Jorge Nuno Sá Recandidata-se à JSD
Por H.P.
Sábado, 20 de Novembro de 2004
O actual líder da JSD, Jorge Nuno Sá, vai recandidatar-se ao cargo no congresso que se realiza dias 10, 11 e 12 de Dezembro, no Fundão. O também deputado do PSD não conta, contudo, com o apoio da esmagadora maioria das distritais para a sua recandidatura.
Nas últimas semanas, dirigentes da JSD têm-se movimentado para evitar a recandidatura do actual presidente. Na quarta-feira à noite, houve uma reunião em Coimbra que uniu 11 distritais contra Jorge Nuno Sá. Anteontem, uma delegação mais pequena esteve reunida com o líder na Assembleia da República, para lhe comunicarem que não o apoiavam. "É um bom rapaz, mas um mau político", resumiu ao PÚBLICO um dos participantes na reunião. Os seus contestatários consideram que Jorge Nuno Sá "não lidera" o grupo parlamentar da JSD na Assembleia da República (de 14 lugares) e que "há muita inacção". Um dos exemplos dados é a proposta de proibição da venda de tabaco a menores de 18 anos, que foi apresentada à direcção da JSD, há mais de seis meses e que nunca chegou a dar entrada no Parlamento. A mesma proposta foi, entretanto, apresentada pelo Ministério da Saúde.
Jorge Nuno Sá tem o apoio de oito distritais. Não conta sequer com o da sua distrital, Viana do Castelo. A alternativa defendida pelos seus opositores era a candidatura de Ana Zita Gomes, secretária-geral da JSD, que, no entanto, não quis aceitar o desafio. Confirmada a recandidatura de Jorge Nuno Sá, poderá existir um nome alternativo. As hipóteses são: Daniel Fangueiro (do Porto) e Ricardo Machado (área Oeste).
Jorge Nuno Sá afirmou ontem ao PÚBLICO que se recandidata porque tem reunidas as três condições de que precisava. "Tenho vontade pessoal. Olho para o que fiz no meu mandato e vejo que foram cumpridos os objectivos essenciais. E sei que ainda há coisas para fazer e estou em condições para as fazer na área da educação, emprego e políticas sociais", explicou.
O deputado reage às críticas dizendo que o que conta "são os projectos políticos e não os protagonismos" e, sobre o facto de não ter o apoio da maioria das distritais, esclarece que não é assim. "Somados os dirigentes que me apoiaram, incentivaram e os que mudaram de posição dá mais de 30 distritais", diz.
"Passei tempo demais a olhar para o retrovisor, em vez de olhar em frente. Às vezes, isso aconteceu. É um erro que não voltarei a cometer", disse.
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Jorge Nuno Sá Recandidata-se à JSD
Por H.P.
Sábado, 20 de Novembro de 2004
O actual líder da JSD, Jorge Nuno Sá, vai recandidatar-se ao cargo no congresso que se realiza dias 10, 11 e 12 de Dezembro, no Fundão. O também deputado do PSD não conta, contudo, com o apoio da esmagadora maioria das distritais para a sua recandidatura.
Nas últimas semanas, dirigentes da JSD têm-se movimentado para evitar a recandidatura do actual presidente. Na quarta-feira à noite, houve uma reunião em Coimbra que uniu 11 distritais contra Jorge Nuno Sá. Anteontem, uma delegação mais pequena esteve reunida com o líder na Assembleia da República, para lhe comunicarem que não o apoiavam. "É um bom rapaz, mas um mau político", resumiu ao PÚBLICO um dos participantes na reunião. Os seus contestatários consideram que Jorge Nuno Sá "não lidera" o grupo parlamentar da JSD na Assembleia da República (de 14 lugares) e que "há muita inacção". Um dos exemplos dados é a proposta de proibição da venda de tabaco a menores de 18 anos, que foi apresentada à direcção da JSD, há mais de seis meses e que nunca chegou a dar entrada no Parlamento. A mesma proposta foi, entretanto, apresentada pelo Ministério da Saúde.
Jorge Nuno Sá tem o apoio de oito distritais. Não conta sequer com o da sua distrital, Viana do Castelo. A alternativa defendida pelos seus opositores era a candidatura de Ana Zita Gomes, secretária-geral da JSD, que, no entanto, não quis aceitar o desafio. Confirmada a recandidatura de Jorge Nuno Sá, poderá existir um nome alternativo. As hipóteses são: Daniel Fangueiro (do Porto) e Ricardo Machado (área Oeste).
Jorge Nuno Sá afirmou ontem ao PÚBLICO que se recandidata porque tem reunidas as três condições de que precisava. "Tenho vontade pessoal. Olho para o que fiz no meu mandato e vejo que foram cumpridos os objectivos essenciais. E sei que ainda há coisas para fazer e estou em condições para as fazer na área da educação, emprego e políticas sociais", explicou.
O deputado reage às críticas dizendo que o que conta "são os projectos políticos e não os protagonismos" e, sobre o facto de não ter o apoio da maioria das distritais, esclarece que não é assim. "Somados os dirigentes que me apoiaram, incentivaram e os que mudaram de posição dá mais de 30 distritais", diz.
"Passei tempo demais a olhar para o retrovisor, em vez de olhar em frente. Às vezes, isso aconteceu. É um erro que não voltarei a cometer", disse.