%Vasco Franco pondera demitir-se da CML

24-11-2002
marcar artigo

%Vasco Franco Pondera Demitir-se da CML

Por J.P.H.

Segunda-feira, 18 de Novembro de 2002

A renovação no PS atingiu em cheio a vereação socialista na maior câmara municipal do país, Lisboa. Em quatro vereadores eleitos por indicação do PS só dois são militantes do partido: Vasco Franco, vereador há 20 anos, e Tomás Vasques, ex-chefe de gabinete de João Soares quando este presidia à câmara (que o PÚBLICO não conseguiu ontem contactar). Os dois foram ontem "expulsos" da comissão nacional do PS, o órgão máximo entre congressos.

Agora os socialistas da CML ficaram sem representação na direcção nacional do partido. É uma situação nova que levou Vasco Franco a admitir ao PÚBLICO estar a ponderar "tirar consequências políticas". Ou seja: a ponderar, entre outras coisas, demitir-se da vereação: "Não excluo nenhum cenário", afirmou o número um socialista no executivo municipal. Segundo explicou, a sua não-inclusão na lista da comissão nacional ficou a dever-se a um equívoco: a comissão política concelhia pensava que o seu nome estava incluído na quota do secretário-geral; o secretário-geral pensava que estava na da concelhia.

Vasco Franco entrou na vereação da CML integrando a candidatura de Eduardo Pereira, ministro da Administração Interna no governo do Bloco Central (e que ontem, aliás, também deixou a direcção nacional do PS). Foi vereador de Krus Abecasis, de Jorge Sampaio, de João Soares e era agora de Santana Lopes.

O seu posicionamento no partido é dificilmente catalogável. Foi adjunto de Guterres quando este integrava a equipa liderada por Vítor Constâncio. Aí era tido como guterrista. Mas em 1992 apoiou Jorge Sampaio, de quem era vereador na CML, contra Guterres, no congresso que este último venceu. Nessa altura passou a ser visto como sampaísta. "Nunca tive um pensamento clubístico [no que toca às facções internas] e talvez tenha sido esse o problema", afirmou ao PÚBLICO. O problema pode ser resolvido se Ferro Rodrigues o convidar para o órgão seguinte no organigrama do partido, a comissão política nacional.

%Vasco Franco Pondera Demitir-se da CML

Por J.P.H.

Segunda-feira, 18 de Novembro de 2002

A renovação no PS atingiu em cheio a vereação socialista na maior câmara municipal do país, Lisboa. Em quatro vereadores eleitos por indicação do PS só dois são militantes do partido: Vasco Franco, vereador há 20 anos, e Tomás Vasques, ex-chefe de gabinete de João Soares quando este presidia à câmara (que o PÚBLICO não conseguiu ontem contactar). Os dois foram ontem "expulsos" da comissão nacional do PS, o órgão máximo entre congressos.

Agora os socialistas da CML ficaram sem representação na direcção nacional do partido. É uma situação nova que levou Vasco Franco a admitir ao PÚBLICO estar a ponderar "tirar consequências políticas". Ou seja: a ponderar, entre outras coisas, demitir-se da vereação: "Não excluo nenhum cenário", afirmou o número um socialista no executivo municipal. Segundo explicou, a sua não-inclusão na lista da comissão nacional ficou a dever-se a um equívoco: a comissão política concelhia pensava que o seu nome estava incluído na quota do secretário-geral; o secretário-geral pensava que estava na da concelhia.

Vasco Franco entrou na vereação da CML integrando a candidatura de Eduardo Pereira, ministro da Administração Interna no governo do Bloco Central (e que ontem, aliás, também deixou a direcção nacional do PS). Foi vereador de Krus Abecasis, de Jorge Sampaio, de João Soares e era agora de Santana Lopes.

O seu posicionamento no partido é dificilmente catalogável. Foi adjunto de Guterres quando este integrava a equipa liderada por Vítor Constâncio. Aí era tido como guterrista. Mas em 1992 apoiou Jorge Sampaio, de quem era vereador na CML, contra Guterres, no congresso que este último venceu. Nessa altura passou a ser visto como sampaísta. "Nunca tive um pensamento clubístico [no que toca às facções internas] e talvez tenha sido esse o problema", afirmou ao PÚBLICO. O problema pode ser resolvido se Ferro Rodrigues o convidar para o órgão seguinte no organigrama do partido, a comissão política nacional.

marcar artigo