega e qualidade» às suas congéneres americanas. «Não me interessa se o equipamento é americano ou europeu. Interessa-me o preço, o prazo de entrega e a qualidade do bem», garantiu Paulo Portas, defendendo que o país «não pode dar-se ao luxo de comprar mais caro só porque tem uma determinada etiqueta e uma «Não me interessa se o equipamento é americano ou europeu. Interessa-me o preço, o prazo de entrega e a qualidade do bem», garantiu Paulo Portas, defendendo que o país «não pode dar-se ao luxo de comprar mais caro só porque tem uma determinada etiqueta e uma determinada origem». determinada origem». Num encontro sobre «A política de defesa da União Europeia», promovido pela organização Eurodefense, o ministro da Defesa aludiu às «dificuldades financeiras» que o país atravessa, mas garantiu que o Governo não irá alienar património das Forças Armadas «para pagar Num encontro sobre «A política de defesa da União Europeia», promovido pela organização Eurodefense, o ministro da Defesa aludiu às «dificuldades financeiras» que o país atravessa, mas garantiu que o Governo não irá alienar património das Forças Armadas «para pagar despesas de funcionamento». despesas de funcionamento». «Considero negativo a venda de património das Forças Armadas para pagar despesas de funcionamento. Ela deve servir, isso sim, para melhorar os nossos equipamentos», disse, embora sem especificar o património a alienar. «Considero negativo a venda de património das Forças Armadas para pagar despesas de funcionamento. Ela deve servir, isso sim, para melhorar os nossos equipamentos», disse, embora sem especificar o património a alienar. Numa longa intervenção centrada no papel de Portugal face à política europeia de defesa e à Aliança Atlântica, Paulo Portas explicou ainda que por acção do actual Governo, Portugal está mais perto de manter o comando da NATO actualmente sediado no país. Numa longa intervenção centrada no papel de Portugal face à política europeia de defesa e à Aliança Atlântica, Paulo Portas explicou ainda que por acção do actual Governo, Portugal está mais perto de manter o comando da NATO actualmente sediado no país. As probabilidades de Portugal manter o comando da Aliança Atlântica aumentam, defendeu, na medida em que o país souber «valorizar o eixo transatlântico» em matéria de defesa (assente no «eixo estruturante» da NATO). As probabilidades de Portugal manter o comando da Aliança Atlântica aumentam, defendeu, na medida em que o país souber «valorizar o eixo transatlântico» em matéria de defesa (assente no «eixo estruturante» da NATO). 10:05 27 Setembro 2002

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Comentários

21 a 40 de 158 Simão Vitória 02:02 3 Outubro 2002 Os eixos transatlânticos

Já existe um, o eixo anglo-americano.

Onde esses cavalheiros mandam sem permitir discussão. É constituido por gente de raça anglo-saxónica, de cá e de lá do Atlântico...

É no Atlântico Norte. Está fora da Europa. A Grã-Bretanha nunca se considerou europeia...

Há outros eixos a restaurar: um Eixo Atlântico Norte a ligar a Europa aos seus descendentes... franceses, italianos, polacos alemães, russos... etc, ao norte do Continente Americano...

Há os eixos do Atlântico Centro e Sul, a falar predominantemente castelhano. Constituido pela Espanha e os países que dela derivaram na América Latina.

E por fim, o Eixo Sul: Portugal, Brasil e África.

São três eixos contra um, o dos anglo-americanos.

São três vozes fortes, que têm uma palavra a dizer no seio da OTAN...

Da OTAN, não bem... A OTAN é anglo-americana...

A nossa é outra, é a O.T.A.T., ou seja, "Organização do Tratado do Atlântico Todo"...

... ou talvez antes,

O.T.A. - Organização do Tratado do Atlântico...

...pura e simplesmente...

Naiades 23:18 2 Outubro 2002 A influência dos raios gama nas margaridas

Prezado Vache

Começando pelo fim – falseia é o termo exacto para designar a sua manipulação do que escrevemos; dos factos também, mas esses já não são, há muito, objecto das suas «análises», mais preocupado que está com os argumentos pseudo-ético-morais de uns analistas escolhidos a dedo para reforçarem as suas interpretações sobre o caso que nos tem ocupado.

Obviamente, só podíamos centrar as nossas respostas na credibilidade que nos merece a argumentação dos «sábios» de que foi socorrer-se. Porque, quanto aos « argumentos e as acusações destas personalidades», deve ter reparado que o Doutor Costa Andrade se limita a argumentação genérica de índole teórica, sem destinário certo e sem acusação formulada, e que o eurodeputado fica pelo foguetório de belo efeito, habitual no pequeno «politiquês» de alguns «ilustres» representantes da nossa classe política. Espremido, não tem argumentação consistente, nem acusação alguma.

Que culpa terão as Naiades que se tenha apoiado em estribos tais?

Também não nos atrapalhou, de modo algum, a sua referência ao despacho da Presidente do colectivo de juízes, mas a si parece tê-lo apanhado desprevenido que o tivéssemos considerado um procedimento correcto. Porquê? Só o prezado Vache o saberá!

Caro Vache, as Naiades não entram, a não ser quando a isso se dispõem, no «jogo» do «adversário». Mesmo correndo «o risco» de não sermos apreciadas pelos ON, mas se o nosso objectivo ao participarmos neste forum não é ganhar «os jogos florais» em curso, também não nos interessa cairmos na «armadilha» dos que para aqui vêm provocar os incautos emotivos que se deixam levar a extremos de «paixão» em defesa dos seus pontos de vista, perdendo toda a razão.

Sobre o caso e o ministro em causa, nada mais temos, por enquanto, a acrescentar. Não depomos as armas, mas já tínhamos proposto a interrupção deste «debate», não porque os resultados do mesmo nos sejam penosos, algo a que somos indiferentes, mas porque, em nosso entender, o momento é de silêncio. Voltaremos sempre que o achemos necessário (esperando que não num dia de nevoeiro).

Simão Vitória 21:27 2 Outubro 2002 Ainda Rolão Preto, Delgado... etc.

Prezado Rodrigo

Obrigado por suas palavras.

Não tenho conseguido encaixar aqui a resposta que já dei. Nem sei mesmo se esta vai entrar.

mas já a deixei no http://www.jn.sapo.pt, em "Desabafe Connosco", " Secções do Leitor" .

Por outro lado vou procurar colá-la na msgm seg.

Cmprts.

Simão LaVacheQuiRit 19:32 2 Outubro 2002 Naiades, o prozac portista para o On-line?

Caríssimas Naiades:

Algumas semanas depois de ter sido desafiado a debater o extraordinário «caso Portas», confesso que esperava mais das ninfas de turno ao On-line. A última mensagem constituiu uma desilusão.

Se a estratégia das deusas foi sempre a de saltar de nenúfar em nenúfar, para evitarem poder ser confrontadas com as responsabilidades do Dr. Portas, a verdade é que a resposta de ontem revela que supõem poder dizer qualquer barbaridade que lhes vem à cabeça para não terem de se pronunciar sobre os desmandos cometidos à custa das propinas da Universidade Moderna. Têm em má conta a capacidade de análise dos ON (léxico presidencial).

A meio da nossa conversa, citei o Doutor Costa Andrade, reputado professor da Faculdade de Direito de Coimbra, que fez o favor de explicar as diferenças entre responsabilidade criminal e responsabilidade política.

Recorri ainda a Pacheco Pereira, que não se coibiu de classificar como uma venalidade a actuação de Paulo Portas, o que é uma acusação de rara gravidade. Acrescentou o deputado europeu que o ministro da Defesa é um homem sem carácter, o que, vindo de um destacado dirigente do PSD, assume uma importância acrescida.

Quando esperava que as estimáveis ninfas rebatessem os argumentos e as acusações destas personalidades, deparo com mais uma nota oficiosa das Naiades que, se lhe despregarmos as ricas bambinelas de estilo, é um exercício sobre o vácuo. Uma vez mais discorrem sobre os efeitos dos raios gama nas margaridas: o «alinhamento político» do professor catedrático de Coimbra (ainda por cima militante destacado do PSD!) e o trabalho de Pacheco Pereira como deputado europeu – aspectos indispensáveis, como se calcula, para avaliar ética e politicamente o comportamento do ministro da Defesa!!!

Nem uma palavra sobre Paulo Portas. Não é a situações como esta que se costuma chamar de «silêncio ensurdecedor»?

Mais atrapalhadas parece terem ficado as Naiades quando referi o teor do despacho da Presidente do Colectivo de Juizes exarado no pedido do Dr. Portas a disponibilizar-se - agora - para depor em Monsanto. Lá saberão porquê... Esperava que, ao menos, explicassem por que utilizaram aquele enigmático pronome pessoal da 3.ª pessoa do singular (sobre a resposta da juíza: «era a que SE esperava»...).

Vamos aproveitar que as atenções estão centradas na apresentação do OE/2003 para, sem ninguém dar por isso, depormos as armas? Não vale a pena continuar este exercício penoso para as Naiades, quando é notório que um vago nevoeiro falseia a proporção e a verdadeira significação das coisas que escrevem. «Falseia» é o termo exacto, caríssimas Naiades?

merces 12:53 2 Outubro 2002 às Direitas

A direita

Naturalmente que para um governo de direita, os culpados são sempre quem trabalha por conta de outrem.

São sempre os primeiros a sofrer no bolso os cortes.

Dirão o Paulo Pedroso, o Palitinho, o Carvalho Negro ou o Sam Malou (que nome!) que a culpa de tudo isto é do Guterres, ou dos socialistas.

Mas como sou de esquerda, não concordo.

Penso que primeiro que os números, as estatísticas ou os quadros macro-económicos, estão as pessoas. Sou funcionário público, e já estou farto de comentadores e pessoas em geral mal formadas dizerem mal da função pública, o velho dircurso de direitistas primários, de que os outros é que trabalham, e os funcionários públicos é que são uns parasitas ou outros que tais.

Pergunto ao comentadores da direita:

As pessoas que trabalham e pagam impostos, com retenção na fonte, e não têm meio de escapar ao fisco, como o fazem os "empresários" que pagam oitenta, mas declaram 60 contos, exploram os trabalhadores com horários escandalosos, abrem falências com a mesma facilidade com que compram jipes para os filhos com fundos europeus, que acham que o 13º e 14º mês devia ser pago pelo Estado, etc., perguntava eu, se essas pessoas que ganham pouco se sentem com vontade de trabalhar de facto.

Uma pessoa que recebe 80 ou 100 contos por mês, tem filhos na escola, paga casa, e trabalha 8 ou 9 horas por dia e ainda ouve bocas da direita, se sente com vontade para trabalhar empenhadamente e assim contribuir para o aumento da produtividade??

E se acham os paladinos do livres mercado, que deliram com as liberalizações da legislação laboral e dos despedimentos, que as pessoas são como as lâmninas de barbear descartáveis: para usar e deitar fora??

É para isso que acreditam na direita neo-liberal, copiada dos idos da era Reagan/Tatcher?

Acreditam que com Bagão Félix e outros demnagogos ao serviço dos interesses dos grupos económicos, novos amanhão cantarão num Portugal riquíssimo num futuro radioso, livre dos socialistas??

Primeiro as pessoas, e depois os números, é nisso que acredita a Esquerda política e progressista, para desgosto de certos direitistas que só acreditam na ordem,na polícia, vivem assustados com com imigrantes, com "pretos", com drogados e com comunistas.

Não têm ideias, e defendem um dos chefes do Governo apesar das evidências sobre o seu mau carácter.

Sou de esquerda, sim!

Com todo o gosto. Naiades 23:20 1 Outubro 2002 Prezado Vache

Docemente «embaladas» com o título de suas especiais amigas, vamos tentar responder aos seus dois textos (29 de Setembro 2002)

Apreciamos, verdadeiramente, o seu sentido de humor quando se refere ao « impoluto e considerado intelectual, o historiador Pacheco Pereira», tanto, ou mais, do que quando diz que tanto ele quanto o autor-sábio do texto que tão profundamente o inspirou «se revelam tanto mais insuspeitos quanto ambos são destacados militantes do PSD – e não dependem da política para viver».

Assim, sobre o texto de Costa Andrade, e apesar da sua pretensa incompreensão quanto à nossa invocação da necessidade de proceder «à contextualização do alinhamento político do seu autor», o nosso amigo demonstra, não apenas ter percebido perfeitamente, como nos dá razão em palavras claras de fino recorte humorístico.

É esta refinada ironia que tão apreciadas tornam as ruminantes reflexões da vaquinha!

Bem, depois de tão cruamente expostos por si, quer o perfil do intelectual, quer a isenção do professor-sábio, tudo o que pudessemos dizer seria redundante. Sobre isso ficamos conversados!

E nem precisamos de lhe explicar a nossa «brilhante» conclusão, que tão longamente ruminou. Com o pragmatismo dos sábios e a esfíngica imprecisão dos académicos tradicionais de direito, o autor do texto desenvolveu o seu raciocínio de tal forma que as palavras escritas dizem tanto o que se lê, como também o seu contrário, dependendo do ponto de partida, que o de chegada é sempre aquele que mais convenha ao caso.

Como vê, limitámo-nos a aplicar a teoria geral. Se questionado a propósito, veria como o autor do texto faria depender a aplicabilidade deste ao caso em questão de se terem verificado, ou não, «comportamentos socialmente danosos, ética e moralmente intoleráveis». Duvida? Faça-lhe a pergunta e ouvirá a resposta!

Não vamos voltar ao assunto da honestidade intelectual, mas, Vache, até para si é muito forçado achar que quando as Naiades dizem sobre as intelectualidades balofas produzidas pelo eurodeputado, com aquele alvoroço que lhe ficou da juventude de activo maoista: «as suas afirmações a propósito do visado (sic) só poderiam ser levadas a sério (sic) se contextualizadas (?) num vasto leque de casos que abrangem todas as forças partidárias existentes no país» que estamos a admitir qualquer ilegalidade cometida pelo ex-director do centro de sondagens! NUNCA!

Como bem sabe, limitámo-nos a registar o ridículo de ouvir Pacheco Pereira acusar alguém de falta de competência para uma tarefa, quando, infelizmente, a competência para os lugares não é, neste nosso país, razão para aceder aos mesmos, como bem prova o próprio eurodeputado em causa, acerca de quem, ainda há pouco tempo, foram publicados dados pouco abonatórios sobre a sua assiduidade, a sua visibilidade e sobre a qualidade da sua prestação nas funções que exerce! E pelas quais é muito bem pago! O que prova que, afinal, sempre precisa da política para viver. E viver muito bem. Sem grande empenhamento e sem grande esforço!

E convém também não esquecer que o senhor eurodeputado, que tão intelectualmente se insurge contra a alegada falta de carácter do senhor sobre quem se pronunciou, só foi para o Parlamento Europeu por ser uma figura incómoda para o seu partido e de nada servir à política portuguesa. Competência, diz ele! Bem prega, frei Pacheco!

Quanto às questões «avulsas» em ambos os seus comentários:

Caro Vache, o alvoroço do Dr. Pires de Lima tem uma razão de ser, quanto a nós – sendo um homem da justiça, ele não tem paciência, nem tempo para perder com «julgamentos» na imprensa. Ponto.

A carta da juíza, redundâncias e interpretações – Vache, não estamos a tratar das brincadeiras habituais dos comentadores do On-line; estamos a lidar com coisas sérias; deixe-se a justiça seguir o seu rumo e cumprir-se no tempo justo. Quem tem medo de esperar?

Sobre o cartoon de António, um espanto de graça! Tanta lhe achámos que lho íamos recomendar, também! Com um esforço de imaginação podemos aplicar o insecto a qualquer rosto, incluindo o nosso! Humor, precisa-se!

Julgamos que devemos ficar por aqui; nem a paciência dos restantes comentadores aguenta, nem a sua boa educação merece tais provas.

Como sempre, foi um prazer dirimir ideias consigo.

GGLiddy 13:08 1 Outubro 2002 liberal

Estas muito zangado...

Ainda nao te refizeste da queda da tua querida USSR??? Acorda, pa! O imperio do mal caiu! Os Povos de leste estao libertos da escoria colectivista que os oprimiu! E tu meu saudozista da caca... Deixa de odiar os americanos, devias beijar o chao que eles pisam.... TUdo o que tens a eles o deves. Se dependesses da cambada de cobardes socialistas que lidera a europa andavas a fazer bobos a um arabe... Se calhar ate gostavas mais.... Abranhos 00:18 1 Outubro 2002 Interessante......

Interessante, o facto de, poucos dias após o sempre eterno D. Sebastião e actual Ministro da Defesa, ter afirmado que seria improvável que o Comando Regional Nato sediado em Oeiras fosse desactivado, e que Portugal, poderoso parceiro da Aliança, teria imposto essa sua vontade, eis que, coincidência das coincidências, vem de novo o “iluminado” afirmar que, a hipótese de compra de helis americanos, era uma possibilidade e como tal não poderia ser descurada.

Efectivamente, essa modalidade, parece que será, não uma possibilidade, mas sim uma probabilidade, já que, quer os USA, quer o Reino Unido, serão os únicos membros da Aliança com poder efectivo para decidirem que Oeiras permanecerá um Comando Regional NATO.

Em troca de algo ?.

Obviamente.

Teoria da conspiração ?.

Porventura. Mas o futuro, e os factos, poderão trazer alguma luz sobre o assunto, ainda que tudo possa acabar em “banho-de-maria”, como aliás acontece na generalidade deste país, geograficamente europeu, mas politicamente sul-americano.

Perguntar-se-à porque não então helis ingleses ?.

Calma Compadres.

A Lei de Programação Militar ficará pronta até ao final do ano e possui esplêndidos “nichos” de mercado para “explorar”.

Quanto às expectativas geradas em torno de um Ministro da Defesa com efectivo poder, “coisa” que apenas os circunstancialismos pós-eleitorais tornaram exequível, podem descansar as nossas Forças Armadas, pois “tal como dantes, Quartel-General em Abrantes”.

Em suma, mais do mesmo.

Portugal no seu melhor.

P.S. – Parabéns ora-ai-vai, pela sua análise imparcial.

Coisa que neste País, geograficamente europeu, mas politicamente sul-americano, é cada vez mais difícil de encontrar.

Permita-me que puxe da minha pequenina bola de cristal e adivinhe que Você :

- não está inscrito num partido político, nem o pretende nunca fazer;

- que analisa TODA a classe política nacional com a mesma “lente”;

- que conhece e/ou conheceu, porventura fruto de experiência, alguns dos ocupantes (partidários) de cargos no âmbito da Defesa Nacional, e não só;

- que não é Jornalista. profissão nobre e de extrema utilidade social, mas crescentemente Vulnerável à triste realidade nacional;

- que se sente profundamente descrente (e este é o termo) com o rumo, que fruto do ponto anterior, este país irá inevitavelmente seguir.

ora-ai-vai 18:28 30 Setembro 2002 mais lenha...

"DEFESA

Central de compras, academia única e comando unificado

Lobbies de Portas são internos

A opção por gestores privados para ocupar lugares de relevo em instituições da Defesa Nacional, ou a criação de uma central de compras para todo o material e necessidades do sector, ou ainda a reestruturação do ensino superior militar ou mesmo a eventual criação de um comando único são factores que geram obstáculos por parte dos poderes instituídos. Daí até à formação de “lobbies” com interesses contrários vai um passo.

Curiosamente, a interpretação mais fácil dos “lobbies” militares levou políticos e analistas a pensar nos consórcios de fornecimento de equipamento militar, caso dos helicópteres, submarinos ou blindados. Franceses e alemães são as vítimas fáceis destas insinuações quando, na verdade, segundo fonte militar, o que está em causa são conflitos de interesse na estrutura militar e não contratos comerciais, que estão regulados e são alvo de agressivos concursos. A contestação a um concurso é uma liberdade que assiste a qualquer concorrente.

Aliás, um comentário recente do advogado e bastonário da ordem, José Miguel Júdice, ligado ao contrato com os hélis do Grupo de Aviação Ligeira, que o ministro decidiu denunciar, e ainda ao consórcio francês dos submarinos, é elucidativo. Este revelou à TSF que o comentário do ministro aos “lobbies” não se referia a nenhum dos seus clientes, o que foi interpretado como um sinal de que os tais “lobbies” estão no interior da máquina militar e política e não nas negociações comerciais dos grandes contratos.

A intromissão de personalidades não directamente relacionadas com assuntos militares é algo que também preocupa Paulo Portas que, segundo as nossas fontes, tem mostrado abertura para dialogar com intervenientes de várias facções políticas.

Mas o que está a mudar na Defesa Nacional? A “credibilidade da instituição militar é intocável”, disse fonte próxima ao ministério, mas o que se pretende fazer é manter princípios de gestão racionais em organismos ligados ao sector, e utilizar gestores que vêm do sector privado, quer sejam das telecomunicações, como da banca. A “holding” Empordef e toda a panóplia de empresas que a compõe vão ser o primeiro exemplo. Passar de uma situação de ruptura a empresa saudável é um objectivo imediato da nova administração, escolhida entre os melhores técnicos.

A criação da central de compras – dirigida desde a semana passada por um ex-quadro da Portugal Telecom, Bernardo Carnall – é das medidas com impacto mais profundo nas relações comerciais do sector da Defesa. Até à hora de fecho desta edição não foi possível apurar os valores que este organismo irá gerir, mas é ponto assente que se irá imiscuir em contratos de fornecimento na área informática e de consumíveis, envolvendo dezenas de milhões de euros.

Academia única

A reestruturação do ensino superior militar, reagrupando um conjunto importante de academias e outras escolas, por forma a dar-lhe uma matriz mais racional em termos de custos, será uma tarefa difícil. Adriano Moreira está a gerir toda a envolvência académica do assunto, enquanto um conjunto de economistas estão a estudar as soluções de gestão. A grande questão que se coloca é quem ficará à frente dessa academia! Na estrutura militar há muitos candidatos.

A criação de um comando único para todos os ramos das forças armadas é algo que ainda estará no segredo dos deuses, mas que fontes políticas próximas ao ministro não afastam. Novamente as questões sobre as chefias e as estruturas intermédias tenderão a gerar grupos de interesses.

Vítor Norinha"

PAREescuteOLHE 17:46 30 Setembro 2002

"Se mais não houvesse, bastava isto para Portas ser demitido. Não em nome do que escreveu no passado. Mas porque expressou uma posição que é completamente contrária ao rigor e exigência fiscal que a ministra das Finanças tem defendido, o Governo tem apoiado - e de que o país necessita desesperadamente."

Nicolau Santos

"Expresso", 28-9-02

PAREescuteOLHE 17:46 30 Setembro 2002 "O caso Portas ameaça tornar-se grotesto (...) Pelos vistos, o ridículo não mata. Politicamente falando, claro está!"

Alfredo Barroso

"Expresso", 28-9-02

PAREescuteOLHE 17:44 30 Setembro 2002

"Quando um ministro reconhece em público (...) que fez muitos pagamentos sem recibos, em clara infracção fiscal, e continua em funções, não se demitindo nem sendo demitido, o problema não está tanto no homem, menor e algo patético que julga ser possível iludir o alcance da sua confissão, mas no próprio sistema político."

Leonel Moura

"A Capital", 29-9-02

ora-ai-vai 17:04 30 Setembro 2002 moscardogrego 16:04 30 Setembro 2002

O Caso não esta encerrado, nem estará tão cedo enquanto o P.Portas não assumir as suas responsabilidades.

A direita no poder não é sinónimo de liberdade!

Liberdade é punir TODOS os políticos que assim se comportam!

O BENFICA é que é o clube do governo.

O Ardina 16:21 30 Setembro 2002 O Dever Acima de Tudo

Ó Webmaster:

Deixe lá passar este texto. É tão engraçado! Acresce que, a favor de Rui Baptista, o sbscritor da prosa, pode dizer-se que não se passeia de Jaguar, não aceitou dinheiro de origem duvidosa, não se lhe conhecem amizades com marginais, não têm dívidas fiscais.

"José Luís Arnaut, secretário-geral do PSD e ministro adjunto do primeiro-ministro, merece uma medalha. Uma medalha de ouro maciço, sólida e reluzente. Daqui proponho que o seu nome seja incluído, sem hesitações, no rol de condecorações do 10 de Junho. Tanta coragem e abnegação não podem ficar sem a recompensa merecida.

Não tenho memória, na vida política nacional recente, de um acto de heroísmo como o praticado por ele na tarde de domingo, dia 23. Sem medo do ridículo nem das consequências, José Luís Arnaut cerrou fileiras com os militantes do CDS-PP na manifestação de apoio a Paulo Portas. Todos os actos de coragem pura têm uma grande dose de insensatez, mas, desta vez, o secretário-geral do PSD esmerou-se.

Não, não sou daqueles que acham que José Luís Arnaut teve, no comício do Largo Adelino Amaro da Costa (antigo Largo do Caldas), o papel de "simpático idiota". Primeiro, porque, justiça lhe seja feita, Arnaut é tudo menos idiota - o seu currículo como político e jurista bem sucedido fala por si; depois, porque o secretário-geral do PSD dificilmente pode ser descrito como simpático, embora não seja dos piores. Também não acredito que o seu desempenho no Largo do Caldas se tenha ficado a dever a um erro de avaliação do carácter de Paulo Portas, ou a um súbito ataque de ingenuidade. Não. Arnaut fez o que fez porque lho mandaram. Ou melhor, porque lho pediram. Nos tempos que vão correndo, é sempre refrescante encontrar alguém que coloca o dever acima de tudo.

Acredito, sinceramente, que Arnaut sabia que Paulo Portas não ia resistir a transformar num problema de todo o Executivo uma questão que até aí só apenas a si dizia respeito. O líder do CDS-PP tem consciência de que as trapalhadas da Moderna o estavam a transformar no elo mais fraco deste Governo. Perante este cenário, restava-lhe fugir para a frente, arrastando para o lamaçal o seu parceiro de coligação. Decidido a "desmentir com todos os dentes o que em tempos escreveu com as duas mãos", o grande pregador da ética na política (como lhe chamou, com grande acerto, o fiscalista Saldanha Sanches) já não hesita perante nada. Queixa-se de estar a ser vítima de interesses ocultos na Defesa, "entala" o seu parceiro de coligação e tem a falta de modéstia de se comparar a Adelino Amaro da Costa (Neste caso, apetece relembrar um episódio ocorrido durante um debate televisivo entre Loyd Bentsen e Dan Quayle, ambos candidatos ao cargo de vice-presidente dos EUA. Quando Quayle teve a ousadia de se comparar a John Kennedy, Bentsen respondeu-lhe da seguinte maneira: "Senhor Quayle, eu conheci John Kennedy, eu trabalhei com John Kennedy, John Kennedy era meu amigo. Senhor Quayle, o senhor não é nenhum John Kennedy).

Quando Arnaut subiu para o palco no Largo do Caldas sabia no que se estava a meter. Sabia que o instinto de Portas era mais forte do que a mera razão, e que, tal como o escorpião da fábula, o líder do CDS-PP acabaria por espetar o seu ferrão venenoso no flanco de quem generosamente o carregava na travessia do rio. Se Arnaut lá esteve, se discursou em favor de Portas, se escutou com um sorriso amarelo as palavras de ordem ("Assim se vê a força...do PP!") foi porque sabe que não há almoços de graça. A solidariedade do PSD teve, naturalmente, um preço, e não é descabido dizer que, desde o domingo, dia 23, o futuro político imediato de Portas está nas mãos do presidente do PSD, que, por sinal, é também o primeiro-ministro. Já não restam quaisquer dúvidas sobre quem manda no Governo de coligação. O que sucessivos actos eleitorais não conseguiram foi atingido em menos de um mês, graças às trapalhadas da Moderna e a uma jogada de alto risco.

Mais uma vez, José Luís Arnaut se revelou o colaborador mais precioso de Durão Barroso. Pode não ter a combatividade de Morais Sarmento, o carisma de Santana Lopes, ou o perfil tecnocrático de muitos colaboradores do líder do PSD, mas Durão sabe que pode contar com a sua total lealdade. Foi assim durante o tempo em que foi o ponta-de-lança do "barrosismo" no consulado de Marcelo Rebelo de Sousa, ajudando a minar a Alternativa Democrática. Dêm-lhe já uma medalha, caramba."

moscardogrego 16:04 30 Setembro 2002 Para o «ora-ai-vai»: que grande vitória do FC Porto!

Este caso está encerrado. Portas não será demitido. Portas, como toda a gente sabe, está INOCENTE! Ao contrário dos governantes que desbarataram milhões de euros do erário público na última legislatura. Quando Durão acusou no debate televisivo para as últimas eleições que Ferro tinha praticado «crimes de cidadania» não estava a brincar. Estava a falar em nome de pessoas que, neste momento, darão a vida, se preciso for, para manter a Direita democraticamente no poder em Portugal. Liberdade ou morte! ora-ai-vai 15:30 30 Setembro 2002 CaLoPeSi 12:13 30 Setembro 2002

Para lhe responder a essa questão, talvez o Candal ou o Jardim.

Numca ouviu farar do lobyga..! O Ardina 12:54 30 Setembro 2002 Fundador da Moderna começa hoje a ser ouvido em Tribunal

Caros comentadores:

O fundador da Universidade Moderna, Elias Belard, começa a ser ouvido hoje no Tribunal de Monsanto. O ex-director da instituição alega ter sido lesado pela gestão da família Braga Gonçalves.

Depois de ter constatado várias irregularidades internas a nível de gestão, bem como a existência de um plano para a conquista do poder político comprando favores e consciências de nomes de peso da política nacional, Elias Belard decidiu entregar uma lista de nomes à PJ.

De acordo com a TSF, nessa lista surgem, entre outros, os nomes de:

Pedro Santana Lopes

Paulo Portas

Dias Loureiro (deputado, dirigente e presidente da mesa do congresso do PSD)

Arlindo de Carvalho (antigo presidente da RDP e ex-ministro da Saúde de Cavaco Silva)

Cá para mim, esta gente não é bem formada.

B. Gomes de Sá 12:23 30 Setembro 2002 CaLoPeSi

Ontem, na TSF, Pacheco Pereira falou da "gente que vive da dívida". CaLoPeSi 12:13 30 Setembro 2002 PORTAS-HERMAN-SIC

Pronto, o Herman transformou o Herman-sic em consultório sentimental, para os amigos e familiares do Portas irem verter as suas "lágrimas" e jurar a sua inocência.

Primeiro foi o INTENDENTE LOPES, e amigos, ontem foi a MAMÃ Helena (que até gosto da senhora, mas pareceu-me pouco inteligente ter ido ali ao programa).

QUE DEUS TE PERDOE TAMBEM HERMAN.

Por aqui se vê como "AQUELA GENTE" DE DINHEIRO E COM O 4ºPODER NA MÃO (Herman incluído), podem ter uma grande influência na opinião pública.

A ISTO COSTUMA CHAMAR-SE: MANIPULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL. pamplinas 12:07 30 Setembro 2002 O Governo tem que se livrar da tralha portista!

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Preço, prazo e qualidade definem fornecedor

Portas opta por empresas norte-americanas

O ministro da Defesa, Paulo Portas, admitiu quinta-feira preterir empresas europeias no fornecimento de equipamentos para as Forças Armadas, caso não apresentem melhores propostas em «preço, prazo de entrega e qualidade» às suas congéneres americanas. «Não me interessa se o equipamento é americano ou europeu. Interessa-me o preço, o prazo de entrega e a qualidade do bem», garantiu Paulo Portas, defendendo que o país «não pode dar-se ao luxo de comprar mais caro só porque tem uma determinada etiqueta e uma «Não me interessa se o equipamento é americano ou europeu. Interessa-me o preço, o prazo de entrega e a qualidade do bem», garantiu Paulo Portas, defendendo que o país «não pode dar-se ao luxo de comprar mais caro só porque tem uma determinada etiqueta e uma determinada origem». determinada origem». Num encontro sobre «A política de defesa da União Europeia», promovido pela organização Eurodefense, o ministro da Defesa aludiu às «dificuldades financeiras» que o país atravessa, mas garantiu que o Governo não irá alienar património das Forças Armadas «para pagar Num encontro sobre «A política de defesa da União Europeia», promovido pela organização Eurodefense, o ministro da Defesa aludiu às «dificuldades financeiras» que o país atravessa, mas garantiu que o Governo não irá alienar património das Forças Armadas «para pagar despesas de funcionamento». despesas de funcionamento». «Considero negativo a venda de património das Forças Armadas para pagar despesas de funcionamento. Ela deve servir, isso sim, para melhorar os nossos equipamentos», disse, embora sem especificar o património a alienar. «Considero negativo a venda de património das Forças Armadas para pagar despesas de funcionamento. Ela deve servir, isso sim, para melhorar os nossos equipamentos», disse, embora sem especificar o património a alienar. Numa longa intervenção centrada no papel de Portugal face à política europeia de defesa e à Aliança Atlântica, Paulo Portas explicou ainda que por acção do actual Governo, Portugal está mais perto de manter o comando da NATO actualmente sediado no país. Numa longa intervenção centrada no papel de Portugal face à política europeia de defesa e à Aliança Atlântica, Paulo Portas explicou ainda que por acção do actual Governo, Portugal está mais perto de manter o comando da NATO actualmente sediado no país. As probabilidades de Portugal manter o comando da Aliança Atlântica aumentam, defendeu, na medida em que o país souber «valorizar o eixo transatlântico» em matéria de defesa (assente no «eixo estruturante» da NATO). As probabilidades de Portugal manter o comando da Aliança Atlântica aumentam, defendeu, na medida em que o país souber «valorizar o eixo transatlântico» em matéria de defesa (assente no «eixo estruturante» da NATO). 10:05 27 Setembro 2002

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Comentários

21 a 40 de 158 Simão Vitória 02:02 3 Outubro 2002 Os eixos transatlânticos

Já existe um, o eixo anglo-americano.

Onde esses cavalheiros mandam sem permitir discussão. É constituido por gente de raça anglo-saxónica, de cá e de lá do Atlântico...

É no Atlântico Norte. Está fora da Europa. A Grã-Bretanha nunca se considerou europeia...

Há outros eixos a restaurar: um Eixo Atlântico Norte a ligar a Europa aos seus descendentes... franceses, italianos, polacos alemães, russos... etc, ao norte do Continente Americano...

Há os eixos do Atlântico Centro e Sul, a falar predominantemente castelhano. Constituido pela Espanha e os países que dela derivaram na América Latina.

E por fim, o Eixo Sul: Portugal, Brasil e África.

São três eixos contra um, o dos anglo-americanos.

São três vozes fortes, que têm uma palavra a dizer no seio da OTAN...

Da OTAN, não bem... A OTAN é anglo-americana...

A nossa é outra, é a O.T.A.T., ou seja, "Organização do Tratado do Atlântico Todo"...

... ou talvez antes,

O.T.A. - Organização do Tratado do Atlântico...

...pura e simplesmente...

Naiades 23:18 2 Outubro 2002 A influência dos raios gama nas margaridas

Prezado Vache

Começando pelo fim – falseia é o termo exacto para designar a sua manipulação do que escrevemos; dos factos também, mas esses já não são, há muito, objecto das suas «análises», mais preocupado que está com os argumentos pseudo-ético-morais de uns analistas escolhidos a dedo para reforçarem as suas interpretações sobre o caso que nos tem ocupado.

Obviamente, só podíamos centrar as nossas respostas na credibilidade que nos merece a argumentação dos «sábios» de que foi socorrer-se. Porque, quanto aos « argumentos e as acusações destas personalidades», deve ter reparado que o Doutor Costa Andrade se limita a argumentação genérica de índole teórica, sem destinário certo e sem acusação formulada, e que o eurodeputado fica pelo foguetório de belo efeito, habitual no pequeno «politiquês» de alguns «ilustres» representantes da nossa classe política. Espremido, não tem argumentação consistente, nem acusação alguma.

Que culpa terão as Naiades que se tenha apoiado em estribos tais?

Também não nos atrapalhou, de modo algum, a sua referência ao despacho da Presidente do colectivo de juízes, mas a si parece tê-lo apanhado desprevenido que o tivéssemos considerado um procedimento correcto. Porquê? Só o prezado Vache o saberá!

Caro Vache, as Naiades não entram, a não ser quando a isso se dispõem, no «jogo» do «adversário». Mesmo correndo «o risco» de não sermos apreciadas pelos ON, mas se o nosso objectivo ao participarmos neste forum não é ganhar «os jogos florais» em curso, também não nos interessa cairmos na «armadilha» dos que para aqui vêm provocar os incautos emotivos que se deixam levar a extremos de «paixão» em defesa dos seus pontos de vista, perdendo toda a razão.

Sobre o caso e o ministro em causa, nada mais temos, por enquanto, a acrescentar. Não depomos as armas, mas já tínhamos proposto a interrupção deste «debate», não porque os resultados do mesmo nos sejam penosos, algo a que somos indiferentes, mas porque, em nosso entender, o momento é de silêncio. Voltaremos sempre que o achemos necessário (esperando que não num dia de nevoeiro).

Simão Vitória 21:27 2 Outubro 2002 Ainda Rolão Preto, Delgado... etc.

Prezado Rodrigo

Obrigado por suas palavras.

Não tenho conseguido encaixar aqui a resposta que já dei. Nem sei mesmo se esta vai entrar.

mas já a deixei no http://www.jn.sapo.pt, em "Desabafe Connosco", " Secções do Leitor" .

Por outro lado vou procurar colá-la na msgm seg.

Cmprts.

Simão LaVacheQuiRit 19:32 2 Outubro 2002 Naiades, o prozac portista para o On-line?

Caríssimas Naiades:

Algumas semanas depois de ter sido desafiado a debater o extraordinário «caso Portas», confesso que esperava mais das ninfas de turno ao On-line. A última mensagem constituiu uma desilusão.

Se a estratégia das deusas foi sempre a de saltar de nenúfar em nenúfar, para evitarem poder ser confrontadas com as responsabilidades do Dr. Portas, a verdade é que a resposta de ontem revela que supõem poder dizer qualquer barbaridade que lhes vem à cabeça para não terem de se pronunciar sobre os desmandos cometidos à custa das propinas da Universidade Moderna. Têm em má conta a capacidade de análise dos ON (léxico presidencial).

A meio da nossa conversa, citei o Doutor Costa Andrade, reputado professor da Faculdade de Direito de Coimbra, que fez o favor de explicar as diferenças entre responsabilidade criminal e responsabilidade política.

Recorri ainda a Pacheco Pereira, que não se coibiu de classificar como uma venalidade a actuação de Paulo Portas, o que é uma acusação de rara gravidade. Acrescentou o deputado europeu que o ministro da Defesa é um homem sem carácter, o que, vindo de um destacado dirigente do PSD, assume uma importância acrescida.

Quando esperava que as estimáveis ninfas rebatessem os argumentos e as acusações destas personalidades, deparo com mais uma nota oficiosa das Naiades que, se lhe despregarmos as ricas bambinelas de estilo, é um exercício sobre o vácuo. Uma vez mais discorrem sobre os efeitos dos raios gama nas margaridas: o «alinhamento político» do professor catedrático de Coimbra (ainda por cima militante destacado do PSD!) e o trabalho de Pacheco Pereira como deputado europeu – aspectos indispensáveis, como se calcula, para avaliar ética e politicamente o comportamento do ministro da Defesa!!!

Nem uma palavra sobre Paulo Portas. Não é a situações como esta que se costuma chamar de «silêncio ensurdecedor»?

Mais atrapalhadas parece terem ficado as Naiades quando referi o teor do despacho da Presidente do Colectivo de Juizes exarado no pedido do Dr. Portas a disponibilizar-se - agora - para depor em Monsanto. Lá saberão porquê... Esperava que, ao menos, explicassem por que utilizaram aquele enigmático pronome pessoal da 3.ª pessoa do singular (sobre a resposta da juíza: «era a que SE esperava»...).

Vamos aproveitar que as atenções estão centradas na apresentação do OE/2003 para, sem ninguém dar por isso, depormos as armas? Não vale a pena continuar este exercício penoso para as Naiades, quando é notório que um vago nevoeiro falseia a proporção e a verdadeira significação das coisas que escrevem. «Falseia» é o termo exacto, caríssimas Naiades?

merces 12:53 2 Outubro 2002 às Direitas

A direita

Naturalmente que para um governo de direita, os culpados são sempre quem trabalha por conta de outrem.

São sempre os primeiros a sofrer no bolso os cortes.

Dirão o Paulo Pedroso, o Palitinho, o Carvalho Negro ou o Sam Malou (que nome!) que a culpa de tudo isto é do Guterres, ou dos socialistas.

Mas como sou de esquerda, não concordo.

Penso que primeiro que os números, as estatísticas ou os quadros macro-económicos, estão as pessoas. Sou funcionário público, e já estou farto de comentadores e pessoas em geral mal formadas dizerem mal da função pública, o velho dircurso de direitistas primários, de que os outros é que trabalham, e os funcionários públicos é que são uns parasitas ou outros que tais.

Pergunto ao comentadores da direita:

As pessoas que trabalham e pagam impostos, com retenção na fonte, e não têm meio de escapar ao fisco, como o fazem os "empresários" que pagam oitenta, mas declaram 60 contos, exploram os trabalhadores com horários escandalosos, abrem falências com a mesma facilidade com que compram jipes para os filhos com fundos europeus, que acham que o 13º e 14º mês devia ser pago pelo Estado, etc., perguntava eu, se essas pessoas que ganham pouco se sentem com vontade de trabalhar de facto.

Uma pessoa que recebe 80 ou 100 contos por mês, tem filhos na escola, paga casa, e trabalha 8 ou 9 horas por dia e ainda ouve bocas da direita, se sente com vontade para trabalhar empenhadamente e assim contribuir para o aumento da produtividade??

E se acham os paladinos do livres mercado, que deliram com as liberalizações da legislação laboral e dos despedimentos, que as pessoas são como as lâmninas de barbear descartáveis: para usar e deitar fora??

É para isso que acreditam na direita neo-liberal, copiada dos idos da era Reagan/Tatcher?

Acreditam que com Bagão Félix e outros demnagogos ao serviço dos interesses dos grupos económicos, novos amanhão cantarão num Portugal riquíssimo num futuro radioso, livre dos socialistas??

Primeiro as pessoas, e depois os números, é nisso que acredita a Esquerda política e progressista, para desgosto de certos direitistas que só acreditam na ordem,na polícia, vivem assustados com com imigrantes, com "pretos", com drogados e com comunistas.

Não têm ideias, e defendem um dos chefes do Governo apesar das evidências sobre o seu mau carácter.

Sou de esquerda, sim!

Com todo o gosto. Naiades 23:20 1 Outubro 2002 Prezado Vache

Docemente «embaladas» com o título de suas especiais amigas, vamos tentar responder aos seus dois textos (29 de Setembro 2002)

Apreciamos, verdadeiramente, o seu sentido de humor quando se refere ao « impoluto e considerado intelectual, o historiador Pacheco Pereira», tanto, ou mais, do que quando diz que tanto ele quanto o autor-sábio do texto que tão profundamente o inspirou «se revelam tanto mais insuspeitos quanto ambos são destacados militantes do PSD – e não dependem da política para viver».

Assim, sobre o texto de Costa Andrade, e apesar da sua pretensa incompreensão quanto à nossa invocação da necessidade de proceder «à contextualização do alinhamento político do seu autor», o nosso amigo demonstra, não apenas ter percebido perfeitamente, como nos dá razão em palavras claras de fino recorte humorístico.

É esta refinada ironia que tão apreciadas tornam as ruminantes reflexões da vaquinha!

Bem, depois de tão cruamente expostos por si, quer o perfil do intelectual, quer a isenção do professor-sábio, tudo o que pudessemos dizer seria redundante. Sobre isso ficamos conversados!

E nem precisamos de lhe explicar a nossa «brilhante» conclusão, que tão longamente ruminou. Com o pragmatismo dos sábios e a esfíngica imprecisão dos académicos tradicionais de direito, o autor do texto desenvolveu o seu raciocínio de tal forma que as palavras escritas dizem tanto o que se lê, como também o seu contrário, dependendo do ponto de partida, que o de chegada é sempre aquele que mais convenha ao caso.

Como vê, limitámo-nos a aplicar a teoria geral. Se questionado a propósito, veria como o autor do texto faria depender a aplicabilidade deste ao caso em questão de se terem verificado, ou não, «comportamentos socialmente danosos, ética e moralmente intoleráveis». Duvida? Faça-lhe a pergunta e ouvirá a resposta!

Não vamos voltar ao assunto da honestidade intelectual, mas, Vache, até para si é muito forçado achar que quando as Naiades dizem sobre as intelectualidades balofas produzidas pelo eurodeputado, com aquele alvoroço que lhe ficou da juventude de activo maoista: «as suas afirmações a propósito do visado (sic) só poderiam ser levadas a sério (sic) se contextualizadas (?) num vasto leque de casos que abrangem todas as forças partidárias existentes no país» que estamos a admitir qualquer ilegalidade cometida pelo ex-director do centro de sondagens! NUNCA!

Como bem sabe, limitámo-nos a registar o ridículo de ouvir Pacheco Pereira acusar alguém de falta de competência para uma tarefa, quando, infelizmente, a competência para os lugares não é, neste nosso país, razão para aceder aos mesmos, como bem prova o próprio eurodeputado em causa, acerca de quem, ainda há pouco tempo, foram publicados dados pouco abonatórios sobre a sua assiduidade, a sua visibilidade e sobre a qualidade da sua prestação nas funções que exerce! E pelas quais é muito bem pago! O que prova que, afinal, sempre precisa da política para viver. E viver muito bem. Sem grande empenhamento e sem grande esforço!

E convém também não esquecer que o senhor eurodeputado, que tão intelectualmente se insurge contra a alegada falta de carácter do senhor sobre quem se pronunciou, só foi para o Parlamento Europeu por ser uma figura incómoda para o seu partido e de nada servir à política portuguesa. Competência, diz ele! Bem prega, frei Pacheco!

Quanto às questões «avulsas» em ambos os seus comentários:

Caro Vache, o alvoroço do Dr. Pires de Lima tem uma razão de ser, quanto a nós – sendo um homem da justiça, ele não tem paciência, nem tempo para perder com «julgamentos» na imprensa. Ponto.

A carta da juíza, redundâncias e interpretações – Vache, não estamos a tratar das brincadeiras habituais dos comentadores do On-line; estamos a lidar com coisas sérias; deixe-se a justiça seguir o seu rumo e cumprir-se no tempo justo. Quem tem medo de esperar?

Sobre o cartoon de António, um espanto de graça! Tanta lhe achámos que lho íamos recomendar, também! Com um esforço de imaginação podemos aplicar o insecto a qualquer rosto, incluindo o nosso! Humor, precisa-se!

Julgamos que devemos ficar por aqui; nem a paciência dos restantes comentadores aguenta, nem a sua boa educação merece tais provas.

Como sempre, foi um prazer dirimir ideias consigo.

GGLiddy 13:08 1 Outubro 2002 liberal

Estas muito zangado...

Ainda nao te refizeste da queda da tua querida USSR??? Acorda, pa! O imperio do mal caiu! Os Povos de leste estao libertos da escoria colectivista que os oprimiu! E tu meu saudozista da caca... Deixa de odiar os americanos, devias beijar o chao que eles pisam.... TUdo o que tens a eles o deves. Se dependesses da cambada de cobardes socialistas que lidera a europa andavas a fazer bobos a um arabe... Se calhar ate gostavas mais.... Abranhos 00:18 1 Outubro 2002 Interessante......

Interessante, o facto de, poucos dias após o sempre eterno D. Sebastião e actual Ministro da Defesa, ter afirmado que seria improvável que o Comando Regional Nato sediado em Oeiras fosse desactivado, e que Portugal, poderoso parceiro da Aliança, teria imposto essa sua vontade, eis que, coincidência das coincidências, vem de novo o “iluminado” afirmar que, a hipótese de compra de helis americanos, era uma possibilidade e como tal não poderia ser descurada.

Efectivamente, essa modalidade, parece que será, não uma possibilidade, mas sim uma probabilidade, já que, quer os USA, quer o Reino Unido, serão os únicos membros da Aliança com poder efectivo para decidirem que Oeiras permanecerá um Comando Regional NATO.

Em troca de algo ?.

Obviamente.

Teoria da conspiração ?.

Porventura. Mas o futuro, e os factos, poderão trazer alguma luz sobre o assunto, ainda que tudo possa acabar em “banho-de-maria”, como aliás acontece na generalidade deste país, geograficamente europeu, mas politicamente sul-americano.

Perguntar-se-à porque não então helis ingleses ?.

Calma Compadres.

A Lei de Programação Militar ficará pronta até ao final do ano e possui esplêndidos “nichos” de mercado para “explorar”.

Quanto às expectativas geradas em torno de um Ministro da Defesa com efectivo poder, “coisa” que apenas os circunstancialismos pós-eleitorais tornaram exequível, podem descansar as nossas Forças Armadas, pois “tal como dantes, Quartel-General em Abrantes”.

Em suma, mais do mesmo.

Portugal no seu melhor.

P.S. – Parabéns ora-ai-vai, pela sua análise imparcial.

Coisa que neste País, geograficamente europeu, mas politicamente sul-americano, é cada vez mais difícil de encontrar.

Permita-me que puxe da minha pequenina bola de cristal e adivinhe que Você :

- não está inscrito num partido político, nem o pretende nunca fazer;

- que analisa TODA a classe política nacional com a mesma “lente”;

- que conhece e/ou conheceu, porventura fruto de experiência, alguns dos ocupantes (partidários) de cargos no âmbito da Defesa Nacional, e não só;

- que não é Jornalista. profissão nobre e de extrema utilidade social, mas crescentemente Vulnerável à triste realidade nacional;

- que se sente profundamente descrente (e este é o termo) com o rumo, que fruto do ponto anterior, este país irá inevitavelmente seguir.

ora-ai-vai 18:28 30 Setembro 2002 mais lenha...

"DEFESA

Central de compras, academia única e comando unificado

Lobbies de Portas são internos

A opção por gestores privados para ocupar lugares de relevo em instituições da Defesa Nacional, ou a criação de uma central de compras para todo o material e necessidades do sector, ou ainda a reestruturação do ensino superior militar ou mesmo a eventual criação de um comando único são factores que geram obstáculos por parte dos poderes instituídos. Daí até à formação de “lobbies” com interesses contrários vai um passo.

Curiosamente, a interpretação mais fácil dos “lobbies” militares levou políticos e analistas a pensar nos consórcios de fornecimento de equipamento militar, caso dos helicópteres, submarinos ou blindados. Franceses e alemães são as vítimas fáceis destas insinuações quando, na verdade, segundo fonte militar, o que está em causa são conflitos de interesse na estrutura militar e não contratos comerciais, que estão regulados e são alvo de agressivos concursos. A contestação a um concurso é uma liberdade que assiste a qualquer concorrente.

Aliás, um comentário recente do advogado e bastonário da ordem, José Miguel Júdice, ligado ao contrato com os hélis do Grupo de Aviação Ligeira, que o ministro decidiu denunciar, e ainda ao consórcio francês dos submarinos, é elucidativo. Este revelou à TSF que o comentário do ministro aos “lobbies” não se referia a nenhum dos seus clientes, o que foi interpretado como um sinal de que os tais “lobbies” estão no interior da máquina militar e política e não nas negociações comerciais dos grandes contratos.

A intromissão de personalidades não directamente relacionadas com assuntos militares é algo que também preocupa Paulo Portas que, segundo as nossas fontes, tem mostrado abertura para dialogar com intervenientes de várias facções políticas.

Mas o que está a mudar na Defesa Nacional? A “credibilidade da instituição militar é intocável”, disse fonte próxima ao ministério, mas o que se pretende fazer é manter princípios de gestão racionais em organismos ligados ao sector, e utilizar gestores que vêm do sector privado, quer sejam das telecomunicações, como da banca. A “holding” Empordef e toda a panóplia de empresas que a compõe vão ser o primeiro exemplo. Passar de uma situação de ruptura a empresa saudável é um objectivo imediato da nova administração, escolhida entre os melhores técnicos.

A criação da central de compras – dirigida desde a semana passada por um ex-quadro da Portugal Telecom, Bernardo Carnall – é das medidas com impacto mais profundo nas relações comerciais do sector da Defesa. Até à hora de fecho desta edição não foi possível apurar os valores que este organismo irá gerir, mas é ponto assente que se irá imiscuir em contratos de fornecimento na área informática e de consumíveis, envolvendo dezenas de milhões de euros.

Academia única

A reestruturação do ensino superior militar, reagrupando um conjunto importante de academias e outras escolas, por forma a dar-lhe uma matriz mais racional em termos de custos, será uma tarefa difícil. Adriano Moreira está a gerir toda a envolvência académica do assunto, enquanto um conjunto de economistas estão a estudar as soluções de gestão. A grande questão que se coloca é quem ficará à frente dessa academia! Na estrutura militar há muitos candidatos.

A criação de um comando único para todos os ramos das forças armadas é algo que ainda estará no segredo dos deuses, mas que fontes políticas próximas ao ministro não afastam. Novamente as questões sobre as chefias e as estruturas intermédias tenderão a gerar grupos de interesses.

Vítor Norinha"

PAREescuteOLHE 17:46 30 Setembro 2002

"Se mais não houvesse, bastava isto para Portas ser demitido. Não em nome do que escreveu no passado. Mas porque expressou uma posição que é completamente contrária ao rigor e exigência fiscal que a ministra das Finanças tem defendido, o Governo tem apoiado - e de que o país necessita desesperadamente."

Nicolau Santos

"Expresso", 28-9-02

PAREescuteOLHE 17:46 30 Setembro 2002 "O caso Portas ameaça tornar-se grotesto (...) Pelos vistos, o ridículo não mata. Politicamente falando, claro está!"

Alfredo Barroso

"Expresso", 28-9-02

PAREescuteOLHE 17:44 30 Setembro 2002

"Quando um ministro reconhece em público (...) que fez muitos pagamentos sem recibos, em clara infracção fiscal, e continua em funções, não se demitindo nem sendo demitido, o problema não está tanto no homem, menor e algo patético que julga ser possível iludir o alcance da sua confissão, mas no próprio sistema político."

Leonel Moura

"A Capital", 29-9-02

ora-ai-vai 17:04 30 Setembro 2002 moscardogrego 16:04 30 Setembro 2002

O Caso não esta encerrado, nem estará tão cedo enquanto o P.Portas não assumir as suas responsabilidades.

A direita no poder não é sinónimo de liberdade!

Liberdade é punir TODOS os políticos que assim se comportam!

O BENFICA é que é o clube do governo.

O Ardina 16:21 30 Setembro 2002 O Dever Acima de Tudo

Ó Webmaster:

Deixe lá passar este texto. É tão engraçado! Acresce que, a favor de Rui Baptista, o sbscritor da prosa, pode dizer-se que não se passeia de Jaguar, não aceitou dinheiro de origem duvidosa, não se lhe conhecem amizades com marginais, não têm dívidas fiscais.

"José Luís Arnaut, secretário-geral do PSD e ministro adjunto do primeiro-ministro, merece uma medalha. Uma medalha de ouro maciço, sólida e reluzente. Daqui proponho que o seu nome seja incluído, sem hesitações, no rol de condecorações do 10 de Junho. Tanta coragem e abnegação não podem ficar sem a recompensa merecida.

Não tenho memória, na vida política nacional recente, de um acto de heroísmo como o praticado por ele na tarde de domingo, dia 23. Sem medo do ridículo nem das consequências, José Luís Arnaut cerrou fileiras com os militantes do CDS-PP na manifestação de apoio a Paulo Portas. Todos os actos de coragem pura têm uma grande dose de insensatez, mas, desta vez, o secretário-geral do PSD esmerou-se.

Não, não sou daqueles que acham que José Luís Arnaut teve, no comício do Largo Adelino Amaro da Costa (antigo Largo do Caldas), o papel de "simpático idiota". Primeiro, porque, justiça lhe seja feita, Arnaut é tudo menos idiota - o seu currículo como político e jurista bem sucedido fala por si; depois, porque o secretário-geral do PSD dificilmente pode ser descrito como simpático, embora não seja dos piores. Também não acredito que o seu desempenho no Largo do Caldas se tenha ficado a dever a um erro de avaliação do carácter de Paulo Portas, ou a um súbito ataque de ingenuidade. Não. Arnaut fez o que fez porque lho mandaram. Ou melhor, porque lho pediram. Nos tempos que vão correndo, é sempre refrescante encontrar alguém que coloca o dever acima de tudo.

Acredito, sinceramente, que Arnaut sabia que Paulo Portas não ia resistir a transformar num problema de todo o Executivo uma questão que até aí só apenas a si dizia respeito. O líder do CDS-PP tem consciência de que as trapalhadas da Moderna o estavam a transformar no elo mais fraco deste Governo. Perante este cenário, restava-lhe fugir para a frente, arrastando para o lamaçal o seu parceiro de coligação. Decidido a "desmentir com todos os dentes o que em tempos escreveu com as duas mãos", o grande pregador da ética na política (como lhe chamou, com grande acerto, o fiscalista Saldanha Sanches) já não hesita perante nada. Queixa-se de estar a ser vítima de interesses ocultos na Defesa, "entala" o seu parceiro de coligação e tem a falta de modéstia de se comparar a Adelino Amaro da Costa (Neste caso, apetece relembrar um episódio ocorrido durante um debate televisivo entre Loyd Bentsen e Dan Quayle, ambos candidatos ao cargo de vice-presidente dos EUA. Quando Quayle teve a ousadia de se comparar a John Kennedy, Bentsen respondeu-lhe da seguinte maneira: "Senhor Quayle, eu conheci John Kennedy, eu trabalhei com John Kennedy, John Kennedy era meu amigo. Senhor Quayle, o senhor não é nenhum John Kennedy).

Quando Arnaut subiu para o palco no Largo do Caldas sabia no que se estava a meter. Sabia que o instinto de Portas era mais forte do que a mera razão, e que, tal como o escorpião da fábula, o líder do CDS-PP acabaria por espetar o seu ferrão venenoso no flanco de quem generosamente o carregava na travessia do rio. Se Arnaut lá esteve, se discursou em favor de Portas, se escutou com um sorriso amarelo as palavras de ordem ("Assim se vê a força...do PP!") foi porque sabe que não há almoços de graça. A solidariedade do PSD teve, naturalmente, um preço, e não é descabido dizer que, desde o domingo, dia 23, o futuro político imediato de Portas está nas mãos do presidente do PSD, que, por sinal, é também o primeiro-ministro. Já não restam quaisquer dúvidas sobre quem manda no Governo de coligação. O que sucessivos actos eleitorais não conseguiram foi atingido em menos de um mês, graças às trapalhadas da Moderna e a uma jogada de alto risco.

Mais uma vez, José Luís Arnaut se revelou o colaborador mais precioso de Durão Barroso. Pode não ter a combatividade de Morais Sarmento, o carisma de Santana Lopes, ou o perfil tecnocrático de muitos colaboradores do líder do PSD, mas Durão sabe que pode contar com a sua total lealdade. Foi assim durante o tempo em que foi o ponta-de-lança do "barrosismo" no consulado de Marcelo Rebelo de Sousa, ajudando a minar a Alternativa Democrática. Dêm-lhe já uma medalha, caramba."

moscardogrego 16:04 30 Setembro 2002 Para o «ora-ai-vai»: que grande vitória do FC Porto!

Este caso está encerrado. Portas não será demitido. Portas, como toda a gente sabe, está INOCENTE! Ao contrário dos governantes que desbarataram milhões de euros do erário público na última legislatura. Quando Durão acusou no debate televisivo para as últimas eleições que Ferro tinha praticado «crimes de cidadania» não estava a brincar. Estava a falar em nome de pessoas que, neste momento, darão a vida, se preciso for, para manter a Direita democraticamente no poder em Portugal. Liberdade ou morte! ora-ai-vai 15:30 30 Setembro 2002 CaLoPeSi 12:13 30 Setembro 2002

Para lhe responder a essa questão, talvez o Candal ou o Jardim.

Numca ouviu farar do lobyga..! O Ardina 12:54 30 Setembro 2002 Fundador da Moderna começa hoje a ser ouvido em Tribunal

Caros comentadores:

O fundador da Universidade Moderna, Elias Belard, começa a ser ouvido hoje no Tribunal de Monsanto. O ex-director da instituição alega ter sido lesado pela gestão da família Braga Gonçalves.

Depois de ter constatado várias irregularidades internas a nível de gestão, bem como a existência de um plano para a conquista do poder político comprando favores e consciências de nomes de peso da política nacional, Elias Belard decidiu entregar uma lista de nomes à PJ.

De acordo com a TSF, nessa lista surgem, entre outros, os nomes de:

Pedro Santana Lopes

Paulo Portas

Dias Loureiro (deputado, dirigente e presidente da mesa do congresso do PSD)

Arlindo de Carvalho (antigo presidente da RDP e ex-ministro da Saúde de Cavaco Silva)

Cá para mim, esta gente não é bem formada.

B. Gomes de Sá 12:23 30 Setembro 2002 CaLoPeSi

Ontem, na TSF, Pacheco Pereira falou da "gente que vive da dívida". CaLoPeSi 12:13 30 Setembro 2002 PORTAS-HERMAN-SIC

Pronto, o Herman transformou o Herman-sic em consultório sentimental, para os amigos e familiares do Portas irem verter as suas "lágrimas" e jurar a sua inocência.

Primeiro foi o INTENDENTE LOPES, e amigos, ontem foi a MAMÃ Helena (que até gosto da senhora, mas pareceu-me pouco inteligente ter ido ali ao programa).

QUE DEUS TE PERDOE TAMBEM HERMAN.

Por aqui se vê como "AQUELA GENTE" DE DINHEIRO E COM O 4ºPODER NA MÃO (Herman incluído), podem ter uma grande influência na opinião pública.

A ISTO COSTUMA CHAMAR-SE: MANIPULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL. pamplinas 12:07 30 Setembro 2002 O Governo tem que se livrar da tralha portista!

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