Festa e alívio na sede do PSD

05-08-2004
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Festa e Alívio na Sede do PSD

Sábado, 10 de Julho de 2004 Pedro Santana Lopes desceu ontem as escadas da sede nacional do PSD, depois de receber vários abraços e palmadinhas nas costas, para dizer que irá ser o próximo primeiro-ministro. "Irei assumir as minhas responsabilidades", garantiu. O ambiente que se viveu ontem no PSD era de festa, apesar de não haver tanta gente como numa noite eleitoral. Ao longo da tarde, Santana reuniu-se com o vice-presidente, José Matos Correia, e o secretário-geral, Miguel Relvas. Depois foram chegando mais pessoas, Helena Lopes da Costa, Guilherme Silva, Jorge Nuno Sá, Patinha Antão, Henrique Chaves. Juntavam-se também o toureiro Pedrito de Portugal e o médico Manuel Pinto Coelho. Ouviam-se do primeiro andar, o som de abraços e palmadas nas costas. Os assessores de Santana na Câmara de Lisboa subiam e desciam as escadas freneticamente, enquanto se esperava uma declaração do líder partidário. O presidente do PSD foi o último a reagir ao discurso de Jorge Sampaio e foi parco em palavras, recusando responder a perguntas. Disse que não queria comentar a demissão do secretário-geral do PS, mas deixou implícita uma censura, ao começar por afirmar que o PSD respeita a decisão "difícil" do Presidente e que iria respeitar mesmo que fosse no outro sentido. Depois garantiu: "Com maturidade, elevação e respeito, saberemos caminhar para um Portugal que resolva os problemas dos portugueses." O conselho nacional do PSD irá reunir amanhã para indicar Santana como nome do primeiro-ministro a ser levado ao Presidente, provavelmente logo na segunda-feira. A tomada de posse do novo governo de coligação dependerá agora do tempo que o presidente do PSD precisar para formar equipa. Desde que se soube da ida de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia que alguns dirigentes do PSD próximos de Santana têm estado a sondar pessoas para integrar um futuro Executivo. No cenário mais rápido, o primeiro-ministro e os ministros (os secretários de Estado são numa segunda fase) podem tomar posse no início da próxima semana. Durão Barroso foi informado do teor da declaração pelo próprio Sampaio, momentos antes da declaração ao país. No CDS, Paulo Portas manifestou também respeito pela decisão do Presidente. "Respeitaríamos outra decisão, mesmo que dela discordássemos", afirmou Portas, numa curta declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas. "A nossa visão do chefe do Estado como referência nacional não permite outra atitude", acrescentou. Portas salientou ainda que "uma demcoracia europeia é uma democracia em que o valor da estabilidade é muito importante", considerando que "as legislaturas são de quatro anos e devem ser cumpridas até ao fim". Helena Pereira e Eunice Lourenço OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Sampaio aceita Santana mas condiciona Governo

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BE diz que governo será mais à direita que o anterior

Maioria dos conselheiros de Estado preferia eleições

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