Oposição exige presença de Carmo Seabra no Parlamento

26-09-2004
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Oposição Exige Presença de Carmo Seabra no Parlamento

Por B.W.

Quarta-feira, 22 de Setembro de 2004

O Bloco de Esquerda e o partido "Os Verdes" exigem que a ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra, esteja hoje presente na Assembleia da República. Por seu lado, o PCP vai fazer um pedido de inquérito parlamentar ao processo de colocação dos professores. Os comunistas querem não só ouvir Carmo Seabra, como a anterior equipa ministerial.

A educação vive uma situação "absolutamente inaceitável e escandalosa que põe em causa todo o ano lectivo", retrata Bernardino Soares, líder parlamentar da bancada do PCP, para quem o ano lectivo só começará em pleno no próximo mês.

É necessário apurar responsabilidades desde o anterior Governo, que contratou uma empresa privada que tem ex-dirigentes do PSD nos seus quadros (ver texto nestas páginas), continua Bernardino Soares.

Apesar de a equipa de David Justino ter pedido um inquérito à Inspecção-Geral de Finanças, que está a decorrer, a Assembleia da República também deve fazer um "escrutínio político", porque existem responsabilidades políticas a imputar, considera o líder comunista. Caso o pedido de inquérito seja aceite, o PCP quer ouvir David Justino, o ex-ministro da Educação, e Abílio Morgado, ex-secretário de Estado da Administração Educativa.

O Bloco de Esquerda (BE) concorda com o pedido de inquérito parlamentar, mas considera que mais urgente é a ida da ministra ao Parlamento para explicar o que se passou nos últimos dias - por que é que as listas não foram conhecidas nas datas propostas pela própria tutela.

João Teixeira Lopes, deputado do BE, afirma que o "falhanço" de todo o processo não é apenas responsabilidade de Carmo Seabra, mas também do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, que declarou querer dinamizar politicamente o processo.

Tal como os comunistas, o BE também quer saber se a empresa responsável pelos concursos vai ter alguma penalização. O BE não quer que o processo seja anulado, mas resolvido o mais rapidamente possível.

Teixeira Lopes está ainda preocupado com os alunos que vão começar o ano com desigualdades relativas, porque uns já estarão em aulas enquanto outros ainda não sabem quem vão ser os professores. "Os Verdes" também estão preocupados com a preparação dos alunos e consideram que estes atrasos terão reflexos na programação do ano lectivo.

Perante esta situação, o PS recomenda calma e frieza. Em declarações à TSF, o deputado Augusto Santos Silva aconselha medidas de excepção para que os professores possam ser finalmente colocados nas respectivas escolas. O ex-ministro da Educação considera que o ministério deveria "declarar situação de emergência", trabalhar 24 horas por dia e pedir "auxílio" às organizações sindicais para conseguir fazer sair as listas.

Oposição Exige Presença de Carmo Seabra no Parlamento

Por B.W.

Quarta-feira, 22 de Setembro de 2004

O Bloco de Esquerda e o partido "Os Verdes" exigem que a ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra, esteja hoje presente na Assembleia da República. Por seu lado, o PCP vai fazer um pedido de inquérito parlamentar ao processo de colocação dos professores. Os comunistas querem não só ouvir Carmo Seabra, como a anterior equipa ministerial.

A educação vive uma situação "absolutamente inaceitável e escandalosa que põe em causa todo o ano lectivo", retrata Bernardino Soares, líder parlamentar da bancada do PCP, para quem o ano lectivo só começará em pleno no próximo mês.

É necessário apurar responsabilidades desde o anterior Governo, que contratou uma empresa privada que tem ex-dirigentes do PSD nos seus quadros (ver texto nestas páginas), continua Bernardino Soares.

Apesar de a equipa de David Justino ter pedido um inquérito à Inspecção-Geral de Finanças, que está a decorrer, a Assembleia da República também deve fazer um "escrutínio político", porque existem responsabilidades políticas a imputar, considera o líder comunista. Caso o pedido de inquérito seja aceite, o PCP quer ouvir David Justino, o ex-ministro da Educação, e Abílio Morgado, ex-secretário de Estado da Administração Educativa.

O Bloco de Esquerda (BE) concorda com o pedido de inquérito parlamentar, mas considera que mais urgente é a ida da ministra ao Parlamento para explicar o que se passou nos últimos dias - por que é que as listas não foram conhecidas nas datas propostas pela própria tutela.

João Teixeira Lopes, deputado do BE, afirma que o "falhanço" de todo o processo não é apenas responsabilidade de Carmo Seabra, mas também do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, que declarou querer dinamizar politicamente o processo.

Tal como os comunistas, o BE também quer saber se a empresa responsável pelos concursos vai ter alguma penalização. O BE não quer que o processo seja anulado, mas resolvido o mais rapidamente possível.

Teixeira Lopes está ainda preocupado com os alunos que vão começar o ano com desigualdades relativas, porque uns já estarão em aulas enquanto outros ainda não sabem quem vão ser os professores. "Os Verdes" também estão preocupados com a preparação dos alunos e consideram que estes atrasos terão reflexos na programação do ano lectivo.

Perante esta situação, o PS recomenda calma e frieza. Em declarações à TSF, o deputado Augusto Santos Silva aconselha medidas de excepção para que os professores possam ser finalmente colocados nas respectivas escolas. O ex-ministro da Educação considera que o ministério deveria "declarar situação de emergência", trabalhar 24 horas por dia e pedir "auxílio" às organizações sindicais para conseguir fazer sair as listas.

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