O Comércio do Porto

18-01-2005
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Atraso do Norte podia ser resolvido com a regionalização SERVIÇOS Imprimir esta página Contactar Anterior Voltar Seguinte

A opinião da eurodeputada do PS, Elisa Ferreira, encontrou a oposição do governante José Cesário, que defende o modelo actual

JENNIFER MOTA

Àquestão "O que é que o Porto tem que fazer para ser capital de tudo aquilo que queremos que ele seja?", a eurodeputada do PS, Elisa Ferreira, apresentou, entre outros entraves, a inexistência de regiões legitimadas: "No Norte, o facto de não haver uma entidade intermédia entre as Câmaras e a Administração Central é gravosa e tem penalizado a região". E justificou com o facto de os institutos, dentro do mesmo Ministério, se basearem em mapas diferentes. "Há mais de trinta mapas diferentes, o que leva a que as bibliotecas não sejam construídas junto às escolas nem as estradas a passar pelos hospitais". Elisa Ferreira deixou ainda outra pista para a valorização do Norte: "O desenvolvimento depende de políticas de médio e longo prazo e não se compadece com a alternância de projectos. Tem que haver um entendimento entre partidos para manter determinados princípios. Assim não funciona". No encalce do aumento das potencialidades da região, a eurodeputada referiu ainda: "É preciso trabalhar com verdade, competência. As pessoas têm que vir para os lugares quando já não estão em fase de incubação".

José Cesário, secretário de Estado da Administração Central, e segundo orador da conferência "Olhares Cruzados Sobre o Porto II", contrapôs: "Os problemas do Norte não são um problema de liderança regional". Para José Cesário, "o modelo encontrado [Áreas Metropolitanas] dificilmente podia ser outro". Falta, no seu entender, dotar as Juntas Metropolitanas (JM) dos equipamentos jurídicos necessários, de um modelo de financiamento e de serem libertadas de questões políticas. O presidente da JM não precisa de ser o presidente de Câmara, até é melhor não ser", concluiu.

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O Comércio do Porto é um produto da Editorial Prensa Ibérica.

Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos oferecidos através deste meio, salvo autorização expressa de O Comércio do Porto

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Àquestão "O que é que o Porto tem que fazer para ser capital de tudo aquilo que queremos que ele seja?", a eurodeputada do PS, Elisa Ferreira, apresentou, entre outros entraves, a inexistência de regiões legitimadas: "No Norte, o facto de não haver uma entidade intermédia entre as Câmaras e a Administração Central é gravosa e tem penalizado a região". E justificou com o facto de os institutos, dentro do mesmo Ministério, se basearem em mapas diferentes. "Há mais de trinta mapas diferentes, o que leva a que as bibliotecas não sejam construídas junto às escolas nem as estradas a passar pelos hospitais". Elisa Ferreira deixou ainda outra pista para a valorização do Norte: "O desenvolvimento depende de políticas de médio e longo prazo e não se compadece com a alternância de projectos. Tem que haver um entendimento entre partidos para manter determinados princípios. Assim não funciona". No encalce do aumento das potencialidades da região, a eurodeputada referiu ainda: "É preciso trabalhar com verdade, competência. As pessoas têm que vir para os lugares quando já não estão em fase de incubação".

José Cesário, secretário de Estado da Administração Central, e segundo orador da conferência "Olhares Cruzados Sobre o Porto II", contrapôs: "Os problemas do Norte não são um problema de liderança regional". Para José Cesário, "o modelo encontrado [Áreas Metropolitanas] dificilmente podia ser outro". Falta, no seu entender, dotar as Juntas Metropolitanas (JM) dos equipamentos jurídicos necessários, de um modelo de financiamento e de serem libertadas de questões políticas. O presidente da JM não precisa de ser o presidente de Câmara, até é melhor não ser", concluiu.

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