EXPRESSO: Vidas

06-09-2002
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GENTE

Decisão Signe Friis, de aparecer despida numa foto posta no «site» da Internet onde apela ao voto na sua candidatura para as eleições locais e regionais. Signe, de 19 anos, militante da Juventude Liberal, aparece sem roupa numa foto a preto e branco, com as mãos com luvas a cobrir os seios, junto a um «slogan» que diz. «É só política o que se tem de ver». O «site» de Signe, cujo endereço é

— Da candidata do Partido Liberal à Câmara de Aalborg, na Dinamarca, e à Assembleia Regional da Jutlândia do Norte,, de aparecer despida numa foto posta no «site» da Internet onde apela ao voto na sua candidatura para as eleições locais e regionais. Signe, de 19 anos, militante da Juventude Liberal, aparece sem roupa numa foto a preto e branco, com as mãos com luvas a cobrir os seios, junto a um «slogan» que diz.. O «site» de Signe, cujo endereço é www.signe-friis.dk , tornou-se no local mais visitado de todos os que os políticos da Dinamarca possuem na Internet. Imposição — Das autoridades chinesas feita aos donos de um restaurante da cidade de Lanzhou, de mudarem o nome da casa, recentemente rebaptizada de Massas com carne Bin Laden, por considerarem que reflecte uma «cultura comercial doentia». O jornal «Gongren Ribao», que publicou a notícia, revela que Lanzhou conta com uma importante minoria muçulmana entre a população, facto que terá incentivado a ideia de usar o nome de Osama bin Laden para atrair clientes. Segundo o jornal, os restaurantes baptizados como nome Massas com carne Saddam fizeram excelentes negócios na cidade depois da Guerra do Golfo.

Revelação — De que a namorada de um estudante britânico «lhe pôs os patins» depois deste se casar com uma estranha durante uma noite de bebedeira em Las Vegas. James Cripps, de 21 anos, estudante de Economia na Universidade de Bristol, durante uma visita com colegas de curso a Las Vegas, a cidade das bodas instantâneas, como piada, casou-se com uma turista australiana com quem o grupo tinha estado a beber num bar. James disse que em nenhum momento manteve relações com a turista, de quem se despediu depois da cerimónia devido ao estado etílico de ambos, e que esperava que a sua namorada, Abi Harding, achasse graça à história: «Quando se vai a Las Vegas, bebe-se, joga-se e casa-se, e foi o que fiz.» Só que Abi não mostrou nenhum sentido de humor e James anda a tentar localizar a australiana para poderem tratar do divórcio na capital norte-americana do vício.

O antigo e o novo liberalismo Coordenação de Pedro Andrade

ANA BAIÃO O professor João Carlos Espada (ao centro) lançou um novo livro, «Liberalismo: o Antigo e o Novo», na terça-feira, na livraria Buchholz, em Lisboa. O volume consiste num conjunto de ensaios organizados por Espada, director do Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica e pesquisador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, Marc F. Plattner, co-director do «Journal of Democracy» e do International Forum for Democratic Studies de Washington, nos EUA, e Adam Wolfson, director executivo da revista norte-americana «The Public Interest». O professor(ao centro) lançou um novo livro, «Liberalismo: o Antigo e o Novo», na terça-feira, na livraria Buchholz, em Lisboa. O volume consiste num conjunto de ensaios organizados por Espada, director do Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica e pesquisador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa,, co-director do «Journal of Democracy» e do International Forum for Democratic Studies de Washington, nos EUA, e, director executivo da revista norte-americana «The Public Interest». Editado em Portugal pelo ICS, o livro é a tradução para português de «The Liberal Tradition in Focus: Problems and New Perspectives», publicado nos EUA em Janeiro de 2000, e o conjunto de ensaios que inclui foram inicialmente apresentados no VI Curso de Teoria Política do IEP, realizado em Portugal. Além de Espada, Plattner e Wolfson, os textos foram escritos por mais nove «scholars» do mundo universitário anglo-saxónico. Os autores que participam no volume procuram avaliar de que modo certos traços e características do liberalismo antigo se harmonizam com os seus substitutos modernos. Contudo, divergem amplamente nas suas abordagens analíticas e nas suas conclusões, embora sejam unânimes num ponto: não existe uma única tradição de liberalismo nem uma filosofia liberal unitária. Na verdade existem muitos liberalismos. Ou, como sublinhou com humor João Cardoso Rosas, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho na apresentação da obra, «os liberais têm muitos pontos de concordância, mas quando tentam explicitar esses pontos, começam imediatamente a discordar uns dos outros».

Civismo JOSÉ PEDRO TOMAZ A cena passou-se há quase 15 dias, mas pelo seu elevado valor cívico e moral ainda merece ser contada. Domingo, dia de cozido à portuguesa no Mercado de Santa Clara, uma carrinha Mercedes pára em frente ao restaurante. Do carro sai uma mulher que entra no estabelecimento para indagar se haveria lugar. O homem, que fica dentro da viatura, aproveita para despejar o cinzeiro, fazendo um montinho de ecológicas beatas em plena rua. Sabendo que sempre havia lugar para o desejado cozido, arruma depois o carro e sobe até ao restaurante. Só então se soube quem era o autor de atitude tão cívica, limpa e exemplar: o notável, irredutível e mediático advogado João Nabais. Um homem de causas, embora, como se tenha visto, nem sempre justas... A cena passou-se há quase 15 dias, mas pelo seu elevado valor cívico e moral ainda merece ser contada. Domingo, dia de cozido à portuguesa no Mercado de Santa Clara, uma carrinha Mercedes pára em frente ao restaurante. Do carro sai uma mulher que entra no estabelecimento para indagar se haveria lugar. O homem, que fica dentro da viatura, aproveita para despejar o cinzeiro, fazendo um montinho de ecológicas beatas em plena rua. Sabendo que sempre havia lugar para o desejado cozido, arruma depois o carro e sobe até ao restaurante. Só então se soube quem era o autor de atitude tão cívica, limpa e exemplar: o notável, irredutível e mediático advogado. Um homem de causas, embora, como se tenha visto, nem sempre justas...

Encontro a três ANA BAIÃO Alegre trio almoçava noutro dia no Restaurante Gôndola, em Lisboa. O actual ministro da Saúde, Correia de Campos (na foto), uma das suas antecessoras, Maria de Belém, e Gomes Esteves, o poderoso presidente da Apifarma. Não consta que Manuela Arcanjo, também ex-ministra da Saúde, tenha ficado com as orelhas a arder. As eleições para bastonário da Ordem dos Médicos só foram afloradas pela rama. A palavra que mais se ouvia nas mesas ao lado era estranha - soava a Viox. Será o nome de um medicamento? Alegre trio almoçava noutro dia no Restaurante Gôndola, em Lisboa. O actual ministro da Saúde,(na foto), uma das suas antecessoras,, e, o poderoso presidente da Apifarma. Não consta que, também ex-ministra da Saúde, tenha ficado com as orelhas a arder. As eleições para bastonário da Ordem dos Médicos só foram afloradas pela rama. A palavra que mais se ouvia nas mesas ao lado era estranha - soava a Viox. Será o nome de um medicamento?

Processo ao EXPRESSO Em Abril de 1993 e Maio de 1994 o EXPRESSO publicou dois textos da autoria do jornalista José Frota em que era visada a actividade da SODERA (Sociedade de Desenvolvimento do Alentejo), com sede em Évora, uma entidade parabancária que tinha por objectivo apoiar projectos de desenvolvimento da região alentejana. Verificou-se que a sociedade concedia créditos avultados sem garantias reais, funcionava num círculo restrito de pessoas das relações dos seus dirigentes, ligados a uma facção local do PSD e havia fortes suspeitas de favoritismo pessoal ou compadrio na atribuição dos empréstimos. A administração da SODERA não gostou dos artigos e processou José Frota e o EXPRESSO por crime de abuso de liberdade de imprensa, mas sofreu uma fragorosa derrota: o caso foi a julgamento e teve o seu desfecho na passada segunda-feira com a leitura da sentença na qual ambos foram absolvidos e a acção intentada dada como totalmente improcedente. E mais. O colectivo dos juízes do Tribunal de Évora reconheceu que «ao jornalista não só era lícito como seu dever indagar sobre os factos», que este «cumpriu o dever de informação que sobre ele impendia» e que «agiu no prosseguimento de um interesse legítimo - o desenvolvimento regional do Alentejo - concretizado numa sociedade criada para o efeito, tendo feito a prova da verdade das suas imputações». Em Abril de 1993 e Maio de 1994 o EXPRESSO publicou dois textos da autoria do jornalistaem que era visada a actividade da SODERA (Sociedade de Desenvolvimento do Alentejo), com sede em Évora, uma entidade parabancária que tinha por objectivo apoiar projectos de desenvolvimento da região alentejana. Verificou-se que a sociedade concedia créditos avultados sem garantias reais, funcionava num círculo restrito de pessoas das relações dos seus dirigentes, ligados a uma facção local do PSD e havia fortes suspeitas de favoritismo pessoal ou compadrio na atribuição dos empréstimos. A administração da SODERA não gostou dos artigos e processou José Frota e o EXPRESSO por crime de abuso de liberdade de imprensa, mas sofreu uma fragorosa derrota: o caso foi a julgamento e teve o seu desfecho na passada segunda-feira com a leitura da sentença na qual ambos foram absolvidos e a acção intentada dada como totalmente improcedente. E mais. O colectivo dos juízes do Tribunal de Évora reconheceu que, que estee que

Proposta irresistível António Guterres bem pode repetir até à exaustão «no jobs for the boys». Mas parece que um cronista do jornal «Gazeta da Beira» não acredita. E como deve ter pensado que não conseguia chegar a Deus, socorreu-se dos anjos. Neste caso de um anjo da casa: José Junqueiro, secretário de Estado da Administração Marítima e Portuária e líder do Partido Socialista em Viseu. A disponibilidade do cronista é quase tocante. E a sua vontade em se tornar crente é infinita. Pelos vistos até já comprou uma «t-shirt» a dizer PS e a frase final da sua mensagem deveria ser irresistível a Junqueiro. ANA BAIÃO

Protesto copofónico A Confraria Nacional do Pipo - uma organização que reclama a adesão de milhares de confrades convictos - decidiu sair do anonimato e criticar a «ditadura da abstinência» do novo Código da Estrada imposto pelo Governo de António Guterres. Mas, mais do que clamar justiça, esta venerável Confraria do Pipo aproveitou a ocasião para fazer chegar à GENTE um autêntico manifesto sobre a actividade do que melhor sabe fazer: «emborcar». Num escrito, porventura feito em momento sóbrio, os confrades justificam a existência da organização por esta «ser o catre lusitano, o enxergão nacional, onde puderam passar a repousar, em retemperadora hidratação do corpo, as almas combalidas e exangues que, padecendo pela mãe-pátria, iam sendo dilaceradas pelo ror de analfabetos que, entretanto, iam insistindo ou em afundar a nação, ou em cobiçar-lhes a mulher». E aproveitam para lançar a mão (ou o copo) a novas adesões - ou, como dizem, fazer «o chamamento da goela ao emborcadouro (...) bastando apenas que o candidato consuma a 'honoris vinhatariae hidratasauum' bebendo, de trago, um copo de três». Não esqueceram, contudo, de definir a estratégia para atacar o «ignominioso acto legislativo (Código da Estrada), autêntica grilheta aferroada às mãos que seguram o cálice», que em síntese consistirá em «sentarem-se, constituírem-se em comissão para decidir a casta e o lote do veemente protesto», seguido do acto de «pilhar a adega e dar início à festa».

GENTE

Decisão Signe Friis, de aparecer despida numa foto posta no «site» da Internet onde apela ao voto na sua candidatura para as eleições locais e regionais. Signe, de 19 anos, militante da Juventude Liberal, aparece sem roupa numa foto a preto e branco, com as mãos com luvas a cobrir os seios, junto a um «slogan» que diz. «É só política o que se tem de ver». O «site» de Signe, cujo endereço é

— Da candidata do Partido Liberal à Câmara de Aalborg, na Dinamarca, e à Assembleia Regional da Jutlândia do Norte,, de aparecer despida numa foto posta no «site» da Internet onde apela ao voto na sua candidatura para as eleições locais e regionais. Signe, de 19 anos, militante da Juventude Liberal, aparece sem roupa numa foto a preto e branco, com as mãos com luvas a cobrir os seios, junto a um «slogan» que diz.. O «site» de Signe, cujo endereço é www.signe-friis.dk , tornou-se no local mais visitado de todos os que os políticos da Dinamarca possuem na Internet. Imposição — Das autoridades chinesas feita aos donos de um restaurante da cidade de Lanzhou, de mudarem o nome da casa, recentemente rebaptizada de Massas com carne Bin Laden, por considerarem que reflecte uma «cultura comercial doentia». O jornal «Gongren Ribao», que publicou a notícia, revela que Lanzhou conta com uma importante minoria muçulmana entre a população, facto que terá incentivado a ideia de usar o nome de Osama bin Laden para atrair clientes. Segundo o jornal, os restaurantes baptizados como nome Massas com carne Saddam fizeram excelentes negócios na cidade depois da Guerra do Golfo.

Revelação — De que a namorada de um estudante britânico «lhe pôs os patins» depois deste se casar com uma estranha durante uma noite de bebedeira em Las Vegas. James Cripps, de 21 anos, estudante de Economia na Universidade de Bristol, durante uma visita com colegas de curso a Las Vegas, a cidade das bodas instantâneas, como piada, casou-se com uma turista australiana com quem o grupo tinha estado a beber num bar. James disse que em nenhum momento manteve relações com a turista, de quem se despediu depois da cerimónia devido ao estado etílico de ambos, e que esperava que a sua namorada, Abi Harding, achasse graça à história: «Quando se vai a Las Vegas, bebe-se, joga-se e casa-se, e foi o que fiz.» Só que Abi não mostrou nenhum sentido de humor e James anda a tentar localizar a australiana para poderem tratar do divórcio na capital norte-americana do vício.

O antigo e o novo liberalismo Coordenação de Pedro Andrade

ANA BAIÃO O professor João Carlos Espada (ao centro) lançou um novo livro, «Liberalismo: o Antigo e o Novo», na terça-feira, na livraria Buchholz, em Lisboa. O volume consiste num conjunto de ensaios organizados por Espada, director do Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica e pesquisador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, Marc F. Plattner, co-director do «Journal of Democracy» e do International Forum for Democratic Studies de Washington, nos EUA, e Adam Wolfson, director executivo da revista norte-americana «The Public Interest». O professor(ao centro) lançou um novo livro, «Liberalismo: o Antigo e o Novo», na terça-feira, na livraria Buchholz, em Lisboa. O volume consiste num conjunto de ensaios organizados por Espada, director do Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica e pesquisador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa,, co-director do «Journal of Democracy» e do International Forum for Democratic Studies de Washington, nos EUA, e, director executivo da revista norte-americana «The Public Interest». Editado em Portugal pelo ICS, o livro é a tradução para português de «The Liberal Tradition in Focus: Problems and New Perspectives», publicado nos EUA em Janeiro de 2000, e o conjunto de ensaios que inclui foram inicialmente apresentados no VI Curso de Teoria Política do IEP, realizado em Portugal. Além de Espada, Plattner e Wolfson, os textos foram escritos por mais nove «scholars» do mundo universitário anglo-saxónico. Os autores que participam no volume procuram avaliar de que modo certos traços e características do liberalismo antigo se harmonizam com os seus substitutos modernos. Contudo, divergem amplamente nas suas abordagens analíticas e nas suas conclusões, embora sejam unânimes num ponto: não existe uma única tradição de liberalismo nem uma filosofia liberal unitária. Na verdade existem muitos liberalismos. Ou, como sublinhou com humor João Cardoso Rosas, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho na apresentação da obra, «os liberais têm muitos pontos de concordância, mas quando tentam explicitar esses pontos, começam imediatamente a discordar uns dos outros».

Civismo JOSÉ PEDRO TOMAZ A cena passou-se há quase 15 dias, mas pelo seu elevado valor cívico e moral ainda merece ser contada. Domingo, dia de cozido à portuguesa no Mercado de Santa Clara, uma carrinha Mercedes pára em frente ao restaurante. Do carro sai uma mulher que entra no estabelecimento para indagar se haveria lugar. O homem, que fica dentro da viatura, aproveita para despejar o cinzeiro, fazendo um montinho de ecológicas beatas em plena rua. Sabendo que sempre havia lugar para o desejado cozido, arruma depois o carro e sobe até ao restaurante. Só então se soube quem era o autor de atitude tão cívica, limpa e exemplar: o notável, irredutível e mediático advogado João Nabais. Um homem de causas, embora, como se tenha visto, nem sempre justas... A cena passou-se há quase 15 dias, mas pelo seu elevado valor cívico e moral ainda merece ser contada. Domingo, dia de cozido à portuguesa no Mercado de Santa Clara, uma carrinha Mercedes pára em frente ao restaurante. Do carro sai uma mulher que entra no estabelecimento para indagar se haveria lugar. O homem, que fica dentro da viatura, aproveita para despejar o cinzeiro, fazendo um montinho de ecológicas beatas em plena rua. Sabendo que sempre havia lugar para o desejado cozido, arruma depois o carro e sobe até ao restaurante. Só então se soube quem era o autor de atitude tão cívica, limpa e exemplar: o notável, irredutível e mediático advogado. Um homem de causas, embora, como se tenha visto, nem sempre justas...

Encontro a três ANA BAIÃO Alegre trio almoçava noutro dia no Restaurante Gôndola, em Lisboa. O actual ministro da Saúde, Correia de Campos (na foto), uma das suas antecessoras, Maria de Belém, e Gomes Esteves, o poderoso presidente da Apifarma. Não consta que Manuela Arcanjo, também ex-ministra da Saúde, tenha ficado com as orelhas a arder. As eleições para bastonário da Ordem dos Médicos só foram afloradas pela rama. A palavra que mais se ouvia nas mesas ao lado era estranha - soava a Viox. Será o nome de um medicamento? Alegre trio almoçava noutro dia no Restaurante Gôndola, em Lisboa. O actual ministro da Saúde,(na foto), uma das suas antecessoras,, e, o poderoso presidente da Apifarma. Não consta que, também ex-ministra da Saúde, tenha ficado com as orelhas a arder. As eleições para bastonário da Ordem dos Médicos só foram afloradas pela rama. A palavra que mais se ouvia nas mesas ao lado era estranha - soava a Viox. Será o nome de um medicamento?

Processo ao EXPRESSO Em Abril de 1993 e Maio de 1994 o EXPRESSO publicou dois textos da autoria do jornalista José Frota em que era visada a actividade da SODERA (Sociedade de Desenvolvimento do Alentejo), com sede em Évora, uma entidade parabancária que tinha por objectivo apoiar projectos de desenvolvimento da região alentejana. Verificou-se que a sociedade concedia créditos avultados sem garantias reais, funcionava num círculo restrito de pessoas das relações dos seus dirigentes, ligados a uma facção local do PSD e havia fortes suspeitas de favoritismo pessoal ou compadrio na atribuição dos empréstimos. A administração da SODERA não gostou dos artigos e processou José Frota e o EXPRESSO por crime de abuso de liberdade de imprensa, mas sofreu uma fragorosa derrota: o caso foi a julgamento e teve o seu desfecho na passada segunda-feira com a leitura da sentença na qual ambos foram absolvidos e a acção intentada dada como totalmente improcedente. E mais. O colectivo dos juízes do Tribunal de Évora reconheceu que «ao jornalista não só era lícito como seu dever indagar sobre os factos», que este «cumpriu o dever de informação que sobre ele impendia» e que «agiu no prosseguimento de um interesse legítimo - o desenvolvimento regional do Alentejo - concretizado numa sociedade criada para o efeito, tendo feito a prova da verdade das suas imputações». Em Abril de 1993 e Maio de 1994 o EXPRESSO publicou dois textos da autoria do jornalistaem que era visada a actividade da SODERA (Sociedade de Desenvolvimento do Alentejo), com sede em Évora, uma entidade parabancária que tinha por objectivo apoiar projectos de desenvolvimento da região alentejana. Verificou-se que a sociedade concedia créditos avultados sem garantias reais, funcionava num círculo restrito de pessoas das relações dos seus dirigentes, ligados a uma facção local do PSD e havia fortes suspeitas de favoritismo pessoal ou compadrio na atribuição dos empréstimos. A administração da SODERA não gostou dos artigos e processou José Frota e o EXPRESSO por crime de abuso de liberdade de imprensa, mas sofreu uma fragorosa derrota: o caso foi a julgamento e teve o seu desfecho na passada segunda-feira com a leitura da sentença na qual ambos foram absolvidos e a acção intentada dada como totalmente improcedente. E mais. O colectivo dos juízes do Tribunal de Évora reconheceu que, que estee que

Proposta irresistível António Guterres bem pode repetir até à exaustão «no jobs for the boys». Mas parece que um cronista do jornal «Gazeta da Beira» não acredita. E como deve ter pensado que não conseguia chegar a Deus, socorreu-se dos anjos. Neste caso de um anjo da casa: José Junqueiro, secretário de Estado da Administração Marítima e Portuária e líder do Partido Socialista em Viseu. A disponibilidade do cronista é quase tocante. E a sua vontade em se tornar crente é infinita. Pelos vistos até já comprou uma «t-shirt» a dizer PS e a frase final da sua mensagem deveria ser irresistível a Junqueiro. ANA BAIÃO

Protesto copofónico A Confraria Nacional do Pipo - uma organização que reclama a adesão de milhares de confrades convictos - decidiu sair do anonimato e criticar a «ditadura da abstinência» do novo Código da Estrada imposto pelo Governo de António Guterres. Mas, mais do que clamar justiça, esta venerável Confraria do Pipo aproveitou a ocasião para fazer chegar à GENTE um autêntico manifesto sobre a actividade do que melhor sabe fazer: «emborcar». Num escrito, porventura feito em momento sóbrio, os confrades justificam a existência da organização por esta «ser o catre lusitano, o enxergão nacional, onde puderam passar a repousar, em retemperadora hidratação do corpo, as almas combalidas e exangues que, padecendo pela mãe-pátria, iam sendo dilaceradas pelo ror de analfabetos que, entretanto, iam insistindo ou em afundar a nação, ou em cobiçar-lhes a mulher». E aproveitam para lançar a mão (ou o copo) a novas adesões - ou, como dizem, fazer «o chamamento da goela ao emborcadouro (...) bastando apenas que o candidato consuma a 'honoris vinhatariae hidratasauum' bebendo, de trago, um copo de três». Não esqueceram, contudo, de definir a estratégia para atacar o «ignominioso acto legislativo (Código da Estrada), autêntica grilheta aferroada às mãos que seguram o cálice», que em síntese consistirá em «sentarem-se, constituírem-se em comissão para decidir a casta e o lote do veemente protesto», seguido do acto de «pilhar a adega e dar início à festa».

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