João Soares Foi o Pai da Ideia
Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002
A história da cedência dos terrenos e imóveis municipais em que a Fundação Mário Soares fez a sua sede foi contada aos microfones da RDP, em Janeiro deste ano, pelo próprio Mário Soares. "Eu tinha pedido à Câmara de Lisboa, ainda no tempo do dr. Jorge Sampaio, que me arranjasse um pequeno espaço, ou até um terreno, para eu construir. A ideia era construir de origem este edifício. Depois, dentro da câmara, o meu próprio filho, João Soares, que era vereador do dr. Sampaio - era encarregado do pelouro da Cultura -, disse-me: 'Eu acho que há um prédio...' Quando me indicaram este prédio eu vim cá ver e achei logo que era o sítio ideal (...)"
A versão do ex-presidente, transcrita na altura pelo "Independente", confirma factos que João Soares sempre negou. Não só foi ele quem escolheu o edifício camarário para a fundação do pai, como foi ele que requisitou o processo das velhas construções lá existentes ao arquivo histórico do município, em 1993. Não devolveu a documentação, tendo alegado que ela ardera no incêndio dos Paços do Concelho, três anos mais tarde.
Ontem à Lusa, o ex-autarca voltou a afirmar: "Nunca participei em nenhuma deliberação sobre atribuições à fundação. Não sei de nada, ninguém me deu qualquer conhecimento sobre isso. Não me lembro de nada disso".
J.A.C.
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João Soares Foi o Pai da Ideia
Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002
A história da cedência dos terrenos e imóveis municipais em que a Fundação Mário Soares fez a sua sede foi contada aos microfones da RDP, em Janeiro deste ano, pelo próprio Mário Soares. "Eu tinha pedido à Câmara de Lisboa, ainda no tempo do dr. Jorge Sampaio, que me arranjasse um pequeno espaço, ou até um terreno, para eu construir. A ideia era construir de origem este edifício. Depois, dentro da câmara, o meu próprio filho, João Soares, que era vereador do dr. Sampaio - era encarregado do pelouro da Cultura -, disse-me: 'Eu acho que há um prédio...' Quando me indicaram este prédio eu vim cá ver e achei logo que era o sítio ideal (...)"
A versão do ex-presidente, transcrita na altura pelo "Independente", confirma factos que João Soares sempre negou. Não só foi ele quem escolheu o edifício camarário para a fundação do pai, como foi ele que requisitou o processo das velhas construções lá existentes ao arquivo histórico do município, em 1993. Não devolveu a documentação, tendo alegado que ela ardera no incêndio dos Paços do Concelho, três anos mais tarde.
Ontem à Lusa, o ex-autarca voltou a afirmar: "Nunca participei em nenhuma deliberação sobre atribuições à fundação. Não sei de nada, ninguém me deu qualquer conhecimento sobre isso. Não me lembro de nada disso".
J.A.C.