Semanário Económico

20-04-2004
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Entrevista a José António Silva, Presidente da Alicoop

Vamos formalizar a candidatura à CCP

30-03-2004, António de Albuquerque, aalbuquerque@economica.iol.pt

Pela primeira vez em entrevista, José António da Silva assume que irá ganhar a liderança da CCP e por isso, já solicitou ao presidente da Assembleia Geral a convocação de eleições o mais rapidamente possível. Quanto ao actual presidente, Vasco da Gama o empresário do Algarve é categórico ao afirmar que se «fechou um ciclo». Quanto ao futuro da CCP as iniciativas são inúmeras, mas a primeira prende-se com as contas da confederação.

Qual o ponto de situação da sua candidatura?

Estamos em condições de formalizar a nossa candidatura. Temos o apoio de 11 membros da actual direcção, dos quais 5 vice-presidentes. Temos o apoio de 52 associações, entre as maiores e mais prestigiadas, que representam cerca de 76% dos votos na Assembleia Geral Eleitoral. Aguardamos apenas que esta se realize. Para tal, já enderecei uma carta ao senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral, solicitando a convocação de eleições. Esperamos que tal aconteça o mais brevemente possível, uma vez que o mandato da direcção já terminou, e que estão em agenda matérias fundamentais para o nosso sector, como o Contrato Social para a Competitividade e Emprego.

Então o senhor vai ser o próximo presidente da CCP?

Com a base alargada e consensual de apoios que já mencionei, não tenho dúvidas de vencer o acto eleitoral. Estou convicto que, a seu tempo, serei o presidente da CCP e de todas as Associações que a integram.

Já definiu a sua lista?

Não. A nossa ampla base de apoio foi construída em torno de um projecto de renovação da CCP, não em função da atribuição de lugares nos órgãos sociais. A metodologia desta candidatura tem seguido passos coerentes, em que a formação da lista apenas é uma condição para a participação no processo eleitoral. Preocupámo-nos, até agora, a ouvir e falar com os dirigentes associativos, compreender e traçar as linhas estratégicas do futuro da CCP. Foi a adesão a estes princípios fundamentais que nos garantiu o largo apoio de que dispomos hoje. Os únicos cargos que já estão de antemão atribuídos são o de Presidente da Direcção, a que me candidato, e o de Presidente da Assembleia Geral, para o qual convidámos, desde o início, o Dr. Manuel Gamito.

Que avaliação faz da polémica em torno do facto de poder haver apenas uma candidatura, por a maioria das associações não pagarem as respectivas quotas?

O número de associações elegíveis por razões de quotas, bem como alguns pontos dos estatutos, poderão de facto limitar a possibilidade de existência de duas listas. O que é lamentável, tendo em conta que um processo eleitoral democrático pressupõe a opção de escolha entre diferentes candidaturas. A representação equitativa de associações regionais, sectoriais e de serviços, que os estatutos da CCP exigem na constituição das listas, sendo na sua origem um factor positivo, acabam por ter este efeito perverso. Será um factor a eventualmente reavaliarmos, depois da tomada de posse da nova direcção e após, naturalmente, um amplo debate interno.

Não considera que teria sido mais positivo, a existência de uma só candidatura, procurando o consenso na CCP?

Nós temo-nos afirmado, desde o início, a candidatura do consenso para todos os que pretendem um novo futuro para a CCP. E a prova está no número e no peso dos apoios que já mencionei. Todas as iniciativas que contribuam para o fortalecimento e a coesão das Associações em torno da CCP têm o nosso apoio. Contudo, no desenvolvimento de todo este processo, deixámos sempre bem claro que não abdicamos de princípios de transparência e defesa dos interesses de todos, por igual. Como já disse, não temos lista construída nem lugares garantidos. Não vejo por isso qualquer razão para abdicarmos, nesta fase, desses princípios, em torno dessa ideia um pouco tardia de uma única candidatura.

Mais Vamos formalizar a candidatura à CCP Vamos formalizar a candidatura à CCP (cont.)

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30-03-2004, António de Albuquerque, aalbuquerque@economica.iol.pt

Pela primeira vez em entrevista, José António da Silva assume que irá ganhar a liderança da CCP e por isso, já solicitou ao presidente da Assembleia Geral a convocação de eleições o mais rapidamente possível. Quanto ao actual presidente, Vasco da Gama o empresário do Algarve é categórico ao afirmar que se «fechou um ciclo». Quanto ao futuro da CCP as iniciativas são inúmeras, mas a primeira prende-se com as contas da confederação.

Qual o ponto de situação da sua candidatura?

Estamos em condições de formalizar a nossa candidatura. Temos o apoio de 11 membros da actual direcção, dos quais 5 vice-presidentes. Temos o apoio de 52 associações, entre as maiores e mais prestigiadas, que representam cerca de 76% dos votos na Assembleia Geral Eleitoral. Aguardamos apenas que esta se realize. Para tal, já enderecei uma carta ao senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral, solicitando a convocação de eleições. Esperamos que tal aconteça o mais brevemente possível, uma vez que o mandato da direcção já terminou, e que estão em agenda matérias fundamentais para o nosso sector, como o Contrato Social para a Competitividade e Emprego.

Então o senhor vai ser o próximo presidente da CCP?

Com a base alargada e consensual de apoios que já mencionei, não tenho dúvidas de vencer o acto eleitoral. Estou convicto que, a seu tempo, serei o presidente da CCP e de todas as Associações que a integram.

Já definiu a sua lista?

Não. A nossa ampla base de apoio foi construída em torno de um projecto de renovação da CCP, não em função da atribuição de lugares nos órgãos sociais. A metodologia desta candidatura tem seguido passos coerentes, em que a formação da lista apenas é uma condição para a participação no processo eleitoral. Preocupámo-nos, até agora, a ouvir e falar com os dirigentes associativos, compreender e traçar as linhas estratégicas do futuro da CCP. Foi a adesão a estes princípios fundamentais que nos garantiu o largo apoio de que dispomos hoje. Os únicos cargos que já estão de antemão atribuídos são o de Presidente da Direcção, a que me candidato, e o de Presidente da Assembleia Geral, para o qual convidámos, desde o início, o Dr. Manuel Gamito.

Que avaliação faz da polémica em torno do facto de poder haver apenas uma candidatura, por a maioria das associações não pagarem as respectivas quotas?

O número de associações elegíveis por razões de quotas, bem como alguns pontos dos estatutos, poderão de facto limitar a possibilidade de existência de duas listas. O que é lamentável, tendo em conta que um processo eleitoral democrático pressupõe a opção de escolha entre diferentes candidaturas. A representação equitativa de associações regionais, sectoriais e de serviços, que os estatutos da CCP exigem na constituição das listas, sendo na sua origem um factor positivo, acabam por ter este efeito perverso. Será um factor a eventualmente reavaliarmos, depois da tomada de posse da nova direcção e após, naturalmente, um amplo debate interno.

Não considera que teria sido mais positivo, a existência de uma só candidatura, procurando o consenso na CCP?

Nós temo-nos afirmado, desde o início, a candidatura do consenso para todos os que pretendem um novo futuro para a CCP. E a prova está no número e no peso dos apoios que já mencionei. Todas as iniciativas que contribuam para o fortalecimento e a coesão das Associações em torno da CCP têm o nosso apoio. Contudo, no desenvolvimento de todo este processo, deixámos sempre bem claro que não abdicamos de princípios de transparência e defesa dos interesses de todos, por igual. Como já disse, não temos lista construída nem lugares garantidos. Não vejo por isso qualquer razão para abdicarmos, nesta fase, desses princípios, em torno dessa ideia um pouco tardia de uma única candidatura.

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