Ferro ouvido no DIAP a 4 de Junho

10-06-2003
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Ferro Ouvido no DIAP a 4 de Junho

Por JOÃO PEDRO HENRIQUES

Quarta-feira, 28 de Maio de 2003 No próximo dia 4 de Junho Ferro Rodrigues, secretário-geral do PS, deverá ver confirmada a sua intenção de ser ouvido por quem coordena a investigação do processo casa Pia. Ontem, a meio da tarde, um oficial de diligências levou ao Presidente da Assembleia da República uma notificação nesse sentido, assinada pelo procurador do Departamento de Investigação e acção Penal (DIAP) titular do inquérito, João Guerra. Ao fim da tarde o secretário-geral do PS exprimiu a sua "satisfação por poder ser ouvido como testemunha, prescindindo da prerrogativa de depor por escrito". Ferro Rodrigues afirmou que quer depor "para que fique completamente claro" que nada tem "a ver com qualquer comportamento minimamente censurável". O líder socialista exprimiu uma leve queixa pelo facto do depoimento só poder ocorrer em meados da próxima semana. Mas, demonstrando que o tom das suas críticas ao funcionamento da justiça baixou drasticamente acrescentou: "Compreendo que há que respeitar as possibilidades e prioridades da agenda de quem inquere." Na declaração, Ferro Rodrigues reiterou que tem a intenção, no depoimento perante o procurador João Guerra, de " solicitar, pessoalmente e de novo, que toda a verdade sobre qualquer insinuação seja esclarecida, para que possa proceder juridicamente contra a difamação e os difamadores em tempo útil, mas respeitando a investigação em curso e o segredo de justiça." Reafirmou, por outro lado, que o seu testemunho "será também mais um momento para manifestar" a sua "profunda convicção na total inocência" de Paulo Pedroso. Até poder ser ouvido desenvolver-se -à um processo burocrático em dois planos: o primeiro na AR; o segundo no Conselho e Estado, órgão de aconselhamento do Presidente da República, que Ferro integra como secretário-geral do PS. Na Assembleia, a autorização para Ferro depor será sujeita a duas votações: primeiro na comissão parlamentar de Ética, depois no plenário. Ontem o líder socialista disse que já exprimiu por escrito ao presidente desta comissão, Jorge Lacão, do PS, a sua " inabalável decisão" de testemunhar perante o procurador titular do processo. Fez o mesmo em relação ao secretário do Conselho de Estado. Ao contrário do que o PÚBLICO ontem noticiou nada obriga a que este órgão reúna para autorizar o depoimento de Ferro Rodrigues. O secretário do Conselho, depois de receber o pedido para que Ferro seja ouvido, consulta-o. Este deverá responder por escrito que aceita ser ouvido. Então, o secretário consultará, também por escrito, todos os membros deste órgão. Nada faz prever que o Conselho de Estado rejeite a pretensão do secretário-geral do PS e o mesmo se aplica às decisões parlamentares. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Juiz queria pôr Paulo Pedroso incomunicável

Ferro ouvido no DIAP a 4 de Junho

Mota Amaral justifica faltas de Pedroso

Interpretação da legislação

Processo penal à margem da Constituição

Mário Soares "absolutamente convencido da inocência" de Pedroso

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