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10-11-2003
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O gato e o rato O processo de Paulo Pedroso deixou de ser jurídico para passar a político. E se a culpa inicial foi do PS, que com ou sem razão disse estar em curso uma cabala política contra a direcção socialista, o certo é que o Ministério Público está a dar várias provas de que se colocou no mesmo plano. A mais evidente é a revelação cirúrgica, esta semana, de escutas telefónicas realizadas a Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues no dia da detenção do deputado socialista, a 21 de Maio. A mais evidente é a revelação cirúrgica, esta semana, de escutas telefónicas realizadas a Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues no dia da detenção do deputado socialista, a 21 de Maio. Mas já antes tinham existido declarações crispadas do procurador-geral da República, desvalorizando o acórdão do Tribunal da Relação que mandou libertar Paulo Pedroso e afirmando que só haveria justiça em Portugal quando os políticos fossem tratados como quaisquer outros «indivíduos» (sic) - como se o deputado não estivesse a ser tratado como qualquer outro indivíduo depois de quatro meses em prisão preventiva... Mas já antes tinham existido declarações crispadas do procurador-geral da República, desvalorizando o acórdão do Tribunal da Relação que mandou libertar Paulo Pedroso e afirmando que só haveria justiça em Portugal quando os políticos fossem tratados como quaisquer outros «indivíduos» (sic) - como se o deputado não estivesse a ser tratado como qualquer outro indivíduo depois de quatro meses em prisão preventiva... É claro que a recepção apoteótica que Paulo Pedroso teve por parte dos seus correligionários na Assembleia da República após a sua libertação deve ter incomodado o Ministério Público. E as recentes declarações da dirigente socialista Ana Gomes sobre o processo também devem ter contribuído para essa irritação. É claro que a recepção apoteótica que Paulo Pedroso teve por parte dos seus correligionários na Assembleia da República após a sua libertação deve ter incomodado o Ministério Público. E as recentes declarações da dirigente socialista Ana Gomes sobre o processo também devem ter contribuído para essa irritação. Mas a ideia de que o Ministério Público entrou no jogo e responde a cada crítica socialista com fugas de informação sobre o processo, que procuram comprometer Ferro e Pedroso, é intolerável e inadmissível. Mas a ideia de que o Ministério Público entrou no jogo e responde a cada crítica socialista com fugas de informação sobre o processo, que procuram comprometer Ferro e Pedroso, é intolerável e inadmissível. Contudo, as coisas são o que são e Ferro Rodrigues tem de tirar ilações do que se está a passar. E o que se está a passar é que a direcção do maior partido da oposição está constrangida e limitada na sua actuação por este processo, que se vai ainda prolongar por muitos meses. Contudo, as coisas são o que são e Ferro Rodrigues tem de tirar ilações do que se está a passar. E o que se está a passar é que a direcção do maior partido da oposição está constrangida e limitada na sua actuação por este processo, que se vai ainda prolongar por muitos meses. Em cada aparição pública, em cada crítica ao Governo, em cada acção de rua, o cidadão comum não vê o dirigente do maior partido da oposição mas alguém que está enredado num processo de pedofilia e em que o seu número dois é arguido. E isto, obviamente, retira força e credibilidade ao PS. Em cada aparição pública, em cada crítica ao Governo, em cada acção de rua, o cidadão comum não vê o dirigente do maior partido da oposição mas alguém que está enredado num processo de pedofilia e em que o seu número dois é arguido. E isto, obviamente, retira força e credibilidade ao PS. Está, pois, na altura de Ferro Rodrigues concluir que, empurrado para a liderança do partido rosa por força das circunstâncias, também por mero acaso caiu no meio de um processo jurídico-político que o enfraquece e limita para exercer o cargo, pelo que, definitivamente, deve pensar em abandoná-lo. É melhor para ele próprio, certamente para o PS, seguramente para o país, que precisa de uma oposição ao Governo digna desse nome. Está, pois, na altura de Ferro Rodrigues concluir que, empurrado para a liderança do partido rosa por força das circunstâncias, também por mero acaso caiu no meio de um processo jurídico-político que o enfraquece e limita para exercer o cargo, pelo que, definitivamente, deve pensar em abandoná-lo. É melhor para ele próprio, certamente para o PS, seguramente para o país, que precisa de uma oposição ao Governo digna desse nome. Se assim não for, Ferro pode ter a certeza de que o gato constipado continuará a brincar com o rato encurralado. E ele, Ferro, não é o gato constipado. Se assim não for, Ferro pode ter a certeza de que o gato constipado continuará a brincar com o rato encurralado. E ele, Ferro, não é o gato constipado. 20 Outubro 2003

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Comentários

61 a 80 de 143 Zé Luiz 18:00 20 Outubro 2003 Caro Opinador:

Nenhum opositor, em debate nenhum, vai lembrar a Ferro Rodrigues essa frase "nojenta", porque nenhum opositor vai querer ficar com o odioso de usar no debate político uma frase "roubada" a um telefonema privado.

Mas se o fizer, quem vai ficar diminuído não é Ferro Rodrigues, é o tal opositor.

Opinador 17:47 20 Outubro 2003 Ferro Rodrigues está queimado, já não vai a lado nenhum !!!

Uma pessoa que diz "Estou me a cagar para o segredo de justiça"

Em qualquer debate, basta um opositor lhe lembrar esta frase nojenta, para o Ferro Rodrigues ficar diminuído !!! Opinador 17:43 20 Outubro 2003 para Junior Di e Zé Luís

Ferro Rodrigues vai sair do PS, é só uma questão de tempo e já não falta muito, e não é preciso ser muito inteligente para ver isso !

Olhem que eu até queria que ele continuasse, era bom para a maioria governativa! Opinador 17:22 20 Outubro 2003 Confusão na casa «rosa» 20-10-2003 15:23 - PD - Carmo Só e João Vasco

AlmeidaSaleiro pede demissão de Ferro.

Manuel Alegre quer congresso, José Magalhães não

Ferro Rodrigues está sob fogo de três trincheiras:

os que querem um congresso para o consagrar outra vez; os que querem um congresso para o obrigar a demitir-se e aqueles que o querem ver na rua, e já.

O Partido Socialista (PS) vive assim mais um ciclo de vida de altos e baixos.

Se numa semana está em alta com a libertação de Paulo Pedroso, noutra está em baixo com a divulgação de escutas telefónicas.

Vamos aos factos:

Manuel Alegre, deputado socialista, lançou a ideia de um congresso extraordinário, este fim-de-semana, para que Ferro Rodrigues esclarecesse de vez quem estava contra ele e pudesse regressar ao poder sem que restassem dúvidas.

Mas dentro da família socialista o pensamento não é unânime.

Os maiores críticos podem vir a aparecer da ala soarista, com João Soares a perceber que o partido está sem rumo e desarrumado, mas que o espaço de manobra para agir está dependente de um abandono voluntário de Ferro Rodrigues. Assim o diz António Saleiro, apoiante de João Soares, que não tem pejo em declarar, ao PortugalDiário: «Eu quando ouvi a frase [tou-me cagando para o segredo de justiça] disse que [Ferro Rodrigues] só teria uma atitude a tomar: demitir-se às nove da manhã do dia seguinte».

Saleiro considera que «só com uma saída voluntária de Ferro Rodrigues um congresso seria eficaz». Isto é, uma «missa» em nome de Ferro, onde este se recandidate, não resolve nada. E António Saleiro explica porquê:

«O PS é hoje um corpo de dois partidos: o que é solidário com arguidos e o que deixa cair homens considerados inocentes em tribunal». Este incómodo, sentido na pele pelo ex-deputado, leva-o a crer que Ferro é «um líder frágil» e insta João Soares a avançar.

Joel Hasse Ferreira, deputado, responde aos «fantasmas» da oposição interna: «Não vale a pena fazer congressos contra incertos. Se há opositores a Ferro que se mostrem. Agora críticos há sempre». O deputado considera que «fazer um congresso extraordinário antes das eleições europeias contra uma direita unida é absurdo» e questiona: «Se nos últimos dois anos o PS se apresenta nas sondagens em condições de vitória por que razão mudar de liderança ou de estratégia?». Mas Hasse Ferreira também não considera que o eleitorado possa ter interpretado partes das escutas com pudor: «Não vejo nenhuma descredibilização do secretário-geral depois da divulgação das escutas», diz.

Já José Magalhães, vice-presidente da bancada parlamentar do PS, admite que o congresso, agora, só servirá para perder tempo. Nas suas palavras: «Todas as questões são susceptíveis de serem discutidas e resolvidas sem ter que parar o partido. É urgente clarificar mas não virar para dentro», diz o deputado do PS ao PortugalDiário, colocando-se assim contra a posição de Manuel Alegre.

Já António Campos, eurodeputado do PS, solta um desabafo: «Tenho pena de ver o partido neste estado». O histórico socialista avisa o líder Ferro Rodrigues: «Há conversa a mais e reflexão a menos».E mais não quer dizer.

Helena Roseta, também deputada do PS, contactada pelo PortugalDiário nem sequer quis fazer qualquer declaração, remetendo tudo o que tem a dizer «para a comissão política de quinta-feira, não para os jornais», esclareceu.

José Junqueiro é um dos socialistas a pôr o dedo na ferida: «A comissão política da próxima quinta-feira é fundamental para o esclarecimento da vontade política do partido. Ou Ferro demonstra que não quer sujeitar o partido a este caso e sai, ou sai da comissão mais forte». Mas, apesar da lógica, Junqueiro larga uma importante reflexão: «O problema nesta altura é que ninguém tem vontade de substituir Ferro Rodrigues, se isso acontecer é por força maior». Neopoleão 17:11 20 Outubro 2003 Acambem-se as vozearias

O Processo Casa Pia tem gerado à sua volta, desde o início, reacções emotivas para todos os gostos: horas de vigília às portas dos Estabelecimentos Prisionais; espectáculos de solidariedade; pessoas a jurar que se determinado suspeito é pedófila elas também o são (e nalguns casos até parece que sim!); nomeações apressadas de novos membros do CSM; contactos telefónicos entre as mais proeminentes figuras do Estado; clamores contra as cabalas; discursos temáticos de relevantes figuras dos Estado; declarações incontidas de altos(as) dirigentes partidários; festas apoteóticas num lugar que deveria merecer de todos o maior respeito tendo em conta a sua importância simbólica na Democracia Portuguesa; enfim o esquecimento das crianças violadas e violentadas e a condenação implícita dos profissionais que têm por dever zelar pelo seu bem-estar físico e psíquico, da parte do Bastonário da Ordem respectiva, por estes ousarem vir à praça pública denunciar os perigos que correm essas crianças se não forem protegidas, mas com essas parece que poucos se preocupam - o que é compreensível, porque os telejornais deixariam de ter interesse e as televisões baixariam o nível de audiências e os jornais reduziriam substancialmente as suas vendas. Ainda tenho esperança que um dia o ruído irá baixar, as poeiras irão assentar e, finalmente, a Justiça triunfará!

Prestige 17:05 20 Outubro 2003 Quanto às escutas telefónicas acho que são essenciais neste tipo de processos. Sem elas estas movimentações de bastidores e abusos de poder nunca seriam descobertos. O que é inaceitável e preocupante é que elas venham para a praça pública e possam ser utilizadas ao critério de cada um de nós. re-tombola 17:03 20 Outubro 2003 Zé Luiz 16:35 20 Outubro 2003

Caro Zé Luiz,

Ao ler a sua prosa "Golpe de Estado II" não pude deixar de pensar nos idos do PREC.

Souto Moura será o Otelo?

Se sim, quem será o Vasco Gonçalves? Prestige 16:57 20 Outubro 2003 NS diz que Ferro caiu por mero acaso no meio deste processo. Ora, isso não é verdade. Ferro, quando soube do caso, usou todos os seus poderes para interferir no curso do processo e desvalorizou o segredo de justiça. Julgo que o fez por amizade a Pedroso. Mas podia não tê-lo feito. room 102 16:39 20 Outubro 2003 Ainda sobre o medo

Sem querer voltar as origens das religioes ou dos livros sagrados, nao se pode negar existir uma directa relacao entre o medo do desconhecido e o emergir de teorias, sera mais correcto dizer "parateorias", que nos fomentem uma sensacao de controlo. Assim, volto a repetir, toda a questao das cabalas nao pode ser analisada sem enderecar a questao do distanciamneto entre o poder representativo e os seus cidadaos. As explicaoes das cabalas nao sao respostas alternativas, sao respostas paralelas. Da mesma forma que temos "medo" do nascer do Sol, temos medo de toda uma actividade politica e judicial que se apresenta externa ao nosso controlo. E esta e a questao fundamental, que controlo esta hipotecado? Como restaurar a representacao, para de uma maneira directa, se identificar com efectivo controlo pelos representados? Conhecer e o melhor antidoto para os pavores. Por outro lado os medos podem ser catalizadores de conhecimento ou coveiros de racionalidades. Cabera sempre a coragem guiar o conhecimento e neste jogo de valores cabera aos fracos desistir de perseguir explicacoes cabais e encenar explicacoes que invariavelmente se traduzem em explicacoes para os seus pessoais falhancos... re-tombola 16:36 20 Outubro 2003 Opinador 13:42 20 Outubro 2003

Caro Opinador,

Atente bem nestas frases:

Paulo Pedroso: "O procurador-geral disse ao António que achava que já tinha ido tudo para o TIC".

António Costa: "[O procurador-geral] falou com o magistrado do Ministério Público... porque lá o dito Guerra tá lá com ele. E disse-lhe, Eh pá! O problema é que isso já está nas mãos do juiz".

António Costa: "uma testemunha da judiciária não é fiável".

........

No meio disto tudo, como fica o Procurador-Geral?

Seguindo o raciocínio do MP, também eu posso pensar que:

1 - o Procurador-Geral facultou o processo a António Costa (daí ele saber que uma testemunha não era fiável);

2 - que o Procurador-Geral estava aberto a "fazer qualquer coisa" (mas que não podia porque já tinha ido tudo para o TIC);

3 - que o Procurador-Geral falou mesmo com o magistrado do MP (mas, "Eh pá! O problema é que isso já está nas mãos do juiz").

A perguntas que eu faço:

1 - A quem interessou colocar estas conversas nas mãos dos media?

3 - A quem interessa "queimar" o Procurador-Geral, dado que pelo teor das conversas ele mostrou o processo a Costa e até falou ao magistrado do MP?

Tal como diz Clara Ferreira Alves num artigo já aqui transcrito "Uma «cabala» pode ser constituída por um intriguista bem colocado". Zé Luiz 16:35 20 Outubro 2003 Golpe de Estado II

Suponhamos - suponhamos apenas - que Paulo Portas e Celeste Cardona estão por trás desta história toda. Suponhamos que aprenderam com os seus amigos neo-parvos americanos a técnica do golpe de estado pós-moderno e, como bons alunos, não perderam tempo em pô-lo em prática.

Escolheram cúmplices, afastaram possíveis empecilhos, apoderaram-se dos órgãos de Estado necessários. Para o papel de Kenneth Starr escolheram o PGR Souto Moura

Suponhamos que tudo isto é verdade: alguma das coisas que se têm passado quanto ao processo de Paulo Pedroso se teria passado de forma diferente?

Não me peçam provas. As únicas certezas que tenho são em relação a Souto Moura, e se as tenho é porque a sua actuação tem sido pública e susceptível de ser analisada por qualquer pessoa que o veja em directo na televisão.

Até posso apontar o momento em que as minhas suspeitas em relação a Souto Moura se transformaram em convicção. Foi na sequência da libertação de Pedroso e das duas declarações que o PGR fez logo a seguir: que a Relação não se tinha pronunciado sobre os méritos da prova e que Paulo Pedroso continuava a ser arguído.

A primeira destas declarações, soube-se horas depois, era mentira; a segunda era uma verdade tão trivial e tão óbvia que me interroguei sobre os motivos da pressa indecente do PGR em proclamá-la, pressa essa tão pouco consentânea com a ponderação e a prudência que se exigem a um magistrado.

É hoje óbvio, perfeitamente óbvio, que Souto Moura tem uma agenda a cumprir. Não há outra explicação para as suas insinuações, ambiguidades e mentiras perante as câmaras da televisão, e muito menos para a maneira como tem gerido o tempo das suas intervenções. É igualmente óbvio que essa agenda não tem nada a ver com o cumprimento da lei nem com a realização da justiça. É óbvio que é uma agenda política.

Se nem a lógica é uma batata nem Souto Moura propriamente um idiota, temos de ver nele o agente duma conspiração, da qual ainda não conhecemos com absoluta certeza nem os outros agentes, nem os mandantes, nem os contornos exactos, nem sequer, com qualquer grau de precisão, os objectivos.

Mas já não nos podemos iludir: o gato está escondido com o rabo de fora, e Souto Moura é o rabo do gato.

queijo da serra 16:34 20 Outubro 2003 Quando é já público e notório que um sério(?) candidato a Primeiro-Ministro, num país da União Europeia, no início do século XXI, disse que "tou-me cagando pró segredo de justiça", espera-se que faça o quê?

Claro... que continue no lugar de candidato a PM, para fazer jus ao tuguismo nacional, onde a culpa é sempre dos outros e morre invariavelmente solteira.

Com este SG o PS já bateu tão fundo que, das duas uma, ou o põe a andar ou virá a arrepender-se seriamente. liberal 16:18 20 Outubro 2003 Zé Luis, acalme-se, homem !

O que está aqui em causa é apenas saber se Pedroso fez ou não uns bóbós aos miudos (antes de os violar). E parece que há muitos testemunhos nesse sentido... Além de antecedentes ambíguos de Pedroso, Ferro e Vieira da Silva. Lembra-se das instalações de um centro de estudos ao Areeiro em que à noite havia cenas de pedofilia e que o escândalo daí resultante foi abafado pelos mesmos, membros da direcção do respectivo centro ? Há gente doente e que se julga acima da lei. Golpe de estado seria impedir a acção da Justiça só porque um doente pedófilo é político ! O PS (tal como o PSD e PP) devem limpar-se internamente, e sanear os pedófilos que abundam em todos eles... A guerra é entre a Nação e a mafia peidófila que é transversal a todos os partidos ! Além de Souto Moura até é de esquerda e foi nomeado por Costa ! Aqui não há lutas partidárias, só luta judiciária contra criminosos ! O país está podre com tanto doente à solta ! Veja-se o horroroso crime de Ermesinde ! Venha a pena de morte e enforquem-se em público esses energúmenos ! Já sei que é impossível, mas é pena, pelo menos o de Ermesinde... vikto 16:15 20 Outubro 2003 O incómodo

Cá para mim o Secretário Geral do PS anda a incomodar muita gente!

Ele é comentadores, jornalistas, políticos, eté magistrados...

Vejam só como um homem consegue ter tanta gente incomodada.

Só que se reparar-mos bem todos aqueles que apelam à sua demissão, são os mesmos que não conseguem que os seus apaniguados políticos deêm um rumo melhor a Portugal!

Eles são os Marcelos, os Pachecos, as Judites, os S.Tavares, os PGRs, as SIC, as TVIs, as RTPs os Expressos, os DNs,etc...

Grande parte deles responsaveis pela intrigas que grassam na nossa sociedade há já muito tempo.

Destes, não tenho grande ilusão acerca da sua contribuição para a prosperidade do meu país!

Quanto a Ferro Rodrigues, e quando foi chamado a responsabilidades, conseguiu ser um dos raros governantes a fazer obra - veja-se o caso da Seg. Social, que está infelizmente a ser malbaratada por este desgoverno - tem da minha parte uma modesta palavra de incentivo, para que continue, se bata sem tráguas, para acadar duma vez por todas, com a impunidade daqueles que clamando pelos "segredos de justiça" o estão permanentemente a violar!

re-tombola 16:09 20 Outubro 2003 zeanjo 10:19 20 Outubro 2003

"Há homens que lutam um dia e são bons. Há homens que lutam meses e esses são muito bons. Há os que lutam anos, esses são melhores. Mas há os que lutam a vida toda. Estes são imprescindíveis."

Berthold Bretch

JuniorDi 16:07 20 Outubro 2003 CONTINUO NA MINHA.......................

O Governo e seus menbros mais a maioria que o apoia, estão a tirar muitas marrecas das suas costas e a pô-las nas costas dos outros.

Ontem naquela propaganda dominical da TVI só faltou ao dito Professor espumar, e também não anda muito longe o outro da SIC que criticava o que Muito Mentiroso publicou, mas agora, tudo serve, inclusivé, escutas emenadas da responsabilidade do governo do seu partido, mas a marreca é prós outros.

BOA..........

Que ricos politicos que Portugal tem, assim vai muito longe á vai, vai.

Major Tacinhas 16:03 20 Outubro 2003 Hoje foi tinto reserva da Vidigueira.

Apesar dos vapores inebriantes, ainda descortino que chegue para perguntar: Oh Dr. Nicolau Santos, só agora chegou à conclusão de que o Féfé, o que melhor que fazia, era deixar o cargo para outro camarada menos comprometido com a bosta?

A maior parte dos socialistas que pensam e não batem palmas aos líderes só por bater, já chegaram a tal conclusão há muito tempo.

O Governo Burroso precisa de Oposição forte, credível, construtiva, e não de entaramelados incompetentes, enredados em escândalos dos seus fieis. Aguaviva 15:45 20 Outubro 2003 Esto é apenas mais um exemplo da hipocrisia portuguesa:

-o Ferro Rodrigues "está-se cagando para o segredo de justiça"? Parece que não é o único, a começar pelo MP: ou será que difundir, "sabiamente", gota a gota, as chamadas escutras telefónicas, conforme der jeito à defesa, para a comunicação social é respeitar o segredo de justiça? NESTE CASO PARECE QUE EM PORTUGAL TODA A GENTE SE ESTÁ A CAGAR PARA O SEGREDO DE JUSTIÇA!

2. Gostava só de imaginar o que se ouviria no telemóvel de um dos ministros demitidos, caso ele estivesse sob escuta! Se calhar eram coisas mais graves do que o "cagar" ou as "caneladas".

O próprio Júdice já admitiu que várias vezes "se passou" ao telemóvel e disse coisas muitas mais exaltadas. Sorte a dele não estar a ser escutado! Será que neste momento não estaremos a ser escutados também? É o "big brother" à escala nacional!

3. Eu não quero saber do que disseram as pessoas sobre a eventual prisão do Paulo Pedroso. Eu quero é saber quais as provas que existem para o acusar de pedofilia. A ele e a todos os outros. Quero que se faça justiça! Quero acreditar que o MP não está a fazer uma espécie de "vendetta" com contornos de que não me apercebo totalmente! Se querem apresentar provas contra os arguidos e seus amigos, mostram-na! Mas de uma vez por todas e não insidiosamente e oportunisticamente! Quero ter alguma confiança na Justiça!E neste momento tenho muito pouca! MUIATENTO 15:42 20 Outubro 2003 PEDOFILIA E ESCUTAS Reparem:

Curiosamente ambos os crimes têm como ponto comum a VIOLAÇÃO.

Num trata-se de violação continuada de crianças com menos de 14 anos.

Noutro tata-se da violação do segredo de Justiça.

Pondo ambos nos pratos da balança da justiça qual o mais horroroso?

Para mim e, certamente, todos os que não são pedófilos será o da VIOLAÇÃO DAS CRIANCINHAS e é esse que temos de combater, em primeiro lugar, depois seguir-se-ão os outros.

Cada qual valorizá-los-á conforme a sua consciência....

O curioso é ver alguns membros do PS e seus defensores a tentarem eleger como mais hediondo o segredo de justiça....

E lembrar-me eu que já votei PS. outros tempos outros dirigentes... pyrenaica 15:41 20 Outubro 2003 demissão de Souto Moura e outros

Não sei quem trata deste assunto mas não posso deixar de pedir a cabeça de Souto Moura o homem que responde em última análise pelas fugas de informação do que estava sob "segredo de Justiça". Entretanto reitero o meu apoio a FR e volto a atacar, ao jeito de Ana Gomes: como é que é possível que a PGR não investigue a acusação lançada no Le Point, assinada por Rui Araujo, de que existem dois ministros pedófilos no governo de Portugal? < anteriores seguintes >

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O gato e o rato O processo de Paulo Pedroso deixou de ser jurídico para passar a político. E se a culpa inicial foi do PS, que com ou sem razão disse estar em curso uma cabala política contra a direcção socialista, o certo é que o Ministério Público está a dar várias provas de que se colocou no mesmo plano. A mais evidente é a revelação cirúrgica, esta semana, de escutas telefónicas realizadas a Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues no dia da detenção do deputado socialista, a 21 de Maio. A mais evidente é a revelação cirúrgica, esta semana, de escutas telefónicas realizadas a Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues no dia da detenção do deputado socialista, a 21 de Maio. Mas já antes tinham existido declarações crispadas do procurador-geral da República, desvalorizando o acórdão do Tribunal da Relação que mandou libertar Paulo Pedroso e afirmando que só haveria justiça em Portugal quando os políticos fossem tratados como quaisquer outros «indivíduos» (sic) - como se o deputado não estivesse a ser tratado como qualquer outro indivíduo depois de quatro meses em prisão preventiva... Mas já antes tinham existido declarações crispadas do procurador-geral da República, desvalorizando o acórdão do Tribunal da Relação que mandou libertar Paulo Pedroso e afirmando que só haveria justiça em Portugal quando os políticos fossem tratados como quaisquer outros «indivíduos» (sic) - como se o deputado não estivesse a ser tratado como qualquer outro indivíduo depois de quatro meses em prisão preventiva... É claro que a recepção apoteótica que Paulo Pedroso teve por parte dos seus correligionários na Assembleia da República após a sua libertação deve ter incomodado o Ministério Público. E as recentes declarações da dirigente socialista Ana Gomes sobre o processo também devem ter contribuído para essa irritação. É claro que a recepção apoteótica que Paulo Pedroso teve por parte dos seus correligionários na Assembleia da República após a sua libertação deve ter incomodado o Ministério Público. E as recentes declarações da dirigente socialista Ana Gomes sobre o processo também devem ter contribuído para essa irritação. Mas a ideia de que o Ministério Público entrou no jogo e responde a cada crítica socialista com fugas de informação sobre o processo, que procuram comprometer Ferro e Pedroso, é intolerável e inadmissível. Mas a ideia de que o Ministério Público entrou no jogo e responde a cada crítica socialista com fugas de informação sobre o processo, que procuram comprometer Ferro e Pedroso, é intolerável e inadmissível. Contudo, as coisas são o que são e Ferro Rodrigues tem de tirar ilações do que se está a passar. E o que se está a passar é que a direcção do maior partido da oposição está constrangida e limitada na sua actuação por este processo, que se vai ainda prolongar por muitos meses. Contudo, as coisas são o que são e Ferro Rodrigues tem de tirar ilações do que se está a passar. E o que se está a passar é que a direcção do maior partido da oposição está constrangida e limitada na sua actuação por este processo, que se vai ainda prolongar por muitos meses. Em cada aparição pública, em cada crítica ao Governo, em cada acção de rua, o cidadão comum não vê o dirigente do maior partido da oposição mas alguém que está enredado num processo de pedofilia e em que o seu número dois é arguido. E isto, obviamente, retira força e credibilidade ao PS. Em cada aparição pública, em cada crítica ao Governo, em cada acção de rua, o cidadão comum não vê o dirigente do maior partido da oposição mas alguém que está enredado num processo de pedofilia e em que o seu número dois é arguido. E isto, obviamente, retira força e credibilidade ao PS. Está, pois, na altura de Ferro Rodrigues concluir que, empurrado para a liderança do partido rosa por força das circunstâncias, também por mero acaso caiu no meio de um processo jurídico-político que o enfraquece e limita para exercer o cargo, pelo que, definitivamente, deve pensar em abandoná-lo. É melhor para ele próprio, certamente para o PS, seguramente para o país, que precisa de uma oposição ao Governo digna desse nome. Está, pois, na altura de Ferro Rodrigues concluir que, empurrado para a liderança do partido rosa por força das circunstâncias, também por mero acaso caiu no meio de um processo jurídico-político que o enfraquece e limita para exercer o cargo, pelo que, definitivamente, deve pensar em abandoná-lo. É melhor para ele próprio, certamente para o PS, seguramente para o país, que precisa de uma oposição ao Governo digna desse nome. Se assim não for, Ferro pode ter a certeza de que o gato constipado continuará a brincar com o rato encurralado. E ele, Ferro, não é o gato constipado. Se assim não for, Ferro pode ter a certeza de que o gato constipado continuará a brincar com o rato encurralado. E ele, Ferro, não é o gato constipado. 20 Outubro 2003

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Comentários

61 a 80 de 143 Zé Luiz 18:00 20 Outubro 2003 Caro Opinador:

Nenhum opositor, em debate nenhum, vai lembrar a Ferro Rodrigues essa frase "nojenta", porque nenhum opositor vai querer ficar com o odioso de usar no debate político uma frase "roubada" a um telefonema privado.

Mas se o fizer, quem vai ficar diminuído não é Ferro Rodrigues, é o tal opositor.

Opinador 17:47 20 Outubro 2003 Ferro Rodrigues está queimado, já não vai a lado nenhum !!!

Uma pessoa que diz "Estou me a cagar para o segredo de justiça"

Em qualquer debate, basta um opositor lhe lembrar esta frase nojenta, para o Ferro Rodrigues ficar diminuído !!! Opinador 17:43 20 Outubro 2003 para Junior Di e Zé Luís

Ferro Rodrigues vai sair do PS, é só uma questão de tempo e já não falta muito, e não é preciso ser muito inteligente para ver isso !

Olhem que eu até queria que ele continuasse, era bom para a maioria governativa! Opinador 17:22 20 Outubro 2003 Confusão na casa «rosa» 20-10-2003 15:23 - PD - Carmo Só e João Vasco

AlmeidaSaleiro pede demissão de Ferro.

Manuel Alegre quer congresso, José Magalhães não

Ferro Rodrigues está sob fogo de três trincheiras:

os que querem um congresso para o consagrar outra vez; os que querem um congresso para o obrigar a demitir-se e aqueles que o querem ver na rua, e já.

O Partido Socialista (PS) vive assim mais um ciclo de vida de altos e baixos.

Se numa semana está em alta com a libertação de Paulo Pedroso, noutra está em baixo com a divulgação de escutas telefónicas.

Vamos aos factos:

Manuel Alegre, deputado socialista, lançou a ideia de um congresso extraordinário, este fim-de-semana, para que Ferro Rodrigues esclarecesse de vez quem estava contra ele e pudesse regressar ao poder sem que restassem dúvidas.

Mas dentro da família socialista o pensamento não é unânime.

Os maiores críticos podem vir a aparecer da ala soarista, com João Soares a perceber que o partido está sem rumo e desarrumado, mas que o espaço de manobra para agir está dependente de um abandono voluntário de Ferro Rodrigues. Assim o diz António Saleiro, apoiante de João Soares, que não tem pejo em declarar, ao PortugalDiário: «Eu quando ouvi a frase [tou-me cagando para o segredo de justiça] disse que [Ferro Rodrigues] só teria uma atitude a tomar: demitir-se às nove da manhã do dia seguinte».

Saleiro considera que «só com uma saída voluntária de Ferro Rodrigues um congresso seria eficaz». Isto é, uma «missa» em nome de Ferro, onde este se recandidate, não resolve nada. E António Saleiro explica porquê:

«O PS é hoje um corpo de dois partidos: o que é solidário com arguidos e o que deixa cair homens considerados inocentes em tribunal». Este incómodo, sentido na pele pelo ex-deputado, leva-o a crer que Ferro é «um líder frágil» e insta João Soares a avançar.

Joel Hasse Ferreira, deputado, responde aos «fantasmas» da oposição interna: «Não vale a pena fazer congressos contra incertos. Se há opositores a Ferro que se mostrem. Agora críticos há sempre». O deputado considera que «fazer um congresso extraordinário antes das eleições europeias contra uma direita unida é absurdo» e questiona: «Se nos últimos dois anos o PS se apresenta nas sondagens em condições de vitória por que razão mudar de liderança ou de estratégia?». Mas Hasse Ferreira também não considera que o eleitorado possa ter interpretado partes das escutas com pudor: «Não vejo nenhuma descredibilização do secretário-geral depois da divulgação das escutas», diz.

Já José Magalhães, vice-presidente da bancada parlamentar do PS, admite que o congresso, agora, só servirá para perder tempo. Nas suas palavras: «Todas as questões são susceptíveis de serem discutidas e resolvidas sem ter que parar o partido. É urgente clarificar mas não virar para dentro», diz o deputado do PS ao PortugalDiário, colocando-se assim contra a posição de Manuel Alegre.

Já António Campos, eurodeputado do PS, solta um desabafo: «Tenho pena de ver o partido neste estado». O histórico socialista avisa o líder Ferro Rodrigues: «Há conversa a mais e reflexão a menos».E mais não quer dizer.

Helena Roseta, também deputada do PS, contactada pelo PortugalDiário nem sequer quis fazer qualquer declaração, remetendo tudo o que tem a dizer «para a comissão política de quinta-feira, não para os jornais», esclareceu.

José Junqueiro é um dos socialistas a pôr o dedo na ferida: «A comissão política da próxima quinta-feira é fundamental para o esclarecimento da vontade política do partido. Ou Ferro demonstra que não quer sujeitar o partido a este caso e sai, ou sai da comissão mais forte». Mas, apesar da lógica, Junqueiro larga uma importante reflexão: «O problema nesta altura é que ninguém tem vontade de substituir Ferro Rodrigues, se isso acontecer é por força maior». Neopoleão 17:11 20 Outubro 2003 Acambem-se as vozearias

O Processo Casa Pia tem gerado à sua volta, desde o início, reacções emotivas para todos os gostos: horas de vigília às portas dos Estabelecimentos Prisionais; espectáculos de solidariedade; pessoas a jurar que se determinado suspeito é pedófila elas também o são (e nalguns casos até parece que sim!); nomeações apressadas de novos membros do CSM; contactos telefónicos entre as mais proeminentes figuras do Estado; clamores contra as cabalas; discursos temáticos de relevantes figuras dos Estado; declarações incontidas de altos(as) dirigentes partidários; festas apoteóticas num lugar que deveria merecer de todos o maior respeito tendo em conta a sua importância simbólica na Democracia Portuguesa; enfim o esquecimento das crianças violadas e violentadas e a condenação implícita dos profissionais que têm por dever zelar pelo seu bem-estar físico e psíquico, da parte do Bastonário da Ordem respectiva, por estes ousarem vir à praça pública denunciar os perigos que correm essas crianças se não forem protegidas, mas com essas parece que poucos se preocupam - o que é compreensível, porque os telejornais deixariam de ter interesse e as televisões baixariam o nível de audiências e os jornais reduziriam substancialmente as suas vendas. Ainda tenho esperança que um dia o ruído irá baixar, as poeiras irão assentar e, finalmente, a Justiça triunfará!

Prestige 17:05 20 Outubro 2003 Quanto às escutas telefónicas acho que são essenciais neste tipo de processos. Sem elas estas movimentações de bastidores e abusos de poder nunca seriam descobertos. O que é inaceitável e preocupante é que elas venham para a praça pública e possam ser utilizadas ao critério de cada um de nós. re-tombola 17:03 20 Outubro 2003 Zé Luiz 16:35 20 Outubro 2003

Caro Zé Luiz,

Ao ler a sua prosa "Golpe de Estado II" não pude deixar de pensar nos idos do PREC.

Souto Moura será o Otelo?

Se sim, quem será o Vasco Gonçalves? Prestige 16:57 20 Outubro 2003 NS diz que Ferro caiu por mero acaso no meio deste processo. Ora, isso não é verdade. Ferro, quando soube do caso, usou todos os seus poderes para interferir no curso do processo e desvalorizou o segredo de justiça. Julgo que o fez por amizade a Pedroso. Mas podia não tê-lo feito. room 102 16:39 20 Outubro 2003 Ainda sobre o medo

Sem querer voltar as origens das religioes ou dos livros sagrados, nao se pode negar existir uma directa relacao entre o medo do desconhecido e o emergir de teorias, sera mais correcto dizer "parateorias", que nos fomentem uma sensacao de controlo. Assim, volto a repetir, toda a questao das cabalas nao pode ser analisada sem enderecar a questao do distanciamneto entre o poder representativo e os seus cidadaos. As explicaoes das cabalas nao sao respostas alternativas, sao respostas paralelas. Da mesma forma que temos "medo" do nascer do Sol, temos medo de toda uma actividade politica e judicial que se apresenta externa ao nosso controlo. E esta e a questao fundamental, que controlo esta hipotecado? Como restaurar a representacao, para de uma maneira directa, se identificar com efectivo controlo pelos representados? Conhecer e o melhor antidoto para os pavores. Por outro lado os medos podem ser catalizadores de conhecimento ou coveiros de racionalidades. Cabera sempre a coragem guiar o conhecimento e neste jogo de valores cabera aos fracos desistir de perseguir explicacoes cabais e encenar explicacoes que invariavelmente se traduzem em explicacoes para os seus pessoais falhancos... re-tombola 16:36 20 Outubro 2003 Opinador 13:42 20 Outubro 2003

Caro Opinador,

Atente bem nestas frases:

Paulo Pedroso: "O procurador-geral disse ao António que achava que já tinha ido tudo para o TIC".

António Costa: "[O procurador-geral] falou com o magistrado do Ministério Público... porque lá o dito Guerra tá lá com ele. E disse-lhe, Eh pá! O problema é que isso já está nas mãos do juiz".

António Costa: "uma testemunha da judiciária não é fiável".

........

No meio disto tudo, como fica o Procurador-Geral?

Seguindo o raciocínio do MP, também eu posso pensar que:

1 - o Procurador-Geral facultou o processo a António Costa (daí ele saber que uma testemunha não era fiável);

2 - que o Procurador-Geral estava aberto a "fazer qualquer coisa" (mas que não podia porque já tinha ido tudo para o TIC);

3 - que o Procurador-Geral falou mesmo com o magistrado do MP (mas, "Eh pá! O problema é que isso já está nas mãos do juiz").

A perguntas que eu faço:

1 - A quem interessou colocar estas conversas nas mãos dos media?

3 - A quem interessa "queimar" o Procurador-Geral, dado que pelo teor das conversas ele mostrou o processo a Costa e até falou ao magistrado do MP?

Tal como diz Clara Ferreira Alves num artigo já aqui transcrito "Uma «cabala» pode ser constituída por um intriguista bem colocado". Zé Luiz 16:35 20 Outubro 2003 Golpe de Estado II

Suponhamos - suponhamos apenas - que Paulo Portas e Celeste Cardona estão por trás desta história toda. Suponhamos que aprenderam com os seus amigos neo-parvos americanos a técnica do golpe de estado pós-moderno e, como bons alunos, não perderam tempo em pô-lo em prática.

Escolheram cúmplices, afastaram possíveis empecilhos, apoderaram-se dos órgãos de Estado necessários. Para o papel de Kenneth Starr escolheram o PGR Souto Moura

Suponhamos que tudo isto é verdade: alguma das coisas que se têm passado quanto ao processo de Paulo Pedroso se teria passado de forma diferente?

Não me peçam provas. As únicas certezas que tenho são em relação a Souto Moura, e se as tenho é porque a sua actuação tem sido pública e susceptível de ser analisada por qualquer pessoa que o veja em directo na televisão.

Até posso apontar o momento em que as minhas suspeitas em relação a Souto Moura se transformaram em convicção. Foi na sequência da libertação de Pedroso e das duas declarações que o PGR fez logo a seguir: que a Relação não se tinha pronunciado sobre os méritos da prova e que Paulo Pedroso continuava a ser arguído.

A primeira destas declarações, soube-se horas depois, era mentira; a segunda era uma verdade tão trivial e tão óbvia que me interroguei sobre os motivos da pressa indecente do PGR em proclamá-la, pressa essa tão pouco consentânea com a ponderação e a prudência que se exigem a um magistrado.

É hoje óbvio, perfeitamente óbvio, que Souto Moura tem uma agenda a cumprir. Não há outra explicação para as suas insinuações, ambiguidades e mentiras perante as câmaras da televisão, e muito menos para a maneira como tem gerido o tempo das suas intervenções. É igualmente óbvio que essa agenda não tem nada a ver com o cumprimento da lei nem com a realização da justiça. É óbvio que é uma agenda política.

Se nem a lógica é uma batata nem Souto Moura propriamente um idiota, temos de ver nele o agente duma conspiração, da qual ainda não conhecemos com absoluta certeza nem os outros agentes, nem os mandantes, nem os contornos exactos, nem sequer, com qualquer grau de precisão, os objectivos.

Mas já não nos podemos iludir: o gato está escondido com o rabo de fora, e Souto Moura é o rabo do gato.

queijo da serra 16:34 20 Outubro 2003 Quando é já público e notório que um sério(?) candidato a Primeiro-Ministro, num país da União Europeia, no início do século XXI, disse que "tou-me cagando pró segredo de justiça", espera-se que faça o quê?

Claro... que continue no lugar de candidato a PM, para fazer jus ao tuguismo nacional, onde a culpa é sempre dos outros e morre invariavelmente solteira.

Com este SG o PS já bateu tão fundo que, das duas uma, ou o põe a andar ou virá a arrepender-se seriamente. liberal 16:18 20 Outubro 2003 Zé Luis, acalme-se, homem !

O que está aqui em causa é apenas saber se Pedroso fez ou não uns bóbós aos miudos (antes de os violar). E parece que há muitos testemunhos nesse sentido... Além de antecedentes ambíguos de Pedroso, Ferro e Vieira da Silva. Lembra-se das instalações de um centro de estudos ao Areeiro em que à noite havia cenas de pedofilia e que o escândalo daí resultante foi abafado pelos mesmos, membros da direcção do respectivo centro ? Há gente doente e que se julga acima da lei. Golpe de estado seria impedir a acção da Justiça só porque um doente pedófilo é político ! O PS (tal como o PSD e PP) devem limpar-se internamente, e sanear os pedófilos que abundam em todos eles... A guerra é entre a Nação e a mafia peidófila que é transversal a todos os partidos ! Além de Souto Moura até é de esquerda e foi nomeado por Costa ! Aqui não há lutas partidárias, só luta judiciária contra criminosos ! O país está podre com tanto doente à solta ! Veja-se o horroroso crime de Ermesinde ! Venha a pena de morte e enforquem-se em público esses energúmenos ! Já sei que é impossível, mas é pena, pelo menos o de Ermesinde... vikto 16:15 20 Outubro 2003 O incómodo

Cá para mim o Secretário Geral do PS anda a incomodar muita gente!

Ele é comentadores, jornalistas, políticos, eté magistrados...

Vejam só como um homem consegue ter tanta gente incomodada.

Só que se reparar-mos bem todos aqueles que apelam à sua demissão, são os mesmos que não conseguem que os seus apaniguados políticos deêm um rumo melhor a Portugal!

Eles são os Marcelos, os Pachecos, as Judites, os S.Tavares, os PGRs, as SIC, as TVIs, as RTPs os Expressos, os DNs,etc...

Grande parte deles responsaveis pela intrigas que grassam na nossa sociedade há já muito tempo.

Destes, não tenho grande ilusão acerca da sua contribuição para a prosperidade do meu país!

Quanto a Ferro Rodrigues, e quando foi chamado a responsabilidades, conseguiu ser um dos raros governantes a fazer obra - veja-se o caso da Seg. Social, que está infelizmente a ser malbaratada por este desgoverno - tem da minha parte uma modesta palavra de incentivo, para que continue, se bata sem tráguas, para acadar duma vez por todas, com a impunidade daqueles que clamando pelos "segredos de justiça" o estão permanentemente a violar!

re-tombola 16:09 20 Outubro 2003 zeanjo 10:19 20 Outubro 2003

"Há homens que lutam um dia e são bons. Há homens que lutam meses e esses são muito bons. Há os que lutam anos, esses são melhores. Mas há os que lutam a vida toda. Estes são imprescindíveis."

Berthold Bretch

JuniorDi 16:07 20 Outubro 2003 CONTINUO NA MINHA.......................

O Governo e seus menbros mais a maioria que o apoia, estão a tirar muitas marrecas das suas costas e a pô-las nas costas dos outros.

Ontem naquela propaganda dominical da TVI só faltou ao dito Professor espumar, e também não anda muito longe o outro da SIC que criticava o que Muito Mentiroso publicou, mas agora, tudo serve, inclusivé, escutas emenadas da responsabilidade do governo do seu partido, mas a marreca é prós outros.

BOA..........

Que ricos politicos que Portugal tem, assim vai muito longe á vai, vai.

Major Tacinhas 16:03 20 Outubro 2003 Hoje foi tinto reserva da Vidigueira.

Apesar dos vapores inebriantes, ainda descortino que chegue para perguntar: Oh Dr. Nicolau Santos, só agora chegou à conclusão de que o Féfé, o que melhor que fazia, era deixar o cargo para outro camarada menos comprometido com a bosta?

A maior parte dos socialistas que pensam e não batem palmas aos líderes só por bater, já chegaram a tal conclusão há muito tempo.

O Governo Burroso precisa de Oposição forte, credível, construtiva, e não de entaramelados incompetentes, enredados em escândalos dos seus fieis. Aguaviva 15:45 20 Outubro 2003 Esto é apenas mais um exemplo da hipocrisia portuguesa:

-o Ferro Rodrigues "está-se cagando para o segredo de justiça"? Parece que não é o único, a começar pelo MP: ou será que difundir, "sabiamente", gota a gota, as chamadas escutras telefónicas, conforme der jeito à defesa, para a comunicação social é respeitar o segredo de justiça? NESTE CASO PARECE QUE EM PORTUGAL TODA A GENTE SE ESTÁ A CAGAR PARA O SEGREDO DE JUSTIÇA!

2. Gostava só de imaginar o que se ouviria no telemóvel de um dos ministros demitidos, caso ele estivesse sob escuta! Se calhar eram coisas mais graves do que o "cagar" ou as "caneladas".

O próprio Júdice já admitiu que várias vezes "se passou" ao telemóvel e disse coisas muitas mais exaltadas. Sorte a dele não estar a ser escutado! Será que neste momento não estaremos a ser escutados também? É o "big brother" à escala nacional!

3. Eu não quero saber do que disseram as pessoas sobre a eventual prisão do Paulo Pedroso. Eu quero é saber quais as provas que existem para o acusar de pedofilia. A ele e a todos os outros. Quero que se faça justiça! Quero acreditar que o MP não está a fazer uma espécie de "vendetta" com contornos de que não me apercebo totalmente! Se querem apresentar provas contra os arguidos e seus amigos, mostram-na! Mas de uma vez por todas e não insidiosamente e oportunisticamente! Quero ter alguma confiança na Justiça!E neste momento tenho muito pouca! MUIATENTO 15:42 20 Outubro 2003 PEDOFILIA E ESCUTAS Reparem:

Curiosamente ambos os crimes têm como ponto comum a VIOLAÇÃO.

Num trata-se de violação continuada de crianças com menos de 14 anos.

Noutro tata-se da violação do segredo de Justiça.

Pondo ambos nos pratos da balança da justiça qual o mais horroroso?

Para mim e, certamente, todos os que não são pedófilos será o da VIOLAÇÃO DAS CRIANCINHAS e é esse que temos de combater, em primeiro lugar, depois seguir-se-ão os outros.

Cada qual valorizá-los-á conforme a sua consciência....

O curioso é ver alguns membros do PS e seus defensores a tentarem eleger como mais hediondo o segredo de justiça....

E lembrar-me eu que já votei PS. outros tempos outros dirigentes... pyrenaica 15:41 20 Outubro 2003 demissão de Souto Moura e outros

Não sei quem trata deste assunto mas não posso deixar de pedir a cabeça de Souto Moura o homem que responde em última análise pelas fugas de informação do que estava sob "segredo de Justiça". Entretanto reitero o meu apoio a FR e volto a atacar, ao jeito de Ana Gomes: como é que é possível que a PGR não investigue a acusação lançada no Le Point, assinada por Rui Araujo, de que existem dois ministros pedófilos no governo de Portugal? < anteriores seguintes >

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