Mértola
Confirmam-se as acusações do PCP
A recente candidatura do PSD à Câmara e Assembleia Municipais de Mértola, protagonizada por José Luís Arnaut e Teresa Patrício Gouveia, para além de constituir uma reviravolta na campanha autárquica do concelho, vem dar razão às acusações do PCP que, nomeadamente através do seu secretário-geral, Carlos Carvalhas, denunciou o acordo entre PS, PP e PSD para favorecer o candidato socialista no concelho.
Recentemente, Carlos Carvalhas afirmou em Mértola que as eleições estavam «mascaradas». «Um partido que tem votos, o PSD, não concorre, enquanto outro, o PP, que não tem votos, concorre». E acrescentou: «Um enigma que é fácil de ser desvendado. Como se diz aqui em Mértola, Champalimaud ditou a solução e está directa ou indirectamente a apoiar a campanha do PS»
Surpreendendo tudo e todos, eis que o «braço direito» de Marcelo Rebelo de Sousa vai a Mértola confirmar que era ele o cabeça de lista ao concelho, pretendendo assim, segundo disse, «responder a tantas e inadmissíveis pressões» acrescentando que «uma aposta forte do PSD era a resposta adequada».
E vai mais longe ao acusar o Partido Popular de querer a coligação com o PSD para beneficiar uma candidatura que se destinava unicamente a defender «os interesses de grupos económicos». Confimando a existência de um conluio, Arnaut explicou que «quando se pede a um partido que não se candidate para desta forma favorecer interesses económicos subjacentes» a resposta a dar «era abandonar a coligação com o PP», cujos objectivos eleitorais classificou de «perversos», considerando que «Mértola não está à venda».
Também Teresa Patrício Gouveia confirmou que a candidatura do PS se destina «a defender interesses particulares», realidade para a qual o PSD acordou tarde já que, segundo revelou, a candidatura social-democrata foi decidida «entre o fim da tarde e o princípio da noite de sexta-feira» da passada semana, momento em que José Luís Arnaut aceitou encabeçar a lista.
«Avante!» Nº 1247 - 23.0utubro.97
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Confirmam-se as acusações do PCP
A recente candidatura do PSD à Câmara e Assembleia Municipais de Mértola, protagonizada por José Luís Arnaut e Teresa Patrício Gouveia, para além de constituir uma reviravolta na campanha autárquica do concelho, vem dar razão às acusações do PCP que, nomeadamente através do seu secretário-geral, Carlos Carvalhas, denunciou o acordo entre PS, PP e PSD para favorecer o candidato socialista no concelho.
Recentemente, Carlos Carvalhas afirmou em Mértola que as eleições estavam «mascaradas». «Um partido que tem votos, o PSD, não concorre, enquanto outro, o PP, que não tem votos, concorre». E acrescentou: «Um enigma que é fácil de ser desvendado. Como se diz aqui em Mértola, Champalimaud ditou a solução e está directa ou indirectamente a apoiar a campanha do PS»
Surpreendendo tudo e todos, eis que o «braço direito» de Marcelo Rebelo de Sousa vai a Mértola confirmar que era ele o cabeça de lista ao concelho, pretendendo assim, segundo disse, «responder a tantas e inadmissíveis pressões» acrescentando que «uma aposta forte do PSD era a resposta adequada».
E vai mais longe ao acusar o Partido Popular de querer a coligação com o PSD para beneficiar uma candidatura que se destinava unicamente a defender «os interesses de grupos económicos». Confimando a existência de um conluio, Arnaut explicou que «quando se pede a um partido que não se candidate para desta forma favorecer interesses económicos subjacentes» a resposta a dar «era abandonar a coligação com o PP», cujos objectivos eleitorais classificou de «perversos», considerando que «Mértola não está à venda».
Também Teresa Patrício Gouveia confirmou que a candidatura do PS se destina «a defender interesses particulares», realidade para a qual o PSD acordou tarde já que, segundo revelou, a candidatura social-democrata foi decidida «entre o fim da tarde e o princípio da noite de sexta-feira» da passada semana, momento em que José Luís Arnaut aceitou encabeçar a lista.
«Avante!» Nº 1247 - 23.0utubro.97