ANMP concorda, PS e sindicatos nem por isso

05-08-2004
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ANMP Concorda, PS e Sindicatos nem por Isso

Terça-feira, 13 de Julho de 2004

O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, aplaudiu ontem a possibilidade do novo Governo retirar alguns ministérios de Lisboa. Fernando Ruas afirmou que, "numa altura em que a comunicação é cada vez mais fácil, não há nenhuma razão para que não se cumpra também aqui a subsidariedade, isto é, as decisões estarem perto dos problemas". "A minha posição é de concordância. Aliás, a ANMP deu o mote quando instalou a sua sede nacional em Coimbra, ao arrepio do que é normal, porque está tudo em Lisboa", lembrou. "Que grandes unidades agrícolas é que há em Lisboa para lá estar tanta gente?", questionou, acrescentando que, de facto, teria mais lógica este ministério estar em Santarém. No que respeita aos custos da descentralização de ministério, o líder da ANMP considera que têm de ser vistos "pela outra óptica", ou seja, pelos proveitos em que se traduziria.

O PS verbalizou, em contrapartida, a sua oposição à deslocalização de ministérios de Lisboa para outras regiões do país por considerar a proposta de "grande despesismo e grande populismo". "Essa ideia não tem nada de mérito, apenas demérito. Mérito seria colocar as pessoas junto dos centros de decisão, tornar-lhes a vida mais fácil, desburocratizar, desconcentrar competências", afirmou José Junqueiro, acrescentando que a proposta é mais um exemplo do "grande despesismo e grande populismo" de Santana Lopes. "O PS não concorda com isso porque é enfeitar Portugal e não governar Portugal", completou.

A Federação de Bragança do Partido Socialista desafiou, contudo, o futuro primeiro-ministro, a transferir para esta região o Ministério do Ambiente, no âmbito de um Governo descentralizado. A pretensão foi justificada com o facto do Distrito de Bragança ser "o que tem mais área protegida no país".

As três estruturas sindicais da Função Pública - Frente Comum, Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) - sublinharam os custos financeiros da eventual transferência de ministérios para outras cidades.

Apesar de ressalvarem o seu apoio de princípio à descentralização de serviços, os sindicatos contestaram a mudança da sede de decisão política e questionaram as vantagens para os trabalhadores e as razões dessa transferência.

ANMP Concorda, PS e Sindicatos nem por Isso

Terça-feira, 13 de Julho de 2004

O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, aplaudiu ontem a possibilidade do novo Governo retirar alguns ministérios de Lisboa. Fernando Ruas afirmou que, "numa altura em que a comunicação é cada vez mais fácil, não há nenhuma razão para que não se cumpra também aqui a subsidariedade, isto é, as decisões estarem perto dos problemas". "A minha posição é de concordância. Aliás, a ANMP deu o mote quando instalou a sua sede nacional em Coimbra, ao arrepio do que é normal, porque está tudo em Lisboa", lembrou. "Que grandes unidades agrícolas é que há em Lisboa para lá estar tanta gente?", questionou, acrescentando que, de facto, teria mais lógica este ministério estar em Santarém. No que respeita aos custos da descentralização de ministério, o líder da ANMP considera que têm de ser vistos "pela outra óptica", ou seja, pelos proveitos em que se traduziria.

O PS verbalizou, em contrapartida, a sua oposição à deslocalização de ministérios de Lisboa para outras regiões do país por considerar a proposta de "grande despesismo e grande populismo". "Essa ideia não tem nada de mérito, apenas demérito. Mérito seria colocar as pessoas junto dos centros de decisão, tornar-lhes a vida mais fácil, desburocratizar, desconcentrar competências", afirmou José Junqueiro, acrescentando que a proposta é mais um exemplo do "grande despesismo e grande populismo" de Santana Lopes. "O PS não concorda com isso porque é enfeitar Portugal e não governar Portugal", completou.

A Federação de Bragança do Partido Socialista desafiou, contudo, o futuro primeiro-ministro, a transferir para esta região o Ministério do Ambiente, no âmbito de um Governo descentralizado. A pretensão foi justificada com o facto do Distrito de Bragança ser "o que tem mais área protegida no país".

As três estruturas sindicais da Função Pública - Frente Comum, Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) - sublinharam os custos financeiros da eventual transferência de ministérios para outras cidades.

Apesar de ressalvarem o seu apoio de princípio à descentralização de serviços, os sindicatos contestaram a mudança da sede de decisão política e questionaram as vantagens para os trabalhadores e as razões dessa transferência.

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