Pedroso suspende mandato

01-05-2004
marcar artigo

Pedroso Suspende Mandato

Por N.S.L. (COM LUSA)

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2003 Paulo Pedroso anunciou ontem que tenciona pedir a suspenção o seu mandato parlamentar durante a nova fase do processo, o chamado debate instrutório. Em comunicado, Pedroso adiantou já ter informado o presidente da comissão parlamentar de Ética, Jorge Lacão (PS), dessa sua intenção. No próximo dia 7 a comissão deverá votar o pedido do deputado. Pedroso - que contava com esta evolução do processo - explicou no referido comunicado que tenciona suspender o mandato para "para preservar o Parlamento e o PS de efeitos colaterais da difamação" que sobre ele diz recair. Disse ainda que a partir de agora considera "inaceitável e inconcebível" que não lhe seja permitida "a consulta total do processo". Referiu, além do mais, que requereu a instrução do processo "de modo a que agora seja efectuada a investigação necessária ao apuramento da verdade, sem ocultação de provas". Sobre o despacho de acusação, lamentou que o Ministério Público tenha insistido "na valoração de indícios de práticas" que lhe são "caluniosamente imputadas e que na sua quase totalidade já foram apreciados e considerados sem qualquer consistência pelo Tribunal da Relação de Lisboa" [no acórdão que o libertou da prisão preventiva a que esteve sujeito durante quatro meses no Estabelecimento Prisional de Lisboa]. No mesmo comunicado, Paulo Pedroso reafirma desconhecer os queixosos, não ter relações pessoais com quaisquer arguidos no processo, nem ter presenciado, participado ou tido conhecimento dos factos referidos na acusação. O ex-porta-voz socialista mostra-se "revoltado" com a decisão do Ministério Público de formalizar a acusação contra si por alegada prática de crimes de abuso sexual de menores. E desabafa: "Só quem alguma vez tiver passado por algo de semelhante pode imaginar o sentimento de revolta que tenho neste momento e cuja expressão em público é meu dever conter." Ao final da tarde, Ferro Rodrigues reagiu à notícia através de uma declaração de Vera Jardim. O advogado e ex-ministro da Justiça do primeiro Governo de António Guterres congratulou-se por a nova fase do processo "permitir o conhecimento dos factos e a possibilidade, no contexto da instrução, de debate contraditório que permita esclarecer toda a verdade". O comunicado lido na sede socialista serviu igualmente para o secretário-geral do PS fazer saber que mantém "a sua convicção na inocência do deputado Paulo Pedroso", elogiando ao mesmo tempo a "atitude deste de colaboração com a justiça, ao pedir a suspensão do mandato no momento da dedução da acusação". Através de Vera Jardim, o secretário-geral do PS reafirmou "tudo o que deixou dito sobre a importância da total averiguação de todas as suspeitas , insinuações e calúnias que ao longo do tempo foram veiculadas pela comunicação social". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Ministério Público deixa cair rede de pedofilia

"Será mais difícil, neste país, abusar de uma criança ou de um jovem", assegura procurador-geral da República

Processo da Casa Pia em números

MP quer que Pedroso e Marçal voltem a estar em prisão preventiva

Rui Teixeira substituído

Pedroso suspende mandato

Perguntas e respostas

Pedroso Suspende Mandato

Por N.S.L. (COM LUSA)

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2003 Paulo Pedroso anunciou ontem que tenciona pedir a suspenção o seu mandato parlamentar durante a nova fase do processo, o chamado debate instrutório. Em comunicado, Pedroso adiantou já ter informado o presidente da comissão parlamentar de Ética, Jorge Lacão (PS), dessa sua intenção. No próximo dia 7 a comissão deverá votar o pedido do deputado. Pedroso - que contava com esta evolução do processo - explicou no referido comunicado que tenciona suspender o mandato para "para preservar o Parlamento e o PS de efeitos colaterais da difamação" que sobre ele diz recair. Disse ainda que a partir de agora considera "inaceitável e inconcebível" que não lhe seja permitida "a consulta total do processo". Referiu, além do mais, que requereu a instrução do processo "de modo a que agora seja efectuada a investigação necessária ao apuramento da verdade, sem ocultação de provas". Sobre o despacho de acusação, lamentou que o Ministério Público tenha insistido "na valoração de indícios de práticas" que lhe são "caluniosamente imputadas e que na sua quase totalidade já foram apreciados e considerados sem qualquer consistência pelo Tribunal da Relação de Lisboa" [no acórdão que o libertou da prisão preventiva a que esteve sujeito durante quatro meses no Estabelecimento Prisional de Lisboa]. No mesmo comunicado, Paulo Pedroso reafirma desconhecer os queixosos, não ter relações pessoais com quaisquer arguidos no processo, nem ter presenciado, participado ou tido conhecimento dos factos referidos na acusação. O ex-porta-voz socialista mostra-se "revoltado" com a decisão do Ministério Público de formalizar a acusação contra si por alegada prática de crimes de abuso sexual de menores. E desabafa: "Só quem alguma vez tiver passado por algo de semelhante pode imaginar o sentimento de revolta que tenho neste momento e cuja expressão em público é meu dever conter." Ao final da tarde, Ferro Rodrigues reagiu à notícia através de uma declaração de Vera Jardim. O advogado e ex-ministro da Justiça do primeiro Governo de António Guterres congratulou-se por a nova fase do processo "permitir o conhecimento dos factos e a possibilidade, no contexto da instrução, de debate contraditório que permita esclarecer toda a verdade". O comunicado lido na sede socialista serviu igualmente para o secretário-geral do PS fazer saber que mantém "a sua convicção na inocência do deputado Paulo Pedroso", elogiando ao mesmo tempo a "atitude deste de colaboração com a justiça, ao pedir a suspensão do mandato no momento da dedução da acusação". Através de Vera Jardim, o secretário-geral do PS reafirmou "tudo o que deixou dito sobre a importância da total averiguação de todas as suspeitas , insinuações e calúnias que ao longo do tempo foram veiculadas pela comunicação social". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Ministério Público deixa cair rede de pedofilia

"Será mais difícil, neste país, abusar de uma criança ou de um jovem", assegura procurador-geral da República

Processo da Casa Pia em números

MP quer que Pedroso e Marçal voltem a estar em prisão preventiva

Rui Teixeira substituído

Pedroso suspende mandato

Perguntas e respostas

marcar artigo