EXPRESSO: Vidas

15-07-2002
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GENTE

Anúncio — Do «naufrágio» do casamento da estrela do «Titanic», a actriz britânica Kate Winslet. Kate, de 25 anos, apareceu na terça-feira à porta da sua casa, já sem a aliança no dedo e com a voz embargada, para comunicar à imprensa o fim do seu matrimónio com o assistente de realização britânico Jim Threapleton, de 26 anos. A actriz declarou que a decisão de pôr fim a quase três anos de casamento foi «mútua e amigável» e que não há terceiros envolvidos. O casal tem uma filha, Mia, de 11 meses de idade, e anunciou que vai continuar a manter relações de amizade, embora esteja fora de causa uma reconciliação. A imprensa britânica considera que a causa da separação foi a intensa agenda de trabalho de Kate, uma actriz de crescente sucesso que passa boa parte do ano longe de casa ocupada com filmagens.

Notícia — Do casamento da actriz norte-americana Anne Heche, de 32 anos, com o operador de câmara Coleman Laffoon, de 27. A boda teve lugar no sábado passado, numa mansão de Los Angeles, na presença de 75 convidados. Anne Heche ficou famosa, para lá do seu trabalho no cinema, por romper a relação que mantinha com o actor Steve Martin para ir viver com a actriz Ellen DeGeneres, 12 anos mais velha que ela. Anne e Ellen viveram juntas durante três anos, até se separarem em Agosto do ano passado.

Revelação — Dada em primeira mão pela revista «Lux» de que os Açores conquistaram a sua independência. Pelo menos a acreditar na página 103 da edição de 3 de Setembro, onde a secção das novelas intitula da seguinte forma o resumo de «Filha do Mar», protagonizada por Dalila Carmo: «Marta e Maria viajam dos Açores para Portugal».

Decisão — Da Câmara da cidade de Puebla, capital do estado mexicano do mesmo nome, de passar a aplicar multas e prisão a quem diga palavrões ou obscenidades nas ruas. O presidente da Câmara, Mario Marin, explicou que existem leis municipais que proíbem os gestos obscenos ou dizer palavrões em público e que estas serão cumpridas. Puebla é a terceira cidade, depois de Querétaro e Ciudad Victoria, a resolver «civilizar» a conduta dos cidadãos.

A falta de visão de Jorge Coelho... Coordenação de Pedro Andrade

ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Na semana passada, GENTE surpreendeu Jorge Coelho olhando as montras de um conhecido centro comercial de Lisboa. Reconheça-se que ver um dirigente do partido do Governo a aproveitar os saldos, em época de propaganda de contenção de despesas, é um bom exemplo. Mas o coordenador da Comissão Permanente do PS nem andava a fazer campanha pelas causas do ministro das Finanças, Oliveira Martins. Na semana passada, GENTE surpreendeuolhando as montras de um conhecido centro comercial de Lisboa. Reconheça-se que ver um dirigente do partido do Governo a aproveitar os saldos, em época de propaganda de contenção de despesas, é um bom exemplo. Mas o coordenador da Comissão Permanente do PS nem andava a fazer campanha pelas causas do ministro das Finanças, Segundo confessou a GENTE, procurava apenas uma reedição dos seus óculos de lentes progressivas, que perdeu recentemente. E a substituição era tanto mais urgente quanto, para Coelho, era impensável aparecer na «rentrée» partidária, no domingo, sem conseguir distinguir um socialista de um social-democrata! Não que ter falta de visão não seja um apanágio dos nossos políticos nos dias que correm... mas essa é uma maioria de que este dirigente, definitivamente, não quer fazer parte.

o JC do PS... «O nosso JC!» Foi assim que, no domingo passado, em Valença, o homem de quem se diz ser o patrão da máquina do PS foi introduzido quando chegou a sua vez de discursar no comício do partido. JC, como já adivinharam, não é Jesus Cristo mas sim Jorge Coelho. Além do tom, entre o messiânico e o divertido, GENTE considera haver outras semelhanças entre «o nosso JC» e o verdadeiro. Na verdade, o PS tornou-se uma autêntica coroa de espinhos para Jorge Coelho e, desde que ganhou as eleições, em 1999, a governação socialista tem feito um percurso que é uma autêntica via-sacra para o país - só não se sabe em que estação vai neste momento...

... e a sua esfuziante alegria SÉRGIO GRANADEIRO Jorge Coelho matou o tempo que antecedia a «rentrée» socialista em Valença animando com a sua contagiante e proverbial boa disposição os camaradas que partilhavam a sua mesa numa esplanada daquela localidade minhota. O ex-ministro não escondia a satisfação pelo elevado número de camionetas que o aparelho socialista tinha mobilizado (só de Sintra, da amiga Edite Estrela, vieram uma meia dúzia) para guarnecer de povo os olhos de António Guterres e as câmaras de televisão. A chegada do seu camarada Fernando Rocha, o vereador socialista (e portista empedernido) de Matosinhos, trouxe para cima da mesa a temática do futebol e a costela sportinguista do ministro vitimado pela queda do autocarro na ponte de Castelo de Paiva: «Então Fernando! O Jardel é ou não bom?», não resistiu a provocar, acrescentando que já pediu ao seu correligionário (de ideais e clube) Victor Melícias que benzesse o goleador brasileiro, nascido em Fortaleza. E nem o ministro de Agricultura escapou ao seu feitio esfuziante. Mal deu entrada no campo de visão do simpático «Coelhone», logo se ouviu a sua voz trovejar: «Então ó Capoulas, não me arranjas lá no teu banco de terras uns hectares de terreno junto à albufeira do Alqueva?!» matou o tempo que antecedia a «rentrée» socialista em Valença animando com a sua contagiante e proverbial boa disposição os camaradas que partilhavam a sua mesa numa esplanada daquela localidade minhota. O ex-ministro não escondia a satisfação pelo elevado número de camionetas que o aparelho socialista tinha mobilizado (só de Sintra, da amiga, vieram uma meia dúzia) para guarnecer de povo os olhos dee as câmaras de televisão. A chegada do seu camarada, o vereador socialista (e portista empedernido) de Matosinhos, trouxe para cima da mesa a temática do futebol e a costela sportinguista do ministro vitimado pela queda do autocarro na ponte de Castelo de Paiva:, não resistiu a provocar, acrescentando que já pediu ao seu correligionário (de ideais e clube)que benzesse o goleador brasileiro, nascido em Fortaleza. E nem o ministro de Agricultura escapou ao seu feitio esfuziante. Mal deu entrada no campo de visão do simpático «Coelhone», logo se ouviu a sua voz trovejar: «Então ó Capoulas, não me arranjas lá no teu banco de terras uns hectares de terreno junto à albufeira do Alqueva?!»

A tentação de Nuno Cardoso SÉRGIO GRANADEIRO De Fernando Gomes nem rasto, no comício da «rentrée» socialista, em Valença. Quem se fez notar, do alto dos seus 190 centímetros de altura, foi o sucessor de Gomes na Câmara do Porto - Nuno Cardoso e António Guterres estiveram numa longa conversa, antes do discurso do secretário-geral do Partido Socialista. O teor do diálogo não é conhecido, mas Guterres não deve ter resistido à dúvida de saber se Cardoso vai ou não ser adversário do candidato socialista no Porto. Nuno Cardoso garante que ainda não decidiu o seu futuro político, mas, pela pose da foto, o autarca parece estar a rezar para que Guterres não o recrimine pela tentação de afrontar o partido nas próximas eleições autárquicas. E, pelo sorriso, o líder do PS não parece nada preocupado com a situação... Denem rasto, no comício da «rentrée» socialista, em Valença. Quem se fez notar, do alto dos seus 190 centímetros de altura, foi o sucessor de Gomes na Câmara do Porto -estiveram numa longa conversa, antes do discurso do secretário-geral do Partido Socialista. O teor do diálogo não é conhecido, mas Guterres não deve ter resistido à dúvida de saber se Cardoso vai ou não ser adversário do candidato socialista no Porto. Nuno Cardoso garante que ainda não decidiu o seu futuro político, mas, pela pose da foto, o autarca parece estar a rezar para que Guterres não o recrimine pela tentação de afrontar o partido nas próximas eleições autárquicas. E, pelo sorriso, o líder do PS não parece nada preocupado com a situação...

O púlpito de Durão RUI OCHÔA A ideia foi retirada dos comícios de José Maria Aznar, na última campanha eleitoral em Espanha. Foi assim que o PSD preparou uma organização diferente do palco para o comício-festa em Ílhavo que, no sábado passado, marcou a «rentrée» do partido. Tal como o previsto, o líder Durão Barroso discursou entre a assistência, numa espécie de «passerelle» em forma de seta laranja. Além disso, o púlpito aí colocado permitia-lhe rodar, ora para a esquerda ora para a direita - e Durão até ensaiou primeiro e teve oportunidade de ver gravações em vídeo de comícios de Aznar. No final, o efeito de «moldura humana» funcionou em pleno para as televisões e fotografias - mas Durão mostrou uma vez mais não ter grande jeito para espectáculos: em vez de fazer girar o púlpito, acabou por discursar a maior parte do tempo de costas para dois terços da assistência e de frente para os «notáveis» do partido. GENTE aproveita para deixar um conselho: se até Cavaco Silva (leia-se Deus, no PSD) confessou ter tido aulas de dicção com a actriz Glória de Matos, bem podia Barroso pedir uns conselhos ao apresentador João Baião, um verdadeiro especialista em assuntos de palco. A ideia foi retirada dos comícios de, na última campanha eleitoral em Espanha. Foi assim que o PSD preparou uma organização diferente do palco para o comício-festa em Ílhavo que, no sábado passado, marcou a «rentrée» do partido. Tal como o previsto, o líderdiscursou entre a assistência, numa espécie de «passerelle» em forma de seta laranja. Além disso, o púlpito aí colocado permitia-lhe rodar, ora para a esquerda ora para a direita - e Durão até ensaiou primeiro e teve oportunidade de ver gravações em vídeo de comícios de Aznar. No final, o efeito de «moldura humana» funcionou em pleno para as televisões e fotografias - mas Durão mostrou uma vez mais não ter grande jeito para espectáculos: em vez de fazer girar o púlpito, acabou por discursar a maior parte do tempo de costas para dois terços da assistência e de frente para os «notáveis» do partido. GENTE aproveita para deixar um conselho: se até(leia-se Deus, no PSD) confessou ter tido aulas de dicção com a actriz, bem podia Barroso pedir uns conselhos ao apresentador, um verdadeiro especialista em assuntos de palco.

Conviva inesperado RUI OCHÔA No passado sábado, 1 de Setembro, Francisco Pinto Balsemão comemorava alegremente mais um aniversário, com a família e amigos, no restaurante Gigi, na Quinta do Lago. Ao mesmo tempo, acabado de sair da praia, Marcelo Rebelo de Sousa detinha-se, para dois dedos de conversa, com Gigi Reino, o dono do restaurante. E acabaria por ser chamado pelo festivo grupo que cantava o tradicional «Parabéns a você». Imagina-se a cara de Balsemão quando viu Marcelo juntar-se ao coro. E a cara de Marcelo quando percebeu que o aniversariante era Balsemão... Mas, com um espírito de grande abertura e tolerância social-democrata, o inesperado encontro acabou numa simpática conversa e troca de cumprimentos entre ambos. No passado sábado, 1 de Setembro,comemorava alegremente mais um aniversário, com a família e amigos, no restaurante Gigi, na Quinta do Lago. Ao mesmo tempo, acabado de sair da praia,detinha-se, para dois dedos de conversa, com, o dono do restaurante. E acabaria por ser chamado pelo festivo grupo que cantava o tradicional «Parabéns a você». Imagina-se a cara de Balsemão quando viu Marcelo juntar-se ao coro. E a cara de Marcelo quando percebeu que o aniversariante era Balsemão... Mas, com um espírito de grande abertura e tolerância social-democrata, o inesperado encontro acabou numa simpática conversa e troca de cumprimentos entre ambos.

Marcelo e as melgas Depois de cantar os parabéns a Francisco Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa dedicou-se à sua preenchida agenda de actividades partidárias, indo a São Brás de Alportel fazer uma intervenção política no lançamento da candidatura autárquica do PSD. Onde, além dos dotes de orador, foram postos à prova os seus atributos de dançarino. A festa laranja incluía uns passos de dança e o professor teve que demonstrar, longamente, as suas aptidões. Mas a verdadeira prova estava reservada para o dia seguinte, em Castro Marim, onde Marcelo fez o seu directo televisivo dos domingos. Ao ar livre, com os holofotes acesos e à beira do sapal de Castro Marim, Marcelo foi alvo de um verdadeiro ataque de batalhões de melgas (que se viam, até, nos ecrãs televisivos). Ainda recorreu, a meio da sua crónica, a um repelente que espalhou pela mesa, papéis e cara... mas saiu da refrega com picadelas por todo o corpo.

Em defesa de Catarina António Guterres recebeu várias mensagens de solidariedade, quando a sua mulher se tornou, recentemente, alvo das atenções mediáticas. Mas o que ele não esperava era que alguém da oposição se colocasse do lado de Catarina Vaz Pinto. Por isso, o primeiro-ministro apressou-se a responder às palavras que Luís Filipe Menezes lhe dirigiu, manifestando-lhe repúdio pelas suspeitas que pairavam sobre Catarina. O líder do PSD/Porto e presidente da Câmara de Gaia esqueceu as divergências partidárias e decidiu informar Guterres de que não compreendia as acusações que pendem sobre a ex-secretária de Estado da Cultura. Guterres ficou sensibilizado e agradeceu. Em nome dele e da mulher.

Um social-democrata de luxo JORGE SIMÃO Quem surpreendeu tudo e todos em Palma de Maiorca, onde se concentra o «jet-set» internacional no Verão, foi o social-democrata Duarte Lima. Em pleno mês de Julho, o melhor iate dos muitos que se viam em Maiorca tinha ao leme, nem mais nem menos, do que o conhecido deputado social-democrata que o alugara. Um luxo que orçará pelas dezenas de milhares de contos, mas que não surpreende quem sabe que Duarte Lima também costuma ir, no Inverno, para a luxuosa estância de Aspen, nos Estados Unidos. A mesma onde Paulo Portas foi visto no passado Inverno. Elitismos que, mesmo no centro-direita, não estão ao alcance de todos. Quem surpreendeu tudo e todos em Palma de Maiorca, onde se concentra o «jet-set» internacional no Verão, foi o social-democrata. Em pleno mês de Julho, o melhor iate dos muitos que se viam em Maiorca tinha ao leme, nem mais nem menos, do que o conhecido deputado social-democrata que o alugara. Um luxo que orçará pelas dezenas de milhares de contos, mas que não surpreende quem sabe quetambém costuma ir, no Inverno, para a luxuosa estância de Aspen, nos Estados Unidos. A mesma onde Paulo Portas foi visto no passado Inverno. Elitismos que, mesmo no centro-direita, não estão ao alcance de todos.

Deputados apertam o cinto Em época de contenção da despesa pública, nem os deputados escaparam aos ditames do Ministério das Finanças. Regressados de férias, os deputados começaram a acordar para a «triste» realidade e nem todos reagiram bem. É que, em Julho e Agosto, a secretária-geral da Assembleia da República, Adelina Sá Carvalho, assinou dois despachos determinando, entre outras medidas, a suspensão integral da compra de jornais e revistas nos meses de Agosto e Setembro, bem como que as fotocópias passem a ser feitas em frente e verso. O deputado do PSD, José Eduardo Martins, porta-voz do partido para as questões ambientais, escreveu uma carta à secretária-geral, em que se congratula com o «desejável equilíbrio ecológico» também invocado nos despachos. Mas estranha que as medidas se limitem a cortar no papel, sugerindo a tomada de outras medidas, já em vigor em qualquer empresazita - como a instalação de interruptores automáticos nos diversos departamentos do Parlamento ou a instalação de uma central telefónica que permita realizar as chamadas para telemóveis a preços mais baixos. No final, o deputado constata que, por «manifesta incapacidade» sua, não conseguiu imprimir a carta numa só folha, em frente e verso - tal como, aliás, os despachos da própria Adelina Sá Carvalho em que tal era determinado...

GENTE

Anúncio — Do «naufrágio» do casamento da estrela do «Titanic», a actriz britânica Kate Winslet. Kate, de 25 anos, apareceu na terça-feira à porta da sua casa, já sem a aliança no dedo e com a voz embargada, para comunicar à imprensa o fim do seu matrimónio com o assistente de realização britânico Jim Threapleton, de 26 anos. A actriz declarou que a decisão de pôr fim a quase três anos de casamento foi «mútua e amigável» e que não há terceiros envolvidos. O casal tem uma filha, Mia, de 11 meses de idade, e anunciou que vai continuar a manter relações de amizade, embora esteja fora de causa uma reconciliação. A imprensa britânica considera que a causa da separação foi a intensa agenda de trabalho de Kate, uma actriz de crescente sucesso que passa boa parte do ano longe de casa ocupada com filmagens.

Notícia — Do casamento da actriz norte-americana Anne Heche, de 32 anos, com o operador de câmara Coleman Laffoon, de 27. A boda teve lugar no sábado passado, numa mansão de Los Angeles, na presença de 75 convidados. Anne Heche ficou famosa, para lá do seu trabalho no cinema, por romper a relação que mantinha com o actor Steve Martin para ir viver com a actriz Ellen DeGeneres, 12 anos mais velha que ela. Anne e Ellen viveram juntas durante três anos, até se separarem em Agosto do ano passado.

Revelação — Dada em primeira mão pela revista «Lux» de que os Açores conquistaram a sua independência. Pelo menos a acreditar na página 103 da edição de 3 de Setembro, onde a secção das novelas intitula da seguinte forma o resumo de «Filha do Mar», protagonizada por Dalila Carmo: «Marta e Maria viajam dos Açores para Portugal».

Decisão — Da Câmara da cidade de Puebla, capital do estado mexicano do mesmo nome, de passar a aplicar multas e prisão a quem diga palavrões ou obscenidades nas ruas. O presidente da Câmara, Mario Marin, explicou que existem leis municipais que proíbem os gestos obscenos ou dizer palavrões em público e que estas serão cumpridas. Puebla é a terceira cidade, depois de Querétaro e Ciudad Victoria, a resolver «civilizar» a conduta dos cidadãos.

A falta de visão de Jorge Coelho... Coordenação de Pedro Andrade

ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Na semana passada, GENTE surpreendeu Jorge Coelho olhando as montras de um conhecido centro comercial de Lisboa. Reconheça-se que ver um dirigente do partido do Governo a aproveitar os saldos, em época de propaganda de contenção de despesas, é um bom exemplo. Mas o coordenador da Comissão Permanente do PS nem andava a fazer campanha pelas causas do ministro das Finanças, Oliveira Martins. Na semana passada, GENTE surpreendeuolhando as montras de um conhecido centro comercial de Lisboa. Reconheça-se que ver um dirigente do partido do Governo a aproveitar os saldos, em época de propaganda de contenção de despesas, é um bom exemplo. Mas o coordenador da Comissão Permanente do PS nem andava a fazer campanha pelas causas do ministro das Finanças, Segundo confessou a GENTE, procurava apenas uma reedição dos seus óculos de lentes progressivas, que perdeu recentemente. E a substituição era tanto mais urgente quanto, para Coelho, era impensável aparecer na «rentrée» partidária, no domingo, sem conseguir distinguir um socialista de um social-democrata! Não que ter falta de visão não seja um apanágio dos nossos políticos nos dias que correm... mas essa é uma maioria de que este dirigente, definitivamente, não quer fazer parte.

o JC do PS... «O nosso JC!» Foi assim que, no domingo passado, em Valença, o homem de quem se diz ser o patrão da máquina do PS foi introduzido quando chegou a sua vez de discursar no comício do partido. JC, como já adivinharam, não é Jesus Cristo mas sim Jorge Coelho. Além do tom, entre o messiânico e o divertido, GENTE considera haver outras semelhanças entre «o nosso JC» e o verdadeiro. Na verdade, o PS tornou-se uma autêntica coroa de espinhos para Jorge Coelho e, desde que ganhou as eleições, em 1999, a governação socialista tem feito um percurso que é uma autêntica via-sacra para o país - só não se sabe em que estação vai neste momento...

... e a sua esfuziante alegria SÉRGIO GRANADEIRO Jorge Coelho matou o tempo que antecedia a «rentrée» socialista em Valença animando com a sua contagiante e proverbial boa disposição os camaradas que partilhavam a sua mesa numa esplanada daquela localidade minhota. O ex-ministro não escondia a satisfação pelo elevado número de camionetas que o aparelho socialista tinha mobilizado (só de Sintra, da amiga Edite Estrela, vieram uma meia dúzia) para guarnecer de povo os olhos de António Guterres e as câmaras de televisão. A chegada do seu camarada Fernando Rocha, o vereador socialista (e portista empedernido) de Matosinhos, trouxe para cima da mesa a temática do futebol e a costela sportinguista do ministro vitimado pela queda do autocarro na ponte de Castelo de Paiva: «Então Fernando! O Jardel é ou não bom?», não resistiu a provocar, acrescentando que já pediu ao seu correligionário (de ideais e clube) Victor Melícias que benzesse o goleador brasileiro, nascido em Fortaleza. E nem o ministro de Agricultura escapou ao seu feitio esfuziante. Mal deu entrada no campo de visão do simpático «Coelhone», logo se ouviu a sua voz trovejar: «Então ó Capoulas, não me arranjas lá no teu banco de terras uns hectares de terreno junto à albufeira do Alqueva?!» matou o tempo que antecedia a «rentrée» socialista em Valença animando com a sua contagiante e proverbial boa disposição os camaradas que partilhavam a sua mesa numa esplanada daquela localidade minhota. O ex-ministro não escondia a satisfação pelo elevado número de camionetas que o aparelho socialista tinha mobilizado (só de Sintra, da amiga, vieram uma meia dúzia) para guarnecer de povo os olhos dee as câmaras de televisão. A chegada do seu camarada, o vereador socialista (e portista empedernido) de Matosinhos, trouxe para cima da mesa a temática do futebol e a costela sportinguista do ministro vitimado pela queda do autocarro na ponte de Castelo de Paiva:, não resistiu a provocar, acrescentando que já pediu ao seu correligionário (de ideais e clube)que benzesse o goleador brasileiro, nascido em Fortaleza. E nem o ministro de Agricultura escapou ao seu feitio esfuziante. Mal deu entrada no campo de visão do simpático «Coelhone», logo se ouviu a sua voz trovejar: «Então ó Capoulas, não me arranjas lá no teu banco de terras uns hectares de terreno junto à albufeira do Alqueva?!»

A tentação de Nuno Cardoso SÉRGIO GRANADEIRO De Fernando Gomes nem rasto, no comício da «rentrée» socialista, em Valença. Quem se fez notar, do alto dos seus 190 centímetros de altura, foi o sucessor de Gomes na Câmara do Porto - Nuno Cardoso e António Guterres estiveram numa longa conversa, antes do discurso do secretário-geral do Partido Socialista. O teor do diálogo não é conhecido, mas Guterres não deve ter resistido à dúvida de saber se Cardoso vai ou não ser adversário do candidato socialista no Porto. Nuno Cardoso garante que ainda não decidiu o seu futuro político, mas, pela pose da foto, o autarca parece estar a rezar para que Guterres não o recrimine pela tentação de afrontar o partido nas próximas eleições autárquicas. E, pelo sorriso, o líder do PS não parece nada preocupado com a situação... Denem rasto, no comício da «rentrée» socialista, em Valença. Quem se fez notar, do alto dos seus 190 centímetros de altura, foi o sucessor de Gomes na Câmara do Porto -estiveram numa longa conversa, antes do discurso do secretário-geral do Partido Socialista. O teor do diálogo não é conhecido, mas Guterres não deve ter resistido à dúvida de saber se Cardoso vai ou não ser adversário do candidato socialista no Porto. Nuno Cardoso garante que ainda não decidiu o seu futuro político, mas, pela pose da foto, o autarca parece estar a rezar para que Guterres não o recrimine pela tentação de afrontar o partido nas próximas eleições autárquicas. E, pelo sorriso, o líder do PS não parece nada preocupado com a situação...

O púlpito de Durão RUI OCHÔA A ideia foi retirada dos comícios de José Maria Aznar, na última campanha eleitoral em Espanha. Foi assim que o PSD preparou uma organização diferente do palco para o comício-festa em Ílhavo que, no sábado passado, marcou a «rentrée» do partido. Tal como o previsto, o líder Durão Barroso discursou entre a assistência, numa espécie de «passerelle» em forma de seta laranja. Além disso, o púlpito aí colocado permitia-lhe rodar, ora para a esquerda ora para a direita - e Durão até ensaiou primeiro e teve oportunidade de ver gravações em vídeo de comícios de Aznar. No final, o efeito de «moldura humana» funcionou em pleno para as televisões e fotografias - mas Durão mostrou uma vez mais não ter grande jeito para espectáculos: em vez de fazer girar o púlpito, acabou por discursar a maior parte do tempo de costas para dois terços da assistência e de frente para os «notáveis» do partido. GENTE aproveita para deixar um conselho: se até Cavaco Silva (leia-se Deus, no PSD) confessou ter tido aulas de dicção com a actriz Glória de Matos, bem podia Barroso pedir uns conselhos ao apresentador João Baião, um verdadeiro especialista em assuntos de palco. A ideia foi retirada dos comícios de, na última campanha eleitoral em Espanha. Foi assim que o PSD preparou uma organização diferente do palco para o comício-festa em Ílhavo que, no sábado passado, marcou a «rentrée» do partido. Tal como o previsto, o líderdiscursou entre a assistência, numa espécie de «passerelle» em forma de seta laranja. Além disso, o púlpito aí colocado permitia-lhe rodar, ora para a esquerda ora para a direita - e Durão até ensaiou primeiro e teve oportunidade de ver gravações em vídeo de comícios de Aznar. No final, o efeito de «moldura humana» funcionou em pleno para as televisões e fotografias - mas Durão mostrou uma vez mais não ter grande jeito para espectáculos: em vez de fazer girar o púlpito, acabou por discursar a maior parte do tempo de costas para dois terços da assistência e de frente para os «notáveis» do partido. GENTE aproveita para deixar um conselho: se até(leia-se Deus, no PSD) confessou ter tido aulas de dicção com a actriz, bem podia Barroso pedir uns conselhos ao apresentador, um verdadeiro especialista em assuntos de palco.

Conviva inesperado RUI OCHÔA No passado sábado, 1 de Setembro, Francisco Pinto Balsemão comemorava alegremente mais um aniversário, com a família e amigos, no restaurante Gigi, na Quinta do Lago. Ao mesmo tempo, acabado de sair da praia, Marcelo Rebelo de Sousa detinha-se, para dois dedos de conversa, com Gigi Reino, o dono do restaurante. E acabaria por ser chamado pelo festivo grupo que cantava o tradicional «Parabéns a você». Imagina-se a cara de Balsemão quando viu Marcelo juntar-se ao coro. E a cara de Marcelo quando percebeu que o aniversariante era Balsemão... Mas, com um espírito de grande abertura e tolerância social-democrata, o inesperado encontro acabou numa simpática conversa e troca de cumprimentos entre ambos. No passado sábado, 1 de Setembro,comemorava alegremente mais um aniversário, com a família e amigos, no restaurante Gigi, na Quinta do Lago. Ao mesmo tempo, acabado de sair da praia,detinha-se, para dois dedos de conversa, com, o dono do restaurante. E acabaria por ser chamado pelo festivo grupo que cantava o tradicional «Parabéns a você». Imagina-se a cara de Balsemão quando viu Marcelo juntar-se ao coro. E a cara de Marcelo quando percebeu que o aniversariante era Balsemão... Mas, com um espírito de grande abertura e tolerância social-democrata, o inesperado encontro acabou numa simpática conversa e troca de cumprimentos entre ambos.

Marcelo e as melgas Depois de cantar os parabéns a Francisco Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa dedicou-se à sua preenchida agenda de actividades partidárias, indo a São Brás de Alportel fazer uma intervenção política no lançamento da candidatura autárquica do PSD. Onde, além dos dotes de orador, foram postos à prova os seus atributos de dançarino. A festa laranja incluía uns passos de dança e o professor teve que demonstrar, longamente, as suas aptidões. Mas a verdadeira prova estava reservada para o dia seguinte, em Castro Marim, onde Marcelo fez o seu directo televisivo dos domingos. Ao ar livre, com os holofotes acesos e à beira do sapal de Castro Marim, Marcelo foi alvo de um verdadeiro ataque de batalhões de melgas (que se viam, até, nos ecrãs televisivos). Ainda recorreu, a meio da sua crónica, a um repelente que espalhou pela mesa, papéis e cara... mas saiu da refrega com picadelas por todo o corpo.

Em defesa de Catarina António Guterres recebeu várias mensagens de solidariedade, quando a sua mulher se tornou, recentemente, alvo das atenções mediáticas. Mas o que ele não esperava era que alguém da oposição se colocasse do lado de Catarina Vaz Pinto. Por isso, o primeiro-ministro apressou-se a responder às palavras que Luís Filipe Menezes lhe dirigiu, manifestando-lhe repúdio pelas suspeitas que pairavam sobre Catarina. O líder do PSD/Porto e presidente da Câmara de Gaia esqueceu as divergências partidárias e decidiu informar Guterres de que não compreendia as acusações que pendem sobre a ex-secretária de Estado da Cultura. Guterres ficou sensibilizado e agradeceu. Em nome dele e da mulher.

Um social-democrata de luxo JORGE SIMÃO Quem surpreendeu tudo e todos em Palma de Maiorca, onde se concentra o «jet-set» internacional no Verão, foi o social-democrata Duarte Lima. Em pleno mês de Julho, o melhor iate dos muitos que se viam em Maiorca tinha ao leme, nem mais nem menos, do que o conhecido deputado social-democrata que o alugara. Um luxo que orçará pelas dezenas de milhares de contos, mas que não surpreende quem sabe que Duarte Lima também costuma ir, no Inverno, para a luxuosa estância de Aspen, nos Estados Unidos. A mesma onde Paulo Portas foi visto no passado Inverno. Elitismos que, mesmo no centro-direita, não estão ao alcance de todos. Quem surpreendeu tudo e todos em Palma de Maiorca, onde se concentra o «jet-set» internacional no Verão, foi o social-democrata. Em pleno mês de Julho, o melhor iate dos muitos que se viam em Maiorca tinha ao leme, nem mais nem menos, do que o conhecido deputado social-democrata que o alugara. Um luxo que orçará pelas dezenas de milhares de contos, mas que não surpreende quem sabe quetambém costuma ir, no Inverno, para a luxuosa estância de Aspen, nos Estados Unidos. A mesma onde Paulo Portas foi visto no passado Inverno. Elitismos que, mesmo no centro-direita, não estão ao alcance de todos.

Deputados apertam o cinto Em época de contenção da despesa pública, nem os deputados escaparam aos ditames do Ministério das Finanças. Regressados de férias, os deputados começaram a acordar para a «triste» realidade e nem todos reagiram bem. É que, em Julho e Agosto, a secretária-geral da Assembleia da República, Adelina Sá Carvalho, assinou dois despachos determinando, entre outras medidas, a suspensão integral da compra de jornais e revistas nos meses de Agosto e Setembro, bem como que as fotocópias passem a ser feitas em frente e verso. O deputado do PSD, José Eduardo Martins, porta-voz do partido para as questões ambientais, escreveu uma carta à secretária-geral, em que se congratula com o «desejável equilíbrio ecológico» também invocado nos despachos. Mas estranha que as medidas se limitem a cortar no papel, sugerindo a tomada de outras medidas, já em vigor em qualquer empresazita - como a instalação de interruptores automáticos nos diversos departamentos do Parlamento ou a instalação de uma central telefónica que permita realizar as chamadas para telemóveis a preços mais baixos. No final, o deputado constata que, por «manifesta incapacidade» sua, não conseguiu imprimir a carta numa só folha, em frente e verso - tal como, aliás, os despachos da própria Adelina Sá Carvalho em que tal era determinado...

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