«O Militante» Nº 230 de Setembro/Outubro de 1997

09-11-2004
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Mais neoliberal que

os deputados "socialistas"

Finalmente, dois deputados do PS lembraram-se que há uma directiva comunitária (93/104/CE), aprovada em 23/11/93 que diz que tempo de trabalho é "qualquer período durante o qual o trabalhador está a trabalhar ou se encontra à disposição da entidade patronal e no exercício da sua atividade ou das suas funções" (DN, 10/7/97).

Tal directiva prevê que se tomem as "medidas necessárias" para que "todos os trabalhadores beneficiem de pausas" particularmente se trabalham mais de seis horas diárias. A mesma directiva nunca refere a expressão

"períodos de trabalho efectivo" que consta na lei portuguesa que a ministra do Emprego, Maria João Rodrigues, tem defendido acerrimamente contra os trabalhadores (há mais de 9 meses em luta), contra o provedor de Justiça e, agora, também contra os dois deputados do PS - Elisa Damião e Jorge Strecht Ribeiro.

Claro que haverá quem diga que esses deputados defendem agora isso porque sabem que muitos trabalhadores que são membros do PS ou seus votantes, estão a aproximar-se daqueles que defendem os seus direitos e reivindicações - o PCP, a CDU.

É capaz de ser isso. Mas então é também um resultado da acção dos trabalhadores. É o produto da sua luta. São eles que conseguem que deputados de um partido cujo Governo defende e pratica uma política claramente de direita, neoliberal, anti-socialista, se coloquem contra decisões governamentais personalizadas na ministra do Emprego, que pretende levar o seu neoliberalismo mais longe que os próprios deputados "socialistas"...

«O Militante» Nº 230 de Setembro/Outubro de 1997

Mais neoliberal que

os deputados "socialistas"

Finalmente, dois deputados do PS lembraram-se que há uma directiva comunitária (93/104/CE), aprovada em 23/11/93 que diz que tempo de trabalho é "qualquer período durante o qual o trabalhador está a trabalhar ou se encontra à disposição da entidade patronal e no exercício da sua atividade ou das suas funções" (DN, 10/7/97).

Tal directiva prevê que se tomem as "medidas necessárias" para que "todos os trabalhadores beneficiem de pausas" particularmente se trabalham mais de seis horas diárias. A mesma directiva nunca refere a expressão

"períodos de trabalho efectivo" que consta na lei portuguesa que a ministra do Emprego, Maria João Rodrigues, tem defendido acerrimamente contra os trabalhadores (há mais de 9 meses em luta), contra o provedor de Justiça e, agora, também contra os dois deputados do PS - Elisa Damião e Jorge Strecht Ribeiro.

Claro que haverá quem diga que esses deputados defendem agora isso porque sabem que muitos trabalhadores que são membros do PS ou seus votantes, estão a aproximar-se daqueles que defendem os seus direitos e reivindicações - o PCP, a CDU.

É capaz de ser isso. Mas então é também um resultado da acção dos trabalhadores. É o produto da sua luta. São eles que conseguem que deputados de um partido cujo Governo defende e pratica uma política claramente de direita, neoliberal, anti-socialista, se coloquem contra decisões governamentais personalizadas na ministra do Emprego, que pretende levar o seu neoliberalismo mais longe que os próprios deputados "socialistas"...

«O Militante» Nº 230 de Setembro/Outubro de 1997

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