PS denuncia concepção orçamental "entre o básico e o salazarento"...

26-10-2004
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PS Denuncia Concepção Orçamental "Entre o Básico e o Salazarento"...

Terça-feira, 14 de Setembro de 2004 O PS reagiu à "comunicação ao país" feita pelo ministro das Finanças, António Bagão Félix, lendo nas suas palavras o reconhecimento do fracasso do anterior Governo de Durão Barroso no equilíbrio das contas públicas. O deputado do PS Joel Hasse Ferreira acusa Bagão Félix de ter apresentado "uma concepção de equilíbrio orçamental entre o básico e o salazarento, ignorando o pensamento económico moderno". "Na sua comunicação, o ministro confessou o falhanço dos governos PSD-CDS no objectivo de equilíbrio das finanças públicas sem recurso a receitas extraordinárias, mas também disse que iria utilizar a mesma terapia errada em 2005", apontou Hasse Ferreira. O deputado criticou também o facto de o ministro não ter clarificado se os funcionários públicos terão, ou não, aumentos reais de salários em 2005. Criticou, também, que o titular da pasta das Finanças tenha feito "um discurso muito vago sobre eventuais mudanças em sede de IRS". "Bagão Félix não apresentou qualquer visão estratégica sobre o futuro, revelou-se passivo perante o processo de revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia e insensível em relação às questões sociais do país", acrescentou o deputado do PS. Hasse Ferreira desafiou o ministro a explicar "que contributos quer o Governo dar" sobre a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Para o deputado socialista esta comunicação serve apenas para adivinhar que o Governo "prepara um fraco Orçamento" ...PCP resume discurso a um conjunto de "tretas".. O dirigente do PCP Agostinho Lopes acusou o ministro das Finanças, Bagão Félix, de ter "arranjado" um conjunto de "tretas" para continuar a penalizar os trabalhadores e os pensionistas, deixando os ricos na mesma. Agostinho Lopes referiu que havia uma expectativa elevada quanto ao teor da comunicação ao país de Bagão Félix sobre as Finanças Públicas, "resultado da propaganda do Governo". Mas, acrescentou o dirigente comunista, "assistimos a uma verdadeira conversa em família, com o ministro a aparecer com um insuportável paternalismo de mestre de escola", apresentando um discurso "cheio de mentiras". "O que o ministro nos quis dizer, no fundo, com aquelas tretas que arranjou, é que os penalizados serão os mesmos de sempre, os trabalhadores e os seus salários, deixando os ricos na mesma", sustentou. Ainda segundo Agostinho Lopes, o ministro das Finanças acabou por comunicar ao país que "a economia portuguesa vai continuar estagnada, que o país vai continuar a divergir da União Europeia e que os mais de 500 mil desempregados continuarão sem solução". "Perante isto, retiramos uma conclusão: não se resolvem os problemas das Finanças Públicas em Portugal, sem outra política e sem outro Governo", acrescentou o dirigente do PCP. e BE descobre "contradições" no discurso do ministro O deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã comentou a comunicação ao país do ministro das Finanças denunciando as "contradições" do seu discurso. "Veio anunciar que a política seguida pelo anterior Governo sobre o património era ilusória e no entanto continuará a segui-la. Mas o mais importante é que tem um discurso de retoma que choca com a realidade: só haverá retoma quando o desemprego diminuir", reagiu Louça, que assinalou ainda outra contradição no facto de o ministro anunciar a retoma ao mesmo tempo que avisa que os portugueses vão ter pagar mais ao Estado. O bloquista considerou ainda que esta comunicação teve, pelo menos, o mérito de revelar o tipo de Estado defendido por Bagão Félix: "Cobrador ganancioso." Sobre as referências feitas à possível redução do IRS, Louçã pergunta "quais serão". "Aplicados nos gastos com a saúde, com a educação dos filhos?", questiona antes de lembrar que o único compromisso assumido pelo PSD sobre a matéria foi a de "reduzir os impostos de 40 para 35 por cento para os mais ricos". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE PS denuncia concepção orçamental "entre o básico e o salazarento"...

Crescimento da economia é o "objectivo nuclear" do Governo para os próximos anos

%Cristina Ferreira

PS Denuncia Concepção Orçamental "Entre o Básico e o Salazarento"...

Terça-feira, 14 de Setembro de 2004 O PS reagiu à "comunicação ao país" feita pelo ministro das Finanças, António Bagão Félix, lendo nas suas palavras o reconhecimento do fracasso do anterior Governo de Durão Barroso no equilíbrio das contas públicas. O deputado do PS Joel Hasse Ferreira acusa Bagão Félix de ter apresentado "uma concepção de equilíbrio orçamental entre o básico e o salazarento, ignorando o pensamento económico moderno". "Na sua comunicação, o ministro confessou o falhanço dos governos PSD-CDS no objectivo de equilíbrio das finanças públicas sem recurso a receitas extraordinárias, mas também disse que iria utilizar a mesma terapia errada em 2005", apontou Hasse Ferreira. O deputado criticou também o facto de o ministro não ter clarificado se os funcionários públicos terão, ou não, aumentos reais de salários em 2005. Criticou, também, que o titular da pasta das Finanças tenha feito "um discurso muito vago sobre eventuais mudanças em sede de IRS". "Bagão Félix não apresentou qualquer visão estratégica sobre o futuro, revelou-se passivo perante o processo de revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia e insensível em relação às questões sociais do país", acrescentou o deputado do PS. Hasse Ferreira desafiou o ministro a explicar "que contributos quer o Governo dar" sobre a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Para o deputado socialista esta comunicação serve apenas para adivinhar que o Governo "prepara um fraco Orçamento" ...PCP resume discurso a um conjunto de "tretas".. O dirigente do PCP Agostinho Lopes acusou o ministro das Finanças, Bagão Félix, de ter "arranjado" um conjunto de "tretas" para continuar a penalizar os trabalhadores e os pensionistas, deixando os ricos na mesma. Agostinho Lopes referiu que havia uma expectativa elevada quanto ao teor da comunicação ao país de Bagão Félix sobre as Finanças Públicas, "resultado da propaganda do Governo". Mas, acrescentou o dirigente comunista, "assistimos a uma verdadeira conversa em família, com o ministro a aparecer com um insuportável paternalismo de mestre de escola", apresentando um discurso "cheio de mentiras". "O que o ministro nos quis dizer, no fundo, com aquelas tretas que arranjou, é que os penalizados serão os mesmos de sempre, os trabalhadores e os seus salários, deixando os ricos na mesma", sustentou. Ainda segundo Agostinho Lopes, o ministro das Finanças acabou por comunicar ao país que "a economia portuguesa vai continuar estagnada, que o país vai continuar a divergir da União Europeia e que os mais de 500 mil desempregados continuarão sem solução". "Perante isto, retiramos uma conclusão: não se resolvem os problemas das Finanças Públicas em Portugal, sem outra política e sem outro Governo", acrescentou o dirigente do PCP. e BE descobre "contradições" no discurso do ministro O deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã comentou a comunicação ao país do ministro das Finanças denunciando as "contradições" do seu discurso. "Veio anunciar que a política seguida pelo anterior Governo sobre o património era ilusória e no entanto continuará a segui-la. Mas o mais importante é que tem um discurso de retoma que choca com a realidade: só haverá retoma quando o desemprego diminuir", reagiu Louça, que assinalou ainda outra contradição no facto de o ministro anunciar a retoma ao mesmo tempo que avisa que os portugueses vão ter pagar mais ao Estado. O bloquista considerou ainda que esta comunicação teve, pelo menos, o mérito de revelar o tipo de Estado defendido por Bagão Félix: "Cobrador ganancioso." Sobre as referências feitas à possível redução do IRS, Louçã pergunta "quais serão". "Aplicados nos gastos com a saúde, com a educação dos filhos?", questiona antes de lembrar que o único compromisso assumido pelo PSD sobre a matéria foi a de "reduzir os impostos de 40 para 35 por cento para os mais ricos". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE PS denuncia concepção orçamental "entre o básico e o salazarento"...

Crescimento da economia é o "objectivo nuclear" do Governo para os próximos anos

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