"Esta Campanha Não Vai Ser Fácil", Diz José Luís Arnaut
Por HELENA PEREIRA
Domingo, 29 de Fevereiro de 2004
O PSD antevê que a campanha para as eleições europeias "não vai ser fácil" tendo em conta a abstenção e os ataques dos partidos da oposição à coligação governamental. Isso mesmo foi dito pelo ministro-adjunto e secretário-geral do PSD, José Luís Arnaut, anteontem à noite em Lisboa, num jantar da JSD sobre "A juventude na Europa do futuro".
"Esta campanha não vai ser fácil. Temos que mobilizar os portugueses a ir votar. O nosso tradicional adversário nestas eleições é a abstenção. Temos que combater a abstenção e transmitir ânimo e esperança aos outros", afirmou o dirigente do PSD, acrescentando que a oposição "vai seguramente acentuar" os ataques ao PSD e ao Governo, procurar "clivagens" no interior do PSD e na coligação, e que, por isso, os sociais-democratas devem "estar blindados contra a intriga constante".
José Luís Arnaut avisou ainda que "o PS vai pretender fazer deste acto eleitoral um plebiscito à política governamental", mas que "os portugueses sabem que não se avalia o desempenho de um Governo a meio da legislatura".
Os sociais-democratas querem baixar as expectativas sobre as eleições europeias, precisamente para antecipar um fraco resultado eleitoral. Assim, na noite das eleições, se tiverem um resultado melhor que o que dizem estar à espera poderão dizer que têm razões para sorrir na noite das eleições; se for muito mau, dirão que já estavam à espera e que, por isso, não é dramático. Ainda recentemente, o próprio presidente do PSD e primeiro-ministro, Durão Barroso, afirmou que "não fugiria" independentemente do resultado eleitoral.
O PSD tem estado a fazer vários estudos sobre as eleições europeias, como testar vários nomes de prováveis candidatos e projectar valores de abstenção - segundo a Rádio Renascença, Leonor Beleza está indisponível para se candidatar a eurodeputada por razões familiares. As pessoas estão a ser inquiridas sobre as preocupações que têm relativamente à Europa, para que a coligação oriente o seu discurso em função disso, e sobre a sua disposição para ir votar, tendo em conta vários factores, como o facto do dia 13 de Junho calhar num feriado e fim-de-semana prolongado e numa altura em que começa o Euro2004. Nesta altura, a maioria prevê uma abstenção entre os 65 e 70 por cento. A acontecer, será um valor recorde.
Ontem, na conferência de imprensa conjunta do PSD e CDS que se seguiu a uma reunião de trabalho das estruturas distritais dos dois partidos, o tom usado pelo PSD foi, no entanto, de um optimismo contrastante. José Luís Arnaut disse que estavam todos "muito confiantes, muito mobilizados e muito optimistas".
O secretário-geral do CDS, Mota Soares, afirmou, por seu lado, que os portugueses vão saber distinguir em Junho "quem é que merece o voto: quem criou os problemas por que Portugal está a passar ou quem está a fazer tudo para que Portugal saia da situação em que está". O CDS procurou fazer justamente a ligação eleições europeias-trabalho do Governo que o PSD procura evitar.
A coligação do PSD-CDS para a Europa, que foi baptizada de Força Portugal será aprovada em Conselho Nacional do PSD a 17 de Março, data em que será também apresentado o cabeça de lista. Os cartazes da coligação vão para a rua na mesma altura. A composição da lista só será anunciada no final de Abril.
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"Esta Campanha Não Vai Ser Fácil", Diz José Luís Arnaut
Por HELENA PEREIRA
Domingo, 29 de Fevereiro de 2004
O PSD antevê que a campanha para as eleições europeias "não vai ser fácil" tendo em conta a abstenção e os ataques dos partidos da oposição à coligação governamental. Isso mesmo foi dito pelo ministro-adjunto e secretário-geral do PSD, José Luís Arnaut, anteontem à noite em Lisboa, num jantar da JSD sobre "A juventude na Europa do futuro".
"Esta campanha não vai ser fácil. Temos que mobilizar os portugueses a ir votar. O nosso tradicional adversário nestas eleições é a abstenção. Temos que combater a abstenção e transmitir ânimo e esperança aos outros", afirmou o dirigente do PSD, acrescentando que a oposição "vai seguramente acentuar" os ataques ao PSD e ao Governo, procurar "clivagens" no interior do PSD e na coligação, e que, por isso, os sociais-democratas devem "estar blindados contra a intriga constante".
José Luís Arnaut avisou ainda que "o PS vai pretender fazer deste acto eleitoral um plebiscito à política governamental", mas que "os portugueses sabem que não se avalia o desempenho de um Governo a meio da legislatura".
Os sociais-democratas querem baixar as expectativas sobre as eleições europeias, precisamente para antecipar um fraco resultado eleitoral. Assim, na noite das eleições, se tiverem um resultado melhor que o que dizem estar à espera poderão dizer que têm razões para sorrir na noite das eleições; se for muito mau, dirão que já estavam à espera e que, por isso, não é dramático. Ainda recentemente, o próprio presidente do PSD e primeiro-ministro, Durão Barroso, afirmou que "não fugiria" independentemente do resultado eleitoral.
O PSD tem estado a fazer vários estudos sobre as eleições europeias, como testar vários nomes de prováveis candidatos e projectar valores de abstenção - segundo a Rádio Renascença, Leonor Beleza está indisponível para se candidatar a eurodeputada por razões familiares. As pessoas estão a ser inquiridas sobre as preocupações que têm relativamente à Europa, para que a coligação oriente o seu discurso em função disso, e sobre a sua disposição para ir votar, tendo em conta vários factores, como o facto do dia 13 de Junho calhar num feriado e fim-de-semana prolongado e numa altura em que começa o Euro2004. Nesta altura, a maioria prevê uma abstenção entre os 65 e 70 por cento. A acontecer, será um valor recorde.
Ontem, na conferência de imprensa conjunta do PSD e CDS que se seguiu a uma reunião de trabalho das estruturas distritais dos dois partidos, o tom usado pelo PSD foi, no entanto, de um optimismo contrastante. José Luís Arnaut disse que estavam todos "muito confiantes, muito mobilizados e muito optimistas".
O secretário-geral do CDS, Mota Soares, afirmou, por seu lado, que os portugueses vão saber distinguir em Junho "quem é que merece o voto: quem criou os problemas por que Portugal está a passar ou quem está a fazer tudo para que Portugal saia da situação em que está". O CDS procurou fazer justamente a ligação eleições europeias-trabalho do Governo que o PSD procura evitar.
A coligação do PSD-CDS para a Europa, que foi baptizada de Força Portugal será aprovada em Conselho Nacional do PSD a 17 de Março, data em que será também apresentado o cabeça de lista. Os cartazes da coligação vão para a rua na mesma altura. A composição da lista só será anunciada no final de Abril.