EXPRESSO: País

02-07-2002
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7/7/2001

Candidatos a Lisboa atacam João Soares PEDRO Santana Lopes, Paulo Portas e Miguel Portas, os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa - do PSD, CDS/PP e BE, respectivamente - tecem fortes críticas a João Soares na sequência da notícia de que o Corte Inglés estava a construir sem ter obtido licença da autarquia. «Inconcebível», «inaceitável» e «um caso absolutamente típico de como se faz a política urbana em Lisboa em benefício dos promotores» são algumas das considerações proferidas pelos adversários do actual presidente. De facto, só na reunião de câmara realizada na passada quarta-feira é que a vereadora responsável pelo pelouro da Habitação, Margarida Magalhães, informou que a licença para o actual projecto tinha sido emitida no início da semana. «É inconcebível»... Pedro Santana Lopes considera que que a situação de o Corte Inglés «é inconcebível»: «Com todo o respeito que tenho pelo EXPRESSO, não posso acreditar que seja verdade o senhor presidente da câmara dar autorizações sem existirem licenças - pois estas implicam que tenham sido preenchidos todos os requisitos, em termos de projecto e estudos. Não pode haver ninguém acima da lei». O candidato espera que até à inauguração sejam chamadas a pronunciar-se as diversas entidades competentes (bombeiros, serviços camarários, Direcção-Geral de Espectáculos, Protecção Civil) de cujo parecer depende a licença de utilização do espaço comercial. «Se abrir sem esta licença, a primeira coisa que terei de fazer é promover um exame completo, em termos de segurança e funcionalidade», conclui. Santana Lopes alerta ainda para o facto de, «infelizmente», este não ser um caso único de falta de licenciamento na cidade de Lisboa. ... «inaceitável»... O candidato do CDS/PP, Paulo Portas, considera «inaceitável» que se permita «uma situação em que se constrói independentemente da licença». Até porque se trata de «uma questão de direito» e, «se existe, um processo de licenciamento tem de ser cumprido e não faz sentido que a licença seja posterior ao início das obras». Entende que o que está também em causa é a regra da «equidade»: «se fosse um pequeno lojista teria logo à porta um polícia municipal a passar-lhe uma multa. Porque é que hão-de existir especiais favores para os grandes empreendimentos?». O candidato Popular à Câmara de Lisboa denuncia ainda a necessidade da CML, em harmonia com a Junta de Freguesia de São Sebastião, «encontrar uma solução para o problema de estacionamento» dos moradores da zona. Paulo Portas salvaguarda, no entanto, que o empreendimento pode ser «interessante» e positivo para «animar a actividade económica da cidade», ainda que assuma uma posição reservada quanto à autorização de futuras grandes superfícies dentro da cidade. ... «e uma vitória dos promotores» O candidato do BE critica também as «vantagens», alegadas pelo município, decorrentes das alterações do projecto inicial. Miguel Portas defende que a criação de uma «função habitacional era do interesse dos promotores, não foi cedência» e, quanto ao facto de, no lugar previsto para um hotel ter sido construído o jardim projectado por Ribeiro Telles, afirma que «o hotel vai para a zona da Expo, não desapareceu». Por outro lado, continua, «o argumento de que se ganha um jardim perde-se do ponto de vista ambiental» face à «saturação de tráfego que o Corte Inglés vai gerar» com a «agravante de terem sido autorizados 2500 lugares de estacionamento». E, por isso, defende que, «no mínimo dos mínimos», deve «reduzir-se o estacionamento de rotação, criando lugares para residentes». Finalmente, neste balanço de perdas e ganhos, considera que «os promotores conseguiram um sobredimensionamento do Corte Inglés, fazendo um projecto bastante maior que o inicial».

ANA PAULA AZEVEDO, MARIA TERESA OLIVEIRA e SOFIA RAINHO

COMENTÁRIOS

5 comentários 1 a 5

11 de Julho de 2001 às 21:09

Gerion

P O R R A que J.Soares nem na china se salva!!

9 de Julho de 2001 às 13:14

José Contreiras

Tudo isto me cheira a propaganda eleitoralista ordinária. È o vale tudo por votos. Não acredito que uma obra de tamanha dimensão seja feita a revelia das leis e das normas. O começar uma obra antes da licença,pode-se fazer desde que se saiba que a licença irá ser aprovada. É um risco que o empreendedor corre às vezes para se adiantar à "burrucracia".

E nós iremos ver o sr Santana Lopes e os irmãos Portas acabarem por se calar. Aposto com quem quiser que é o que vai acontecer.

O Dr. João Soares não é nenhum tonto que faça as coisas de qualquer maneira. O que ele tem a mais do que os outros concorrentes é ser um homem que gosta de Lisboa,que quer apresentar trabalho e fazer coisas úteis para a cidade. Os outros já nós os conhecemos muito bem! E o Povo de Lisboa quando for colocar o seu voto terá essa consciência.

8 de Julho de 2001 às 09:23

CARLOS FARIA

VOCÊS SABIAM QUE EM SINTRA É AINDA PIOR ??? AQUELA PEIXEIRA É MESMO ORDINÁRIA !!! ISTO SÓ NA CADEIA !!!

8 de Julho de 2001 às 09:19

TURCO

O QUE SE PASSA EM LISBOA É O QUE SE PASSA EM CASCAIS, É O QUE SE PASSA NO PORTO, É O QUE SE PASSA EM COIMBRA, É UM FARTAR VILANAGEM NESTE AMBIENTE DE VIGARICE A QUE OS SOCIALISTAS NOS HABITUARAM.

CALMA RAPAZIADA ... É SÓ ATÉ DEZEMBRO !!!

7 de Julho de 2001 às 18:27

António Elias

Quem nos acode neste país de opereta? Se a vergonha pagasse imposto, o Presidente da CML estava isento. Como é possível acontecerem estas coisas à sombra da tão apregoada democracia e do diálogo enganador?

Portugueses acordem por favor.

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7/7/2001

Candidatos a Lisboa atacam João Soares PEDRO Santana Lopes, Paulo Portas e Miguel Portas, os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa - do PSD, CDS/PP e BE, respectivamente - tecem fortes críticas a João Soares na sequência da notícia de que o Corte Inglés estava a construir sem ter obtido licença da autarquia. «Inconcebível», «inaceitável» e «um caso absolutamente típico de como se faz a política urbana em Lisboa em benefício dos promotores» são algumas das considerações proferidas pelos adversários do actual presidente. De facto, só na reunião de câmara realizada na passada quarta-feira é que a vereadora responsável pelo pelouro da Habitação, Margarida Magalhães, informou que a licença para o actual projecto tinha sido emitida no início da semana. «É inconcebível»... Pedro Santana Lopes considera que que a situação de o Corte Inglés «é inconcebível»: «Com todo o respeito que tenho pelo EXPRESSO, não posso acreditar que seja verdade o senhor presidente da câmara dar autorizações sem existirem licenças - pois estas implicam que tenham sido preenchidos todos os requisitos, em termos de projecto e estudos. Não pode haver ninguém acima da lei». O candidato espera que até à inauguração sejam chamadas a pronunciar-se as diversas entidades competentes (bombeiros, serviços camarários, Direcção-Geral de Espectáculos, Protecção Civil) de cujo parecer depende a licença de utilização do espaço comercial. «Se abrir sem esta licença, a primeira coisa que terei de fazer é promover um exame completo, em termos de segurança e funcionalidade», conclui. Santana Lopes alerta ainda para o facto de, «infelizmente», este não ser um caso único de falta de licenciamento na cidade de Lisboa. ... «inaceitável»... O candidato do CDS/PP, Paulo Portas, considera «inaceitável» que se permita «uma situação em que se constrói independentemente da licença». Até porque se trata de «uma questão de direito» e, «se existe, um processo de licenciamento tem de ser cumprido e não faz sentido que a licença seja posterior ao início das obras». Entende que o que está também em causa é a regra da «equidade»: «se fosse um pequeno lojista teria logo à porta um polícia municipal a passar-lhe uma multa. Porque é que hão-de existir especiais favores para os grandes empreendimentos?». O candidato Popular à Câmara de Lisboa denuncia ainda a necessidade da CML, em harmonia com a Junta de Freguesia de São Sebastião, «encontrar uma solução para o problema de estacionamento» dos moradores da zona. Paulo Portas salvaguarda, no entanto, que o empreendimento pode ser «interessante» e positivo para «animar a actividade económica da cidade», ainda que assuma uma posição reservada quanto à autorização de futuras grandes superfícies dentro da cidade. ... «e uma vitória dos promotores» O candidato do BE critica também as «vantagens», alegadas pelo município, decorrentes das alterações do projecto inicial. Miguel Portas defende que a criação de uma «função habitacional era do interesse dos promotores, não foi cedência» e, quanto ao facto de, no lugar previsto para um hotel ter sido construído o jardim projectado por Ribeiro Telles, afirma que «o hotel vai para a zona da Expo, não desapareceu». Por outro lado, continua, «o argumento de que se ganha um jardim perde-se do ponto de vista ambiental» face à «saturação de tráfego que o Corte Inglés vai gerar» com a «agravante de terem sido autorizados 2500 lugares de estacionamento». E, por isso, defende que, «no mínimo dos mínimos», deve «reduzir-se o estacionamento de rotação, criando lugares para residentes». Finalmente, neste balanço de perdas e ganhos, considera que «os promotores conseguiram um sobredimensionamento do Corte Inglés, fazendo um projecto bastante maior que o inicial».

ANA PAULA AZEVEDO, MARIA TERESA OLIVEIRA e SOFIA RAINHO

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11 de Julho de 2001 às 21:09

Gerion

P O R R A que J.Soares nem na china se salva!!

9 de Julho de 2001 às 13:14

José Contreiras

Tudo isto me cheira a propaganda eleitoralista ordinária. È o vale tudo por votos. Não acredito que uma obra de tamanha dimensão seja feita a revelia das leis e das normas. O começar uma obra antes da licença,pode-se fazer desde que se saiba que a licença irá ser aprovada. É um risco que o empreendedor corre às vezes para se adiantar à "burrucracia".

E nós iremos ver o sr Santana Lopes e os irmãos Portas acabarem por se calar. Aposto com quem quiser que é o que vai acontecer.

O Dr. João Soares não é nenhum tonto que faça as coisas de qualquer maneira. O que ele tem a mais do que os outros concorrentes é ser um homem que gosta de Lisboa,que quer apresentar trabalho e fazer coisas úteis para a cidade. Os outros já nós os conhecemos muito bem! E o Povo de Lisboa quando for colocar o seu voto terá essa consciência.

8 de Julho de 2001 às 09:23

CARLOS FARIA

VOCÊS SABIAM QUE EM SINTRA É AINDA PIOR ??? AQUELA PEIXEIRA É MESMO ORDINÁRIA !!! ISTO SÓ NA CADEIA !!!

8 de Julho de 2001 às 09:19

TURCO

O QUE SE PASSA EM LISBOA É O QUE SE PASSA EM CASCAIS, É O QUE SE PASSA NO PORTO, É O QUE SE PASSA EM COIMBRA, É UM FARTAR VILANAGEM NESTE AMBIENTE DE VIGARICE A QUE OS SOCIALISTAS NOS HABITUARAM.

CALMA RAPAZIADA ... É SÓ ATÉ DEZEMBRO !!!

7 de Julho de 2001 às 18:27

António Elias

Quem nos acode neste país de opereta? Se a vergonha pagasse imposto, o Presidente da CML estava isento. Como é possível acontecerem estas coisas à sombra da tão apregoada democracia e do diálogo enganador?

Portugueses acordem por favor.

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