EXPRESSO: País

20-07-2002
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Caras novas no Parlamento

105 dos 230 deputados à Assembleia da República não estavam lá quando terminou a última legislatura, a 18 de Janeiro. Se a CDU não estragasse a média, a renovação atingiria metade do hemiciclo de São Bento. No PSD, no PS e no CDS/PP, entre estreias absolutas e regressos - depois de interregnos, mais ou menos curtos -, as caras novas são quase tantas como as velhas. No Bloco de Esquerda, um terço (João Teixeira Lopes, o terceiro deputado, eleito pelo Porto no dia 17) é debutante.

Apenas a coligação liderada pelo PCP não acompanha a tendência renovadora. O PEV mantém as duas deputadas de sempre - Isabel Castro e Heloísa Apolónia; no PCP, reduzido a dez deputados, a única mudança é o regresso de Jerónimo de Sousa, que foi deputado à Constituinte e depois deputado eleito à Assembleia da República até 1991. Os demais transitam da VIII legislatura.

PSD, PS e CDS refrescam bancadas

O PSD conseguiu mais 24 lugares na bancada e é o partido com mais novidades. Dos seus 105 deputados, 51 iniciam-se na vida parlamentar ou retornam depois de um hiato. Entre os regressados destacam-se Manuel Dias Loureiro, Leonor Beleza, Assunção Esteves ou José Pacheco Pereira - embora não haja ainda a certeza se este abdicará da sua vice-presidência da Mesa do Parlamento Europeu para ficar em Portugal.

Estreias no grupo parlamentar do partido mais votado são as dos vice-presidentes do PSD Nuno Morais Sarmento e Tavares Moreira (ex-governador do Banco de Portugal). E sentam-se também em S. Bento, pela primeira vez, a jornalista Maria Elisa Domingues; o ex-director da Polícia Judiciária, Fernando Negrão, o «ministro-sombra» para a Sociedade da Informação, Diogo Vasconcelos, o economista Miguel Frasquilho e a corretora Graça Proença de Carvalho. Recorde-se, porém, que Morais Sarmento, Assunção Esteves, Fernando Negrão e Miguel Frasquilho são nomes falados para o Governo, pelo que a sua passagem pela AR pode não chegar a verificar-se.

Quem decerto não assumirá o seu lugar no Parlamento é o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, substituído pelo novel Carlos Alberto Rodrigues. Já o líder regional do PSD/Açores, Vítor Cruz, só irá a Lisboa para as discussões mais importantes - como o Orçamento, ou aquelas que respeitem à Região Autónoma.

No PS, perdidos 19 deputados, a grande fatia de caras «novas» vem do XIV Governo Constitucional, que agora cessa funções: dos 96 deputados, 12 são ex-ministros e 14 ex-secretários de Estado. Mas nem só do Executivo de António Guterres vêm os novos nomes, que incluem os regressados João Soares - após uma longa ausência -, Joel Hasse Ferreira, Nélson Baltazar ou Armando Vara, que, porém, não irá assumir o seu lugar no Parlamento.

Estreias absolutas na maior bancada da oposição são a de Teresa Lago, que foi responsável pela Porto 2001, a do jornalista Vicente Jorge Silva, e da ex-jornalista Manuela de Melo - que, nos últimos anos, foi vereadora da Câmara do Porto.

Ausências notadas

No CDS, estreiam-se Pedro Brandão Rodrigues (que, no entanto, é também falado para o Governo), o líder da Juventude Popular, João Almeida, Álvaro Castello Branco (presidente da Distrital do Porto), Diogo Feyo (presidente do Conselho de Jurisdição) e, finalmente, Luís Duque, que foi presidente da SAD do Sporting Clube de Portugal.

Quanto às ausências notadas, no PSD é de destacar a saída de Duarte Lima, e dos «mendistas» Azevedo Soares, Artur Torres Pereira e Pedro Vinha da Costa. No PS não regressam os vice-presidentes da bancada José Barros Moura, António Reis e Ana Catarina Mendonça, bem como José Lamego, Eduardo Pereira (que foi presidente da comissão parlamentar de Defesa) e o independente Francisco Torres.

No PCP, a grande ausência é a de João Amaral, vice-presidente da Assembleia que a direcção do partido não recandidatou. Já no CDS/PP, destaca-se a saída dos dirigentes Luís Nobre Guedes, Sílvio Cervan, António Pires de Lima, Manuel Queiró e Rosado Fernandes.

Já é certo que Mota Amaral substituirá Almeida Santos, sendo que deverá ser acompanhado pelos vice-presidentes Manuel Alegre (PS), Narana Coissoró (CDS/PP) e, possivelmente, Jerónimo de Sousa pelo PCP. Quanto às bancadas, o ex-ministro da Justiça, António Costa, liderará a do PS, estando quase certos Basílio Horta e Bernardino Soares no CDS e PCP. Para o PSD, Luís Marques Guedes é uma possibilidade. O BE mantém as presidências rotativas.

Caras novas no Parlamento

105 dos 230 deputados à Assembleia da República não estavam lá quando terminou a última legislatura, a 18 de Janeiro. Se a CDU não estragasse a média, a renovação atingiria metade do hemiciclo de São Bento. No PSD, no PS e no CDS/PP, entre estreias absolutas e regressos - depois de interregnos, mais ou menos curtos -, as caras novas são quase tantas como as velhas. No Bloco de Esquerda, um terço (João Teixeira Lopes, o terceiro deputado, eleito pelo Porto no dia 17) é debutante.

Apenas a coligação liderada pelo PCP não acompanha a tendência renovadora. O PEV mantém as duas deputadas de sempre - Isabel Castro e Heloísa Apolónia; no PCP, reduzido a dez deputados, a única mudança é o regresso de Jerónimo de Sousa, que foi deputado à Constituinte e depois deputado eleito à Assembleia da República até 1991. Os demais transitam da VIII legislatura.

PSD, PS e CDS refrescam bancadas

O PSD conseguiu mais 24 lugares na bancada e é o partido com mais novidades. Dos seus 105 deputados, 51 iniciam-se na vida parlamentar ou retornam depois de um hiato. Entre os regressados destacam-se Manuel Dias Loureiro, Leonor Beleza, Assunção Esteves ou José Pacheco Pereira - embora não haja ainda a certeza se este abdicará da sua vice-presidência da Mesa do Parlamento Europeu para ficar em Portugal.

Estreias no grupo parlamentar do partido mais votado são as dos vice-presidentes do PSD Nuno Morais Sarmento e Tavares Moreira (ex-governador do Banco de Portugal). E sentam-se também em S. Bento, pela primeira vez, a jornalista Maria Elisa Domingues; o ex-director da Polícia Judiciária, Fernando Negrão, o «ministro-sombra» para a Sociedade da Informação, Diogo Vasconcelos, o economista Miguel Frasquilho e a corretora Graça Proença de Carvalho. Recorde-se, porém, que Morais Sarmento, Assunção Esteves, Fernando Negrão e Miguel Frasquilho são nomes falados para o Governo, pelo que a sua passagem pela AR pode não chegar a verificar-se.

Quem decerto não assumirá o seu lugar no Parlamento é o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, substituído pelo novel Carlos Alberto Rodrigues. Já o líder regional do PSD/Açores, Vítor Cruz, só irá a Lisboa para as discussões mais importantes - como o Orçamento, ou aquelas que respeitem à Região Autónoma.

No PS, perdidos 19 deputados, a grande fatia de caras «novas» vem do XIV Governo Constitucional, que agora cessa funções: dos 96 deputados, 12 são ex-ministros e 14 ex-secretários de Estado. Mas nem só do Executivo de António Guterres vêm os novos nomes, que incluem os regressados João Soares - após uma longa ausência -, Joel Hasse Ferreira, Nélson Baltazar ou Armando Vara, que, porém, não irá assumir o seu lugar no Parlamento.

Estreias absolutas na maior bancada da oposição são a de Teresa Lago, que foi responsável pela Porto 2001, a do jornalista Vicente Jorge Silva, e da ex-jornalista Manuela de Melo - que, nos últimos anos, foi vereadora da Câmara do Porto.

Ausências notadas

No CDS, estreiam-se Pedro Brandão Rodrigues (que, no entanto, é também falado para o Governo), o líder da Juventude Popular, João Almeida, Álvaro Castello Branco (presidente da Distrital do Porto), Diogo Feyo (presidente do Conselho de Jurisdição) e, finalmente, Luís Duque, que foi presidente da SAD do Sporting Clube de Portugal.

Quanto às ausências notadas, no PSD é de destacar a saída de Duarte Lima, e dos «mendistas» Azevedo Soares, Artur Torres Pereira e Pedro Vinha da Costa. No PS não regressam os vice-presidentes da bancada José Barros Moura, António Reis e Ana Catarina Mendonça, bem como José Lamego, Eduardo Pereira (que foi presidente da comissão parlamentar de Defesa) e o independente Francisco Torres.

No PCP, a grande ausência é a de João Amaral, vice-presidente da Assembleia que a direcção do partido não recandidatou. Já no CDS/PP, destaca-se a saída dos dirigentes Luís Nobre Guedes, Sílvio Cervan, António Pires de Lima, Manuel Queiró e Rosado Fernandes.

Já é certo que Mota Amaral substituirá Almeida Santos, sendo que deverá ser acompanhado pelos vice-presidentes Manuel Alegre (PS), Narana Coissoró (CDS/PP) e, possivelmente, Jerónimo de Sousa pelo PCP. Quanto às bancadas, o ex-ministro da Justiça, António Costa, liderará a do PS, estando quase certos Basílio Horta e Bernardino Soares no CDS e PCP. Para o PSD, Luís Marques Guedes é uma possibilidade. O BE mantém as presidências rotativas.

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