EXPRESSO: País

16-11-2002
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Candidatos mais iguais no Porto

OS CANDIDATOS à Câmara do Porto andam à procura de uma ideia para a cidade. Fernando Gomes (PS), Rui Rio (PSD/PP), Rui Sá (CDU) e João Teixeira Lopes (BE) concordam que a dificuldade está em encontrar um projecto que mobilize a população. Diversos estudos dizem que a segurança e o trânsito estão entre as principais preocupações dos portuenses. Mas as propostas que vão ser esgrimidas pelos candidatos, durante os próximos dois meses, revelam que as respostas políticas para os problemas repetem o que já foi prometido em eleições anteriores.

E revelam também que o debate entre as listas não poderá ser sobre as diferenças de propostas: as semelhanças entre os quatro programas eleitorais provam que a campanha terá mesmo de ser sobre o carácter e a determinação dos candidatos. Em relação ao trânsito, os candidatos chegaram todos à conclusão que falta uma política de transporte integrada, onde a autarquia possa coordenar as iniciativas das várias entidades de serviços públicos.

Na segurança, os quatro candidatos também alinham pelas mesmas conclusões: o problema é complexo e deve ser combatido em várias frentes. O reforço da actividade policial e uma maior proximidade entre os agentes de autoridade e a população é uma ideia partilhada por todos. Mas também todos consideram que isso não basta: o combate à insegurança começa com a prevenção à criminalidade e, aí, a tarefa é sobretudo dirigida para o apoio social.

Os bairros sociais vão ser um dos palcos da batalha eleitoral de Dezembro, no Porto. Não só pelo que representam em termos de votos, mas porque os quatro candidatos reconhecem que é necessário investir mais na sua recuperação. Fernando Gome diz que vai requalificar todos os bairros sociais, sem excepção. O adversário da CDU faz igual promessa e junta-se a Rui Rio e a João Teixeira Lopes na opinião de que muitos desses bairros foram esquecidos nos últimos mandatos socialistas.

Urbanização divide candidatos

As maiores diferenças entre os candidatos à Câmara do Porto surgem na área do urbanismo. O Bloco de Esquerda aposta na política social de habitação como prioridade; Rui Rio olha para o centro da cidade como uma zona onde é preciso combater a desertificação; Rui Sá fala na recuperação de edifícios, antes de se pensar em construir mais e em altura; Fernando Gomes traz a ideia de um Fundo Imobiliário, com vista a angariar dinheiro para recuperar o centro histórico.

Nesta pré-campanha eleitoral, os clubes de futebol da cidade ficaram já a saber que não podem contar com os candidatos do PSD e do BE para financiar grandes projectos de desporto de competição. Rio diz que só tem olhos para os amadores e Teixeira Lopes ameaça mesmo exigir que esses clubes apoiem as organizações comunitárias. Mas também Gomes e Rui Sá prometem investir na construção de pequenos espaços para trazer o desporto ao cidadão.

O espírito de proximidade inspira também os projectos culturais dos candidatos, que admitem ser precisos mais espaços de eventos e, sobretudo, mais conteúdos e espectáculos.

Candidatos mais iguais no Porto

OS CANDIDATOS à Câmara do Porto andam à procura de uma ideia para a cidade. Fernando Gomes (PS), Rui Rio (PSD/PP), Rui Sá (CDU) e João Teixeira Lopes (BE) concordam que a dificuldade está em encontrar um projecto que mobilize a população. Diversos estudos dizem que a segurança e o trânsito estão entre as principais preocupações dos portuenses. Mas as propostas que vão ser esgrimidas pelos candidatos, durante os próximos dois meses, revelam que as respostas políticas para os problemas repetem o que já foi prometido em eleições anteriores.

E revelam também que o debate entre as listas não poderá ser sobre as diferenças de propostas: as semelhanças entre os quatro programas eleitorais provam que a campanha terá mesmo de ser sobre o carácter e a determinação dos candidatos. Em relação ao trânsito, os candidatos chegaram todos à conclusão que falta uma política de transporte integrada, onde a autarquia possa coordenar as iniciativas das várias entidades de serviços públicos.

Na segurança, os quatro candidatos também alinham pelas mesmas conclusões: o problema é complexo e deve ser combatido em várias frentes. O reforço da actividade policial e uma maior proximidade entre os agentes de autoridade e a população é uma ideia partilhada por todos. Mas também todos consideram que isso não basta: o combate à insegurança começa com a prevenção à criminalidade e, aí, a tarefa é sobretudo dirigida para o apoio social.

Os bairros sociais vão ser um dos palcos da batalha eleitoral de Dezembro, no Porto. Não só pelo que representam em termos de votos, mas porque os quatro candidatos reconhecem que é necessário investir mais na sua recuperação. Fernando Gome diz que vai requalificar todos os bairros sociais, sem excepção. O adversário da CDU faz igual promessa e junta-se a Rui Rio e a João Teixeira Lopes na opinião de que muitos desses bairros foram esquecidos nos últimos mandatos socialistas.

Urbanização divide candidatos

As maiores diferenças entre os candidatos à Câmara do Porto surgem na área do urbanismo. O Bloco de Esquerda aposta na política social de habitação como prioridade; Rui Rio olha para o centro da cidade como uma zona onde é preciso combater a desertificação; Rui Sá fala na recuperação de edifícios, antes de se pensar em construir mais e em altura; Fernando Gomes traz a ideia de um Fundo Imobiliário, com vista a angariar dinheiro para recuperar o centro histórico.

Nesta pré-campanha eleitoral, os clubes de futebol da cidade ficaram já a saber que não podem contar com os candidatos do PSD e do BE para financiar grandes projectos de desporto de competição. Rio diz que só tem olhos para os amadores e Teixeira Lopes ameaça mesmo exigir que esses clubes apoiem as organizações comunitárias. Mas também Gomes e Rui Sá prometem investir na construção de pequenos espaços para trazer o desporto ao cidadão.

O espírito de proximidade inspira também os projectos culturais dos candidatos, que admitem ser precisos mais espaços de eventos e, sobretudo, mais conteúdos e espectáculos.

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