Leitor com Opinião

11-09-2003
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RTP e o serviço público Octávio Marques - Produtor de audiovisuais

É com profundo desagrado que ouço a leviandade com que alguns membros do Governo vêm apresentar medidas reformistas aos portugueses. Afirmaram que não aumentariam os impostos, que antes os iriam reduzir. E, afinal, anunciam o aumento do IMPOSTO de Valor Acrescentado para poderem baixar os impostos. Perceberam? Não? Eu explico: aumentar o imposto para baixar os impostos. Mas o que é isto? Será que o Governo pensa que os portugueses estão todos «xexés»? Isto faz-me lembrar uma das primeiras medidas que o Governo PS tomou e que foi abandonar o projecto já em curso - do Governo do Prof. Cavaco Silva - da auto-estrada para o Algarve. Seis meses depois, Jorge Coelho vem orgulhoso apresentar finalmente à Nação o ansiado projecto da auto-estrada para o Algarve. Se isto não tivesse acontecido, já teríamos há muito uma auto-estrada para o Algarve. Os governantes que se cuidem, porque os portugueses estão atentos a manobras deste tipo. Mas, curiosamente, a questão que tem suscitado maior debate público e interesse dos «media» tem sido o futuro da RTP. Mas, curiosamente, a questão que tem suscitado maior debate público e interesse dos «media» tem sido o futuro da RTP. Uma das opiniões mais interessantes que ouvi ou li até hoje foi a do Professor Salvato Trigo, no debate de 7 de Maio na RTP-1, que, estranhando a precipitação do Governo, não compreende porque é que «se está a avançar com a terapêutica antes de estabelecer o diagnóstico». É óbvio que em primeiro lugar se deverá definir o que deve ser o serviço público. Uma das opiniões mais interessantes que ouvi ou li até hoje foi a do Professor Salvato Trigo, no debate de 7 de Maio na RTP-1, que, estranhando a precipitação do Governo, não compreende porque é que «se está a avançar com a terapêutica antes de estabelecer o diagnóstico». É óbvio que em primeiro lugar se deverá definir o que deve ser o serviço público. Concordo com o Paulo Branco no que toca à manutenção do serviço público numa empresa pública. Os privados nunca seriam capazes de o assegurar. Temos o exemplo dos tempos de antena, em que os canais privados só os emitiram quando essa determinação se tornou lei. Concordo com o Paulo Branco no que toca à manutenção do serviço público numa empresa pública. Os privados nunca seriam capazes de o assegurar. Temos o exemplo dos tempos de antena, em que os canais privados só os emitiram quando essa determinação se tornou lei. Devo dizer que discordo desta posição assumida pelo Governo da altura (e me não interessa qual foi), pois acho que um canal privado só deve emitir o que entender. É para isso que existem empressas privadas. Para decidirem o seu próprio destino. E no diz respeito às rádios partilho da mesma opinião. Os ouvintes ou telespectadores têm que ter o direito de escolher uma estação que não emita propaganda política, se assim o entenderem. Não gostaria nada, nem nunca o cumpriria, se o Estado me obrigasse a afixar em minha casa ou na minha empresa propaganda política de todos ou qualquer um partido. E na realidade é isto que se passa e não ouço ningém contestar esta situação. E isto leva-nos ao papel (às vezes de embrulho) da Alta Autoridade para a Comunicação Social. A sua existência deverá ser revista. Devo dizer que discordo desta posição assumida pelo Governo da altura (e me não interessa qual foi), pois acho que um canal privado só deve emitir o que entender. É para isso que existem empressas privadas. Para decidirem o seu próprio destino. E no diz respeito às rádios partilho da mesma opinião. Os ouvintes ou telespectadores têm que ter o direito de escolher uma estação que não emita propaganda política, se assim o entenderem. Não gostaria nada, nem nunca o cumpriria, se o Estado me obrigasse a afixar em minha casa ou na minha empresa propaganda política de todos ou qualquer um partido. E na realidade é isto que se passa e não ouço ningém contestar esta situação. E isto leva-nos ao papel (às vezes de embrulho) da Alta Autoridade para a Comunicação Social. A sua existência deverá ser revista. Nem tudo o que passa nos canais privados é comercial e/ou de fraca qualidade. E não podemos cair na tentação de rotular os bons programas de TV feitos pelos canais privados como «serviço público». Serviço público é um todo. Não programas ou transmissões isoladas. Não compreendo por que é que em contraponto os defensores da amputação e sangria da RTP dizem que a SIC Notícias é que tem prestado um bom «serviço público». Porquê? Por passar notícias durante todo o dia? É esse o entendimento que os nossos governantes têm de Serviço Público? Vejam os índices de audiência da SIC Notícias e verão que tem valores mais baixos que a RTP-2. Claro que clamam logo que a SIC Notícias só está na TV Cabo e esta ainda abrange pouca população, mas que um dia chegará a todos os portugueses, porque o Governo deve é investir nas estruturas de distribuição para fazer chegar a TV por cabo a todos, e que a televisão hertziana tem os dias contados. Então, por que é que foram recentemente atribuídas as licenças para os futuros pacotes de televisão hertziana digital, que nos irá brindar com mais uns quantos canais, para além dos já existententes, e que neste momento está em franca expansão por todo o mundo, sendo rotulada como a TV do futuro? Nem tudo o que passa nos canais privados é comercial e/ou de fraca qualidade. E não podemos cair na tentação de rotular os bons programas de TV feitos pelos canais privados como «serviço público». Serviço público é um todo. Não programas ou transmissões isoladas. Não compreendo por que é que em contraponto os defensores da amputação e sangria da RTP dizem que a SIC Notícias é que tem prestado um bom «serviço público». Porquê? Por passar notícias durante todo o dia? É esse o entendimento que os nossos governantes têm de Serviço Público? Vejam os índices de audiência da SIC Notícias e verão que tem valores mais baixos que a RTP-2. Claro que clamam logo que a SIC Notícias só está na TV Cabo e esta ainda abrange pouca população, mas que um dia chegará a todos os portugueses, porque o Governo deve é investir nas estruturas de distribuição para fazer chegar a TV por cabo a todos, e que a televisão hertziana tem os dias contados. Então, por que é que foram recentemente atribuídas as licenças para os futuros pacotes de televisão hertziana digital, que nos irá brindar com mais uns quantos canais, para além dos já existententes, e que neste momento está em franca expansão por todo o mundo, sendo rotulada como a TV do futuro? O Governo pretende alienar uma das licenças de emissão. Os privados queixam-se que a publicidade está muito distribuída pelos três canais e clamam o fim da publicidade na RTP com o propósito de a arrecadar para si mesmos. Ao criar um terceiro canal privado ele iria viver de quê? Alguém no PSD pensou nisso ao apresentar tal proposta? E para que é que os privados querem «roubar» a publicidade à RTP? Se eles não têm mais espaço para inserir publicidade, para que é que a querem? Se têm dúvidas quanto a esta questão, tentem colocar publicidade em qualquer um dos canais privados e logo ouvirão a resposta que vos é dada. O Governo pretende alienar uma das licenças de emissão. Os privados queixam-se que a publicidade está muito distribuída pelos três canais e clamam o fim da publicidade na RTP com o propósito de a arrecadar para si mesmos. Ao criar um terceiro canal privado ele iria viver de quê? Alguém no PSD pensou nisso ao apresentar tal proposta? E para que é que os privados querem «roubar» a publicidade à RTP? Se eles não têm mais espaço para inserir publicidade, para que é que a querem? Se têm dúvidas quanto a esta questão, tentem colocar publicidade em qualquer um dos canais privados e logo ouvirão a resposta que vos é dada. A proposta do PSD de alienar as empresas onde a RTP tem participações também me parece uma solução descabida, apresentada por quem não parece conhecer o meio em que se está imiscuir. A proposta do PSD de alienar as empresas onde a RTP tem participações também me parece uma solução descabida, apresentada por quem não parece conhecer o meio em que se está imiscuir. Duvido que a «TV Guia» dê prejuízo. Continua a ser uma publicação de referência nacional sem par à altura no mercado. Duvido que a «TV Guia» dê prejuízo. Continua a ser uma publicação de referência nacional sem par à altura no mercado. A FO&CO é o único centro de produção da RTP existente em Lisboa para a produção de programas em estúdio e exteriores. Pertence na sua totalidade à RTP, e os seus funcionários eram todos funcionários da RTP antes da descabida cisão levada a cabo pelo PS na sequência da anteriormente levada a cabo pelo PSD com os emisores, com o objectivo declarado de «acabar» com a RTP aos poucos, para no final fazerem bom dinheiro com os arquivos audiovisuais. Porque é que, por exemplo, muitos dos exteriores desportivos transmitidos pela RTP e pela Sport TV são entregues a empresas privadas e não à FO&CO, que pertence ao mesmo grupo? Será porque os orçamentos da FO&CO são mais elevados do que a concorrência? Isto só não seria ridículo se a FO&CO não fosse ela a própria RTP, com uma outra roupagem para facilitar a venda de serviços aos outros canais privados, como sucedeu, por exemplo, com as «Noites Marcianas» da SIC que foram feitas nos estúdios da RTP no Lumiar. A FO&CO é o único centro de produção da RTP existente em Lisboa para a produção de programas em estúdio e exteriores. Pertence na sua totalidade à RTP, e os seus funcionários eram todos funcionários da RTP antes da descabida cisão levada a cabo pelo PS na sequência da anteriormente levada a cabo pelo PSD com os emisores, com o objectivo declarado de «acabar» com a RTP aos poucos, para no final fazerem bom dinheiro com os arquivos audiovisuais. Porque é que, por exemplo, muitos dos exteriores desportivos transmitidos pela RTP e pela Sport TV são entregues a empresas privadas e não à FO&CO, que pertence ao mesmo grupo? Será porque os orçamentos da FO&CO são mais elevados do que a concorrência? Isto só não seria ridículo se a FO&CO não fosse ela a própria RTP, com uma outra roupagem para facilitar a venda de serviços aos outros canais privados, como sucedeu, por exemplo, com as «Noites Marcianas» da SIC que foram feitas nos estúdios da RTP no Lumiar. A Edipim pertence na integra à RTP através de uma outra empresa que é a RTC, esta que, na minha modesta opinião, não tem razão nenhuma de existir. Com a aquisição da Edipim, a RTP passou a ter um excelente complexo de estúdios que esteve bastante desaproveitado no início da gestão RTP. Mas parece que agora vai laborar em pleno com a produção de uma telenovela. Se estes estúdios se mantiveram activos e lucrativos durante bastantes anos nas mãos dos privados que os fundaram, não deverá ser difícil a um canal com a experiência da RTP explorar em proveito próprio uma estrutura funcional, embora a gestão não seja o forte da RTP. A Edipim pertence na integra à RTP através de uma outra empresa que é a RTC, esta que, na minha modesta opinião, não tem razão nenhuma de existir. Com a aquisição da Edipim, a RTP passou a ter um excelente complexo de estúdios que esteve bastante desaproveitado no início da gestão RTP. Mas parece que agora vai laborar em pleno com a produção de uma telenovela. Se estes estúdios se mantiveram activos e lucrativos durante bastantes anos nas mãos dos privados que os fundaram, não deverá ser difícil a um canal com a experiência da RTP explorar em proveito próprio uma estrutura funcional, embora a gestão não seja o forte da RTP. No caso da Sport TV não conheço os dados financeiros, mas defendo a saída da RTP da sociedade, bem como a saída da Sport TV dos estúdios do Lumiar, porque existem permanentes conflitos de interesses entre as duas empresas envolvendo as transmissões desportivas e que muitas vezes se resolvem em acordos dúbios para a opinião pública. No caso da Sport TV não conheço os dados financeiros, mas defendo a saída da RTP da sociedade, bem como a saída da Sport TV dos estúdios do Lumiar, porque existem permanentes conflitos de interesses entre as duas empresas envolvendo as transmissões desportivas e que muitas vezes se resolvem em acordos dúbios para a opinião pública. O PSD não poderá entender o voto popular como uma carta branca para executar todas as medidas que apresentou no seu Programa de Governo, até porque só obteve uma maioria relativa que nem sequer lhe permitiu formar governo sozinho. O actual debate público que está em curso sobre a melhor solução para a RTP só vem provar que a solução avançada pelo PSD não acolhe a simpatia da esmagadora maioria daqueles que voluntaria ou involuntariamente têm participado nele. O PSD não poderá entender o voto popular como uma carta branca para executar todas as medidas que apresentou no seu Programa de Governo, até porque só obteve uma maioria relativa que nem sequer lhe permitiu formar governo sozinho. O actual debate público que está em curso sobre a melhor solução para a RTP só vem provar que a solução avançada pelo PSD não acolhe a simpatia da esmagadora maioria daqueles que voluntaria ou involuntariamente têm participado nele. Parece-me que só os membros do Governo é que defendem e acreditam (será?) nestas propostas de solução para o problema financeiro da RTP. Parece-me que só os membros do Governo é que defendem e acreditam (será?) nestas propostas de solução para o problema financeiro da RTP. O Governo deve recuar no tempo e procurar as verdadeiras razões para o caos financeiro da RTP e, dentro do possível, culpabilizar os responsáveis. Cito apenas alguns exemplos que são várias vezes apontados por outros intervenientes: O Governo deve recuar no tempo e procurar as verdadeiras razões para o caos financeiro da RTP e, dentro do possível, culpabilizar os responsáveis. Cito apenas alguns exemplos que são várias vezes apontados por outros intervenientes: a gestão danosa de José Eduardo Moniz que deu início à derrocada da empresa ao comprar mais do que aquilo que alguma vez poderia exibir, e os contratos que ele próprio celebrou com a empresa de que era proprietário MMM (directamente ou por interposta pessoa) antes de abandonar a RTP; a gestão danosa de José Eduardo Moniz que deu início à derrocada da empresa ao comprar mais do que aquilo que alguma vez poderia exibir, e os contratos que ele próprio celebrou com a empresa de que era proprietário MMM (directamente ou por interposta pessoa) antes de abandonar a RTP; a alienação da rede de emissores, que hoje seria uma fonte extra de receitas, não só por fazer poupar à RTP aquilo que hoje paga à PT, bem como por aquilo que receberia da SIC pelo aluguer da rede e dos emissores; a alienação da rede de emissores, que hoje seria uma fonte extra de receitas, não só por fazer poupar à RTP aquilo que hoje paga à PT, bem como por aquilo que receberia da SIC pelo aluguer da rede e dos emissores; a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP que, quando a empresa já se encontrava em situação económica bastante difícil, contratou os profissionais que recentemente abandonaram a SIC e que não faziam falta nenhuma na RTP, muito menos pelo preço a que foram contratados; a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP que, quando a empresa já se encontrava em situação económica bastante difícil, contratou os profissionais que recentemente abandonaram a SIC e que não faziam falta nenhuma na RTP, muito menos pelo preço a que foram contratados; a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP, ao construir um novo estúdio para a informação da RTP-1, quando já dispunha de um perfeitamente capaz e que deve ter custado umas largas centenas de milhares de contos (se não mais do que um milhão), numa altura em que a empresa já não tinha dinheiro para pagar aos seus fornecedores habituais, que são aqueles que vão fazendo uma boa parte dos programas emitidos diáriamente. a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP, ao construir um novo estúdio para a informação da RTP-1, quando já dispunha de um perfeitamente capaz e que deve ter custado umas largas centenas de milhares de contos (se não mais do que um milhão), numa altura em que a empresa já não tinha dinheiro para pagar aos seus fornecedores habituais, que são aqueles que vão fazendo uma boa parte dos programas emitidos diáriamente. Só nestes dois últimos pontos existe matéria mais que suficiente para o apuramento de responsabilidades do foro criminal e que, no mínimo, justificam o despedimento da administração com justa causa sem direito a qualquer indemnização. Mas também não podemos esquecer os governantes que, em cada uma das alturas, tutelando a RTP, permitiram que estas situações tivessem acontecido. Só nestes dois últimos pontos existe matéria mais que suficiente para o apuramento de responsabilidades do foro criminal e que, no mínimo, justificam o despedimento da administração com justa causa sem direito a qualquer indemnização. Mas também não podemos esquecer os governantes que, em cada uma das alturas, tutelando a RTP, permitiram que estas situações tivessem acontecido. Há neste país muito pouca gente que perceba de televisão e que compreenda as necessidades reais de uma empresa que deve prestar o serviço público de televisão. Cito apenas um nome, pelo qual, confesso, não nutro nenhuma simpatia, mas reconheço que deverá ser uma das maiores autoridades na matéria: João Soares Louro. Eu sei que ele é do PS, mas neste caso todas as boas ajudas são bem-vindas, já que no Governo não reconheço autoridade a ninguém na matéria. Há neste país muito pouca gente que perceba de televisão e que compreenda as necessidades reais de uma empresa que deve prestar o serviço público de televisão. Cito apenas um nome, pelo qual, confesso, não nutro nenhuma simpatia, mas reconheço que deverá ser uma das maiores autoridades na matéria: João Soares Louro. Eu sei que ele é do PS, mas neste caso todas as boas ajudas são bem-vindas, já que no Governo não reconheço autoridade a ninguém na matéria. Confesso que gostaria de ter uma televisão pública semelhante à BBC que, não obstante recentemente ter passado por grandes dificuldades financeiras, mantém no ar dez canais para além dos canais regionais. Dêem uma olhada ao que lá se passa e espreitem também a vizinha TVE, que em tempos fechou para uma restruturação geral e hoje tem no ar cinco canais e é lider de audiências com o canal 1, tendo o canal 2, à nossa semelhança, uma audiência reduzida. Confesso que gostaria de ter uma televisão pública semelhante à BBC que, não obstante recentemente ter passado por grandes dificuldades financeiras, mantém no ar dez canais para além dos canais regionais. Dêem uma olhada ao que lá se passa e espreitem também a vizinha TVE, que em tempos fechou para uma restruturação geral e hoje tem no ar cinco canais e é lider de audiências com o canal 1, tendo o canal 2, à nossa semelhança, uma audiência reduzida. Uma nota final com duas referências ainda dentro desta temática: Uma nota final com duas referências ainda dentro desta temática: - a primeira, à Portugal Global em que manifesto o meu acordo com a sua extinção; - a primeira, à Portugal Global em que manifesto o meu acordo com a sua extinção; - a segunda, à proposta de privatização da Antena 2. - a segunda, à proposta de privatização da Antena 2. Faz todo o sentido a sua manutenção dentro do contexto de serviço público de radiodifusão prestado pela RDP. Mas afinal a quem é que pode interessar a aquisição de um canal vocacionado para as minorias? Só pode ser anedota, né!? Faz todo o sentido a sua manutenção dentro do contexto de serviço público de radiodifusão prestado pela RDP. Mas afinal a quem é que pode interessar a aquisição de um canal vocacionado para as minorias? Só pode ser anedota, né!? 19:11 15 Maio 2002

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Comentários

1 a 5 de 5 cpires 02:15 11 Outubro 2002 r.t.p.

1-Se o sr Octávio Marques admite que as privadas cumpriram os tempos de antena quando se promulgou a lei, fica então dada a prova de que as privadas podem muito bem cumprir serviço publico, desde que haja legislação para tal.

2- "O serviço público é um todo", tambem concordo, então por que razão é que apenas uma estação tem direito ao dinheiro dos contribuintes?

É exactamente pelo "todo" que deveriam todos os canais televisivos ter obrigações e beneficios.

3-Concordo que a má gestão tenha sido uma regra ao longo dos tempos, e que se agravou com a ultima direcção, conclusão: é preciso sanear, para obter resultados, algum dia teria de acontecer, espero que seja para breve.

4-Exemplos de televisões Espanholas ou Inglesas para mim não servem, em primeiro a situação economica de cada país a si lhe diz respeito, e em segundo porque o nosso canal R.T.P.2 tem qualidade suficiente para se debater com qualquer outro, não fossem alguns programas para encher "chourissos", e uns filmes prepositadamente para não concorrer a audiências, mas por vezes muito bons.

5- Para manter 4 canais em funcionamento e com qualidade, vai ser preciso desafogar as privadas da corrida louca das audiências, com os programas "bigshits", em que nada acrescentam á nossa cultura, e de que tanto precisamos. Como?

Exijo que o governo tome medidas, foi para isso que fomos às urnas depositar o nosso voto.

Utopia:

Gostaria de ver na R.T.P. uma informação isenta, tanto na politica como no desporto, este é, apesar de tudo, o meu grande desejo. ziany 17:18 6 Outubro 2002 RTP

Em minha opinião, quando se chega à quase insoluvel situação de "saco de gatos", não só é difi cil o diagnóstico, como a terapia. Esperemos que haja bom senso e não se ceda a lobies nem a tubarões. Porque nós continuamos na quase maior ignorância do assunto. indisposto 18:37 26 Julho 2002 RTP

Não tive pachorra para ler até ao fim quem acha que perder um milhão de contos por semana é a mesma coisa que beber um copo de água.

Chamo a isso: forças de bloqueio.

Qualquer medida que este, ou qualquer governo tomasse, seria sempre tropedeada por quem quer que tudo mude, para ficar igualmente na mesma. 5320dma 05:18 24 Maio 2002 Extinga-se o Estatista e o Maris Sarmento, já!!!

Crónica à Portuguesa (3)*

José Madrinha Lima Monteiro de Moroso

Se Francisco Pinto não tivesse tomado a decisão de extinguir alguns institutos, deixando o "Pombalense" ir à falência, teria sido certamente linchado pela opinião publicada.

E, afinal, que pecado cometeu Francisco Pinto?

Este: tomou uma decisão de gestão rigorosa, extirpando o sub-emprego que se verificava nalguns sectores do "Pombalense".

Por outras palavras: exerceu a sua função. Se é Presidente, deve presidir. Se é dirigente, deve dirigir.

Eu faço o mesmo: sendo director, devo direccionar, e direcciono sem tibiezas, como é do conhecimento de todos.

E ninguém tenha dúvidas de que, qualquer que fosse a decisão tomada pelo nosso Presidente, (aqui devo reforçar com mais uns quaisqueres, para dar embalagem e vigor ao final do parágrafo), quaisquer que fossem os argumentos usados, quaisquer que fossem os esclarecimentos prestados, os madraços reagiriam sempre.

Os meus leitores sabem que não gosto de me socorrer de argumentos ad hominen, muito menos de argumentos ad mulherem. Mas há ocasiões em que não fica mal socorrermo-nos desse socorro, passe a redundância – faça favor de passar, minha senhora.

Basta olharmos para o que se passa no nosso concorrente, o "Jesuitense". Uma estrutura ligeira, contando apenas com um Instituto, o Instituto do Director. E é um jornal que dá lucro, pese embora o teor sensacionalista que acompanha diariamente a publicação desse semanário.

Para quê um Instituto de Documentação, pago pelo erário da empresa? Não guardamos nós documentos preciosos para a história do país, não cumprimos nós um verdadeiro serviço público? Logo, extinga-se, ou que seja o Estado a financiá-lo.

Vale o mesmo para o Instituto dos Arquivos, também ele incluído no pacote da extinção. E o Instituto do Cartaz? Devemos ver o nosso ordenado amputado por pagarmos a jornalistas, e pagarmos o papel de divulgação de actividades culturais, e fazê-lo de forma muito mais eficaz que o Estado? Se somos supletivos, que venha o suplemento em euros, se querem que o Instituto continue a funcionar.

E o Instituto Vidas? Não é autêntico serviço público darmos dignidade a notícias que, noutras publicações-rosa surgem em tom avacalhado? Logo, se até contribuímos para elevar o nível do jornalismo cor de rosa, se nos constituímos como um factor moderador das audiências sôfregas de escândalos mal contados, então que o Estado suporte os custos de funcionamento desse Instituto.

O mesmo argumento vale para a extinção de todos os outros Institutos do "Pombalense".

A concluir, perguntarão alguns mal intencionados: então porque é que, ao arrepio dessa febre extintora, se criou, no "Pombalense", o Instituto de Arquitectura?

O que é que a Arquitectura tem a ver com o jornalismo?

Tem tudo, meus amigos, tudo a ver.

Desde logo, foi neste Instituto que se arquitectou a operação de extinção dos outros institutos. O jornalismo hodierno precisa de bases sólidas, robustas, para aguentar um edifício broadsheet como o nosso. Importa arquitectar novas campanhas de captação de leitores, como a venda do "Pombalense" a peso. Já pensaram que, mesmo sem aumentarmos um cêntimo por quilo, caso as leis da concorrência funcionem efectivamente (atenção DGCP), levamos os outros jornais à falência?

Muito mais haveria a dizer, mas deixo-o para uma nota interna.

PS: Tamanha razão tem o Dr. Francisco Pinto que até já há pelo menos um ministro que lhe anda a seguir as pisadas. A cepa dos verdadeiros líderes descobre-se em duas facetas: na escolha dos directores, e na coragem para tomarem decisões difíceis.

In "Jesuitense", órgão oficial dos "Estafetas da Ética", equipa do Departamento de Manutenção dos Elevadores do Duque da terra onde o Octávio tem uma quinta.

novovingador 18:47 17 Maio 2002 Estatista

Pois é é o chamado botar discurso em causa própria. O seu caso deve ser como o Paulo Branco. É bom ser produtor privado com acesso previlegiado à teta dos amigalhaços que estão no Estado. Assim são sempre os que abicham as massas para fazerem filmes como os do Manoel de Oliveira e do César Monteiro que ninguém vê mas que custam os olhos da cara ao erário público e portanto aos impostos de todos (os que pagam já se vê).

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RTP e o serviço público Octávio Marques - Produtor de audiovisuais

É com profundo desagrado que ouço a leviandade com que alguns membros do Governo vêm apresentar medidas reformistas aos portugueses. Afirmaram que não aumentariam os impostos, que antes os iriam reduzir. E, afinal, anunciam o aumento do IMPOSTO de Valor Acrescentado para poderem baixar os impostos. Perceberam? Não? Eu explico: aumentar o imposto para baixar os impostos. Mas o que é isto? Será que o Governo pensa que os portugueses estão todos «xexés»? Isto faz-me lembrar uma das primeiras medidas que o Governo PS tomou e que foi abandonar o projecto já em curso - do Governo do Prof. Cavaco Silva - da auto-estrada para o Algarve. Seis meses depois, Jorge Coelho vem orgulhoso apresentar finalmente à Nação o ansiado projecto da auto-estrada para o Algarve. Se isto não tivesse acontecido, já teríamos há muito uma auto-estrada para o Algarve. Os governantes que se cuidem, porque os portugueses estão atentos a manobras deste tipo. Mas, curiosamente, a questão que tem suscitado maior debate público e interesse dos «media» tem sido o futuro da RTP. Mas, curiosamente, a questão que tem suscitado maior debate público e interesse dos «media» tem sido o futuro da RTP. Uma das opiniões mais interessantes que ouvi ou li até hoje foi a do Professor Salvato Trigo, no debate de 7 de Maio na RTP-1, que, estranhando a precipitação do Governo, não compreende porque é que «se está a avançar com a terapêutica antes de estabelecer o diagnóstico». É óbvio que em primeiro lugar se deverá definir o que deve ser o serviço público. Uma das opiniões mais interessantes que ouvi ou li até hoje foi a do Professor Salvato Trigo, no debate de 7 de Maio na RTP-1, que, estranhando a precipitação do Governo, não compreende porque é que «se está a avançar com a terapêutica antes de estabelecer o diagnóstico». É óbvio que em primeiro lugar se deverá definir o que deve ser o serviço público. Concordo com o Paulo Branco no que toca à manutenção do serviço público numa empresa pública. Os privados nunca seriam capazes de o assegurar. Temos o exemplo dos tempos de antena, em que os canais privados só os emitiram quando essa determinação se tornou lei. Concordo com o Paulo Branco no que toca à manutenção do serviço público numa empresa pública. Os privados nunca seriam capazes de o assegurar. Temos o exemplo dos tempos de antena, em que os canais privados só os emitiram quando essa determinação se tornou lei. Devo dizer que discordo desta posição assumida pelo Governo da altura (e me não interessa qual foi), pois acho que um canal privado só deve emitir o que entender. É para isso que existem empressas privadas. Para decidirem o seu próprio destino. E no diz respeito às rádios partilho da mesma opinião. Os ouvintes ou telespectadores têm que ter o direito de escolher uma estação que não emita propaganda política, se assim o entenderem. Não gostaria nada, nem nunca o cumpriria, se o Estado me obrigasse a afixar em minha casa ou na minha empresa propaganda política de todos ou qualquer um partido. E na realidade é isto que se passa e não ouço ningém contestar esta situação. E isto leva-nos ao papel (às vezes de embrulho) da Alta Autoridade para a Comunicação Social. A sua existência deverá ser revista. Devo dizer que discordo desta posição assumida pelo Governo da altura (e me não interessa qual foi), pois acho que um canal privado só deve emitir o que entender. É para isso que existem empressas privadas. Para decidirem o seu próprio destino. E no diz respeito às rádios partilho da mesma opinião. Os ouvintes ou telespectadores têm que ter o direito de escolher uma estação que não emita propaganda política, se assim o entenderem. Não gostaria nada, nem nunca o cumpriria, se o Estado me obrigasse a afixar em minha casa ou na minha empresa propaganda política de todos ou qualquer um partido. E na realidade é isto que se passa e não ouço ningém contestar esta situação. E isto leva-nos ao papel (às vezes de embrulho) da Alta Autoridade para a Comunicação Social. A sua existência deverá ser revista. Nem tudo o que passa nos canais privados é comercial e/ou de fraca qualidade. E não podemos cair na tentação de rotular os bons programas de TV feitos pelos canais privados como «serviço público». Serviço público é um todo. Não programas ou transmissões isoladas. Não compreendo por que é que em contraponto os defensores da amputação e sangria da RTP dizem que a SIC Notícias é que tem prestado um bom «serviço público». Porquê? Por passar notícias durante todo o dia? É esse o entendimento que os nossos governantes têm de Serviço Público? Vejam os índices de audiência da SIC Notícias e verão que tem valores mais baixos que a RTP-2. Claro que clamam logo que a SIC Notícias só está na TV Cabo e esta ainda abrange pouca população, mas que um dia chegará a todos os portugueses, porque o Governo deve é investir nas estruturas de distribuição para fazer chegar a TV por cabo a todos, e que a televisão hertziana tem os dias contados. Então, por que é que foram recentemente atribuídas as licenças para os futuros pacotes de televisão hertziana digital, que nos irá brindar com mais uns quantos canais, para além dos já existententes, e que neste momento está em franca expansão por todo o mundo, sendo rotulada como a TV do futuro? Nem tudo o que passa nos canais privados é comercial e/ou de fraca qualidade. E não podemos cair na tentação de rotular os bons programas de TV feitos pelos canais privados como «serviço público». Serviço público é um todo. Não programas ou transmissões isoladas. Não compreendo por que é que em contraponto os defensores da amputação e sangria da RTP dizem que a SIC Notícias é que tem prestado um bom «serviço público». Porquê? Por passar notícias durante todo o dia? É esse o entendimento que os nossos governantes têm de Serviço Público? Vejam os índices de audiência da SIC Notícias e verão que tem valores mais baixos que a RTP-2. Claro que clamam logo que a SIC Notícias só está na TV Cabo e esta ainda abrange pouca população, mas que um dia chegará a todos os portugueses, porque o Governo deve é investir nas estruturas de distribuição para fazer chegar a TV por cabo a todos, e que a televisão hertziana tem os dias contados. Então, por que é que foram recentemente atribuídas as licenças para os futuros pacotes de televisão hertziana digital, que nos irá brindar com mais uns quantos canais, para além dos já existententes, e que neste momento está em franca expansão por todo o mundo, sendo rotulada como a TV do futuro? O Governo pretende alienar uma das licenças de emissão. Os privados queixam-se que a publicidade está muito distribuída pelos três canais e clamam o fim da publicidade na RTP com o propósito de a arrecadar para si mesmos. Ao criar um terceiro canal privado ele iria viver de quê? Alguém no PSD pensou nisso ao apresentar tal proposta? E para que é que os privados querem «roubar» a publicidade à RTP? Se eles não têm mais espaço para inserir publicidade, para que é que a querem? Se têm dúvidas quanto a esta questão, tentem colocar publicidade em qualquer um dos canais privados e logo ouvirão a resposta que vos é dada. O Governo pretende alienar uma das licenças de emissão. Os privados queixam-se que a publicidade está muito distribuída pelos três canais e clamam o fim da publicidade na RTP com o propósito de a arrecadar para si mesmos. Ao criar um terceiro canal privado ele iria viver de quê? Alguém no PSD pensou nisso ao apresentar tal proposta? E para que é que os privados querem «roubar» a publicidade à RTP? Se eles não têm mais espaço para inserir publicidade, para que é que a querem? Se têm dúvidas quanto a esta questão, tentem colocar publicidade em qualquer um dos canais privados e logo ouvirão a resposta que vos é dada. A proposta do PSD de alienar as empresas onde a RTP tem participações também me parece uma solução descabida, apresentada por quem não parece conhecer o meio em que se está imiscuir. A proposta do PSD de alienar as empresas onde a RTP tem participações também me parece uma solução descabida, apresentada por quem não parece conhecer o meio em que se está imiscuir. Duvido que a «TV Guia» dê prejuízo. Continua a ser uma publicação de referência nacional sem par à altura no mercado. Duvido que a «TV Guia» dê prejuízo. Continua a ser uma publicação de referência nacional sem par à altura no mercado. A FO&CO é o único centro de produção da RTP existente em Lisboa para a produção de programas em estúdio e exteriores. Pertence na sua totalidade à RTP, e os seus funcionários eram todos funcionários da RTP antes da descabida cisão levada a cabo pelo PS na sequência da anteriormente levada a cabo pelo PSD com os emisores, com o objectivo declarado de «acabar» com a RTP aos poucos, para no final fazerem bom dinheiro com os arquivos audiovisuais. Porque é que, por exemplo, muitos dos exteriores desportivos transmitidos pela RTP e pela Sport TV são entregues a empresas privadas e não à FO&CO, que pertence ao mesmo grupo? Será porque os orçamentos da FO&CO são mais elevados do que a concorrência? Isto só não seria ridículo se a FO&CO não fosse ela a própria RTP, com uma outra roupagem para facilitar a venda de serviços aos outros canais privados, como sucedeu, por exemplo, com as «Noites Marcianas» da SIC que foram feitas nos estúdios da RTP no Lumiar. A FO&CO é o único centro de produção da RTP existente em Lisboa para a produção de programas em estúdio e exteriores. Pertence na sua totalidade à RTP, e os seus funcionários eram todos funcionários da RTP antes da descabida cisão levada a cabo pelo PS na sequência da anteriormente levada a cabo pelo PSD com os emisores, com o objectivo declarado de «acabar» com a RTP aos poucos, para no final fazerem bom dinheiro com os arquivos audiovisuais. Porque é que, por exemplo, muitos dos exteriores desportivos transmitidos pela RTP e pela Sport TV são entregues a empresas privadas e não à FO&CO, que pertence ao mesmo grupo? Será porque os orçamentos da FO&CO são mais elevados do que a concorrência? Isto só não seria ridículo se a FO&CO não fosse ela a própria RTP, com uma outra roupagem para facilitar a venda de serviços aos outros canais privados, como sucedeu, por exemplo, com as «Noites Marcianas» da SIC que foram feitas nos estúdios da RTP no Lumiar. A Edipim pertence na integra à RTP através de uma outra empresa que é a RTC, esta que, na minha modesta opinião, não tem razão nenhuma de existir. Com a aquisição da Edipim, a RTP passou a ter um excelente complexo de estúdios que esteve bastante desaproveitado no início da gestão RTP. Mas parece que agora vai laborar em pleno com a produção de uma telenovela. Se estes estúdios se mantiveram activos e lucrativos durante bastantes anos nas mãos dos privados que os fundaram, não deverá ser difícil a um canal com a experiência da RTP explorar em proveito próprio uma estrutura funcional, embora a gestão não seja o forte da RTP. A Edipim pertence na integra à RTP através de uma outra empresa que é a RTC, esta que, na minha modesta opinião, não tem razão nenhuma de existir. Com a aquisição da Edipim, a RTP passou a ter um excelente complexo de estúdios que esteve bastante desaproveitado no início da gestão RTP. Mas parece que agora vai laborar em pleno com a produção de uma telenovela. Se estes estúdios se mantiveram activos e lucrativos durante bastantes anos nas mãos dos privados que os fundaram, não deverá ser difícil a um canal com a experiência da RTP explorar em proveito próprio uma estrutura funcional, embora a gestão não seja o forte da RTP. No caso da Sport TV não conheço os dados financeiros, mas defendo a saída da RTP da sociedade, bem como a saída da Sport TV dos estúdios do Lumiar, porque existem permanentes conflitos de interesses entre as duas empresas envolvendo as transmissões desportivas e que muitas vezes se resolvem em acordos dúbios para a opinião pública. No caso da Sport TV não conheço os dados financeiros, mas defendo a saída da RTP da sociedade, bem como a saída da Sport TV dos estúdios do Lumiar, porque existem permanentes conflitos de interesses entre as duas empresas envolvendo as transmissões desportivas e que muitas vezes se resolvem em acordos dúbios para a opinião pública. O PSD não poderá entender o voto popular como uma carta branca para executar todas as medidas que apresentou no seu Programa de Governo, até porque só obteve uma maioria relativa que nem sequer lhe permitiu formar governo sozinho. O actual debate público que está em curso sobre a melhor solução para a RTP só vem provar que a solução avançada pelo PSD não acolhe a simpatia da esmagadora maioria daqueles que voluntaria ou involuntariamente têm participado nele. O PSD não poderá entender o voto popular como uma carta branca para executar todas as medidas que apresentou no seu Programa de Governo, até porque só obteve uma maioria relativa que nem sequer lhe permitiu formar governo sozinho. O actual debate público que está em curso sobre a melhor solução para a RTP só vem provar que a solução avançada pelo PSD não acolhe a simpatia da esmagadora maioria daqueles que voluntaria ou involuntariamente têm participado nele. Parece-me que só os membros do Governo é que defendem e acreditam (será?) nestas propostas de solução para o problema financeiro da RTP. Parece-me que só os membros do Governo é que defendem e acreditam (será?) nestas propostas de solução para o problema financeiro da RTP. O Governo deve recuar no tempo e procurar as verdadeiras razões para o caos financeiro da RTP e, dentro do possível, culpabilizar os responsáveis. Cito apenas alguns exemplos que são várias vezes apontados por outros intervenientes: O Governo deve recuar no tempo e procurar as verdadeiras razões para o caos financeiro da RTP e, dentro do possível, culpabilizar os responsáveis. Cito apenas alguns exemplos que são várias vezes apontados por outros intervenientes: a gestão danosa de José Eduardo Moniz que deu início à derrocada da empresa ao comprar mais do que aquilo que alguma vez poderia exibir, e os contratos que ele próprio celebrou com a empresa de que era proprietário MMM (directamente ou por interposta pessoa) antes de abandonar a RTP; a gestão danosa de José Eduardo Moniz que deu início à derrocada da empresa ao comprar mais do que aquilo que alguma vez poderia exibir, e os contratos que ele próprio celebrou com a empresa de que era proprietário MMM (directamente ou por interposta pessoa) antes de abandonar a RTP; a alienação da rede de emissores, que hoje seria uma fonte extra de receitas, não só por fazer poupar à RTP aquilo que hoje paga à PT, bem como por aquilo que receberia da SIC pelo aluguer da rede e dos emissores; a alienação da rede de emissores, que hoje seria uma fonte extra de receitas, não só por fazer poupar à RTP aquilo que hoje paga à PT, bem como por aquilo que receberia da SIC pelo aluguer da rede e dos emissores; a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP que, quando a empresa já se encontrava em situação económica bastante difícil, contratou os profissionais que recentemente abandonaram a SIC e que não faziam falta nenhuma na RTP, muito menos pelo preço a que foram contratados; a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP que, quando a empresa já se encontrava em situação económica bastante difícil, contratou os profissionais que recentemente abandonaram a SIC e que não faziam falta nenhuma na RTP, muito menos pelo preço a que foram contratados; a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP, ao construir um novo estúdio para a informação da RTP-1, quando já dispunha de um perfeitamente capaz e que deve ter custado umas largas centenas de milhares de contos (se não mais do que um milhão), numa altura em que a empresa já não tinha dinheiro para pagar aos seus fornecedores habituais, que são aqueles que vão fazendo uma boa parte dos programas emitidos diáriamente. a gestão danosa levada a cabo pela actual administração da RTP, ao construir um novo estúdio para a informação da RTP-1, quando já dispunha de um perfeitamente capaz e que deve ter custado umas largas centenas de milhares de contos (se não mais do que um milhão), numa altura em que a empresa já não tinha dinheiro para pagar aos seus fornecedores habituais, que são aqueles que vão fazendo uma boa parte dos programas emitidos diáriamente. Só nestes dois últimos pontos existe matéria mais que suficiente para o apuramento de responsabilidades do foro criminal e que, no mínimo, justificam o despedimento da administração com justa causa sem direito a qualquer indemnização. Mas também não podemos esquecer os governantes que, em cada uma das alturas, tutelando a RTP, permitiram que estas situações tivessem acontecido. Só nestes dois últimos pontos existe matéria mais que suficiente para o apuramento de responsabilidades do foro criminal e que, no mínimo, justificam o despedimento da administração com justa causa sem direito a qualquer indemnização. Mas também não podemos esquecer os governantes que, em cada uma das alturas, tutelando a RTP, permitiram que estas situações tivessem acontecido. Há neste país muito pouca gente que perceba de televisão e que compreenda as necessidades reais de uma empresa que deve prestar o serviço público de televisão. Cito apenas um nome, pelo qual, confesso, não nutro nenhuma simpatia, mas reconheço que deverá ser uma das maiores autoridades na matéria: João Soares Louro. Eu sei que ele é do PS, mas neste caso todas as boas ajudas são bem-vindas, já que no Governo não reconheço autoridade a ninguém na matéria. Há neste país muito pouca gente que perceba de televisão e que compreenda as necessidades reais de uma empresa que deve prestar o serviço público de televisão. Cito apenas um nome, pelo qual, confesso, não nutro nenhuma simpatia, mas reconheço que deverá ser uma das maiores autoridades na matéria: João Soares Louro. Eu sei que ele é do PS, mas neste caso todas as boas ajudas são bem-vindas, já que no Governo não reconheço autoridade a ninguém na matéria. Confesso que gostaria de ter uma televisão pública semelhante à BBC que, não obstante recentemente ter passado por grandes dificuldades financeiras, mantém no ar dez canais para além dos canais regionais. Dêem uma olhada ao que lá se passa e espreitem também a vizinha TVE, que em tempos fechou para uma restruturação geral e hoje tem no ar cinco canais e é lider de audiências com o canal 1, tendo o canal 2, à nossa semelhança, uma audiência reduzida. Confesso que gostaria de ter uma televisão pública semelhante à BBC que, não obstante recentemente ter passado por grandes dificuldades financeiras, mantém no ar dez canais para além dos canais regionais. Dêem uma olhada ao que lá se passa e espreitem também a vizinha TVE, que em tempos fechou para uma restruturação geral e hoje tem no ar cinco canais e é lider de audiências com o canal 1, tendo o canal 2, à nossa semelhança, uma audiência reduzida. Uma nota final com duas referências ainda dentro desta temática: Uma nota final com duas referências ainda dentro desta temática: - a primeira, à Portugal Global em que manifesto o meu acordo com a sua extinção; - a primeira, à Portugal Global em que manifesto o meu acordo com a sua extinção; - a segunda, à proposta de privatização da Antena 2. - a segunda, à proposta de privatização da Antena 2. Faz todo o sentido a sua manutenção dentro do contexto de serviço público de radiodifusão prestado pela RDP. Mas afinal a quem é que pode interessar a aquisição de um canal vocacionado para as minorias? Só pode ser anedota, né!? Faz todo o sentido a sua manutenção dentro do contexto de serviço público de radiodifusão prestado pela RDP. Mas afinal a quem é que pode interessar a aquisição de um canal vocacionado para as minorias? Só pode ser anedota, né!? 19:11 15 Maio 2002

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Comentários

1 a 5 de 5 cpires 02:15 11 Outubro 2002 r.t.p.

1-Se o sr Octávio Marques admite que as privadas cumpriram os tempos de antena quando se promulgou a lei, fica então dada a prova de que as privadas podem muito bem cumprir serviço publico, desde que haja legislação para tal.

2- "O serviço público é um todo", tambem concordo, então por que razão é que apenas uma estação tem direito ao dinheiro dos contribuintes?

É exactamente pelo "todo" que deveriam todos os canais televisivos ter obrigações e beneficios.

3-Concordo que a má gestão tenha sido uma regra ao longo dos tempos, e que se agravou com a ultima direcção, conclusão: é preciso sanear, para obter resultados, algum dia teria de acontecer, espero que seja para breve.

4-Exemplos de televisões Espanholas ou Inglesas para mim não servem, em primeiro a situação economica de cada país a si lhe diz respeito, e em segundo porque o nosso canal R.T.P.2 tem qualidade suficiente para se debater com qualquer outro, não fossem alguns programas para encher "chourissos", e uns filmes prepositadamente para não concorrer a audiências, mas por vezes muito bons.

5- Para manter 4 canais em funcionamento e com qualidade, vai ser preciso desafogar as privadas da corrida louca das audiências, com os programas "bigshits", em que nada acrescentam á nossa cultura, e de que tanto precisamos. Como?

Exijo que o governo tome medidas, foi para isso que fomos às urnas depositar o nosso voto.

Utopia:

Gostaria de ver na R.T.P. uma informação isenta, tanto na politica como no desporto, este é, apesar de tudo, o meu grande desejo. ziany 17:18 6 Outubro 2002 RTP

Em minha opinião, quando se chega à quase insoluvel situação de "saco de gatos", não só é difi cil o diagnóstico, como a terapia. Esperemos que haja bom senso e não se ceda a lobies nem a tubarões. Porque nós continuamos na quase maior ignorância do assunto. indisposto 18:37 26 Julho 2002 RTP

Não tive pachorra para ler até ao fim quem acha que perder um milhão de contos por semana é a mesma coisa que beber um copo de água.

Chamo a isso: forças de bloqueio.

Qualquer medida que este, ou qualquer governo tomasse, seria sempre tropedeada por quem quer que tudo mude, para ficar igualmente na mesma. 5320dma 05:18 24 Maio 2002 Extinga-se o Estatista e o Maris Sarmento, já!!!

Crónica à Portuguesa (3)*

José Madrinha Lima Monteiro de Moroso

Se Francisco Pinto não tivesse tomado a decisão de extinguir alguns institutos, deixando o "Pombalense" ir à falência, teria sido certamente linchado pela opinião publicada.

E, afinal, que pecado cometeu Francisco Pinto?

Este: tomou uma decisão de gestão rigorosa, extirpando o sub-emprego que se verificava nalguns sectores do "Pombalense".

Por outras palavras: exerceu a sua função. Se é Presidente, deve presidir. Se é dirigente, deve dirigir.

Eu faço o mesmo: sendo director, devo direccionar, e direcciono sem tibiezas, como é do conhecimento de todos.

E ninguém tenha dúvidas de que, qualquer que fosse a decisão tomada pelo nosso Presidente, (aqui devo reforçar com mais uns quaisqueres, para dar embalagem e vigor ao final do parágrafo), quaisquer que fossem os argumentos usados, quaisquer que fossem os esclarecimentos prestados, os madraços reagiriam sempre.

Os meus leitores sabem que não gosto de me socorrer de argumentos ad hominen, muito menos de argumentos ad mulherem. Mas há ocasiões em que não fica mal socorrermo-nos desse socorro, passe a redundância – faça favor de passar, minha senhora.

Basta olharmos para o que se passa no nosso concorrente, o "Jesuitense". Uma estrutura ligeira, contando apenas com um Instituto, o Instituto do Director. E é um jornal que dá lucro, pese embora o teor sensacionalista que acompanha diariamente a publicação desse semanário.

Para quê um Instituto de Documentação, pago pelo erário da empresa? Não guardamos nós documentos preciosos para a história do país, não cumprimos nós um verdadeiro serviço público? Logo, extinga-se, ou que seja o Estado a financiá-lo.

Vale o mesmo para o Instituto dos Arquivos, também ele incluído no pacote da extinção. E o Instituto do Cartaz? Devemos ver o nosso ordenado amputado por pagarmos a jornalistas, e pagarmos o papel de divulgação de actividades culturais, e fazê-lo de forma muito mais eficaz que o Estado? Se somos supletivos, que venha o suplemento em euros, se querem que o Instituto continue a funcionar.

E o Instituto Vidas? Não é autêntico serviço público darmos dignidade a notícias que, noutras publicações-rosa surgem em tom avacalhado? Logo, se até contribuímos para elevar o nível do jornalismo cor de rosa, se nos constituímos como um factor moderador das audiências sôfregas de escândalos mal contados, então que o Estado suporte os custos de funcionamento desse Instituto.

O mesmo argumento vale para a extinção de todos os outros Institutos do "Pombalense".

A concluir, perguntarão alguns mal intencionados: então porque é que, ao arrepio dessa febre extintora, se criou, no "Pombalense", o Instituto de Arquitectura?

O que é que a Arquitectura tem a ver com o jornalismo?

Tem tudo, meus amigos, tudo a ver.

Desde logo, foi neste Instituto que se arquitectou a operação de extinção dos outros institutos. O jornalismo hodierno precisa de bases sólidas, robustas, para aguentar um edifício broadsheet como o nosso. Importa arquitectar novas campanhas de captação de leitores, como a venda do "Pombalense" a peso. Já pensaram que, mesmo sem aumentarmos um cêntimo por quilo, caso as leis da concorrência funcionem efectivamente (atenção DGCP), levamos os outros jornais à falência?

Muito mais haveria a dizer, mas deixo-o para uma nota interna.

PS: Tamanha razão tem o Dr. Francisco Pinto que até já há pelo menos um ministro que lhe anda a seguir as pisadas. A cepa dos verdadeiros líderes descobre-se em duas facetas: na escolha dos directores, e na coragem para tomarem decisões difíceis.

In "Jesuitense", órgão oficial dos "Estafetas da Ética", equipa do Departamento de Manutenção dos Elevadores do Duque da terra onde o Octávio tem uma quinta.

novovingador 18:47 17 Maio 2002 Estatista

Pois é é o chamado botar discurso em causa própria. O seu caso deve ser como o Paulo Branco. É bom ser produtor privado com acesso previlegiado à teta dos amigalhaços que estão no Estado. Assim são sempre os que abicham as massas para fazerem filmes como os do Manoel de Oliveira e do César Monteiro que ninguém vê mas que custam os olhos da cara ao erário público e portanto aos impostos de todos (os que pagam já se vê).

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