EXPRESSO: País

14-10-2002
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Líder da JSD quer Santana em Belém

O novo presidente da Jota não acredita que Cavaco volte à política

Luiz Carvalho Santana Lopes e Durão Barroso: o autarca de Lisboa tem o apoio do novo líder da JSD na corrida à Presidência da República

JORGE Nuno Sá defende que Pedro Santana Lopes deverá ser o candidato do PSD à Presidência da República em 2006 e está convicto de que Cavaco Silva não voltará à vida política activa., afirmou ao EXPRESSO o sucessor de Pedro Duarte na liderança da JSD. Jorge Nuno Sá será amanhã eleito presidente da JSD, no Congresso dos jovens sociais-democratas que decorre desde ontem na Póvoa de Varzim.

Numa altura em que a actualidade política é marcada pelo «caso Paulo Portas/Moderna», o novo líder da Jota considera que tudo não passa de «um ataque pessoal centrado na pessoa do ministro e não na sua política no Ministério da Defesa». E manifesta a firme convicção de que a coligação governamental PSD-CDS vai manter-se e será reeditada nas eleições europeias de 2004.

Apesar deste inequívoco apoio à AD, Nuno Sá adverte que a fusão dos dois partidos deverá ser evitada a todo o custo, porque a coligação «só faz sentido com os dois partidos bem definidos e representados na proporção que têm», numa perspectiva de diversidade e complementaridade. «Apesar de termos uma ideologia e valores próximos, não são os mesmos», sustenta.

Aquele que esteve desde o primeiro momento ao lado de Pedro Duarte e que integrou a sua Comissão Política nos últimos quatro anos defende uma linha de continuidade à frente da Jota e nega rupturas com o passado. No entanto, justifica que se tratará de um «ciclo novo com um estilo e uma atitude diferentes». Até porque, explica, Pedro Duarte esteve à frente da organização enquanto o partido estava na oposição e agora esta será uma liderança com o PSD no Governo. «Essa será a grande diferença», sublinha Nuno Sá, justificando que, nesta fase, a JSD tem de ser «atraente e consequente» porque «tem agora a oportunidade de pôr em prática o que defendia quando estava na oposição».

Contra os temas «fracturantes»

Jorge Nuno de Sá

Lembrando o que Francisco Sá Carneiro já dizia na altura em que a JSD foi fundada, também Jorge Nuno Sá entende quee, por isso mesmo, defende uma JSD. Mas garante que nunca dirá «não» apenas por uma questão de mediatismo ou para ser do contra. Nesse sentido, rejeita temas fracturantes e diz-se indisponível para levar a cabo uma política orientada para as franjas do eleitorado:

Na sua moção, intitulada «Geração Nova», Nuno Sá elege a Educação e a Formação Profissional, a Habitação, o Ambiente, a Toxicodependência e a Sociedade de Informação como temas centrais que irão pautar a sua actuação à frente da JSD nos próximos dois anos. O novo líder da JSD concorda com o fim do crédito bonificado para os jovens mas entende que devem ser criadas alternativas, nomeadamente ao nível da política de construção, da criação de cooperativas de habitação para jovens e da intervenção do Estado no mercado de arrendamento. Concretamente, Nuno Sá defende a absoluta isenção de sisa para os jovens e jovens casais até aos 35 anos na aquisição da primeira habitação.

No que diz respeito à Educação, Jorge Nuno Sá defende uma profunda coordenação entre o ensino, a formação profissional e o emprego com o objectivo de «facultar aos alunos do ensino secundário a máxima informação sobre o mercado de trabalho». O deputado propõe ainda a introdução de línguas estrangeiras no primeiro ciclo e o fim do 12º ano «tal como está», porque entende ser «uma perda de tempo». Na sua opinião, «não serve como preparação para os alunos que querem prosseguir os estudos nem para os que querem entrar na vida activa».

E propõe ainda a introdução de novas disciplinas, como educação ambiental, educação cívica e educação para a saúde.

Pela revisão estatutária

Como prioridade a nível interno, Nuno Sá destaca uma revisão estatutária no prazo de um ano com o objectivo de «libertar a JSD de processos internos relacionados com regulamentos e deixá-la livre para fazer política para fora».

Jorge Nuno Sá tem 25 anos e é estudante de Farmácia. Deputado pelo círculo de Viana do Castelo, de onde é natural, começou a trabalhar com a JSD aos 16 anos, enquanto dirigente associativo, e filiou-se no PSD, aos 18. Foi presidente da concelhia de Viana do Castelo e lidera actualmente a distrital. Foi deputado na Assembleia de Freguesia, esteve na Assembleia Municipal e foi candidato ao Parlamento Europeu em 1999. Herda de Pedro Duarte uma JSD com um grupo de 13 deputados na AR e assume o desafio de «manter este nível de exigência e de crescimento».

Quanto ao líder cessante da JSD, ocupará a partir de agora as funções de presidente do Congresso. O deputado Ricardo Almeida, actual secretário-geral da JSD, encabeça a lista do Conselho Nacional e Ana Zita Gomes, de Leiria, sucede-lhe na secretaria-geral. O líder da distrital do Porto, Hélder Santos, será o primeiro vice-presidente.

Líder da JSD quer Santana em Belém

O novo presidente da Jota não acredita que Cavaco volte à política

Luiz Carvalho Santana Lopes e Durão Barroso: o autarca de Lisboa tem o apoio do novo líder da JSD na corrida à Presidência da República

JORGE Nuno Sá defende que Pedro Santana Lopes deverá ser o candidato do PSD à Presidência da República em 2006 e está convicto de que Cavaco Silva não voltará à vida política activa., afirmou ao EXPRESSO o sucessor de Pedro Duarte na liderança da JSD. Jorge Nuno Sá será amanhã eleito presidente da JSD, no Congresso dos jovens sociais-democratas que decorre desde ontem na Póvoa de Varzim.

Numa altura em que a actualidade política é marcada pelo «caso Paulo Portas/Moderna», o novo líder da Jota considera que tudo não passa de «um ataque pessoal centrado na pessoa do ministro e não na sua política no Ministério da Defesa». E manifesta a firme convicção de que a coligação governamental PSD-CDS vai manter-se e será reeditada nas eleições europeias de 2004.

Apesar deste inequívoco apoio à AD, Nuno Sá adverte que a fusão dos dois partidos deverá ser evitada a todo o custo, porque a coligação «só faz sentido com os dois partidos bem definidos e representados na proporção que têm», numa perspectiva de diversidade e complementaridade. «Apesar de termos uma ideologia e valores próximos, não são os mesmos», sustenta.

Aquele que esteve desde o primeiro momento ao lado de Pedro Duarte e que integrou a sua Comissão Política nos últimos quatro anos defende uma linha de continuidade à frente da Jota e nega rupturas com o passado. No entanto, justifica que se tratará de um «ciclo novo com um estilo e uma atitude diferentes». Até porque, explica, Pedro Duarte esteve à frente da organização enquanto o partido estava na oposição e agora esta será uma liderança com o PSD no Governo. «Essa será a grande diferença», sublinha Nuno Sá, justificando que, nesta fase, a JSD tem de ser «atraente e consequente» porque «tem agora a oportunidade de pôr em prática o que defendia quando estava na oposição».

Contra os temas «fracturantes»

Jorge Nuno de Sá

Lembrando o que Francisco Sá Carneiro já dizia na altura em que a JSD foi fundada, também Jorge Nuno Sá entende quee, por isso mesmo, defende uma JSD. Mas garante que nunca dirá «não» apenas por uma questão de mediatismo ou para ser do contra. Nesse sentido, rejeita temas fracturantes e diz-se indisponível para levar a cabo uma política orientada para as franjas do eleitorado:

Na sua moção, intitulada «Geração Nova», Nuno Sá elege a Educação e a Formação Profissional, a Habitação, o Ambiente, a Toxicodependência e a Sociedade de Informação como temas centrais que irão pautar a sua actuação à frente da JSD nos próximos dois anos. O novo líder da JSD concorda com o fim do crédito bonificado para os jovens mas entende que devem ser criadas alternativas, nomeadamente ao nível da política de construção, da criação de cooperativas de habitação para jovens e da intervenção do Estado no mercado de arrendamento. Concretamente, Nuno Sá defende a absoluta isenção de sisa para os jovens e jovens casais até aos 35 anos na aquisição da primeira habitação.

No que diz respeito à Educação, Jorge Nuno Sá defende uma profunda coordenação entre o ensino, a formação profissional e o emprego com o objectivo de «facultar aos alunos do ensino secundário a máxima informação sobre o mercado de trabalho». O deputado propõe ainda a introdução de línguas estrangeiras no primeiro ciclo e o fim do 12º ano «tal como está», porque entende ser «uma perda de tempo». Na sua opinião, «não serve como preparação para os alunos que querem prosseguir os estudos nem para os que querem entrar na vida activa».

E propõe ainda a introdução de novas disciplinas, como educação ambiental, educação cívica e educação para a saúde.

Pela revisão estatutária

Como prioridade a nível interno, Nuno Sá destaca uma revisão estatutária no prazo de um ano com o objectivo de «libertar a JSD de processos internos relacionados com regulamentos e deixá-la livre para fazer política para fora».

Jorge Nuno Sá tem 25 anos e é estudante de Farmácia. Deputado pelo círculo de Viana do Castelo, de onde é natural, começou a trabalhar com a JSD aos 16 anos, enquanto dirigente associativo, e filiou-se no PSD, aos 18. Foi presidente da concelhia de Viana do Castelo e lidera actualmente a distrital. Foi deputado na Assembleia de Freguesia, esteve na Assembleia Municipal e foi candidato ao Parlamento Europeu em 1999. Herda de Pedro Duarte uma JSD com um grupo de 13 deputados na AR e assume o desafio de «manter este nível de exigência e de crescimento».

Quanto ao líder cessante da JSD, ocupará a partir de agora as funções de presidente do Congresso. O deputado Ricardo Almeida, actual secretário-geral da JSD, encabeça a lista do Conselho Nacional e Ana Zita Gomes, de Leiria, sucede-lhe na secretaria-geral. O líder da distrital do Porto, Hélder Santos, será o primeiro vice-presidente.

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